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Construção com isopor promete ser mais barata, fácil e resistente

Os painéis monolíticos de EPS (poliestireno expandido), mais conhecido como isopor, já são utilizados fora do país há décadas

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Placas de isopor remetem a trabalhos escolares, mas elas também são a base de um tipo de construção, que promete ser mais rápida, barata e resistente do que a alvenaria.

Os painéis monolíticos de EPS (poliestireno expandido), mais conhecido como isopor, já são utilizados fora do país há décadas e empresas tentam ganhar espaço no Brasil produzindo o material.

"A primeira coisa que o cliente faz quando chega na obra é bater na parede, e eu falo 'cuidado pra não quebrar o braço'", diz Rodrigo Rezende, diretor-administrativo do grupo Isorecort, que fabrica painéis de EPS para construção civil e tem sede em Ribeirão Pires (SP). Na companhia, as placas são chamadas de monopainéis.

O que faz a construção com isopor ser resistente são seus complementos. Cada painel é composto por uma placa de isopor revestida por malha de aço, com espaçamento de 1 centímetro entre o metal e a placa.

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O painel chega dessa forma à obra, e, depois de ser fixado no local certo, recebe duas camadas de argamassa, que vai preencher o espaço entre o isopor e a malha de metal, e dar acabamento à parede.

"Se você der várias marretadas na parede convencional, você consegue furar o tijolo, mas se fizer em parede com monopainel, vai parar na malha de aço, você não consegue atravessá-la", diz.

Galeria Casa de isopor Técnica construtiva usa painéis de isopor revestidos por malha de aço e argamassa https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1710559189934010-casa-de-isopor *

Os painéis chegam prontos para serem montados na obra, e não precisam de vigas ou pilares de sustentação.

Antes da camada de argamassa já são instalados os dutos para fiação elétrica e esgoto. Os sulcos para comportar esses dutos são feitos usando uma máquina sopradora de calor, que derrete o isopor para dar o formato necessário à instalação desses equipamentos.

Assim, não é preciso quebrar a parede, depois de pronta, para fazer essas instalações.

"No sistema tradicional, você levanta tudo primeiro, tem um trabalho grande para quebrar paredes e passar tubulação, montar e depois rebocar novamente, gasta com caçamba, gera entulho", afirma Ederson Landre de Castro, empresário que tem uma imobiliária e uma construtora em Alfenas (MG), que utiliza o material.

A argamassa é distribuída nos painéis por uma máquina, em vez do tradicional uso de colheres, o que agiliza a aplicação.

Segundo Rezende, a obra feita com os painéis de isopor é até 30% mais barata do que uma obra convencional de alvenaria, e tem a vantagem de ser um isolante térmico.

"A redução de temperatura é de 20 a 25% [na comparação com alvenaria]", diz o diretor, o que traz economia de energia, já que o uso de ar-condicionado é menos intenso, principalmente em cidades quentes.

Castro conheceu o material por meio de um primo arquiteto, e em 2017, quando precisou fazer um novo quarto para ele e a esposa, já que o anterior ficou com as filhas, e decidiu apostar no EPS.

"Comecei a observar a diferença dos ambientes da minha casa. Alfenas é cidade universitária, tem muita festa, e no quarto das minhas filhas era como se a festa estivesse lá dentro, enquanto no meu quarto, não ouvia quase nada", diz. Houve diferença também na temperatura. 

Enquanto nos dias de calor suas filhas precisavam deixar o ar-condicionado no máximo, o quarto dele permanecia fresco.

Animado com o material, decidiu vender a casa e construir uma nova, toda de painéis de EPS. A residência, de 220 metros quadrados, foi erguida em 8 meses, com 4 trabalhadores. De acordo com ele, em condições iguais, uma casa de alvenaria ficaria pronta em 1 ano e meio.

Rezende, da Isorecort, acredita que o material seja ideal para habitação popular. Por ser industrializado, permite a criação de residências em grande escala, com uniformidade. Ele aposta na popularização do isopor nos empreendimentos do programa Casa Verde e Amarela.

Segundo ele, é possível fazer prédios de até cinco andares com o material, o que seria ideal para a habitação popular. "É o público hoje dos programas habitacionais do governo, ganharia agilidade e teria conforto térmico nessas edificações, algo que poucas construtoras conseguem atingir", diz o diretor.

A Isorecort tem hoje um projeto em andamento para começar a produzir prédios, mas os detalhes ainda não foram divulgados. A expectativa da empresa é aumentar em 45% a produção dos painéis de EPS nos próximos dois anos.

Apesar das características adequadas para habitação popular, atualmente os painéis são mais usados em casas de alto padrão. 

Castro afirma que isso acontece porque, mesmo sendo mais barata do que a obra tradicional, a construção com os painéis precisa de um investimento maior logo no início. "Costumamos dizer que é um gasto em forma de U, porque ele sobe, depois desce e aumenta no final, no acabamento, enquanto na obra convencional é um aumento mais gradativo", diz.

Lista ** A construção com isopor também não pode ser feita aos poucos, com paradas para juntar mais dinheiro, algo comum nas obras tradicionais.

"No momento que você monta as placas, já que tem que projetar a argamassa nas paredes, para não perder a qualidade do aço, com ação da chuva, sol. Na alvenaria, você pode simplesmente parar com meia parede e voltar em um mês, não tem problema" afirma Castro.

Rezende afirma que a técnica não exige mão de obra altamente qualificada, bastando um treinamento para entender como o método construtivo funciona. A empresa oferece suporte para isso.

Mesmo assim, Castro, que além da sua própria casa construiu outras com o material, afirma que a questão da mão de obra é hoje o principal entrave para a popularização dessa forma de se construir.

"Para aquele que sabe fazer da forma tradicional, é muito difícil aprender a fazer de outro jeito, tem resistência para fazer essa migração", afirma. Apesar da resistência inicial, ele acredita que eventualmente os profissionais vão aprender a lidar com o material, quando a necessidade de aprender for inevitável.

Para a professora do curso de Engenharia Civil da Universidade Mackenzie, Fabiola Rago Beltrame, a industrialização da construção é tendência. "É uma maneira de melhorar a produtividade da obra, porque você investe mais em projeto, a mão de obra fica mais especializada, traz mais precisão."

No último semestre, alunos da instituição fizeram um trabalho de conclusão de curso sobre a construção com EPS. A iniciativa recebeu apoio da Isorecort, que ajudou com os materiais. A ideia agora, diz Beltrame, é seguir estudando a técnica.

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Fatalidade

Sobrinho lamenta morte de Pelezinho, ex-jogador do Comercial

O ex-jogador perdeu o controle do veículo, na manhã deste sábado (24) e colidiu contra um poste; a suspeita é que tenha sofrido um mal-súbito

24/08/2024 14h40

Pelezinho jogou no Comercial em 1970

Pelezinho jogou no Comercial em 1970 Arquivo Correio do Estado

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Pelas redes sociais, o sobrinho de Tarcírio da Silva Jacob, ex-jogador do Comercial e conhecido como ‘Pelezinho’, expressou pesar pela morte do tio, de 74 anos. Pelezinho faleceu em um acidente de trânsito, após perder o controle do veículo, em Campo Grande.

Pelezinho jogou no Comercial em 1970Reprodução Redes Sociais

Na manhã deste sábado (24), Tarcírio conduzia o veículo pela Avenida Julio de Castilho quando perdeu o controle na altura da rua Nioaque e colidiu contra um poste.

Informações preliminares indicam que o ex-jogador do Comercial tenha sofrido um mal súbito. 

O resgate chegou a ser acionado iniciou os primeiros socorros, entretanto o ex-jogador não resistiu e veio a óbito no local. 

 

Pelezinho jogou no Comercial em 1970Reprodução Redes Sociais

“É com pesar que comunico o falecimento do meu tio Tarcírio da Silva Jacób, conhecido como Pelézinho, ocorrido hoje em CG.

Meu tio foi ex-atleta profissional, jogou no Esporte Clube Jardim, no Comercial de CG na década de 70 e foi nosso técnico quando ainda éramos crianças.

Deixará muitas lembranças e recordações em nossos corações. Sou grato por tudo que me ensinou na vida e por ter sido um grande incentivador do esporte em Jardim. Vá com Deus, meu tio”, escreveu o sobrinho do ex-jogador.
 

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DIREITOS HUMANOS

AGU lança Cartilha de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Sexual

Manual é direcionado ao Serviço Público Federal

24/08/2024 12h00

Foto: Freepik

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A Advocacia-Geral da União (AGU), lançou nessa quinta (22), a Cartilha de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio no Serviço Público Federal. O informativo apresenta conceitos e definições sobre assédio sexual, além de informações sobre dados, formas de identificação e canais de denúncia.

A escolha da data de publicação tem relação com a campanha Agosto Lilás, realizada anualmente em combate à violência contra a mulher no Brasil.

O texto apresenta elementos caracterizadores do assédio sexual, com base no Código Civil Brasileiro, na Constituição Federal e no Código Penal, que define o assédio sexual no art. 216-A como o crime de “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”.

A cartilha também recomenda punições cabíveis em caso de violação praticada por supervisores de empresas contratadas pela administração pública, como empresas terceirizadas de serviços, recomendando que o fiscal do contrato, ao tomar conhecimento da infração, solicite ao gestor a abertura de procedimentos administrativos de apuração de responsabilidade e que recomende o afastamento do assediador do ambiente de trabalho da instituição, assim como sua demissão.

Modalidades de assédio sexual

O assédio sexual é classificado em duas modalidades: assédio sexual por intimidação e assédio sexual por chantagem.

O assédio por intimidação também é conhecido como assédio sexual ambiental, já que ocorre no ambiente de trabalho. Essa forma de assédio não depende de relação hierárquica. Ela é caracterizada por “incitações sexuais inoportunas, solicitações sexuais ou outras condutas semelhantes, verbais ou físicas, realizadas contra a vontade da vítima”. A cartilha ressalta que o assédio sexual por intimidação não possui definição na legislação brasileira, e que a conduta é reconhecida como ilícita pela doutrina e jurisprudência.

Já o assédio sexual por chantagem acontece quando o agente, que “detém poder hierárquico ou exerce ascendência sobre a vítima, exige do subordinado uma conduta de natureza sexual em troca de benefícios ou mediante ameaça de prejuízos”. É caracterizado pela “exigência ou ameaça velada, mesmo que o favor sexual não se concretize.” Essa forma de assédio sexual implica o abuso de poder.

Meios de prevenção

Para a cartilha, é necessário que a administração pública estabeleça uma política institucional de enfrentamento do assédio sexual e priorize uma ampla conscientização no ambiente da organização, alertando possíveis assediadores sobre as consequências de seus atos, e demonstrando às vítimas que essas condutas não são toleradas pela administração.

Canais de denúncia

Atualmente, a plataforma Fala.BR é o principal canal de denúncia de casos de assédio sexual no âmbito do serviço público federal, e é possível fazer uma denúncia acessando a opção “denúncia” disponível no site.

As denúncias também podem ser feitas em ouvidorias e serão transcritas na plataforma Fala.BR. Caso a infração tenha sido praticada por servidores federais no exercício de suas atribuições, a vítima também pode denunciar o fato à Polícia Federal.

*Com informações da Agência Brasil

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