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Consulta pública do Governo Federal mira concessão de hidrovia do Rio Paraguai

Período para envio de contribuições ocorre entre 26 de dezembro deste ano e 23 de fevereiro de 2025

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O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) deu o pontapé inicial para a consulta pública do projeto de concessão da Hidrovia do Rio Paraguai, evento realizado nesta quinta-feira (19), em Brasília, primeira iniciativa do tipo no Brasil.

A ação visa promover a transparência e a participação social na modelagem do projeto, marco para o setor hidroviário nacional. O investimento direto estimado nesses primeiros anos é de R$ 63,8 milhões.

A Hidrovia do Rio Paraguai compreende o trecho entre Corumbá e a Foz do Rio Apa, localizada no município de Porto Murtinho, e o leito do Canal do Tamengo, no trecho compreendido no município de Corumbá. A extensão total do projeto é de 600 km.

Nos primeiros cinco anos de concessão, serão realizados serviços de dragagem, derrocagem, balizamento e sinalização adequados, construção de galpão industrial, aquisição de draga, monitoramento hidrológico e levantamentos hidrográficos, melhorias em travessias e pontos de desmembramento de comboio, implantação dos sistemas de gestão do tráfego hidroviário, incluindo Vessel Traffic Service (VTS) e River Information Service (RIS), além dos serviços de inteligência fluvial.

O período para envio de contribuições, subsídios e sugestões sobre a modelagem e os documentos da concessão será de 26 de dezembro de 2024 a 23 de fevereiro de 2025, enquanto o prazo contratual da concessão é de 15 anos com possibilidade de prorrogação por igual período.

Tarifa

Segundo a modelagem, foi definido que somente será feita a cobrança de tarifa para a movimentação de cargas quando a concessionária entregar os serviços previstos na primeira fase do contrato. Em relação ao transporte de passageiros e de cargas de pequeno porte não haverá cobrança de tarifa.

A previsão de tarifa, pré-leilão, é de até R$1,27 por tonelada de cargas. O critério de licitação pode ser menor tarifa, por isso, esse valor pode cair. No entanto, existe a possibilidade, durante a realização da consulta pública, de alteração no critério do certame.

“É um marco na história da infraestrutura hidroviária brasileira. Estamos falando do maior projeto de infraestrutura em desenvolvimento regional na América do Sul, que é a Hidrovia do Rio Paraguai. Ele combina desenvolvimento sustentável e eficiência logística, oferecendo ganhos significativos para toda a cadeia produtiva da região, além do desenvolvimento das empresas de navegação.”, afirmou ao Governo Federal o diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery.

Durante o evento, houve uma apresentação técnica sobre o projeto realizado pela ANTAQ. A exposição foi conduzida pelo diretor Albert Vasconcelos, relator da matéria, e pelo superintendente de Estudos e Hidrovias, Bruno Pinheiro.

Ambos detalharam os aspectos estratégicos e logísticos do empreendimento, que visa impulsionar o transporte hidroviário e integrar o agronegócio brasileiro à infraestrutura nacional.

Movimentação

Após a concessão, o transporte de cargas do Rio Paraguai está estimado entre 25 e 30 milhões de toneladas a partir de 2030, o que significa um aumento significativo de movimentação em relação ao praticado atualmente. No ano passado, a hidrovia transportou 7,95 milhões de toneladas de cargas, um aumento de 72,57% em relação a 2022.

Em 2023, as hidrovias foram responsáveis por transportar mais de 157 milhões de toneladas de carga, quase 10% de todo o transporte aquaviário ocorrido no período. Esse volume de carga transportada tem um potencial ainda maior para ser desenvolvido e a busca por investimento privado nesse segmento vai ao encontro da busca por uma maior eficiência logística nacional.

Trafegabilidade

Com a concessão, a hidrovia vai contar com um calado de 3 metros quando o rio estiver cheio e de 2 metros em períodos de seca, o que vai garantir a trafegabilidade das embarcações durante todo o ano, ou pelo menos a maior parte dele.

Levando em consideração as estiagens extremas dos últimos anos, o contrato também prevê a distribuição adequada dos riscos com o concessionário com a criação da Zona de Referência Hidrológica Contratual, que consiste em avaliação estatística do comportamento hidrológico do Rio Paraguai.

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Chef das Celebridades

Chef de MS tem como clientes Vini Junior, Neymar, e outros craques

O mirandense que começou a trabalhar aos dezesseis anos em padaria, se especializou em comida japonesa e agora encanta celebridades com seus pratos

19/12/2024 18h00

Reprodução Redes Sociais

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Para quem acompanha, pelas redes sociais, o Instagram do chef Ricardo Louveira, que possui 47,4 mil seguidores e conta com o Melhor do Mundo da FIFA, Vini Jr, e Neymar entre seus clientes, talvez nem imagine que ele saiu de terras sul-mato-grossenses para encantar os paladares de craques e celebridades.

Natural de Miranda, Ricardo completou 40 anos no dia 17 de dezembro. Desde os 16 anos, trabalhou no ramo da alimentação, acumulando experiência na cozinha com confeitaria e panificação.

“A primeira culinária pela qual me apaixonei de verdade foi a japonesa, que é a minha especialidade. Já são 21 anos, quase 22, trabalhando com ela”, explicou Louveira.

Residente no Rio de Janeiro há 11 anos, Ricardo montou uma rede de restaurantes especializados em comida japonesa e um nicho voltado para pizzarias.

“Eu saí de Campo Grande em 2013 para abrir meu primeiro restaurante aqui. Hoje, somos uma rede com 14 unidades, sendo 12 especializadas em comida japonesa e 2 em pizza.”

Período da Pandemia

Durante a pandemia, entre 2020 e 2021, o chef Ricardo esteve em Dubai para aprofundar seus estudos sobre culinária japonesa. Lá, teve uma experiência de trabalho com o conceituado chef Eli Elteif, conhecido por sua participação no programa “Bake Off Brasil”.

“Tive a oportunidade de ter contato com a cozinha contemporânea e mediterrânea. Foi uma experiência surreal, embora eu tenha ido para estudar culinária japonesa”, contou o chef.

Oportunidade

A primeira oportunidade de demonstrar seu talento na culinária japonesa, em contato com celebridades, ocorreu durante o carnaval na Sapucaí, no Rio de Janeiro. Lá, Ricardo atuou por cinco anos no camarote do King.

“E também em alguns camarotes particulares, onde a gente preparava culinária japonesa para os presidentes das escolas de samba e outras personalidades. Aí passavam muitas celebridades. E foi através desses contatos que conseguimos a oportunidade de atender alguns nomes, como jogadores de futebol e artistas.”

Entre os destaques do esporte estão Vinicius Junior, Neymar, Thiago Silva e Marquinhos. Já entre as celebridades, Ricardo cita Ferrugem e Thiaguinho, descrevendo todos como pessoas maravilhosas.

Neymar, uma das figuras mais fiéis, é cliente há cinco anos. Ricardo destacou a humildade, simplicidade e generosidade do jogador, que saiu do Santos para encantar o mundo do futebol.

Ao ser questionado sobre o que o levou a conquistar o gosto do craque, o chef acredita que é a atenção aos sinais que o cliente transmite durante o atendimento, além do cuidado com questões de segurança e respeito à privacidade.

Gabz, chef Ricardo e Florismar Vargas

Novela

Com o funcionário Florismar Vargas, da Aldeia Jaguapiru de Dourados, caminhando para se tornar artor, Ricardo recebeu um convite para participar de um workshop de preparação de produção.

“Estavam precisando de um chef para fazer algumas preparações durante as cenas, e eu fui o escolhido. Para mim, foi uma experiência diferente. Conhecer algo fora da nossa zona de conforto é sempre importante.”

 

Restaurante em Mato Grosso do Sul

Em Dubai, Ricardo conversou com a esposa para definir detalhes sobre o restaurante que pretende abrir em solo sul-mato-grossense. Apesar de alcançar sucesso como empresário no Rio de Janeiro, o coração do mirandense nunca esqueceu suas raízes.

Para a reportagem do Correio do Estado, Ricardo adiantou que pretende abrir o projeto em Campo Grande. O restaurante, no entanto, não será aberto ao público; a modalidade será exclusivamente delivery. Atualmente, estão apenas definindo em qual localidade a unidade será construída.

Ele também revelou planos de expandir essa mesma modalidade para São Paulo e Paraná.

“Pensamos que o delivery é uma forma de levar nossa comida pelo Brasil de um jeito mais eficaz e rápido”, afirmou Ricardo.

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Em 12 anos, população indígena em áreas urbanas cresceu 181% em MS

De acordo com o IBGE, 26,9 mil indígenas passaram a viver em áreas urbanas no período

19/12/2024 17h00

Foto: Arquivo/ Correio do Estado

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A população indígena residente em áreas urbanas de Mato Grosso do Sul saltou de 14.894 pessoas em 2010 para 41.861 pessoas em 2022, números divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que indicam um crescimento de 181% no período. 

Em números totais, em 2010, 19,34% do total de indígenas no estado viviam em áreas urbanas, número que saltou para 35,94% em 2022, crescimento de 26.967 pessoas em 12 anos. Já a população indígena em situação rural chegou a 74.608 pessoas, ou 64,06% das pessoas indígenas do estado em 2022, crescendo 20,1% desde 2010, o equivalente a mais 12.487 pessoas indígenas.

Os dados são parte do Censo Demográfico 2022: “Indígenas – Principais características das pessoas e dos domicílios, por situação urbana e rural: Resultados do Universo”.

Em nível nacional, os maiores percentuais de indígenas em áreas urbanas em 2022 foram observados em Goiás (95,52%), Rio de Janeiro (94,59%) e Distrito Federal (91,84%). ranking no qual o Mato Grosso do Sul ficou na 20ª posição, com 35,94%.

Por outro lado, os estados com as maiores proporções de pessoas indígenas em áreas rurais em 2022 foram Mato Grosso (82,66%), Maranhão (79,54%) e Tocantins (79,05%), com Mato Grosso do Sul na 8ª posição (64,06%) de indígenas que vivem em área rural.

Todos os municípios do Estado possuem indígenas, destaque para: Campo Grande (18.434), Dourados (12.054) e Amambai (9.988). As menores quantidades de pessoas indígenas foram registradas em Alcinópolis (7), Taquarussu e Pedro Gomes, ambos com três indígenas. 

Terra indígena

De acordo com o IBGE, os municípios do Estado com maior proporção de pessoas indígenas em Terras Indígenas (TI) foram Japorã (98,24%), Tacuru (96,10%) e Dois Irmãos do Buriti (95,40%). Na contramão, os municípios com menor proporção de pessoas indígenas em TI ficaram com Maracaju (35,21%), Corumbá (25,0%) e Bodoquena (16,64%). 

Alfabetização

De acordo com o Censo Demográfico de 2022, em Mato Grosso do Sul, do total de 80.248 pessoas indígenas com 15 anos ou mais de idade, 70.345 pessoas eram alfabetizadas, taxa de alfabetização de 87,6%.

No entanto, ao levar em consideração a divisão rural e urbana, a taxa de alfabetização da população urbana indígena de MS era 91,8%, enquanto na zona rural caia para 84,9%. 

No geral, o que os números mostram é que as taxas de alfabetização para aqueles que se identificam como indígenas são mais baixas do que as da população em geral no estado, dado que a taxa total de alfabetização no estado (94,61%) e a daqueles que se identificam como indígenas (87,66%).

Em domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos um morador indígena, MS mostrou que 64,5% possuíam acesso à rede geral de distribuição, poço, fonte, nascente ou mina encanada até o domicílio.

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