A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação (MEC), anunciou nesta semana o corte de 5.613 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado que estavam previstas para os quatro meses restantes do ano no Brasil. Segundo a Capes, atualmente 65 mil mestres e 23 mil doutores são formados por ano no Brasil.
Em Mato Grosso do Sul, o congelamento das bolsas vão atingir 107 bolsistas, ou seja R$ 714.800,00 a menos de recursos oriundos da educação. Foram preservadas apenas as bolsas para a formação dos professores da educação básica.
Na região Centro-Oeste inteira cerca de 343 bolsas serão congeladas o que vai gerar uma economia de 2.340.500,00 somente na região. A previsão é que, nos próximos quatro anos, R$ 544 milhões deixem de ser investidos em bolsas.
De acordo com o presidente da instituição, Anderson Ribeiro Correia, a medida representa uma economia de R$ 37,8 milhões neste ano no País e o critério utilizado para o bloqueio é para bolsas não utilizadas, com objetivo de preservar todos os bolsistas em vigor.
Conforme dados do Capes, só neste ano foram contingenciados R$ 819 milhões previstos na Lei do Orçamento Anual – 19,15% do total de R$ 4,2 bilhões. O projeto de lei orçamentária para 2020 prevê que a Capes, no próximo ano, conte com R$ 2,2 bilhões, quase a metade da previsão de 2019 (51,7%) ou 64,1% do valor real (pós-contingenciamento).
A reportagem entrou em contato com Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Nalvo Franco de Almeida Jr que informou que cada curso tem seu número de bolsas a partir de fórmulas definidas pela própria agência.
Segundo o represente da universidade, a UFMS ainda não recebeu comunicado oficial da Capes com o detalhamento das suspensões de bolsas por curso. Por isso, ainda não é mensurável qual o impacto específico em cada programa de pós-graduação com essa nova suspensão. "As suspensões já feitas de bolsas não ocupadas e o impedimento de cadastros de novos bolsistas certamente trarão um prejuízo incalculável ao desenvolvimento de pesquisas e à formação de recursos humanos qualificados", explicou Almeida Jr.
Confira abaixo o número de congelamentos de bolsas em cada região do país:
*Com informações da Agência Brasil
*Matéria editada para acréscimo de informações