Cidades

RESCALDO

De região atingida por queimada no Pantanal, mais de 30% foi consumida pelo fogo

Incêndio tem consequências graves para a fauna e flora do local

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Parque Estadual do Rio Negro, que abrange os municípios de Corumbá, Miranda e Aquidauana, teve cerca de 31% de área atingida pelo fogo das queimadas. O incêndio durou cerca de 13 dias - entre o fim de outubro e começo de novembro - e devido ao estado de gravidade o Governo de Mato Grosso do Sul deflagrou a Operação Pantanal II. 

A área de atuação da equipe do Corpo de Bombeiros na operação foi de 572,2 mil hectares desta região, segundo o Mapa Operativo da ação. Deste número, mais de 180,4 mil hectares foram atingidos pelo fogo - área equivalente a 262 campos de futebol de 7,1 metros quadrados. 

Porém, 68% desta área dentro do Parque Estadual permaneceu preservada após esta tragédia ambiental. Na quinta-feira (14), o trabalho de rescaldo na área foi encerrado. “Ressurgiu em alguns pontos o incêndio, no Parque Estadual do Rio Negro, mas foi combatido e extinto. Ontem [sexta-feira], em razão da grande quantidade de chuva no local e a não reincidência de novos focos, foi encerrada a operação”, contou ao Correio do Estado o tenente-coronel Fernando Carminati. 

Trabalho de combate ao fogo exigiu o empenho de cerca de 300 pessoas das unidades do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Exército e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de funcionários das fazendas.

Fonte: Corpo de Bombeiros 

CONSEQUÊNCIAS 

Os prejuízos para a vegetação e os animais ainda são incalculáveis e o futuro dessa área é incerto, segundo pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pantanal. “Os reflexos dessa situação são difíceis de prever, talvez até impossíveis, dada a extensão das áreas afetadas e a falta de levantamentos do que foi perdido”, garante a instituição, em resposta enviada ao Correio do Estado. 

Em uma análise prévia dos pesquisadores, a vegetação pode se recuperar, mas em alguns casos ocorrerão transformações em sua estrutura. “Várias espécies de plantas que ocorrem no Pantanal são oriundas do Cerrado e apresentam características adaptativas ao fogo (troncos com casca mais grossa e capacidade de rebrota), pois queimadas naturais, em consequências de raios, tendem a ocorrer durante a estação chuvosa. Assim, essas áreas queimadas devem se recuperar, mas as queimadas que ocorrem durante o período seco, geralmente mais intensas, podem resultar em alterações na estrutura e na composição das espécies, principalmente nas matas onde as árvores são mais susceptíveis ao efeito do fogo”, avaliaram.

Já para a fauna, esta queimada terá reflexos catastróficos. Insetos e animais com baixa capacidade de locomoção podem ter sido extintos ou deixados à beira da extinção na área afetada pelo fogo. Porém, os especialistas indicam que isso não significa que essas espécies foram extintas do Pantanal, já que a maior parte do bioma foi mantido intacta. “É de se esperar que leve um longo tempo para que a recolonização dessas áreas ocorra e tudo volte ao que era antes. No entanto, é improvável que isso ocorra rapidamente, apesar de a vegetação poder brotar viçosa após o período de chuvas”, responderam. É estimado que cerca de 21% do Pantanal tenha sido devastado neste ano por conta das queimadas.

 

Escuridão

Sem luz há 6 dias, Parque das Nações ficará fechado à noite neste final de semana

Parque tem fechado os portões mais cedo desde o último domingo (19)

24/01/2025 18h15

Postes de iluminação da pista de skate do Parque das Nações estão pifados

Postes de iluminação da pista de skate do Parque das Nações estão pifados Foto: Lucas Caxito

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Pelo sexto dia consecutivo, o Parque das Nações Indígenas não abrirá ao público no período noturno, em Campo Grande, por falta de luz. Sem previsão para a correção do problema, a situação vai permanecer durante o final de semana.

Conforme nota da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o problema na rede elétrica foi constatado no último domingo (19).

Desde então, os frequentadores que costumam caminhar, pedalar ou andar de skate no local durante a noite estão impedidos de fazê-lo.

Conforme o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), enquanto o reparo não ocorrer, as atividades, que normalmente são das 6h às 21h diariamente, serão encerradas às 18h.

"As equipes estão trabalhando, não é um único problema, é uma manutenção geral. É bastante coisa, o parque é muito grande, são fios elétricos bastante extensos. Isso demanda muito tempo para reparar, mas o parque funciona normalmente até às 18h", explicou o Instituto.

"Essa manutenção é feita para dar mais qualidade de atendimento para os usuários do parque, por isso que está tendo essa demanda. [Os trabalhos] já começam cedo e vai até tarde na parte elétrica, é bastante coisa mesmo", complementou.

Escuridão

Em imagens enviadas ao Correio do Estado, de gravação feita no domingo (19), é possível ver que boa parte do parque ficou no escuro. O problema nas torres de iluminação pegou os usuários de surpresa. 

Problemas na rede elétrica não são novidade no Parque das Nações Indígenas. Em 2023, em três diferentes ocasiões o local encerrou as atividades mais cedo por falta de energia.

 

 

Parque das Nações Indígenas

O Parque das Nações Indígenas está localizado na Região Urbana do Prosa, em Campo Grande.

A criação ocorreu em 1993, com a desapropriação pelo Governo do Estado de diversas chácaras e terrenos, localizados às margens dos córregos Prosa e Reveilleau, situados no perímetro urbano compreendido pelas avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, e pelo córrego Sóter.

Por meio do Decreto Estadual no 7.354, de 17 de agosto de 1993, a área urbana passou a ser denominada Parque das Nações Indígenas.

Cenário econômico atrasa a concessão de parques estaduais

O Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE) do governo de Mato Grosso do Sul já concluiu o estudo para a concessão do Parque das Nações Indígenas e do Parque Estadual do Prosa para a inciativa privada. A expectativa, conforme o calendário do próprio EPE, é que o edital seja lançado ainda neste ano.

Na última reunião do Conselho Gestor de Parcerias (CGP) do Programa de Parcerias do Estado de Mato Grosso do Sul (Prop-MS), que ocorreu em dezembro de 2024, um estudo com toda a modelagem econômico-financeira da concessão, com fluxo de caixa, payback (retorno do investimento) e custo médio ponderado do capital, chegou a ser apresentado. Entretanto, os cálculos tiveram de ser todos refeitos.

Terminada a apresentação de toda a modelagem sob o ponto de vista jurídico e econômico, a presidente do CGP, Eliane Detoni, a qual também preside o EPE, demandou a análise da viabilidade de todo o processo de concessão do Parque das Nações Indígenas e do Parque Estadual do Prosa, considerando “novos cenários para a apresentação na próxima reunião”.

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Incentivo

Em MS, Lei Paulo Gustavo teve aproveitamento de quase 100% em 2024

Setor audiovisual foi o mais beneficiado, com investimento total de R$ 20 milhões

24/01/2025 17h30

Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul

Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul

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O Governo de Mato Grosso do Sul utilizou mais de 99% dos recursos disponibilizados pela Leia Paulo Gustavo em 2024. 

Segundo dados atualizados pelo Ministério da Cultura, o estado demonstrou uma eficácia notável na distribuição e aplicação dos fundos destinados ao setor cultural.

Para Marcelo Miranda, secretário de Turismo, Esporte e Cultura, o alto índice de utilização dos recursos reflete uma atuação eficiente e colaborativa com os profissionais do setor.

Já Eduardo Mendes, diretor presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), ressaltou que a execução da Lei Paulo Gustavo em Mato Grosso do Sul não apenas promoveu a inclusão e democratização de recursos, mas também revelou o talento e a diversidade cultural do estado.

Distribuição

O aproveitamento dos recursos foi dividido em duas principais categorias:

  1. Setor Audiovisual:
    • Valor recebido: R$ 20.010.557,63
    • Percentual de utilização: 98,68%
  2. Demais Áreas Culturais:
    • Valor recebido: R$ 7.188.786,50
    • Percentual de utilização: 99,8%

Impacto

A Lei Paulo Gustavo em Mato Grosso do Sul resultou na aprovação de 420 projetos culturais, distribuídos da seguinte forma:

  • 145 projetos no setor audiovisual
  • 275 projetos em outras áreas culturais

Destaca-se que, no setor audiovisual, 22 projetos foram classificados como de grande porte, recebendo entre R$ 250 mil e R$ 1 milhão em recursos.

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