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Decisão deve ser mantida, diz Gonet, ao defender rejeição da ação para desbloqueio do X

PGR pede que Kassio negue pedidos contra decisão de Moraes que suspendeu plataforma de Elon Musk

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou nesta quarta-feira (11) pela rejeição, sem análise do mérito (da questão de fundo), dos pedidos contrários à decisão do ministro Alexandre de Moraes que derrubou o funcionamento do X (antigo Twitter) no Brasil.

A decisão de Moraes foi validada pela Primeira Turma do Supremo, com cinco integrantes, e não foi levada ao plenário, composta pelos 11 ministros. A medida desagradou uma ala da corte.

Gonet, porém, afirma que a decisão da Primeira Turma "corresponde a decisão do Supremo Tribunal sobre o assunto". "Quando o Supremo Tribunal Federal se manifesta por meio de qualquer dos seus órgãos, essa decisão se assume como deliberação do próprio tribunal", diz o PGR.

"Não é, portanto, pelo fato de uma decisão de ordem jurisdicional não ter provindo do plenário, mas ter sido proferida por turma ou por ministro isoladamente, que se deixa de ter aí uma deliberação do Supremo Tribunal Federal em si."

Duas ações contra a decisão sobre esse tema foram enviadas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ficaram sob a responsabilidade do ministro Kassio Nunes Marques --ele pediu que a PGR e a AGU (Advocacia-Geral da União) se manifestassem sobre o tema.

Uma das ações foi apresentada pelo partido Novo e afirmava que, ao suspender a plataforma de Elon Musk, Moraes vai contra a liberdade de expressão e o devido processo legal.

A outra, apresentada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), questionava a aplicação de multa diária de R$ 50 mil a quem usar subterfúgios tecnológicos para a continuidade das comunicações pelo X, como o VPN.

As ações são ADPFs (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), tipo de processo que questiona se houve desrespeito à Constituição.

Gonet afirmou que esse tipo de ação não cabe contra decisão colegiada de uma das turmas da corte, e que deveriam ser apresentados recursos no próprio processo em que houve a determinação.

"Meios de controle de constitucionalidade não podem ser exercidos contra ato da própria corte incumbida de dizer o que é constitucional e de aplicar a Lei Maior [a Constituição]", afirmou o PGR.
Kassio ainda não tomou decisão a respeito das duas ações.

No pedido protocolado no último dia 3, o Novo critica a proibição da plataforma durante o período de eleição municipal por impactar no debate entre candidatos.
No entendimento do Novo, Moraes ao suspender a plataforma vai contra a liberdade de expressão e o devido processo legal.

"Não nos parece crível e consentâneo com as normas constitucionais admitir que um Ministro da Suprema Corte brasileira promova a suspensão de determinada mídia social para expurgar narrativas que impactarão o resultado eleitoral de 2024, inclusive, aliás, em favor de um grupo político específico que vem ganhando tração nos últimos anos", diz a ação apresentada pelo Novo, assinada por Renan Galdeano François e outros advogados.

"Agir dessa forma é vilipendiar a lisura das eleições e, mais do que isso, é atingir frontalmente o princípio democrático em sua maior expoência que ocorre com a realização de pleitos eleitorais de tempos em tempos para configurar o Brasil como um sistema político democrático."

A Primeira Turma do STF manteve de forma unânime a suspensão ao X no Brasil. Apesar dos votos favoráveis de Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, a decisão de Moraes foi vista com ressalvas por parte do tribunal.

Ao enviar seu voto para ser validado pela Primeira Turma, Moraes buscou um ambiente no qual ele tinha segurança de garantir apoio unânime dos pares à sua ordem.

 

*Informações da Folhapress 
 

Ponta Porã

Casal de paraguaios são presos por falsidade ideológica na fronteira

Conforme informações da Polícia Federal, os dois paraguaios, por orientação de uma advogada brasileira, forneceram endereços falsos para a confecção da Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM).

17/09/2024 15h40

Agentes da Polícia Federal nas ruas de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero

Agentes da Polícia Federal nas ruas de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero Divulgação/ Polícia Federal

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Um casal de paraguaios foi preso pela Polícia Federal de Ponta Porã por praticar o crime de falsidade ideológica, após declarar informações inverídicas sobre sua localização em uma unidade de migração da Polícia Federal, durante o processo de confecção da Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM)

Conforme informações da Polícia Federal, o casal apresentou declaração de residência assinadas por uma advogada brasileira, deixando que eles morassem em Ponta Porã. Após investigações feitas por policiais federais, obteve-se que, no endereço informado, funcionou o escritório de advocacia do declarante, e que a própria advogada já havia informado que outros sete cidadãos paraguaios residiam no mesmo local para a confecção da Carteira de Registro Nacional

Durante o flagrante, o casal de paraguaios admitiu que morava em Pedro Juan Caballero e que apenas seguiam as orientações da advogada. Os indivíduos foram presos em flagrante por crime de falsidade de identidade. 

Outra operações na fronteira 

A região de fronteira com o Paraguai ocorreu nesta terça-feira (17) outras operações, o cumprimento de ordens judiciais após investigadores apontarem Tiago Godoy, de 26 anos, como membro importante do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira. 

Segundo as investigações, o grupo criminoso atuava em cinco núcleos autônomos e teriam movimentado ao longo de dois anos mais de R$ 82 milhões de origem ilícita, em grande parte, provenientes de câmbio ilegal e tráfico de drogas.

Além de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, as operações aconteceram nas cidades de Curitiba/PR, São José dos Pinhais/PR, São Paulo/SP, São Caetano do Sul/SP, Natal/RN, Ponta Porã/MS, Chuí/RS, Bagé/RS e Aceguá/RS.
 

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APARECIDA DO TABOADO

Casal morre vítima de descuido e negligência de lenhador

Dono de sítio cortava árvores de eucaliptos, uma caiu sobre a rede de energia, a fiação caiu e energizou uma cerca de arame. Ele deixou o local sem alertar os vizinhos

17/09/2024 15h10

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Uma mulher de 42 anos e um homem de 36 morreram eletrocutados nesta segunda-feira (16) em um sítio na área rural de Aparecida do Taboado, região leste do Estado, na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo e Minas Gerais. Até a manhã desta terça-feira a identidade das vítimas não havia sido revelada, mas os dois estavam ajudando a combater um incêndio em uma pastagem. 

Conforme o boletim de ocorrência registrado na delegacia, as mortes aconteceram depois da queda de uma árvore de eucaliptos sobre a fiação da rede de energia elétrica, que rompeu dois fios e energizou uma cerca de arame. O proprietário do sítio havia vendido a plantação e estava fazendo o corte, quando os galhos de uma delas atingiu a fiação. 

E, em vez de acionar a Energisa e alertar moradores próximos sobre o risco de alguém sofrer uma descarga elétrica, abandonou o local, segundo relato de bombeiros feitos à polícia. Os bombeiros foram ao local para combater um incêndio na pastagem e nem mesmo tinham conhecimento sobre a morte do casal ou a queda da fiação.

Depois que conseguiram controlar o fogo, com ajuda de voluntários, descobriram que o fogo havia sido provocado justamente pelas faíscas procedentes da fiação que havia sido rompida pelos galhos da árvore de eucaliptos. 

Ainda de acordo com o relato dos bombeiros à polícia, o casal morreu ao encostar em uma cerca de arame. O homem teria tentado cruzar a cerca e sofreu a descarga. A mulher tentou ajudar e também acabou sofrendo a descarga elétrica. O casal teria ido ao local para ajudar a combater o incêndio. 

Conforme o relato de um dos bombeiros à polícia, “a mulher estava com um corte enorme no pescoço e se encontrava sobre o rapaz que estava parcialmente carbonizado”. 

Ao perceber o perigo, o bombeiro emitiu um alerta a todos que estavam nas imediações e acionou técnicos da Energisa, que finalmente desativaram a fiação. O galho que havia atingido a rede de energia estava inclusive bloqueando a entrada do sítio. 

Questionado pelos bombeiros, o responsável pelo corte das árvores, que estava recebendo R$ 85 por metro cúbico de eucaliptos, alegou que não havia reparado que fora ele o responsável pelo incêndio na vegetação, embora tivesse percebido o surgimento do fogo antes de deixar o local. 

E, mesmo alertado para que preservasse o local até que a perícia fizesse os levantamentos, o proprietário do imóvel, identificado apenas como Roberval Claudino, utilizou um trator para arrastar o galho e desobstruir o acesso. 

NOTA DA ENERGISA

 Em tese, a fiação de energia deveria desligar automaticamente, mas nem sempre isso ocorre. Por isso, concessionária de energia emitiu uma nota de alerta. 

 “a Energisa se coloca à disposição das autoridades para contribuir na apuração das causas do acidente. A concessionária reforça a importância de um profissional habilitado para a atuação do serviço de poda de árvores com o uso indispensável dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). E reforça que, em casos onde haja proximidade ou contato com a rede elétrica, não faça a poda da árvore, entre em contato com a Energisa.

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