Cidades

CAOS NO HOSPITAL

Defensoria encontra pacientes sem água e comida em unidade

Principal unidade pública de Dourados entrou na mira após denúncias

RAFAEL RIBEIRO

16/08/2019 - 15h57
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A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul conseguiu administrativamente a transferência de oito dos 17 pacientes que estavam internados no setor de nefrologia do Hospital da Vida, em Dourados, e não recebiam os devidos cuidados. Os casos foram considerados urgentes e de média e alta complexidade. Como exemplo, muito deles estavam sequer sem água e comida.

A medida foi tomada após a defensora pública Mariza Fátima Gonçalves, representantes do Ministério Público Estadual, Defensoria Pública da União, Ordem dos Advogados do Brasil do Estado e vereadores do município constatarem o estado caótico a qual se encontrava a unidade de saúde, em visita realizada no último dia 8.

Segundo a defensora pública, nessa vistoria, os pacientes estavam há mais de um dia sem ingerir água ou alimentos, aguardando diagnóstico e sem nenhuma informação da equipe atuante no hospital. Além disso, também foram encontrados pacientes que relataram dores há pelo menos três horas sem serem devidamente medicados.

A situação caótica, conforme a defensora, se instalou devido a uma dívida milionária da unidade de saúde, o que acarretou no não pagamento de fornecedores. O valor não foi informado.

Serviços essenciais, como exames, estão sendo suspensos. Também faltam médicos, insumos básicos e ainda existem atrasos de pagamento e escalonamento de salário de profissionais, o que provoca péssimas condições do serviço oferecido à população.

“A Defensoria Pública trabalha diuturnamente para garantir os direitos individuais e coletivos desses assistidos. Além das transferências, realizamos outros sete atendimentos de pacientes que estavam em situações precárias ou mal assistidos no hospital. Eles receberam orientações jurídicas e foram aconselhados a irem até a sede da Defensoria para outras providências”, revelou a defensora Mariza, que atua em auxílio à coordenadora da 4ª Regional de Dourados.

A defensora relata que um dos assistidos foi levado ao hospital às 17h30 do dia da visita, pelo Corpo de Bombeiros, com fratura na coluna e trauma no abdômen, mas que até ás 21h ainda não havia recebido medicamentos ou tratamento.

Na segunda-feira (12), Mariza participou de reunião com integrantes do Judiciário, OAB, vereadores e representantes da Secretaria de Saúde do Estado e de Dourados, na OAB/MS, 4ª Subseção Dourados/Itaporã.

No encontro, a pauta discutida foi quais medidas a Secretaria de Saúde do Município já tomou para amenizar a situação caótica da Saúde Pública de Dourados, especificamente no Hospital da Vida, após as denúncias de várias irregularidades e intervenção do Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados).

Após ampla discussão, foi deliberado que serão averiguadas a revisão das pactuações entre Hospital da Vida, Hospital Universitário, Hospital Evangélico e Hospital Cassems. Também foi dado o prazo de até o fim deste mês para que a situação seja resolvida antes que medidas judiciais sejam tomadas, como por exemplo, a intervenção do Estado no município. Foi pedido, ainda, mais clareza e rapidez na prestação de contas, por meio do portal da transferência.

 

Cidades

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Um dos suspeitos já estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN

20/03/2025 17h00

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS Divulgação

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Três homens, incluindo pai e filho, foram presos por envolvimento em um roubo cometido contra um idoso de 66 anos no município de Miranda, ocorrido na noite do dia 18 de março de 2025.

Na ocasião, os homens invadiram uma conveniência em Miranda, onde, além de subtrair jóias e outros pertences da vítima, mantiveram o idoso sob ameaça, utilizando uma arma de fogo. Após tomar conhecimento do crime, o DRACCO iniciou as investigações para identificar os responsáveis, recuperar os objetos roubados e apreender a arma usada no crime.

A operação contou com a troca de informações entre as equipes do DRACCO e as Polícias Civil e Militar de Bonito. Após diligências, os policiais identificaram três suspeitos: I.P.O. (50), líder do grupo, seu filho W.F.O.L. (26) e J.S.R.J. (34).

Já na tarde da última quarta-feira (19), o líder do grupo foi localizado enquanto se deslocava para Campo Grande, dirigindo um veículo GM/Onix de cor prata. Durante a busca no veículo, os policiais encontraram as jóias roubadas, que foram prontamente reconhecidas pela vítima.

Além disso, foi constatado que o suspeito estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN/MS.

Dando continuidade às investigações, policiais civis e militares de Bonito conseguiram prender W.F.O.L. e J.S.R.J. e apreenderam a arma usada no crime um revólver calibre .38 além de roupas e outros objetos relacionados ao crime.

Os três suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de roubo contra pessoa idosa, com as qualificadoras de concurso de agentes, emprego de arma de fogo e restrição da liberdade da vítima. Vale ressaltar que tanto I.P.O. quanto seu filho W.F.O.L. possuem passagens na polícia, por crimes como roubos e extorsão mediante sequestro.

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Cidades

Polícia indicia "falsa biomédica" que deformou paciente em Campo Grande

A suspeita, que não possui nível superior, foi investigada após quatro mulheres que passaram por procedimentos estéticos irem parar no hospital, e uma delas ficar com deformidades

20/03/2025 15h33

Crédito: Freepik

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Uma mulher de 27 anos, que atendia pacientes se passando por biomédica e esteticista e levou pacientes a diversas internações após o atendimento, foi indiciada pela Polícia Civil de Campo Grande.

A investigação teve início quando quatro mulheres que foram atendidas pela suspeita, que atuava em um espaço de coworking, apresentaram sintomas graves após um tratamento estético de preenchimento labial em setembro de 2024.

A suspeita sequer possui formação superior e, ainda assim, se apresentava para as clientes como biomédica e esteticista.

Para se ter ideia, depois de realizar o procedimento, as vítimas foram parar no hospital, passaram por atendimento médico e, em um dos casos, uma paciente precisou ser submetida a uma traqueostomia.

Os laudos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) indicaram que, ocorreram lesões de natureza gravíssima, já que uma vítima acabou com deformidade permanente na região da mandíbula em decorrência de fibrose.

Investigação

Policiais da Segunda Delegacia de Polícia (2ª DP) apreenderam, na residência da investigada, medicamentos de uso estético que só podem ser utilizados por profissionais formados em medicina, odontologia e biomedicina.

Além disso, a medicação não estava armazenada da maneira indicada. Outro ponto é que os produtos não possuíam registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foram importados ilegalmente.

Na casa da “falsa biomédica”, a equipe localizou um diploma de estética falsificado em nome de uma faculdade de Campo Grande, o que, segundo a investigação, foi utilizado para induzir os pacientes ao erro, já que confiavam na suposta formação técnica da profissional.

Ao analisarem o certificado, os peritos constataram que o documento era falso.

Com isso, a Polícia Civil acionou a Justiça, que proibiu a mulher de continuar atuando como esteticista. A suspeita foi indiciada por lesão corporal de natureza gravíssima, uso de produto medicinal sem registro na Anvisa, indução do consumidor a erro e uso de documento falso.

O próximo passo fica a cargo do Ministério Público, que definirá por quais crimes ela será denunciada. Para se ter ideia, somando apenas as penas mínimas dos delitos cometidos, a reclusão ultrapassa dez anos e pode chegar a mais de 25 anos no máximo.

“São, em geral, métodos invasivos, com injeção de medicação além da derme”, explica a delegada que atuou no caso, Bárbara Alves. “São procedimentos caros, então o interessado deve sempre desconfiar de preços muito promocionais e pesquisar antes se o profissional possui registro no conselho de sua categoria”, alertou a Polícia Civil.

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