Cidades

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Deflagrada há 5 anos, Omertà resultou em penas de 129 anos de prisão

No total, foram 17 pessoas condenadas, sendo 11 deles agentes de segurança pública, além de Jamil Name Filho

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A Operação Omertà, uma das maiores ofensivas contra o crime organizado em Mato Grosso do Sul e que revelou a existência de uma milícia armada ligada à exploração do jogo do bicho, formada por empresários e agentes de segurança pública, completa cinco anos de deflagração nesta sexta-feira (27). 

Ao longo deste período, a operação teve sete fases, sob responsabilidade do Grupo de Atuaçaõ Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que resultaram na condenação de 17 acusados, com penas que somam 269 anos de prisão.

Dentre os principais nomes acusados e condenados por envolvimento na milícia armada estão Jamil Name Filho, condenado há mais de 73 anos de prisão; o ex-guarda municipal Marcelo Rios, o policial aposentado Vladenilson Olmedo e o ex-policial federal Everaldo Monteiro Assis.

Jamil Name também foi preso durante ações da Omertà, em setembro de 2019, apontado como chefe da organização criminosa, morreu em junho de 2021, aos 82 anos, em decorrência da Covid-19. Ele estava preso em Mossoró (RN) e não chegou a passar por julgamento antes da morte.

"Ao levar para a prisão pessoas de sobrenome influente e seus comandados, a Omertà trouxe - além de mais de 269 anos de reclusão em condenações - os sentimentos de justiça, alívio e esperança para famílias que sofreram com a violência e os desmandos perpetrados para assegurar os negócios ilícitos ou, ainda, se vingar de inimigos por questões banais", diz o MPMS, em nota.

Omertà em números

Dentre os números expressivos da Omertà estão:

  • 17 condenados
  • 21 ações penais
  • 269 anos em penas de reclusão
  • 11 agentes de segurança pública punidos, entre policiais civis, um delegado, guardas civis metropolitanos, um policial militar e um policial federal

Os crimes denunciados incluem:

  • Organização criminosa
  • Obstrução à justiça
  • Extorsão
  • Homicídios
  • Posse/Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito
  • Receptação
  • Corrupção ativa e passiva
  • Lavagem de dinheiro

Casos emblemáticos

A primeira fase da Operação Omertá foi deflagrada em setembro de 2019. 

Dentre os casos emblemáticos, destaca-se o assassinato do estudante Matheus Coutinho Xavier, que foi executado por engano no lugar do pai, Paulo Roberto Teixeira Xavier, conhecido como PX, em 9 de abril de 2019.

Jamil Name Filho foi acusado de ter sido o mandante do crime, enquanto Marcelo Rios e Vladenilson seriam seus intermediadores, ou seja, responsáveis pela contratação de uma dupla de pistoleiros.

Os  pistoleiros foram à casa de PX, no Bairro Jardim Bela Vista, em Campo Grande.  Assim que a caminhonete saiu da garagem do militar, a dupla disparou tiros de fuzil contra o motorista.No entanto, o filho de PX era quem conduzia o veículo.

Jamilzinho, foi condenado a 20 anos de prisão pelo homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e o emprego de recursos que dificultaram a defesa da vítima.

Ele também foi condenado por posse ilegal de arma de fogo (um fuzil AK-47, de calibre 7,62) a 3 anos e 6 meses de prisão, além de pagamento de 60 dias-multa.

Outro caso de repercussão foi o homicídio do empresário Marcel Hernandes Colombo, conhecido como Playboy da Mansão, morto em 18 de outubro de 2018 em um bar na Avenida Fernando Corrêa da Costa.

O assassinato teria sido motivado por vingança de desentendido anterior da vítima e Jamilzinho em uma boate, em Campo Grande, quando Marcel deu um soco no nariz de Jamilzinho.

Por este crime, Jamilzinho foi condenado a 15 anos de prisão, sendo considerado o mandante do crime.

Marcelo Rios foi condenado a 15 anos de prisão, enquanto o policial federal Everaldo Monteiro de Assis pegou 8 anos e 4 meses de detenção. O primeiro segue preso, já o ex-agente federal poderá recorrer em liberdade, pois não foi decretada a sua prisão preventiva.

O quarto julgado, o ex-guarda municipal Rafael Antunes Vieira foi condenado a 2 anos, 6 meses e 30 dias em regime aberto. Com isso, ele também não será preso.

Próximos passos

Conforme o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, os trabalhos da Omertà continuam, como uma coluna ativa contra o crime organizado em Mato Grosso do Sul.

"Ainda há ações penais em trâmite, algumas condenações já transitaram em julgado e outras aguardam julgamento em segunda instância em virtude de recursos interpostos", diz o órgão.

O MPMS cita ainda que a partir da Omertà, seguiram-se outras iniciativas para combater grupos criminosos, dentre elas a operações Sucessione, para desbaratar organização criminosa que queria assumir o comando da jogatina e, mais recentemente, a operação Forasteiros, que foi às ruas para prender sete pessoas ligadas a grupo vindo de São Paulo com o mesmo objetivo.

“A Omertà advém do competente trabalho investigativo desenvolvido, sobretudo, nos procedimentos de investigação criminal (PIC) conduzidos pelo Gaeco e os resultados alcançados até a presente são fruto de esforço coletivo de diversos membros do Ministério Público e de parcerias com outras Instituições. É preciso celebrar a prevalência da justiça nas condenações obtidas, bem como destacar a transformação social que o resultado punitivo promove, a partir do esperançar na redução da impunidade. Mas o trabalho segue firme, forte e consistente nas variadas ações e recursos que seguem em curso, inclusive junto aos Tribunais Superiores", conclui o Gaeco.

Portas Abertas

Comércio poderá abrir no domingo das eleições em Campo Grande

Conforme nota divulgada nesta sexta-feira (27), lojistas poderão abrir, desde que reservem horário para os funcionários votarem

27/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) informou que o comércio poderá funcionar no domingo (6) das eleições na Capital.

No entanto, o comerciante precisa reservar um horário para que os funcionários deixem o estabelecimento para votar.

“Quem tiver a oportunidade e quiser abrir, não existe restrição. Mas é importante que todos os funcionários tenham tempo hábil para ir votar e conseguir voltar para o trabalho, além de ter o horário de almoço já reservado. Tudo deve ser conversado entre patrão e funcionário”, pontuou a presidente em exercício da CDL Campo Grande, dra. Inês Santiago.

Funcionamento

Segundo o gerente de relações sindicais da Fecomércio MS, Fernando Camilo, não há nada que impeça a abertura do comércio no domingo das eleições municipais.

“Não existe proibição nenhuma, apenas o empresário precisa dar oportunidade para o funcionário votar, fazendo o escalonamento. Ele tem que coordenar o horário”, explicou Camilo.

No entanto, ainda não existe definição sobre a abertura de estabelecimentos que trabalham com a venda de bebidas alcoólicas, uma vez que a portaria que trata da Lei Seca ainda não foi publicada para as eleições de 2024.

Horário das Eleições

É importante reforçar que, neste ano, a votação seguirá o horário de Brasília. A mudança é decorrente de uma decisão do Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de dezembro de 2021 e incluída na Resolução TSE nº 23.669.

Deste modo, os eleitores de Mato Grosso do Sul precisam ajustar os horários para o exercício da democracia. A abertura das urnas ocorre das 7h às 16h.

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Mato Grosso do Sul

PRF realiza maior apreensão do ano com 30 toneladas de maconha em carga de milho

Esta é a maior apreensão de maconha realizada no país neste ano. O recorde anterior foi em maio, quando policiais encontraram 26 toneladas da droga na região sul do estado.

27/09/2024 17h30

Apreensão aconteceu próximo ao município de Amambai

Apreensão aconteceu próximo ao município de Amambai PRF/ Divulgação

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Os agentes da Polícia Rodoviária Federal (27), de Mato Grosso do Sul, realizaram nesta sexta-feira (27) a maior apreensão de maconha realizada no país. Durante uma fiscalização, os policiais encontraram quase 30 toneladas de maconha, escondidos em carga de milho, próximo ao município de Amambai, a 301 quilômetros de Campo Grande. 

Segundo informações preliminares, a carreta com placas do Rio Grande do Sul transportava uma carga de milho pela MS-156 com destino ao município de Marau (RS). Ao avistar o veículo, os policiais da PRF, em conjunto com o SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil, sinalizaram para que o motorista, cuja identidade foi preservada, parasse.

Em vistoria a carga de milho, os policiais encontraram 28.280 toneladas de maconha.  

Questionado, o condutor alegou que ficaria com  o veículo como pagamento. Ele ainda afirmou aos policiais que pegou o veículo em Maracaju e estaria a caminho do interior do Rio Grande do Sul. 

Conforme apuração do Correio do Estado, essa é a maior apreensão de maconha já registrada no país. O recorde anterior era de 26 toneladas, apreendidas em maio deste ano, durante uma fiscalização entre os municípios de Eldorado e Iguatemi.

O motorista foi preso em flagrante e responderá pelos crimes de tráfico de drogas. 

26 toneladas de maconha 

O último recorde de apreensão de maconha no país, foi em maio deste ano, quando policiais encontraram escondidas em meio a carga de  milho, 26 toneladas. A apreensão aconteceu entre os municípios de Eldorado e Iguatemi. 

Além dos entorpecentes, os policiais encontraram armas pesadas e munições escondidas. 

Duas pessoas foram presas em flagrante nesta operação. Aos policiais, eles relataram que os entorpecentes seriam levados para o município de Lajeado (RS). 

 

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