Mato Grosso do Sul registrou 18 mortes por dengue até o dia 02 de outubro de acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Esse número é 60% menor que o número de mortes registrado no mesmo período referente ao ano passado, quando o Estado já contabilizava 30 óbitos confirmados.
O número também é menor que o registrado no mesmo período em 2023, quando foram registrados 43 óbitos pela doença. Em 2022, foram 24 mortes na janela de tempo.
Além disso, no mesmo período, foram notificados 8 mil casos a menos de janeiro a outubro deste ano com relação ao mesmo período no ano passado. Até agora, foram confirmados 8.172 casos no Estado e 13.438 estão em investigação.
Em 2024, em dez meses, já haviam sido confirmados 15.966 casos em Mato Grosso do Sul, uma incidência de 588 casos a cada 100 mil habitantes.
Em 2023, o número de casos se manteve alto, com 41.046 casos confirmados no Estado, o que significa que, a cada 100 mil habitantes, 1.489 estavam com dengue.
Já em 2022, o total de casos confirmados no período foi de 21.328, com uma incidência de 759,2 casos por 100 mil habitantes.
Mesmo com os casos diminuindo, 50 municípios de Mato Grosso do Sul estão com alta incidência de casos, acima de 300 casos por 100 mil habitantes.
Figueirão apresenta o maior número proporcional. O município possui uma população de 3.539 habitantes. Destes, são 246 casos prováveis de dengue, o que significa que se houvessem 100 mil habitantes, 6.951 estariam sofrendo com a dengue.
O município com maior número de casos no Estado é Ivinhema, com 579 casos confirmados da doença.
Nos últimos 14 dias, Inocência, Nioaque, São Gabriel do Oeste, Paranaíba, Maracaju e Dourados registraram 1 ou 2 casos da doença, com incidência baixa de casos confirmados.
Já os óbitos registrados ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Iguatemi, Paranhos, Itaquiraí, Água Clara, Miranda, Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande.
Entre as vítimas, 8 delas possuíam algum tipo de comorbidade.
Chikungunya
Por outro lado, de janeiro a outubro, Mato Grosso do Sul já registrou 13.552 casos prováveis de Chikungunya, sendo 7.430 casos confirmados.
Esse número é quase cinco vezes maior que o número de casos total registrado em 2024, que foi de 2.766, que era, até então, o maior número da série histórica, que iniciou em 2015 com a contagem dos casos da doença.
De acordo com o Boletim Epidemiológico da Chikungunya divulgado nesta quinta-feira (9), dos 79 municípios do Estado, 42 estão classificados como de alta incidência de casos, com números acima de 300 casos por 100 mil habitantes.
O município Glória de Dourados continua sendo é o que tem maior taxa de incidência, onde foram registrados 687 casos prováveis para uma população de 10.444 habitantes, com uma incidência de 6.577,9 casos por 100 mil habitantes.
Maracaju foi a cidade em que mais foram registrados casos da doença no Estado: 1.956
Desde o início do ano, foram confirmados 16 óbitos pela doença nos municípios de Dois Irmãos do Buriti, Vicentina, Naviraí, Terenos, Fátima do Sul, Dourados, Sidrolândia, Glória de Dourados, Maracaju e Iguatemi. Entre as vítimas, 12 delas possuíam algum tipo de comorbidade.
Vacina
No Estado, das 241.030 doses recebidas pelo Governo Federal, já foram aplicadas 188.875.
O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.
A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.


