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Dengue mata menos em 2025 que nos últimos três anos em MS

Já são 18 mortes confirmadas pela doença, mas o número ainda é menor que o registrado desde 2022 no mesmo período

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Mato Grosso do Sul registrou 18 mortes por dengue até o dia 02 de outubro de acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Esse número é 60% menor que o número de mortes registrado no mesmo período referente ao ano passado, quando o Estado já contabilizava 30 óbitos confirmados. 

O número também é menor que o registrado no mesmo período em 2023, quando foram registrados 43 óbitos pela doença. Em 2022, foram 24 mortes na janela de tempo. 

Além disso, no mesmo período, foram notificados 8 mil casos a menos de janeiro a outubro deste ano com relação ao mesmo período no ano passado. Até agora, foram confirmados 8.172 casos no Estado e 13.438 estão em investigação. 

Em 2024, em dez meses, já haviam sido confirmados 15.966 casos em Mato Grosso do Sul, uma incidência de 588 casos a cada 100 mil habitantes. 

Em 2023, o número de casos se manteve alto, com 41.046 casos confirmados no Estado, o que significa que, a cada 100 mil habitantes, 1.489 estavam com dengue. 

Já em 2022, o total de casos confirmados no período foi de 21.328, com uma incidência de 759,2 casos por 100 mil habitantes. 

Mesmo com os casos diminuindo, 50 municípios de Mato Grosso do Sul estão com alta incidência de casos, acima de 300 casos por 100 mil habitantes. 

Figueirão apresenta o maior número proporcional. O município possui uma população de 3.539 habitantes. Destes, são 246 casos prováveis de dengue, o que significa que se houvessem 100 mil habitantes, 6.951 estariam sofrendo com a dengue. 

O município com maior número de casos no Estado é Ivinhema, com 579 casos confirmados da doença. 

Nos últimos 14 dias, Inocência, Nioaque, São Gabriel do Oeste, Paranaíba, Maracaju e Dourados registraram 1 ou 2 casos da doença, com incidência baixa de casos confirmados. 

Já os óbitos registrados ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Iguatemi, Paranhos, Itaquiraí, Água Clara, Miranda, Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande.

Entre as vítimas, 8 delas possuíam algum tipo de comorbidade. 

Chikungunya

Por outro lado, de janeiro a outubro, Mato Grosso do Sul já registrou 13.552 casos prováveis de Chikungunya, sendo 7.430 casos confirmados. 

Esse número é quase cinco vezes maior que o número de casos total registrado em 2024, que foi de 2.766, que era, até então, o maior número da série histórica, que iniciou em 2015 com a contagem dos casos da doença. 

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Chikungunya divulgado nesta quinta-feira (9), dos 79 municípios do Estado, 42 estão classificados como de alta incidência de casos, com números acima de 300 casos por 100 mil habitantes. 

O município Glória de Dourados continua sendo é o que tem maior taxa de incidência, onde foram registrados 687 casos prováveis para uma população de 10.444 habitantes, com uma incidência de 6.577,9 casos por 100 mil habitantes. 

Maracaju foi a cidade em que mais foram registrados casos da doença no Estado: 1.956

Desde o início do ano, foram confirmados 16 óbitos pela doença nos municípios de Dois Irmãos do Buriti, Vicentina, Naviraí, Terenos, Fátima do Sul, Dourados, Sidrolândia, Glória de Dourados, Maracaju e Iguatemi. Entre as vítimas, 12 delas possuíam algum tipo de comorbidade.

Vacina

No Estado, das 241.030 doses recebidas pelo Governo Federal, já foram aplicadas 188.875.

O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.

80 milhões

Adriane diz que culpa de enchentes é falta de dinheiro do Governo Federal

Prefeita afirmou que Campo Grande não tem recursos próprios para arcar com obra de R$80 milhões para drenagem na Av. Rachid Neder, projeto que não foi aprovado pelo PAC

13/11/2025 17h52

Obra de drenagem está orçada em R$80 milhões

Obra de drenagem está orçada em R$80 milhões FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, afirmou na manhã de hoje que as inundações que aconteceram, de forma específica, na Avenida Rachid Neder na Capital, em razão das fortes chuvas que caíram durante a noite, são consequência da falta de envio de recursos do Governo Federal à cidade. 

Segundo Adriane, as obras de drenagem e contenção na região do São Francisco, especificamente na Avenida Ernesto Geisel, trariam uma "resposta rápida" para Campo Grande. 

"Essa é a obra que traria uma resposta rápida para a cidade. Infelizmente não tivemos aprovação no PAC, o Governo Federal não recepcionou o projeto que estava pronto, então nós estamos em busca de recursos. Essa obra da Rua Corguinho é uma obra de grande relevância que reduziria os impactos da chuva na Rachid Neder", pontuou a prefeita.

Em 2024, a Prefeitura Municipal do município elaborou projetos de infraestrutura para solicitar recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

No mês de julho do mesmo ano, foram destinados R$150 milhões para Campo Grande, com destaque para o projeto de recuperação e adequação de drenagem e manejo de águas fluviais/Prevenção a desastres no Fundo de Vale do Rio Anhanduizinho. 

No entanto, de acordo com Adriane, o projeto que contemplava a restruturação da Avenida Mascarenha de Moraes, não foi contemplado no Plano. 

"Não houve nenhuma justificativa plausivel para que não fosse aprovado porque o projeto estava pronto e é de grande relevância para a cidade Mas, também, de grande valor de investimento. Campo grande precisa de aporte e de recursos. Sem esses recursos, não é possível fazer uma uma obra de emergência, que traz resposta para a resposta. 

Segundo a prefeita, a obra para trabalhar a drenagem e conter outros alagamentos, após décadas de problemas na região está orçada em R$80 milhões. 

"Nossa equipe tem o planejamento, mas precisamos de recursos. Recursos próprios para esse investimento, Campo Grande hoje não tem, por isso estamos buscando a parceria do governo federal e estadual". 

O impacto das chuvas sobre a região do São Francisco, especialmente no cruzamento da Ernesto Geisel, Mascarenha de Moraes e Rachid Neder, tem contribuído para o desgaste e impermeabilização do asfalto.  

"A cidade vai crescendo, vai impermeabilizando, vai criando asfalto, calçada, isso vai dificultando a drenagem nas regiões. Essa drenagem tinha um impacto quando foi construída, mas com o desenvolvimento da região, esse impacto mudou. 

Monitoramento

Campo Grande possui 16 pontos críticos que são "monitorados a todo tempo, especialmente em períodos de chuva". O acumulado de chuva entre a noite de ontem e a manhã de hoje já havia chegado a 110 milímetros na cidade em 12 horas.

"É um impacto muito grande pra cidade em curto espaço de tempo. Temos equipe a postos, preparados, mas nunca sabemos qual o volume que vai ter de chuva. As mudanças climáticas estão afetando diversas cidades e em Campo Grande não é diferente", afirmou a prefeita. 

PAC

A Casa Civil da Presidência da República divulgou, no dia 15 de outubro, uma nova lista de projetos incluídos no Novo PAC. Ao todo, 24 projetos de Mato Grosso do Sul terão recursos para obras e aquisição de bens e serviços. 

Em Campo Grande, foram incluídos empreendimentos para Equipamentos para Expansão da Radioterapia no SUS e para Creche/Escola de Educação Infantil, fora os R$150 milhões emprestados no ano passado. 

Ao todo, Campo Grande tem R$ 730.785.668,67 em projetos com investimentos do programa federal.

Chuvas

No início da tarde de hoje, mais 41,2 milímetros de chuva caíram em Campo Grande em um intervalo de duas horas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia. A temperatura despencou 6,5ºC, saindo de 27,9°C para 21,4°C.

Mais uma vez, a avenida Rachid Neder se transformou em rio, juntamente com a avenida Ernesto Geisel. 

O alagamento deixou mãe e filha presas dentro de um veículo no meio da enxurrada. De acordo com as informações, o carro ficou parado cerca de 10 minutos no meio das águas enquanto as mulheres aguardavam o resgate. 

Segundo observadores da situação, o carro chegou a ser levado por poucos metros pela força da correnteza. O veículo foi retirado por um trator. 

Segundo o Climatempo, durante as próximas horas ainda podem cair cerca de 12,66 milímetros se estendendo até a madrugada.

Mato Grosso do Sul segue em alerta de perigo para tempestades até a manhã do próximo sábado (14), abrangendo todos os municípios do Estado. Há risco de grandes volumes de chuva, fortes rajadas de vento (até 100 km/h) e possível queda de granizo. 

Em caso de perigo, contate a Defesa Civil pelo número 199.
 

Audiência pública

Câmara vai discutir por que Campo Grande voltou a ter favelas

Capital de MS, há duas décadas "zerou" favelas, agora tem 62 comunidades

13/11/2025 17h22

Vereador Landmark Rios

Vereador Landmark Rios Gerson Oliveira

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Por iniciativa do vereador Landmark Rios (PT), a Câmara dos Vereadores de Campo Grande promove nesta sexta-feira, a partir das 8h30min, a Audiência Pública sobre Regularização de Favelas. A iniciativa também foi promovida com a deputada estadual Gleice Jane (PT). 

No evento, Landmark pretende discutir a situação de 62 comunidades da periferia de Campo Grande, resultantes de ocupações irregulares, de áreas públicas (a maioria) e privadas. O objetivo é buscar saídas para investimento em habitação e regularização fundiária. 

Devem participar do evento representantes das agências municipal (Amhasf) e estadual (Agehab), além de representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pela área habitacional no governo federal. 

“É algo muito grave o que está ocorrendo, porque há pouco mais de 10 anos não tínhamos favelas em Campo Grande, tínhamos zerado, e agora, elas voltaram a se proliferar. Além de entender o problema, é preciso resolvê-lo, encontrar caminhos para isso”, disse Landmark Rios em entrevista ao Correio do Estado. 

Também participarão do evento lideranças de movimentos sociais, como por exempo integantes locais da Central Única das Favelas (Cufa). 

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