Cidades

ultima ratio

Desembargadores afastados custam R$ 1,1 mil por hora a MS

No mês passado, os salários somados dos cinco magistrados somou R$ 803,5 mil. Eles estão afastados de seus cargos desde o dia 24 de outubro

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Afastados de seus cargos por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde o dia 24 de outubro, os cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul receberam, juntos, R$ 803.584,00 em salários e diárias no mês passado. 

Levando em consideração os salários e penduricalhos relativos a outubro, isso significa R$ 26.786,00 por dia, ou R$ 1.116,00 por hora. E, levando em conta que nesta segunda-feira completam-se 26  dias que estão sem trabalhar, já causaram prejuízo da ordem de R$ 696 mil aos cofres públicos, supondo que ao final de novembro recebam os mesmos salários. 

De acordo com o site da transparência do Tribunal de Justiça, dentre os cinco desembargadores, o maior salário relativo a outubro foi pago ao presidente, Sérgio Fernandes Martins, que recebeu R$ 199.681,00. Depois dos descontos, sobraram, líquidos, R$ R$ 171.644, mais R$ 5,8 mil relativos a diárias. 

Logo na sequência aparece Sideni Soncini Pimentel, eleito para ser o próximo presidente do TJMS, com rendimento de R$ 156.124. O faturamento líquido foi de R$ 122.659,00, além de R$ 3,3 mil relativos a diárias, conforme demonstram os dados disponíveis no site da transparência. Todos os órgãos públicos são obrigados a informar publicamente o salário dos servidores.

Os outros três afastados, Vladimir Abreu, Marcos Brito e Alexandre Bastos, receberam, respectivamente, R$ 151.480,00, R$ 148.975,00 e R$ 147.314,00, embora o chamado salário-base, definido pela legislação, seja de R$ 39.717,69. 

O que faz “engordar” os salários dos magistrados são os chamados penduricalhos (como auxílio transporte, saúde, moradia..) e as verbas retroativas e vantagens eventuais. Em outubro, por exemplo, cada um dos cinco afastados recebeu, líquido, R$ 70 mil a título de verbas retroativas. 

Essa mesma indenização, que variou entre R$ 35 mil  R$ 70 mil, está sendo paga a todos os magistrados de Mato Grosso do Sul, que são os mais caros do Brasil, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

E, ser for levado em consideração o fato de o juiz Paulo Afonso de Oliveira também ter sido afastado, o “prejuízo” aos cofres públicos é ainda maior. Em outubro ele recebeu R$ 114,298,00. Somando esse valor, o custo total mensal dos dos seis magistrados chega a R$ 917.882,00, o equivalente a 650 salários mínimos, que é de R$ 1.412,00.

ULTIMA RATIO

Todos foram afastados por conta da suspeita de que estejam envolvidos em um esquema de venda de sentenças judiciais envolvendo uma série de escritórios de advocacia pertencentes a filhos de desembargadores e a outros advogados. 

Todos os magistrados estão sendo monitorados por tornozeleiras eletrônicas, que foram instaladas somente 12 dias depois da determinação do ministro Francisco Falcão, do STJ. 

Somente em uma das ações que está na mira da Polícia Federal e que convenceu o STJ a determinar o fastamento, que também foi estendido ao conselheiro Osmar Jeronymo, do Tribunal de Contas, desembargadores e advogados tentavam tomar mais de R$ 178 milhões do Banco do Brasil. 


 

Douradina

Médico morre esfaqueado em posto de saúde no interior de MS

O profissional da saúde foi atingido por pelo menos sete facadas e morreu enquanto era levado ao hospital. O crime aconteceu na cidade de Douradina, região sul do Estado

18/11/2024 13h30

Poças de sangue se espalharam pelo saguão da unidade de saúde.

Poças de sangue se espalharam pelo saguão da unidade de saúde. Divulgação/

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O médico Edivandro Gil Braz foi morto na manhã desta segunda-feira (18), após ser esfaqueado diversas vezes dentro do consultório onde atendia, em um posto de saúde no município de Douradina, localizado a 191 quilômetros de Campo Grande.

A vítima recebeu atendimento inicial em uma ambulância no município. Devido à gravidade dos ferimentos e à falta de um veículo de socorro mais especializado em Douradina, foi necessário acionar equipes de resgate da expedição CCR MSVia, na BR-163. O médico foi então encaminhado ao Hospital do Coração, em Dourados, a 40 quilômetros do local do crime.

De acordo com testemunhas que presenciaram o crime, o médico foi atingido por sete facadas. O autor, um homem de 27 anos, foi preso pela Polícia Militar, que chegou rapidamente ao local.

Além da Polícia Militar, equipes da Polícia Civil também serviram na unidade de saúde. Inicialmente, circularam a informação de que o médico teria sido esfaqueado por um paciente, mas a polícia investigará todas as possíveis motivações para o crime.

 

 

Números

PEC 6x1: 67% das manifestações nas redes sociais foram a favor

Constatação é da pesquisa realizada pela Nexus

18/11/2024 13h00

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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A discussão sobre o fim da escala de seis dias de trabalho por um dia de folga, a chamada escala 6x1, proposta pelo Movimento Vida Além do Trabalho, se transformou em fenômeno nas redes sociais. A conclusão é do levantamento Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados, que analisou cerca de 30 mil publicações sobre o tema nas cinco principais redes: X, Facebook, Instagram, Linkedin e Tique Tok.

O estudo aponta crescimento de 2.120% no número de postagens sobre o tema nas cinco plataformas, saindo de 539 no dia 7 para 11.969 no dia 12. No mesmo período, o volume de interações - curtidas, comentários e compartilhamentos de posts - cresceu 5.513%, passando de 267.124 para 14.995.806 interações.

A proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), na Câmara dos Deputados, estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e quatro dias de trabalho por semana no Brasil, acabando com a escalada de 6 por 1. 

Do total de conteúdos, 67% foram favoráveis à PEC da extinção da escala 6x1, 26% neutros e apenas 7% contrários. Os dados foram coletados de 7 de novembro a 12 de novembro. Ao todo, 40% de todas as interações se concentraram em 12 de novembro, dia de pico no tema no ambiente digital.

“O tema se transformou em fenômeno nas redes. Além de mostrar a eficiência da narrativa dos promotores da PEC, o fenômeno demonstra ainda o interesse dos brasileiros, independentemente de sua posição político partidária, em se manifestar sobre o tema nas redes sociais. O assunto uniu fortemente a sociedade, sejam pessoas de direita, de centro ou de esquerda”, avaliou Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, em nota.

Foram analisadas ainda as 100 postagens consideradas mais relevantes, sendo as que mais engajaram, em cada uma das redes sociais analisadas. Juntas, essas 500 publicações concentraram 91% do engajamento total - considerando as 30 mil postagens. O engajamento inclui as interações com as postagens, incluindo curtidas, comentários e compartilhamentos.

“A gente observou que a grande maioria das pessoas que se manifestam nas redes sociais defendem a PEC que quer mudar a jornada de trabalho para 5x2, em vez da jornada de trabalho com apenas um dia de descanso”, apontou Tokarski.

Ele pondera que o resultado não quer dizer necessariamente que apenas 7% dos brasileiros são contrários à proposta, já que pessoas que criticam a PEC podem não ter se manifestado até por serem minoria ou por conta de o assunto ser sensível. “Mas deixa clara a tendência de o Congresso receber forte pressão popular pela aprovação da PEC”, ressaltou.

Com informações de Agência Brasil 

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