Cidades

FARO CERTEIRO

Destaques em apreensões, agente canina encontra 124 kg de cocaína

Cães farejadores atuam ao lado de policiais federais em fim de semana que carregamentos passaram de 270 quilos da substância retirados de circulação

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Considerados os "melhores amigos do ser humano", os cachorros que atuam como agentes caninos mostram-se há tempos uma força indispensável no combate ao tráfico de drogas, como exemplo da agente canina que achou mais 124 kg de cocaína, em fim de semana onde pelo menos 270 kg da substância foram retirados de circulação pelas polícias federais. 

Ainda ontem o Correio do Estado apontou os 150 kg de cocaína apreendidos com um motorista drogado na madrugada de sábado (23), porém, como divulgou a Polícia Rodoviária Federal na manhã dessa segunda-feira (25), o fim de semana iniciou com outra grande apreensão. 

Durante o período noturno de sexta-feira (23), outros 124 kg de cocaína foram retirados de circulação graças ao trabalho da agente "k9 Amélia", feito durante fiscalização da BR-163 em Jaraguari. 

Em abordagem a um caminhão VW/30.330, no qual o condutor não sabia dar informações sobre sua viagem, exceto que passava pela rodovia vindo de Campo Grande, os policiais desconfiaram do comportamento apresentado e iniciaram uma fiscalização minuciosa. 

Nesse momento, a cadela de faro do Grupo com Operações com Cães da PRF, entrou em ação, guiada pelo treinamento policial recebido, e não demorou para indicar que havia algo de errado na região dos pneus de estepe que o caminhão carregava. 

No interior, os policiais encontraram pelo menos 60 tabletes de cloridrato e 60 tabletes de pasta base de cocaína, o qual o motorista disse não saber da existência, porém, ainda assim foi preso e encaminhado junto do veículo para a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) em Campo Grande. 

"Agentes k9"

Além da agente Amélia, antes mesmo do fim do primeiro trimestre, o trabalho de agentes caninos se destaca com apreensões de centenas de quilos de substâncias, mas também na localização de demais ilícitos, como armamentos, por exemplo. 

Foi o que aconteceu no caso registrado no fim da tarde do último dia 14, quando um caminhão com destino à São Paulo foi abordado na BR-262 e o trabalho do Grupo de Operações solicitado. 

Justamente os agentes caninos da ocasião localizaram um compartimento que tinha não só 46 kg de cloridrato de cocaína, como também cinco fuzis, calibre 5.56mm e mais 10 carregadores de munições. 

Nessa ocasião, o motorista respondeu que carregou seu caminhão, recém-adquirido, em Corumbá e confessou que, ao chegar ao destino, entregaria a carreta com os ilícitos para um desconhecido.

Já no dia anterior, na quarta-feira (13 de março), outros 105 kg de cocaína foram retirados de circulação com apoio dos agentes caninos, dessa vez em uma borracharia de Ponta Porã. 

Questionado sobre dois pneus novos instalados em rodas de caminhão, em uma oficina que reparava veículos policiais em Ponta Porã, o dono do estabelecimento disse que um conhecido - identificado por ele como "Ludmilo" - deixou os pneus para pegar depois. 

Nesse caso, o dono da oficina disse ainda que receberia R$ 5 mil, segundo apuração do portal local, Ponta Porã News, o que levantou suspeita dos policiais que prontamente acionaram o Grupo de Busca com Cães do Exército Brasileiro. 

Apreensões de cocaína

Vale lembrar que, se somadas as ações da PRF aos trabalhos das demais forças locais, as polícias em Mato Grosso do Sul passaram de uma tonelada de cocaína apreendida antes mesmo do fim de fevereiro. 

Ainda que a primeira ação de apreensão a chamar atenção em 2024 tenha sido os 62 kg de cocaína encontrados em uma ambulância, em 09 de janeiro, na BR-262, as demais apreensões realizadas na primeira semana de 2024 já somavam 76 kg, totalizando 138 kg só nos primeiros 10 dias do ano. 

Em 19 de janeiro, a PRF localizou e apreendeu mais 238 kg de cocaína, em Rio Verde de Mato Grosso, no interior do Estado, considerada a primeira grande apreensão de 2024, superada cerca de 11 dias depois. 

No dia 30 de janeiro, no município de Ivinhema, a fiscalização da PRF na BR-376 encontrou 242 kg de cocaína em um caminhão Volvo/FH12. Nessa ocasião o motorista fazia zigue-zague pela pista e, por isso, foi abordado. 

Já em 02 de fevereiro, outros 107 kg da droga foram encontrados em um caminhão carregado de eucalipto. O curioso desse caso é que, após os policiais pararem o caminhão, enquanto retiravam os estepes por estranharem o peso das rodas, o motorista fugiu e não foi mais localizado. 

Com o sumiço, a mulher que viajava com ele, vinda de Chapadão do Sul com destino à Minas Gerais, foi presa em flagrante em seu lugar após a localização das substâncias.

Na sequência de casos inusitados, uma caminhonete transportada em um caminhão cegonha com destino para São Paulo carregava 126 kg de cocaína nas rodas, localizada por um cão farejador da Polícia Rodoviária Federal em 10 de fevereiro. 

Antes disso, em 08 de fevereiro, equipes da PRF localizaram mais 82 kg dessa mesma substância transportada em uma S/10 pela BR-463. Os policiais só conseguiram fazer a apreensão após alcançarem o motorista de 23 anos, que não obedeceu à parada e empreendeu fuga. 

Ainda, no intervalo de cinco dias, entre 14 e 19 de fevereiro, a PRF em Corumbá apreendeu mais 33,2 kg de cocaína em três ocasiões diferentes.

Depois, uma perseguição iniciada em Brasilândia e encerrada em São Paulo resultou na apreensão de 234 kg de cocaína. Nesse caso, um comboio de três veículos iniciou fuga na divisão com o Estado paulista.

Beirando o fim de fevereiro, a quantia de 201 kg de pasta base de cocaína, encontrada na BR-262 em Terenos, garantiu que as apreensões da substância por forças policiais de Mato Grosso do Sul batessem uma tonelada até o dia 27 desse segundo mês. 

Importante destacar que, mesmo assim, a maior apreensão dessa força policial em Mato Grosso do Sul aconteceu quando a Polícia Federal localizou em Bataguassu quase meia tonelada de cloridrato de cocaína, que tinha como destino o porto do Santos (SP), o que indica que essa substância deixaria o País rumo ao exterior.

 

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Cidades

Oito em cada dez municípios têm risco alto ou muito alto para sarampo

Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016

18/09/2024 21h00

Agência Brasil

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Ao menos 4.587 municípios foram classificados como em alto risco para sarampo, enquanto 225 foram categorizados como em risco muito alto, totalizando 86% das cidades em todo o país com risco elevado para a doença. Há ainda 751 municípios listados com risco médio e apenas quatro com baixo risco. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (18) durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife.

Ao comentar o cenário, a coordenadora de Imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Flávia Cardoso, lembrou que o Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016, mas perdeu o status em 2019 após voltar a registrar a circulação do vírus por um período superior a 12 meses. “Em 2022, o Brasil estava endêmico para sarampo e, em 2023, passou para o status de país pendente de reverificação”, explicou. 

Segundo Flávia, em maio deste ano, a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas esteve no país e fez uma série de recomendações, incluindo ampliar a sensibilidade na definição de casos suspeitos de sarampo. A entidade pede que o país apresente o número de amostras recebidas de pacientes com febre e exantema e quais foram os diagnósticos de descarte.

De acordo com a coordenadora, a comissão destacou que, embora a cobertura vacinal tenha melhorado tanto para o sarampo quanto para a rubéola, por meio da tríplice viral, em alguns estados o progresso foi mínimo ou mesmo negativo. A situação no Rio de Janeiro, no Amapá, no Pará e em Roraima foi classificada pela entidade como muito preocupante para a manutenção da eliminação do sarampo e da rubéola no país. 

Também foi recomendado que o Brasil padronize um fluxograma de resposta rápida a casos suspeitos, tomando como base o caso recente de sarampo detectado no Rio Grande do Sul, importado do Paquistão. Por fim, a comissão sugere articular junto ao Ministério do Esporte e ligas esportivas a vacinação de atletas brasileiros, a exemplo do que foi feito previamente aos Jogos Olímpicos de Paris este ano. 

“Foi feita ainda a recomendação de buscas ativas integradas de casos de sarampo e rubéola com poliomielite e paralisia flácida em menores de 15 anos”, disse Flávia, ao citar que as ações servem para fortalecer a vigilância a nível municipal. 

Em junho deste ano, o país completou dois anos sem casos autóctones, ou seja, com transmissão em território nacional, do sarampo. Com isso, o país espera retomar a certificação de 'livre de sarampo'

TENSÃO

Lula e Riedel discutem suposto elo entre narcotráfico e retomadas indígenas

Os dois falaram por vídeo nesta quarta-feira (18), após a morte de um indíngena em Antônio João. Nesta quinta, Riedel promete levar a Brasília um relatório comprovando a ação do narcotráfico entre os indígenas

18/09/2024 19h15

Pela manhã, depois que o confronto com a PM resultou em uma morte de indígena, Eduardo Riedel reuniu parte do secretariado

Pela manhã, depois que o confronto com a PM resultou em uma morte de indígena, Eduardo Riedel reuniu parte do secretariado

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Horas depois da morte de um indíngena em meio a uma operação da Polícia Militar em Antônio João, no extremo sul do Estado, o O governador Eduardo Riedel discutiu com o presidente Lula, no final da tarde desta quarta-feira (18), um relatório sobre o conflito fundiário na região de fronteira com o Paraguai. 

"Estamos empenhados em que não haja mais conflitos", frisou o governador Riedel ao presidente Lula, indicando também que já solicitou abertura de inquérito para apuração das circunstâncias que levaram ao óbito, informou nota divulgada pela assessoria.

Na manhã desta quarta-feira, ogovernador e o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, atribuíram a tensão e o próprio confronto entre policiais e indígenas, a uma suposta atuação do narcotráfico, que estaria "exportando" indígenas paraguaios para o lado brasileiro a fim de empliar seu poder de domínio e facilitar o escoamento da maconha que é produzida do lado paraguaio. 

De acordo com a assessoria do Governo, Riedel e Lula falaram abertamente sobre as suspeitas que envolvem o narcotráfico na região, com roças de maconha localizadas do outro lado da fronteira, próximas à propriedade ocupada no Brasil, e a presença de facções criminosas que estariam aliciando pessoas dentro das comunidades indígenas.

Ainda conforme a assessoria, um relatório da inteligência produzido pelas forças de segurança de Mato Grosso do Sul será apresentado pelo governador a representantes do Governo Federal e no STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quinta-feira (19).

No confroto ocorrido no começo da manhã desta quarta-feira foi morto o indígena Nery da Silva, da etnia Guarani Kaiowa. Os indígenas reivindicam uma propriedade que desde 2005 está homolgada, mas até agora está na posse de fazendeiros. 

Para atender decisão da Justiça Federal, cerca de 100 policiais foram à região para, segundo o secretário de segurança, garantir a ordem na região e acabaram entrando em confronto com o grupo que está na fazenda Barra faz semanas. Esses povos originários residem na Terra Indígena batizada de Nanderu Marangatu, onde ainda existe uma propriedade que seria a última na posse de outros que não os povos originários. 

"Nós percebemos que nos últimos dias foi acirrando com a presença de 'índios paraguaios'. Nós estamos ali numa região onde a fronteira é um rio pequeno, facilmente transponível; e do lado de lá nós temos diversas plantações de maconha... então há um interesse de facções criminosas que exploram o tráfico de drogas", afirmou o secretário na manhã desta quarta-feria. 

Segundo Videira, a Fazenda Barra fica menos de 5 km da linha internacional de fronteira, com informações da inteligência apontando a região como "estrategicamente posicionada" para escoar a produção do tráfico de drogas. 

"A grande produção de toda essa região tem como destino grandes centros, por meio de aldeias. De aldeia em aldeia até chegar próximo de Campo Grande; Dourados; e aí ter acesso aos maiores centros consumidores", afirmou o Videira.

Tensão

O governador, por sua vez, reforçou que o Estado "tem buscado avançar" nas políticas públicas voltadas para as comunidades indígenas e seu desenvolvimento. 

"Sou representante dos governadores na mesa de conciliação do STF, é um tema complexo, difícil, mas o que nós estamos vendo aqui foge completamente a essa discussão", afirmo Riedel. 

Com base no que lhe foi repassado pelo setor de inteligência, Riedel apontou para a versão de "disputa de facções criminosas paraguaias", destacando que a ordem recebida judicialmente é para que se mantenha a ordem.

"Em uma propriedade que está em litígio, do ponto de vista fundiário, mas que tem uma família morando na casa e que não sai de lá, dizendo que vão morrer lá. A decisão é que o Estado garanta a segurança dessa família e o acesso das pessoas nessa propriedade", reforçou o governador. 

 

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