Cidades

AUTISMO

Diagnóstico precoce pode melhorar qualidade de vida de crianças com autismo

Neuropsicóloga afirma que intervenção precoce minimiza atrasos do neurodesenvolvimento e pode melhorar habilidades sociais

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Apesar do final de semana destinado à conscientização de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), profissionais exigem que práticas inclusivas sejam realmente exercidas, e alertam sobre a importância do diagnóstico precoce e intervenções ainda na fase inicial da criança. O transtorno normalmente aparece nos primeiros cinco anos de vida.

A neuropsicóloga, especialista em autismo, Janaína Lobo explica que o diagnóstico é feito de maneira multidisciplinar, com profissionais de fonoaudiologia, que avaliam os aspectos da linguagem e comunicação; neuropsicologia, que investigam os aspectos globais e os médicos, responsáveis pela parte complementar, clínica e biológica. 

Janaína alerta sobre a urgência de uma investigação precoce devido a neuroplasticidade do cérebro, ou seja, a habilidade do órgão em se adaptar e ajustar aspectos do desenvolvimento comprometidos pelo TEA. 

Segundo a profissional, a intervenção precoce visa diminuir sintomas que estejam disfuncionais e atrasos do neurodesenvolvimento, muito comum no autismo, para que a criança alcance melhora o mais rápido possível.

“A gente busca entender onde estão os maiores deficits do desenvolvimento, as áreas mais disfuncionais, os principais sintomas que estejam sendo prejudiciais à vida do indivíduo.

Porque o autismo é uma neurodiversidade, não é uma doença. Então a gente não vai agir sobre aquilo que é uma característica, vai agir sobre aquilo que esteja sintomático, causando prejuízo.”, pontua.

A neuropsicóloga esclarece que crianças com TEA, que não possuem uma comunicação verbal, podem desenvolver características agressivas ou autodestrutivas e que a terapia atua como ferramenta de auxílio, evitando ou minimizando o aspecto. 

 “Quanto mais grave for a apresentação dos sintomas do paciente, mais multidisciplinar tem que ser a intervenção. Seja ela no campo cognitivo, regulação emocional ou orientação a família. 

A gente trabalha muito com a família, pra que ela aprenda a entender como estimular, como trabalhar com essa criança e extrair o melhor potencial dela, claro respeitando as limitações e características.”, ressalta. 

De acordo com levantamento realizado pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) de 2018, uma em cada 54 crianças, aos 8 anos, em 11 estados norte-americanos, é diagnosticada com TEA. Ainda conforme o relatório, as chances de uma criança ser diagnosticada com autismo até os quatro anos aumentou 50% desde 2004.

Pesquisadores estudam a possibilidade de o aumento ser referente a evolução no índice de crianças com o transtorno ou a elevação de diagnósticos corretos. 

A neuropsicóloga expõe que poucos pais suspeitam do transtorno e de que descrevem as características, que podem ser sutis ou intensas, que encontram na rotina da criança.  

“Os pais falam: meu filho ta com atraso na linguagem, ele tem dois anos e ainda não fala, ele não tem contato visual, tem algum comportamento autoestimulatório, por exemplo: ele gira, bate as mãozinhas quando está assistindo televisão e está animado, ou ele não consegue brincar com o irmãozinho, é muito irritado.”, explica.

Janaína Lobo admite que houveram melhoras sociais para os autistas, mas pede que as ações divulgadas no dia da conscientização, celebrada no dia 2 de abril, sejam de fato praticadas por toda a sociedade. 

“ Faltam práticas inclusivas na sociedade como um todo, especialmente nas escolas, diagnóstico precoce, e terapias de qualidade garantida a todos.”

Ainda não existem dados oficiais sobre o autismo em Mato Grosso do Sul e no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima, que o transtorno afete uma em cada 160 crianças no mundo, o que representa, aproximadamente, 70 milhões de pessoas no planeta e cerca de 2 milhões no território brasileiro.

TRANSPORTE PÚBLICO

Prefeitura nega que esteja devendo Consórcio Guaicurus

O encontro, convocado para esclarecer a situação financeira entre o município e a concessionária do transporte coletivo, ocorreu sem a presença da prefeita Adriane Lopes

15/12/2025 12h30

Segundo as informações apresentadas, todos os repasses previstos em lei vêm sendo realizados dentro do prazo

Segundo as informações apresentadas, todos os repasses previstos em lei vêm sendo realizados dentro do prazo FOTO: Divulgação

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Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (15), no plenarinho da Prefeitura de Campo Grande, representantes da administração municipal afirmaram que o Executivo não possui qualquer dívida com o Consórcio Guaicurus. 

O encontro, convocado para esclarecer a situação financeira entre o município e a concessionária do transporte coletivo, ocorreu sem a presença da prefeita Adriane Lopes, que delegou a fala a integrantes de sua equipe.

A coletiva também foi marcada por restrições à imprensa, equipes de diversos veículos, entre eles o Correio do Estado, foram barradas de acompanhar o pronunciamento logo ao chegar no local. 

Apesar disso, a reportagem teve acesso a áudios da entrevista, nos quais aparecem as declarações de Otávio Figueiró, diretor-executivo da Agereg; Ulysses Rocha, chefe de gabinete da Prefeitura; e Cecília Saad Cruz Rizkallah, procuradora-geral do Município, que reforçaram a versão oficial de que não há débitos pendentes com o consórcio.

Segundo as informações apresentadas, todos os repasses previstos em lei vêm sendo realizados dentro do prazo e, em alguns casos, de forma antecipada. De acordo com Figueiró, apenas em 2025 o município transferiu mais de R$ 35 milhões ao consórcio, somando subsídios, vale-transporte e pagamentos de gratuidades. 

“Um contrato que hoje tem 197 ônibus com a idade acima da média que não deveriam estar circulando na cidade de Campo Grande, inclusive já tem duas multas preparadas pela agência de regulação. A agência de regulação aplicou uma multa de R$ 12 milhões e eles, no outro dia, contrataram o seguro. O que comprova que não é somente a falta de dinheiro”, afirmou.

Durante a coletiva, os representantes do município ressaltaram que, na semana passada, a prefeita Adriane Lopes autorizou a antecipação de cerca de R$ 3 milhões referentes a subsídios e valores que só venceriam ao longo do mês de dezembro. A medida teve como objetivo garantir fluxo de caixa ao consórcio para o pagamento dos salários dos trabalhadores e impedir a paralisação do serviço.

“Esse pagamento ainda não estava vencido e foi antecipado dentro do limite legal”, disse o diretor-executivo. Conforme a explicação apresentada, o valor máximo permitido por lei para repasses neste período, de aproximadamente R$ 19,5 milhões, já foi integralmente transferido ao consórcio, não havendo pendências financeiras por parte do município.

A administração municipal também destacou que a paralisação ocorreu apesar de decisão judicial que estabelece regras para greves em serviços essenciais. A procuradora-geral do Município explicou que há determinação para manutenção mínima de 70% da frota em circulação, com reforço nos horários de pico, o que não teria sido cumprido. “A paralisação total caracteriza abusividade”, afirmou.

Diante do descumprimento, a Agência de Regulação (Agereg) notificou o consórcio e iniciou os trâmites para aplicação de multa. Segundo Figueiró, a penalidade já estava em fase de formalização e deveria ser entregue ainda nesta segunda-feira. A Procuradoria-Geral do Município também informou que atua no processo judicial e acompanha audiência marcada para esta terça-feira (16).

Questionados sobre um possível rompimento contratual, os representantes do Executivo afirmaram que a medida exige cautela e não pode ser adotada de forma imediata. Cecília e Figueiró explicaram que há etapas administrativas e jurídicas a serem cumpridas, incluindo notificações, prazos de defesa e análise técnica, além da necessidade de garantir a continuidade do serviço.

Por fim, a Prefeitura reiterou que a prioridade é restabelecer o transporte coletivo. “O município cumpriu suas obrigações financeiras. O consórcio, como empresa privada regulada, também precisa cumprir com as suas responsabilidades perante a população”, declararam.

Segundo dados apresentados, a paralisação afetou cerca de 110 mil usuários do sistema e aproximadamente mil trabalhadores do transporte coletivo.

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Sejusp e MJSP

Polícia descobre centenas de quilos de maconha em carro atolado; vídeo

Ação policial integra trabalhos do programa "Protetor das Fronteiras e Divisas", fruto de parceria entre a Secretaria de Estado e o Ministério da Justiça e Segurança Pública

15/12/2025 12h09

Pesadas, as substâncias somaram 320 quilos de entorpecentes

Pesadas, as substâncias somaram 320 quilos de entorpecentes Reprodução/DOF

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Distante cerca de 313 quilômetros da Capital de Mato Grosso do Sul, agentes do Departamento de Operações da Fronteira (DOF) localizaram no domingo (14) centenas de quilos de entorpecentes, descobertos após um carro roubado ser localizado atolado no município próximo à região da fronteira com o Paraguai,

Conforme repassado pelo DOF, essa apreensão em questão foi feita no município de Ponta Porã, que fronteiriço em faixa de terra com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero (PJC). 

Pelas imagens é possível notar que o trecho está longe de ser uma via oficial, tratando-se de uma estrada não pavimentada e cercada de vegetação em ambos os lados, sem qualquer sinal próximo de populares e sem sinal de presença humana para além de cercas feitas com estaca e arame farpado na região.

Segundo narrado pelos agentes do Departamento de Operações de Fronteira, os militares patrulhavam uma estrada vicinal próximo ao perímetro urbano de Ponta Porã, quando avistaram um veículo atolado. 

Realizadas diligências, nenhum suspeito pôde ser localizado nas proximidades em que o carro foi encontrado, com a verificação da originalidade dos componentes do veículo (chassi, motor), na chamada "checagem aos agregados", foi possível verificar que tratava-se de um automóvel produto de roubo. 

Essa ação policial, cabe destacar, integra os trabalhos do programa fruto de parceria entre a Secretaria de Estado e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (Sejusp e MJSP), batizado de "Protetor das Fronteiras e Divisas". 

Recentemente, ao fim de outubro, o Paraguai e também a Argentina optaram por reforçar a segurança em suas respectivas fronteiras, o que o próprio governador de MS, Eduardo Riedel, viu como "positivo" e bom para Mato Grosso do Sul. 

"A gente aqui tem uma atuação permanente na fronteira. O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) anda os mais de 1,6 mil quilômetros de fronteira do nosso Estado, de barco, de helicóptero, de carro, a pé, do jeito que for, e faz uma das maiores apreensões de drogas anuais nesse país. São mais de 500 toneladas por ano, de armas e apreensões", lembrou o governador a respeito. 

Apreensão

Ao se depararem, de forma suspeita, com um Renault Duster abandonado atolado, os policiais puderam constatar após uma vistoria minuciosa que haviam rastros próximo ao veículo. 

Seguindo o rastro deixado, que passava por pelo menos duas cercas de arame farpado, os policiais puderam localizar o carregamento fracionado em tabletes e transportado em um grande saco branco. Confira: 

Recentemente, ao fim de outubro, o Paraguai e também a Argentina optaram por reforçar a segurança em suas respectivas fronteiras, o que o próprio governador de MS, Eduardo Riedel, viu como "positivo" e bom para Mato Grosso do Sul. 

"A gente aqui tem uma atuação permanente na fronteira. O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) anda os mais de 1,6 mil quilômetros de fronteira do nosso Estado, de barco, de helicóptero, de carro, a pé, do jeito que for, e faz uma das maiores apreensões de drogas anuais nesse país. São mais de 500 toneladas, por ano, de armas e apreensões", lembrou o governador a respeito. 

Pesadas, as substâncias somaram 320 quilos de entorpecentes, de uma substância análoga à maconha, em um carregamento precificado pelas forças policiais em aproximadamente R$740 mil. 

Todo esse carregamento e o veículo roubado, foram posteriormente encaminhados até a unidade da Delegacia da Polícia Civil do município de Ponta Porã.

 

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