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Dois anos após anúncio, hospital municipal segue na "estaca zero"

Anúncio da construção foi feito em setembro de 2023, mas, segundo vereador que espera ser nomeado novo secretário da Sesau, nada andou até agora

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Dois anos depois do anúncio oficial da construção de um hospital municipal de Campo Grande, o que ocorreu em evento no dia 14 de setebro de 2023, o projeto segue na estaca zero. Pelo menos é isso que deixou claro nesta segunda-feira (29), o possível futuro secretário municipal de saúde, o vereador Victor Rocha (PDSB). 

Em setembro de 2023, um ano antes da eleição do ano passado, a prefeita Adriane Lopes, convidou a imprensa para informar que o Complexo Hospitalar e de Diagnóstico Municipal de Campo Grande teria 10 mil metros quadrados, receberia investimentos de R$ 200 milhões e que as obras teriam início ainda naquele ano, faltando apenas a definição do local. 

Até agora, porém, nada andou, conforme deixou claro o vereador nesta segunda0feira (29) durante audiência pública para prestação de contas do setor de saúde que é feita a cada quatro meses na Câmara de Vereadores.

 "Até a licitação que chegou a ser aberta já deve ter perdido a validade", afirmou o vereador tucano ao ser indagado sobre o andamento do projeto. De acordo com sua assessoria, ele passou o final de semana à espera de um convite oficial para assumir o comando da secretaria de saúde, que desde o dia 5 de setembro está sob intervenção de uma junta administrativa de seis pessoas. 

E, caso seja convidado, deixou claro que vai ponderar sobre a pertinência de um novo hospital, mas vai se submeter às determinações e prioridades da prefeita Adriane Lopes (PP). 

Victor Rocha, que esperava chegar à audiência como novo indicado para comandar a pasta da saúde, fez questão de frisar que na prestação de contas não havia nada sobre o novo hospital e que o "novo secretário vai ter de começar do zero".

Enquanto isso, segundo ele, o Hospital de Câncer Alfredo Abraão está com 32 leitos à disposição em duas enfermarias à espera de contratualização com a prefeitura. 

Além disso, segundo Victor Rocha, o Hospital Universitário "está espetacular" e com 38 leitos disponíveis para serem utilizados pelos pacientes que ficam na fila de espera por internação. Para que os pacientes tenham acesso a estes 38 leitos, bastaria um aporte mensal da ordem de R$ 1 milhão por mês, segundo ele. 

E, como a Capital atende a uma boa parcela da população do interior do Estado, a obrigação de conseguir estes recursos não cabe somente ao município, mas também ao governo do Estado e à União, defende o possível futuro secretário municipal de saúde. 

Ou seja, caso seja indicado para comandar a pasta, ele já deixa claro que sua prioridade para acabar com a espera de cinco ou seis anos, segundo ele, para realização de exames, não será a construção de um novo hospital. De acordo com ele, a prioridade será a destinação de maior volume de recurso para a estrutura que já existe. 

Esta apliação de recursos para a Saúde também acabaria, segundo o vereador, com outro problema crônico, que é o sequestro de recursos por conta da chamada judicialização. Somente nos últimos quatro meses, a Justiça determinou o sequestro de R$ 27 milhões dos cofres municipais 

Deste montante, segundo ele, R$ 20 milhões foram destinados somente a cirurgias ortopédicas determinadas por decisões judiciais e realizadas em hospitais particulares. Nestes casos, normalmente, o custo é até dez vezes acima do valor pago normalmente pelo SUS. 

SEGUNDO ESCALÃO

E, sem titular na pasta da saúde, foram os representantes desta junta interventora que apresentaram os números relativos aos investimentos em saúde no último quadrimestre. Oficialmente, conforme o vereador que esperava chegar à audiência desta segunda-feira como novo secretário, os investimentos correspondem a 28% de toda a arrecadação. 

Este índice, porém, é contestado por Ronaldo Costa, representante do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul. Até agora, de acordo com ele, foram empenhados apenas R$ 526 milhões em Saúde pela administração municipal. O correto, de acordo com ele, seria em torno de R$ 1,4 bilhão. 

E por conta desta suposta irregularidade nos aportes financeiros é que faltam medicamentos e vagas para internação. Fornecedor nenhum vai querer entregar medicamentos se não houver garantia de pagamento, opina o representante do Ministério da Saúde na audiência pública. 

Rede Limpa

Nova etapa de operação retira 24 mil metros de fios irregulares no Centro

Foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular e força-tarefa também deve ser expandida para bairros

07/12/2025 17h00

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande Foto: Divulgação / PMCG

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Em nova do Projeto Rede Limpa, cerca de 24 mil metros de cabos irregulares foram retirados de postes na região central de Campo Grande, neste domingo (7). Na primeira etapa da operação, realizada no dia 27 de novembro, foram retirados 15 mil metros de fios irregulares

Conforme a prefeitura, o foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular, sendo o quadrilátero central, formado pelas avenidas Mato Grosso e Afonso Pena e pelas ruas Calógeras e 13 de Maio.

A área foi escolhida após mapeamento técnico da concessionária de energia elétrica, a Energisa, que apontou que o local apresentou maior quantidade de instalações irregulares.

O ponto de partida da ação foi o cruzamento das ruas Treze de Maio e Barão do Rio Branco, às 7h. Os serviços se estenderam ao longo de todo o dia, com intervenções em 79 postes, sendo 28 na rua Treze de Maio, 35 na Calógeras e 16 na Afonso Pena.

A força-tarefa ainda terá outras etapas e deverá ser expandido para outros bairros de Campo Grande, embora ainda não haja cronograma definido.

Conforme a prefeitura, as ações ocorrerão de forma planejada, priorizando as áreas com maior concentração de irregularidades e risco à população.

Para o presidente do Conselho Regional do Centro, João Matos, a iniciativa atende a uma demanda histórica de comerciantes e moradores.

“O excesso de fios sempre foi uma preocupação no centro, tanto pela segurança quanto pelo impacto visual. Essa ação é muito bem-vinda e traz resultados concretos para quem vive e trabalha aqui”, afirmou.

A prefeita Adriane Lopes afirmou que o objetivo da retirada da fiação irregular não é apenas uma questão estética.

"O Rede Limpa é, sobretudo, uma ação de segurança e organização urbana. Estamos cuidando da cidade, prevenindo riscos e garantindo mais tranquilidade para quem circula pelo centro”, afirmou.

Adriana Ortiz, representante da Agência Estadual de Regulação (Agems), disse que a ação também tem caráter regulatório e de fiscalização.

“Essa operação é resultado de um trabalho técnico e integrado, que busca garantir que as normas sejam cumpridas e que os serviços prestados à população ocorram com segurança e qualidade”, declarou.

Já o gerente da Energisa, Moacir Costa, explicou que todas as operadoras foram previamente comunicadas com antecedência sobre a realização da ação deste domingo.

“As empresas credenciadas junto à Energisa foram notificadas antes da primeira etapa e novamente comunicadas nesta semana. O objetivo é corrigir irregularidades e organizar a ocupação dos postes de forma adequada e segura”, pontuou.

Primeira etapa

Na primeira etapa do projeto, foram vistoriados 43 postes, com a retirada de cerca de 15 mil metros de fios irregulares, um resultado considerado positivo.

A ação dessa fase teve início no quadrilátero formado pelas avenidas Mato Grosso, 13 de Maio, Afonso Pena e Calógeras. Também foram incluídas ruas internas como 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, Maracaju, Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco.

Foram atendidos 21 postes na Rua 13 de Maio e 22 na Avenida Calógeras. Em média, foram removidos cabos de 12 pontos por poste. As equipes iniciaram os trabalhos às 22h, horário escolhido para minimizar impactos no trânsito e na circulação de pedestres.

Após a limpeza dos postes, haverá rondas preventivas pelas forças de segurança para evitar novas ligações clandestinas.

A operação contou com a participação da Agência Estadual de Regulação (Agems) e da Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Especial de Articulação Regional (Sear), Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semades), Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

boletim

Mortes por aids caem 4% no período de um ano em MS

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde aponta que há 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids no Estado

07/12/2025 14h30

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes Foto: Breno Esaki / Agência Saúde-DF

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O número de mortes por aids teve queda de 4,1% em Mato Grosso do Sul no comparativo entre 2023 e 2024. Boletim epidemiológico 2025, com ano-base 2024, foi divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde e aponta que em 2023 foram 172 óbitos pela doença no Estado, passando para 165 em 2024.

Ainda conforme a Pasta, o resultado acompanha a tendência nacional. O País reduziu 13% os óbitos por aids no período, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil, o menor número em três décadas.

Considerando o número de casos, foram registrados 788 em Mato Grosso do Sul no ano passado. O Estado contabiliza ainda 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que o resultado reflete os avanços em prevenção e diagnóstico, com terapias de ponta que atualmente são capazes de tornar o vírus indetectável e intransmissível e que estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos. Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Os avanços também permitiram ao país alcançar as metas de eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública”, afirmou Padilha.

Os casos de aids no Brasil também apresentaram redução no período, com queda de 1,5%, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil no último ano, conforme o boletim epidemiológico.

No componente materno-infantil, o País registrou queda de 7,9% nos casos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). O início tardio da profilaxia neonatal caiu 54%.

Em todo o Brasil, há 68,4 mil pessoas que vivem com o vírus HIV ou aids, mantendo a tendência de estabilidade observada nos últimos anos.

O País manteve a taxa de transmissão vertical abaixo de 2% e a incidência da infecção em crianças abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos.

O país também atingiu mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem para HIV e oferta de tratamento às gestantes que vivem com o vírus. Isso significa que o país interrompeu a infecção de bebês durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Os resultados estão em linha com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Prevenção, diagnóstico e tratamento

O Brasil adota a estratégia de Prevenção Combinada, que reúne diferentes métodos para reduzir o risco de infecção pelo HIV.

Antes centrada principalmente na distribuição de preservativos, a política incorporou ferramentas como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que reduzem o risco de infecção antes e depois da exposição ao vírus.

Desde 2023, o número de usuários da PrEP cresceu mais de 150%, resultado que fortaleceu a testagem, aumentou a detecção de casos e contribuiu para a redução de novas infecções. Atualmente, 140 mil pessoas utilizam a PrEP diariamente.

Para dialogar com o público jovem, que vem reduzindo o uso de preservativos, o Ministério da Saúde lançou camisinhas texturizadas e sensitivas, com a aquisição de 190 milhões de unidades de cada modelo.

No diagnóstico, houve expansão na oferta de exames com a aquisição de 6,5 milhões de duo testes para HIV e sífilis, 65% a mais do que no ano anterior, além da distribuição de 780 mil autotestes, que facilitam a detecção precoce e o início oportuno do tratamento.

O SUS mantém oferta gratuita de terapia antirretroviral e acompanhamento a todas as pessoas diagnosticadas com HIV.

Mais de 225 mil utilizam o comprimido único de lamivudina mais dolutegravir, combinação de alta eficácia, melhor tolerabilidade e menor risco de efeitos adversos a longo prazo.

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