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Dourados "caça" ao menos 20 mil para segunda dose da Qdenga

Cidade precisa chegar a pelo menos 50 mil pessoas com as duas doses para que impacto da vicinação em massa possa ser avaliado pelos próximos quatro anos

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Após retomar a aplicação da primeira dose, no começo de setembro, a prefeitura de Dourados está agora “caçando” pelo menos mais 20 mil pessoas para que tomem a segunda dose da vacina contra a dengue e assim tenha gente suficiente para que os estudos sobre a eficácia da vacina possam ser concluídos. 

Até agora, segundo o infectologista e professor universitário Júlio Croda, um dos coordenadores do projeto de vacinação gratuita que começou em 3 de janeiro na segunda maior cidade do Estado,  cerca de 88 mil tomaram a primeira dose e outros 30 mil,  a dose complementar, que deveria ser tomada 90 dias após a primeira.

Mas, para que os estudos sobre a eficácia da vacina sejam possíveis ao longo dos próximos quatro anos, pelo menos 50 mil douradenses precisam tomar as duas doses, explica o pesquisador.  A cidade tem em torno de 200 mil pessoas entre 4 e 59 anos que poderiam tomar a vacina.

E, para fazer análises conclusivas sofre a eficácia da Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, pelo menos 25% da população precisa completar o ciclo, explica Júlio Croda. Cerca de 45 mil pessoas que tomaram a dose um já deveriam ter retornado aos locais de imunização, mas não compareceram. 

Embora já tenha sido testada e aprovada em estudos laboratoriais anteriores, a Qdenga ainda carece de um estudo conclusivo após aplicação em massa em uma localidade com alta incidência da dengue de diferentes cepas. E justamente por isso é que o laboratório japonês fez a parceria com a prefeitura de Dourados. 

Mas, se as autoridades locais não conseguirem atrair pelo menos mais 20 mil pessoas até o fim do ano, data prevista para encerramento da vacinação, as conclusões dos estudos podem ficar comprometidas, explica Júlio Croda. 

Inicialmente a meta era vacinar até 150 mil pessoas. Depois, a meta foi reduzida em um terço, mas mesmo assim este número não foi alcançado até o fim de julho, quando a aplicação da primeira dose foi suspensa. 

Por conta disso, no dia primeiro de setembro, um mês depois da interrupção, a aplicação foi retomada e aqueles que estão interessados têm nova oportunidade, que acaba no final deste mês. 

Dourados foi a única cidade do mundo a receber vacinação em massa gratuita contra a dengue. Em laboratórios privados, cada dose custa em torno de R$ 450,00. 

Mas, apesar disso, a procura foi baixa. Mesmo assim, o pesquisador Júlio Croda se diz satisfeito com o alcance, já que com outras vacinas ou em outras cidades que tiveram programas parecidos, a procura foi menor que em Dourados, segundo ele. 

A expectativa do pesquisador é que com a retomada das chuvas, a partir do final de setembro, a incidência da dengue volte a aumentar e com isso a procura pela vacina aumente e a meta de 50 mil seja atingida.  

MORTES

No ano passado, 43 pessoas morreram vítimas de dengue no Estado, sendo cinco em Dourados. Em 2024, conforme dados oficiais, são 29 mortes. Três delas, de duas crianças de 7  e 9 anos e de um adulto com 33, foram registradas em Dourados.

Além disso, outras 16 mortes estão sob investigação em todo o Estado. Desde o começo do ano, Mato Grosso do Sul já registrou 15,7 mil casos confirmados, de acordo com dados do boletim do dia 3 de setembro.

E, além da imunização em massa em Dourados, a vacina também está sendo oferecida a crianças e adolescentes de todo o Estado. Até agora, 84,7  mil doses  foram aplicadas na população de 10 a 15 anos. 

Assim como em Dourados, a procura também está muito abaixo do esperado, já que o Estado recebeu 173 mil doses do imunizante e menos da metade foi aplicada. 
 

Acerte seu relógio

Paraguai entra para o horário de Brasília e fica uma hora à frente de MS

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, assinou um decreto nesta quarta-feira (15) para que a população aproveite melhor a luz natural; medida causa confusão na fronteira

15/10/2024 17h45

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras Reprodução/

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Enquanto os brasileiros discutem a possibilidade de retornar o horário de verão devido à crise hídrica que preocupa especialistas, no Paraguai, o presidente Santiago Peña (Partido Colorado) decretou, nesta terça-feira (15), a adoção do horário de verão de forma oficial durante todo o ano.

Buscando fortalecer o comércio no país e aproveitar melhor a luz natural para reduzir o consumo de energia elétrica, o Paraguai adotou o horário de verão em outubro deste ano. Agora, o país terá o mesmo fuso horário de Brasília durante todo o ano.

A partir de agora, com a nova lei, o Paraguai está migrando do fuso horário -4 GMT (quatro horas atrás do Meridiano de Greenwich) para o fuso -3 GMT, o mesmo adotado em Brasília, na Argentina e no Uruguai.

A mudança de horário pode desorganizar ainda mais o comércio na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, uma vez que ambos os municípios operam de forma integrada, separados apenas por uma rua.

No lado brasileiro, a discussão é semelhante. A reinstauração do horário de verão ajudaria a reduzir a conta de luz dos brasileiros, especialmente em um momento em que o país enfrenta uma severa crise hídrica devido às ondas de calor extremo e à falta de chuvas em diversas regiões.

O horário de verão no Brasil foi extinto em 2019, quando o presidente Jair Messias Bolsonaro revogou a prática por meio de um decreto. O texto justificava a medida com base em recomendações do Ministério de Minas e Energia, que indicou a pouca efetividade da prática na economia de energia.

O retorno do horário de verão será decidido a partir de amanhã (16). O tema se tornou um ponto de debate entre senadores e deputados, que argumentam a favor da reinstauração para aproveitar melhor a luz natural e também para alinhar os horários com os demais países do Mercosul.

Se o horário de verão for adotado novamente, Mato Grosso do Sul passará a compartilhar o mesmo horário do Paraguai. Caso a reinstauração do horário de verão não seja aprovada no Brasil, os horários entre os dois países funcionarão com uma hora de atraso em relação ao Paraguai.

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

 

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Mato Grosso do Sul

Tráfico: PF dá sequência à operação que respinga no "mais louco do Brasil"

Operação é desdobramento de investigação que respingou em "prefeito mais louco do Brasil"

15/10/2024 17h38

Polícia Federal desencadeou operação nesta terça-feira (15)

Polícia Federal desencadeou operação nesta terça-feira (15) Divulgação

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A Polícia Federal prendeu uma pessoa e cumpriou mais três mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (15) na cidade de Ivinhema. A ação policial, denominada Operação Defray, é um desdobramento da Operação Lepidosiren, deflagrada em 8 de agosto último. 

Os policiais federais combatem na cidade uma organização de traficantes internacionais, que transportam maconha e cocaína do Paraguai para o Brasil. Conforme os policiais federais existe na cidade “uma associação criminosa responsável pela organização, logística e financiamento do tráfico transnacional de entorpecentes local”.

Casa do prefeito apreendida

A operação que deu origem à ação desencadeada nesta terça-feira (15) respingou no prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), tucano que se autoproclama “o mais louco do Brasil”. A casa que o prefeito mora acabou “apreendida” (bem bloqueado) pela Justiça Federal. 

“Durante as diligências, foram identificados e apreendidos um imóvel no valor de R$ 458 mil e uma caminhonete avaliada em R$ 519 mil, além do bloqueio de bens totalizando R$ 100 milhões, pertencentes aos envolvidos”, informou a Polícia Federal.

Diante dos fatos, os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, tráfico transnacional de entorpecentes e financiamento ao tráfico.

A Operação Lepidosiren, que resultou na prisão de Luiz Carlos Honório ocorreu em 8 de agosto deste ano. Segundo a Polícia Federal, ele seria integrante de uma quadrilha e proprietário de um carregamento de  3,4 toneladas de maconha interceptado em junho de 2021.

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