Cidades

ELEIÇÕES 2024

Eleições passadas não serviram de 'trampolim' para candidatos esse ano

Nomes que já disputaram cargo para o governo de Mato Grosso do Sul e até cadeira do Executivo, não conseguiram votos para se tornar vereador em 2024

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Ainda em análise do atual cenário político campo-grandense, a disputa por uma vaga na Câmara municipal envolveu os mesmos "dinossauros" e "medalhões", mas trouxe também aquelas figurinhas que já correram outras eleições, mas nem pleitos por cargos maiores garantiram esse impulso para emplacar um mandato. 

Entre candidatos a vereador que já disputaram a corrida ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por exemplo, há quem se manteve fiel ao projeto político e quem trocou de partido entre 2022 e 2024, porém ambas alternativas sem sucesso. 

É o caso tanto de Giselle Marques, que buscava a cadeira de vereadora pela mesma sigla a qual concorreu ao cargo pelo Governo do Estado em 2022. 

Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), nas eleições de 2022 Giselle conseguiu mais votos inclusive que Marquinhos Trad - que mais recente foi eleito como vereador mais votado na Capital -.

Cabe aqui lembrar que, o 1º turno das eleições de 2022 terminou com o seguinte Top 3 votos contabilizados: 

  1. Capitão Contar (PRTB)  | 26,71% - 384.275 votos 
  2. Eduardo Riedel (PSDB) | 25,16% - 361.981 votos 
  3. André Puccinelli (MDB)| 17,18% - 247.093 votos

Atrás deles vieram justamente Rose Modesto (União), que hoje disputa o segundo turno pela cadeira do Executivo de Campo Grande, e Giselle Marques (PT) logo em seguida, que com 9,42% teve 10.761 mais votos que Marquinhos Trad na ocasião. 

Além de Giselle, que teve 1.709 votos computados esse ano, outro nome que esteve na disputa pelo cargo de governador em 2022 não conseguiu fazer do tempo de campanha um trampolim para as eleições de 2024, caso de Adonis Marcos. 

Candidato à época pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), para disputar uma cadeira como vereador nas eleições deste ano, ele inclusive chegou a migrar de partido, filiando-se ao Cidadania, porém sem sucesso nas urnas. 

Pelo novo partido, mais uma vez Adonis não conseguiu sucesso na candidatura, computando a seu favor 1.663 dos votos válidos neste ano, sendo que obteve aproximadamente 3.251 nas eleições de 2022. 

Correndo há tempos

Nessa lista de "quase lá" também entra um nome que há tempos concorre, seja para vereador; prefeito, porém sem sucesso em suas candidaturas: Vinicius Siqueira.

Vinicius, que inclusive anotou passagem como vereador pela Câmara Municipal de Campo Grande, entre fevereiro de 2017 e meados de março de 2018, pelo Partido Democratas (DEM). 

Cerca de dois anos depois, quando migrou do DEM para o Partido Social Liberal (PSL), Vinicius Siqueira disputou a corrida pela Prefeitura de Campo Grande quando, porém, acabou na terceira colocação do pleito. 

Vale frisar que essa eleição em que disputavam nomes de peso, como Pedro Kemp (PT), foi vencida com folga por Marquinhos Trad (PSD) que teve 52,58% dos votos válidos (218.418 totais), com o petista, por exemplo, ficando com 8,32% e 34.546 no computado total. 

Por sua vez, Vinicius Siqueira ocupou a terceira colocação nessa eleição de 2020, ficando menos de quinhentos votos atrás do petista Pedro Kemp, somando 8,20% das escolhas dos eleitores validadas no pleito daquele ano. 

Se há quatro anos Vinicius conseguiu angariar mais de 34 mil eleitores na corrida para prefeito, agora, em disputa pelo cargo de vereador pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) neste ano, o político somou 1.016 votos computados. 

 

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Cidades

Até fim do ano, Petrobras terá projeto de transição energética interessante aprovado, diz Magda

A executiva apresentou o Plano de Negócios 2026-2030 da empresa para empresários fluminenses, lembrando que o plano se estende até 2050, quando a companhia pretende atingir emissões líquidas zero

05/12/2025 22h00

Sede da Petrobrás

Sede da Petrobrás Imagem: Agência Petrobras

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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que o Conselho de Administração da estatal vai aprovar, até o final do ano, um projeto de transição energética "interessante, e que não é greenwashing (sem impacto efetivo)". A declaração foi realizada em evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

A executiva apresentou o Plano de Negócios 2026-2030 da empresa para empresários fluminenses, lembrando que o plano se estende até 2050, quando a companhia pretende atingir emissões líquidas zero.

Magda também destacou os investimentos no Estado do Rio de Janeiro, com foco no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, que segundo ela vai ganhar uma petroquímica "moderníssima", mas também não deu detalhes.

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Novo Bolsa Família reduziu beneficiários e valor total de benefícios entre 2023 e 2025

O Novo Bolsa Família foi relançado em 2023 e tem renovado o público atendido ao longo do tempo, diz o relatório "Filhos do Bolsa Família

05/12/2025 21h00

Crédito: Lyon Santos / MDS

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Um novo estudo com dados administrativos do governo federal mostra que, entre o início de 2023 e outubro de 2025, o número total de beneficiários do Novo Bolsa Família diminuiu, assim como o número de famílias e o valor total gasto em benefícios. O levantamento, conduzido pelos professores da Escola de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV EPGE) Valdemar Pinho Neto e Marcelo Neri, chama atenção para os fluxos mensais, que indicam mais saídas do que novas entradas. Isso apontaria "sustentabilidade e rotatividade saudável no programa".

O Novo Bolsa Família foi relançado em 2023 e tem renovado o público atendido ao longo do tempo, diz o relatório "Filhos do Bolsa Família - Uma Análise da Última Década", lançado hoje no Rio de Janeiro. Entre os beneficiários observados no início de 2023, 31,25% já não estavam mais no programa em outubro de 2025. De acordo com a pesquisa, o Bolsa Família oferece proteção em momentos de vulnerabilidade de renda, não se configurando como uma política de dependência permanente. "Mesmo em um horizonte inferior a três anos, o programa segue associado à transição para arranjos de renda mais autônomos, sobretudo nas idades em que o ingresso no mercado de trabalho é mais intenso".

A análise diz que a Regra de Proteção, que permite que a família permaneça no programa por um período quando a renda do trabalho ultrapassa o limite de entrada no programa, tem funcionado como um "amortecedor" entre o Bolsa Família e o mercado de trabalho.

"Isso evita quedas bruscas de renda, diminui o medo de aceitar empregos formais ou registrar-se como Microempreendedor Individual (MEI) e, ao mesmo tempo, garante que, em caso de nova perda de renda, a família possa retornar com prioridade ao programa", cita a publicação.

O lançamento do estudo foi acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento, Assistência social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

"Quando a gente vê a elevação do PIB no Brasil, surpreendendo muitas vezes a área econômica e técnica, ali tem o PIB dos mais pobres. Aquelas pessoas que lá atrás viviam de transferência de renda, agora tem consumo", afirmou.

Segunda geração

O estudo sustenta que o Bolsa Família conjuga proteção social "robusta" e mobilidade socioeconômica. A evidência, de acordo com o pesquisador, é que muitos filhos do programa deixam de receber o benefício futuramente.

A pesquisa acompanha, ao longo da última década (2014-2025), os membros de famílias que recebiam o benefício em 2014, com foco em crianças e adolescentes. Os resultados indicam que uma parcela expressiva da chamada "segunda geração" de beneficiários deixou de depender da transferência de renda. Entre todos os beneficiários de 2014, 60,68% não recebiam mais o Bolsa Família em 2025. As taxas são ainda mais altas entre os que eram adolescentes naquele ano: 68,8% entre jovens de 11-14 anos e 71,25% entre 15-17 anos. Nas áreas urbanas, a taxa de saída para jovens de 6-17 anos chega a 67,01%.

A escolaridade do adulto responsável também faz diferença: quando a pessoa de referência concluiu o ensino médio, quase 70% dos jovens que tinham 6-17 anos em 2014 deixaram o Bolsa Família ao longo da década.

"Essa emancipação do Bolsa Família é acompanhada por uma saída relevante do Cadastro Único e por aumento da participação no mercado de trabalho formal", cita o estudo. Entre os jovens que tinham 15-17 anos em 2014, por exemplo, mais da metade deixa o CadÚnico até 2025, e 28,4% possuem vínculo formal de emprego no ano de 2023.

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