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Em 4° caso de feminicídio, mulher é morta a tiros pelo ex-namorado em MS

Vítima foi levada ao hospital mas não resistiu aos ferimentos; suspeito fugiu do local

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Uma mulher, de 26 anos, identificada como Mirieli Santos, foi morta a tiros neste sábado (22) pelo ex-namorado, Fausto Junior, no município de Água Clara - localizado a 193 km de Campo Grande.

De acordo com informações, o irmão de Mirieli estava na casa do suspeito quando ela chegou e os dois iniciaram uma discussão, em seguida, foram para um cômodo da casa, onde foram ouvidos os disparos.
 
Ao entrar no cômodo, o irmão de Mirieli já a encontrou caída no chão, com ferimentos dos disparos. Neste momento, ele a pegou no colo e colocou, junto com o suspeito, dentro do carro para levá-la ao hospital. Depois de deixar os dois, Fausto fugiu do local.

Na casa do autor, foi encontrado um revólver calibre .38 e um pote com várias munições intactas. A Polícia Civil de Água Clara segue com as diligências.

Mirieli era dona de uma loja de roupas femininas 'Loja Fina Estampa', nas redes sociais amigos lamentam o ocorrido. 

"Sem palavras para essa perda tão injusta, você não merece isso! Tão jovem, cheia de vida, o feminicídio precisa parar!", "Oh linda, você não merecia essa covardia", escreveram seguidores e colegas de Mirieli. 

A prefeita de Água Clara, Gerolina Alves também publicou em suas redes sociais uma nota de pesar:

"É com imenso pesar que recebemos a informação do falecimento da jovem Mirieli Santos. Desejamos os mais sinceros sentimentos à todos familiares e amigos. Momento de muita tristeza para todos nós", diz a nota.

4° caso em MS

No dia 4 de fevereiro, Karina Corin, de 29 anos, baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos, no dia 1° de fevereiro; não resistiu aos ferimentos.

Karina estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Vida de Dourados. Aline Rodrigues, de 32 anos, também estava na loja de celular no momento do ataque e morreu após ser atingida por dois tiros.

Aline era amiga de Karina, e também foi levada para o Hospital da Vida de Dourados em estado grave. Contudo, não resistiu aos disparos, que atingiram a cabeça e o tórax.

O 2° feminicídio registrado foi o da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada a facadas pelo ex-noivo Caio Nascimento. 

Vanessa procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) no dia 13 de fevereiro para denunciar o companheiro por violência doméstica e solicitar uma medida protetiva contra ele, mas, ao retornar para casa, deu de cara com Caio na sua própria residência, momento em que começaram uma discussão e ele desferiu diversos golpes de faca contra o pescoço, peito e barriga.

Os vizinhos ouviram os gritos e acionaram a polícia.

Já o caso mais recente aconteceu em Dourados, Juliana Domingues, de 28 anos, foi assassinada com golpes de foice pelo marido, no último dia 18, na comunidade indígena Nhu Porã.

O esposo foi identificado como Wilson Garcia, de 28 anos. Ele cometeu o crime na frente do filho do casal, de 8 anos.

Lei do feminicídio

Datada de 09 de outubro de 2024, a nova "lei do feminicídio" eleva para 40 anos o crime de assassinato de mulheres, no contexto de violência doméstica ou de gênero. 

Como esclarece material da Agência Senado à época, a legislação anterior definia o feminicídio como um crime dentro do âmbito do homicídio qualificado, sendo pela nova lei considerado autônomo. 

Com alterações no Código Penal, Lei das Contravenções Penais, de Execução Penal, de Crimes Hediondos e Maria da Penha, entre outras medidas importantes, houve um aumento da pena, de 12 a 30 anos para reclusão de 20 a 40 anos. 

Entretanto, é importante explicar que, não cabe aplicação retroativa aos crimes que aconteceram antes da vigência da nova Lei do Feminicídio, graças ao chamado "princípio da não retroatividade in pejus", o que impede penas mais graves nesses casos. 

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Mobilização

Paralisação nacional deixará escolas municipais e estaduais sem aula nesta quarta-feira

A ação foi convocada pela CNTE e faz parte da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.

22/04/2025 17h03

Paralisação nacional deixará escolas municipais e estaduais sem aula nesta quarta-feira

Paralisação nacional deixará escolas municipais e estaduais sem aula nesta quarta-feira Foto: Divulgação / Governo de MS

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Os professores e trabalhadores da rede municipal e estadual de Campo Grande irão aderir ao Dia Nacional da Paralisação, uma ação convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), como parte da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. 

A decisão foi tomada hoje (22) em assembleias com a participação da Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), onde oficializaram a adesão ao movimento. 

Com isso, as escolas da rede municipal e estadual da Capital e de outros municípios de Mato Grosso do Sul não terão aula nesta quarta-feira (23), data da paralisação. 

O movimento tem o apoio de várias entidades e é uma “resposta aos ataques sofridos pela educação pública brasileira e um chamado à valorização urgente para quem faz a educação acontecer”, segundo o CPERS, o sindicato de professores do Rio Grande do Sul, um dos apoiadores do ato. 

Convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o movimento reunirá professores, funcionários, especialistas e demais trabalhadores da educação pública em atos por todo o Brasil. 

Entre as pautas defendidas estão a realização de concurso público para o ingresso de profissionais, o cumprimento do Piso Nacional do Magistério, revisão dos salários em 12,14% para todos os segmentos da educação pública, revogação da alíquota previdenciária de 14% para aposentados, melhores condições de trabalho, entre outras. 

Em Campo Grande, a mobilização será na Praça do Rádio Clube a partir das 9h e sairá em passeata pelas ruas centrais da cidade no dia 23. Além da passeata, a semana será marcada por debates e palestras sobre assuntos que, segundo a FETEMS, “se alastram pelo país e o mundo e que precisam ser enfrentados com contundência pelos setores progressistas da sociedade”, falando sobre a privatização das escolas públicas. 

Após a mobilização, às 14h, a FETEMS promove uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), em parceria com os deputados Estaduais Pedro Kemp e Gleice Jane, do PT, onde será debatido o Projeto de Lei 2614/2024, que institui o Plano Nacional de Educação (PNE), que, quando aprovado, terá validade de 10 anos a partir de 2025. Além do debate, também haverá uma palestra ministrada pela Professora Andréia Militão, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). 
 

Cidades

Presidente do Instituto Onça-Pintada repercute morte de caseiro em MS; veja vídeo

Biólogo Leandro Silveira destacou que fato foi algo incomum e uma "exceção da regra"

22/04/2025 17h00

Presidente do Instituto Onça-Pintada (IOP), biólogo Leandro Silveira

Presidente do Instituto Onça-Pintada (IOP), biólogo Leandro Silveira Foto: Reprodução / Redes Sociais

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Presidente do Instituto Onça-Pintada (IOP), o biólogo Leandro Silveira repercutiu em suas redes sociais a morte do caseiro Jorge Ávalo, de 62 anos, vítima de um ataque de Onça-Pintada no último final de semana em Aquidauana, interior do estado.

Com 1,2 milhões de seguidores em seu perfil no Instagram, Silveira destacou que a morte do trabalhador chocou os sul-mato-grossenses e repercutiu nacionalmente em virtude do ineditismo do fato, que classificou como “exceção da regra”. 

“Vamos acreditar que isso é apenas uma exceção da uma regra. Nós também seres humanos podemos ter surtos, ataques e agir fora de um padrão social, (ataques) pode acontecer”, destacou o biólogo, que apareceu ao lado do filho, Tiago Jácomo. O idoso, então desaparecido, encontrado no último dia 21, foi atacado enquanto trabalhava em uma região de difícil acesso, no rio Miranda, conhecida como “Touro “Morto.

O biólogo destacou que as mortes causadas por grandes predadores representam um percentual muito pequeno se comparadas com casos de mortes humanas causadas por mosquitos e abelhas. Segundo ele, casos como os de “Jorginho” ganham notoriedade, sobretudo pelo impacto emocional que causam nas pessoas.

“É estrondoso o impacto, né? Mas você fala porque, né? (...) nos Estados Unidos, nos últimos 5 anos morreram, acho que umas 30 ou 40 pessoas com ataque de ursos, (número) relativamente pequeno em relação às mortes, por exemplo, com abelhas. A gente reage diferente quando é um grande predador, porque tem o que a gente chama de memória evolutiva em relação a essa espécie”, frisou o pesquisador, que destacou que animais predatórios representam a natureza bruta entre a atual espécie humana e os hominídeos.

 Veja Vídeo 

 

“Vale lembrar que a onça, entre os grandes predadores, é o que desenvolveu maior eficiência em atacar uma ataca com uma única mordida na base do crânio.  (...) se é um animal que mata uma vaca, uma anta, mordendo a base da da cabeça, imagino que ele não faria com a gente, né?”, finalizou Leandro. 

 

Após a morte de Jorge Avalo, de 62 anos, por ataque de onça no Pantanal sul-mato-grossense, a Polícia Militar Ambiental (PMA) trabalha agora com quatro hipóteses para tentar justificar o que, de fato, motivou a investida fatal do felino.

A PMA indicou, em nota, que os restos mortais de "Seu Jorge" foram encontrados cerca de 280 metros do rancho, confirmando que o caseiro foi atacado por um felino de grande porte, nesse caso uma onça-pintada. 

Como o caso ainda segue sendo investigado, a intenção das autoridades é tentar precisar o que levou à violência desse felino, já que apesar de dividirem o mesmo ecossistema os ataques aos humanos não são comuns.

Entre as quatro principais hipóteses levantadas, a PMA considera possível: 

  • Escassez de alimento; 
  • Comportamento defensivo do animal;
  • Período reprodutivo ou
  • Atitude involuntária da vítima 

Importante explicar que, o período reprodutivo foi levantado entre as hipóteses já que nessa etapa da procriação há uma competição ecológica, em que costumeiramente o macho se torna mais agressivo. 

Já a atitude involuntária da vítima também é considerada, uma vez que foi levantada a possibilidade de que Jorge seguia pela plataforma com mel nas mãos. 

A polícia explica que havia câmeras no local, já que a propriedade contava com sistema de monitoramento de segurança, mas indica que os equipamentos não estavam funcionando corretamente no momento do ocorrido. 

Como a prática de "ceva", ou seja, fornecer alimentos aos animais selvagens, já foi alvo de investigação das autoridades na região, a PMA reforça que há leis específicas que proíbem tal ação. 

Além da  Lei Federal nº 9.605/1998 (que trata de Crimes Ambientais) e a nº 5.673, de 8 de junho de 2021 (sobre a Proteção à Fauna no Estado de Mato Grosso do Sul), há ainda uma resolução (nº 08 de 2015) da Secretaria Municipal de Administração (Semad) proibindo a ceva. 

A Polícia lembra que estimular essa aproximação é perigoso, já que os animais selvagens podem associar a presença de seres humanos à oferta de alimento. 

Relembre

Longe cerca de 300 quilômetros de Campo Grande, o caso antes encarado como o desaparecimento de um caseiro no Pantanal de Mato Grosso do Sul é investigado agora como ataque fatal de animal silvestre, já que partes do corpo de "Seu Jorge" foram encontradas na manhã de hoje (22). 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a polícia investigava a suspeita de desaparecimento num primeiro momento, já que vestígios de sangue foram localizados por turistas e caseiros que passavam próximo à pousada que Jorge Avalo, de 62 anos. 

Agora, após retomada de buscas na manhã de hoje (22), conforme apurado pelo portal O Pantaneiro, partes do corpo de "Seu Jorge" foram encontradas em área de mata fechada após os familiares do caseiro indicarem o possível local para onde o corpo teria sido arrastado. 

Esse ataque teria acontecido por volta de 5h da segunda-feira (21), feriado de Tiradentes, sendo que uma foto de circuito interno divulgada indica que por volta de 06h52, no ponto do bote, só restavam marcas de sangue e os animais carniceiros no local. 

Familiarizados com a região, os locais identificaram o "modus operandi" do ataque da onça foi desvendado, com o animal se escondendo às margens do rio antes de partir em arrancada. 

Região conhecida por ser destino de turistas e pescadores, esse ponto do Rio Miranda costuma atrair animais para próximos das regiões mais habitadas em épocas de cheia, o que favorece o encontro de seres humanos com a fauna local. 

*Colaborou Leo Ribeiro

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