Cidades

IMIGRAÇÃO

Em média, 6 brasileiros por hora ganham autorização para morar em Portugal

Em média, 6 brasileiros por hora ganham autorização para morar em Portugal

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O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português concedeu no ano passado 28 mil novos títulos de residências a cidadãos brasileiros, segundo o relatório anual sobre imigração divulgado ontem. Com isso, o total de brasileiros residindo legalmente em terras lusitanas ultrapassou a marca dos 100 mil. Só nos primeiros quatro meses foram concedidas 17 mil autorizações de residência - média aproximada de 6 por hora. A segurança pública e a economia aquecida são citadas pelos brasileiros como as principais razões para a escolha.

Entre os novos imigrantes, muitos se mudam com dinheiro para investir em negócios e imóveis. De acordo com a Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, os brasileiros se tornaram os maiores investidores estrangeiros no mercado imobiliário nas cidades de Lisboa e do Porto. No país como um todo, ficam atrás apenas dos franceses. A imprensa local já apelidou Lisboa de "nova Miami" dos brasileiros.

Ainda que muitos venham com visto especial de investidores, o SEF informou que a maioria dos brasileiros obtém a residência por contrato de trabalho ou por reagrupamento familiar - quando um dos familiares já tem direito a residir em Portugal.

O grande aumento do fluxo de imigração, não exclusiva de pessoas oriundas do Brasil, tem sobrecarregado os serviços responsáveis por conceder as autorizações. Ontem, vários postos já não tinham mais vagas para marcar a renovação do título de residência até o fim do ano. 

Para contornar o problema, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou a extensão do horário de atendimento, que passa a ser das 8h30 às 20 horas - anteriormente, se encerrava às 16 horas. 

Mais fácil que os EUA

Foi a crise econômica do Brasil que levou a empresária Daniela Cox, de 44 anos, e sua família a deixarem o País em 2018. Antes de cogitar Portugal, a empresária pensou nos Estados Unidos.

"Mas, com as mudanças do governo (Donald) Trump, estava complicado conseguir o visto. Como meu marido tem nacionalidade alemã, a Europa ficou muito mais fácil", disse. Cidadãos europeus e seus familiares diretos têm direito garantido à residência em Portugal. 

Daniela se mudou para a região de Lisboa em agosto com o marido e os dois filhos, então com 5 e 13 anos, e diz que não pensa mais em sair de Portugal. "Sinto muita saudade, mas sou mais feliz aqui. O ponto principal é poder andar na rua em paz, me sentindo segura", afirma.

Ela cita que a cultura próxima da brasileira, a comida, o idioma e o clima ameno ajudaram na adaptação de todos. "Meus filhos se dão bem na escola, não sofreram nenhum bullying ou preconceito "

Mas, se a burocracia foi facilitada pela cidadania europeia, conseguir emprego se mostrou uma tarefa ingrata. Daniela preferiu manter a empresa aberta no Brasil e trabalha a distância. O marido de Daniela, Pipo Cox, começou uma empresa de catering em Lisboa e tem tido muito sucesso. "Mas a clientela é 90% brasileira", diz a empresária.

O consultor de sistemas de tecnologia Rodrigo Damasio de Moura, de 39 anos, nem estava procurando emprego quando foi contatado por uma recrutadora de uma empresa de TI de Portugal. "Não me imaginava deixando o Brasil, mas eles gostaram do meu perfil, aceitei fazer uma entrevista e foi dando tudo certo. Em maio do ano passado, eu me mudei", conta.

Dois meses depois, trouxe a mulher e os dois filhos, de 14 e 3 anos. Ainda que tenha vindo com emprego certo, a mudança foi para conquistar qualidade de vida. "Vim para ganhar a metade do que eu ganhava no Brasil - e nem penso em voltar. A falta de segurança no Brasil está muito grave."

Com uma população envelhecida e baixas taxas de natalidade, Portugal tem visto o número de habitantes cair nos últimos anos e precisa de imigrantes. No último ano, mesmo contabilizando a entrada dos estrangeiros, perdeu 14 mil habitantes, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

Segundo o ministro Eduardo Cabrita, o crescimento de quase 50 mil residentes estrangeiros "está em linha com as necessidades de manutenção do nível de população ativa". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Queda de helicóptero

Socorrista de MS atou em resgate que emocionou o Brasil

Rafael Rech foi um dos primeiros a chegar no local de queda de helicóptero em Caieiras (SP), e a realizar os primeiros socorros às vítimas

23/01/2025 19h15

Ocorrência em área de mata em Caieiras (SP) teve total de 5 horas

Ocorrência em área de mata em Caieiras (SP) teve total de 5 horas Divulgação, CCR e Gerson Oliveira, Correio do Estado

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Há exatamente uma semana, uma ocorrência marcou para sempre a vida do enfermeiro socorrista sul-mato-grossense Rafael Rech, de 25 anos. 

Natural de Ivinhema, município a 295 quilômetros da capital Campo Grande, Rech é enfermeiro e trabalha há 6 anos na concessionária CCR-MSVia, como instrutor técnico especialista em resgate.

Na última quinta-feira (16), Rafael participou do atendimento às vítimas da queda do helicóptero em Caieiras (SP). O acidente provocou as mortes do empresário André Feldman e da esposa dele, Juliana Alves Feldman.

A filha do casal, Bethina Feldman, 12 anos; e o piloto Edenilson de Oliveira Costa, de 49 anos; foram resgatados com vida.

'Estava em São Paulo para treinamento'

O profissional atuante na base 10 da concessionária em Campo Grande, conta que participou da ocorrência por acaso. Isso porque o acidente ocorreu enquanto ele estava em viagem na cidade de São Roque (SP), para realizar um treinamento de qualificação.

"Eu fui pra São Paulo para poder pegar um pouco mais de treinamento, porque lá tem muito mais ocorrências. Desde treinamento veicular, salvamento em altura, enfim, fazer essa especialização na área para poder trazer o conhecimento e aplicar nas rodovias que a gente atua aqui no estado. E no dia do acidente, a gente recebeu o acionamento, imediatamente fizemos o deslocamento de São Roque até Caieiras, no local do acontecimento com a aeronave.", explica.

Rafael foi um dos primeiros a chegar no local do acidente e a trabalhar na retirada das vítimas. Ele relata que toda a ocorrência no local durou entre 4 a 5 horas de trabalho.

"Recebemos o acionamento às 5h40 da manhã e fomos sair às 11h. Quando a aeronave do Águia sobrevoou o local, eles localizaram o piloto e depois a menina. Eles encontraram a nossa equipe dentro da mata, e resgataram a menina dentro da mata junto com a gente. Fomos a primeira equipe a poder acessar a aeronave, e ali a gente acabou identificando as vítimas. Trabalhamos em conjunto com a Força Aérea para poder fazer a retirada dos corpos da aeronave", conta.

Ocorrência em área de mata em Caieiras (SP) teve total de 5 horas Socorrista Rafael Rech. Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado

Sensação de dever cumprido

Rafael relatou ainda o sentimento de participar de um resgate dessa magnitude. Em razão da presença de vítimas fatais, o enfermeiro destacou a importância do equilíbrio emocional em trabalhos dessa natureza.

"A sensação é gratificante, lógico que a gente tem o sentimento por conta das perdas das vítimas do acidente aéreo, mas a gente tem a sensação de missão cumprido. Por conta do nosso trabalho a gente conseguiu dar o conforto, dar o destino aos corpos das vítimas para que a família pudesse ter novamente elas de volta".

"A gente sempre se coloca no lugar daquela família. Sempre temos que trabalhar com o emocional, não deixando que pese no dia a dia. Sentimos pela perda, mas a gente tem que dar o nosso melhor, para que o trabalho seja realizado da melhor maneira", explica.

A cada ocorrência, um novo aprendizado

Na profissão de Rafael Rech, cada emergência e resgate vivido representa um aprendizado para sua equipe. Aprendizado que posteriormente será compartilhado com outras equipes, para assim, aprimorarem seus atendimentos.

"Esses treinamentos são recorrentes. Fui para São Paulo em janeiro e em maio vou para o Paraná, em uma nova concessão que a gente tem lá. São oportunidades de passar todo o conhecimento que a gente agregou tanto em São Paulo quanto o que a gente tem aqui com os nossos colaboradores", enfatizou Rech.

Ocorrência em área de mata em Caieiras (SP) teve total de 5 horas Socorristas no local do acidente em Caieiras (SP). Foto: Divulgação, CCR

Queda de helicóptero

Na noite de 16 de janeiro, um helicóptero caiu em área de mata fechada na Grande São Paulo com destino à Americana. O tempo na capital na hora da decolagem era muito ruim. O sinal de GPS da aeronave sumiu por volta de 20h34.

No acidente, André Feldman, de 50 anos, e sua esposa, Juliana Elisa Alves Maria Feldman, 49, morreram no local. A filha do casal, Bethina Feldman, 12 anos, foi resgatada com vida.

O helicóptero saiu de São Paulo com destino à Americana, e por volta de 20h34 de quinta-feira perdeu o sinal de GPS e caiu, segundo as informações da Defesa Civil. 

O piloto, que é natural de Dourados, mas mora atualmente em Paulínia (SP) com a esposa e duas filhas, foi encontrado desorientado, pedindo água e preocupado em indicar a localização da adolescente aos socorristas.

Ele prestava serviço particular para a família Feldman, tendo mais de 13 anos de atuação na área, além de ser formado em enfermagem pelo Centro Universitário de Jaguariúna. 

Segundo a Polícia Militar de São Paulo, a equipe de resgates localizou, primeiro, a aeronave e, logo em seguida, viram um homem acenando na área de mata, onde eles passaram a noite. 

Quando pousaram, os agentes identificaram Edenilson, que indicou onde estava a menina - cerca de 100 a 150 metros para dentro da área da mata.

Como a criança estava com certa dificuldade de andar e com algumas dores, a polícia avalia que, ao amanhecer, Edenilson a deixou na mata e caminhou, tentando chegar à rodovia, e pedir socorro.

No entanto, devido ao cansaço, ele não conseguiu acessar a rodovia, mas chegou a uma área onde havia uma clareira, o que possibilitou que os policiais o visualizassem.

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados para realizar a ação inicial da ocorrência.

O corpo do empresário André Feldman foi enterrado neste domingo , no Cemitério Israelita do Butantã, na capital paulista. O corpo da esposa dele foi velado e sepultado no sábado (18), em Americana, no interior paulista, onde moravam e para onde a família voltava.

André e Juliana deixam outros dois filhos, de 9 anos.

Educação

O IFMS oferece curso de informática gratuito para público diversificado

A oportunidade é voltada para aqueles que têm pouca experiência com informática e buscam se reposicionar no mercado de trabalho

23/01/2025 19h00

Crédito FreePik

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O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) irá oferecer o curso de informática básica no primeiro semestre de 2025, com o intuito de fornecer noções sobre ferramentas de escritório e o ambiente digital.

A modalidade será a distância, com carga horária de 60 horas, podendo ser acessada pelo aluno no melhor horário para o aprendizado.

O diferencial do curso é que ele foi pensado para pessoas sem experiência em informática, assim como para aquelas que estão pensando em mudar de área e precisam desse conhecimento como diferencial no currículo.

As inscrições para o primeiro semestre já estão abertas e vão até o dia 18 de junho. Vale ressaltar que o aluno deverá concluir o curso até o dia 30 de junho.

A diretora do Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância (Cread) do IFMS, Lia Nara Quinta, destacou que o curso atenderá a um público amplo, oferecendo suporte tanto para estudantes que desejam aprimorar seus estudos quanto para pessoas que buscam atualizar seus conhecimentos.

"O curso atende a um público variado, com o objetivo de reintegração ao mercado de trabalho", afirmou a diretora.

Proposto pelos docentes do Campus Dourados, Mary Melo e Willerson Silva, o curso faz parte das ações do Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), que promove a inclusão digital, entendendo que não se trata apenas de "doação de computadores", mas da oferta de formação básica sobre os equipamentos.

"Os conhecimentos que apresentamos no curso são essenciais para capacitar as pessoas a utilizarem os computadores e buscarem sua independência digital. São conteúdos que podem ser úteis no trabalho, na escola e no cotidiano de forma geral. O mercado de trabalho atual exige esses conhecimentos básicos, e a informática é essencial para abrir mais oportunidades", explica o professor Willerson.

O curso abordará os seguintes tópicos:

  • Conhecimentos básicos de hardware e software;
  • Introdução ao uso de ferramentas como Microsoft Word, Excel e PowerPoint;
  •  Ferramentas de escritório e segurança digital;
  •  Conceitos e ferramentas da internet.

"O material audiovisual é leve e descontraído, com qualidade tanto no conteúdo quanto na produção. Cada videoaula foi adaptada para iniciantes e pode ser acompanhada até mesmo pelo celular. O estudante aprenderá sobre as partes físicas básicas do computador, os programas básicos, como editar textos, trabalhar com planilhas e apresentações, além de acessar a internet com segurança", destaca Willerson.

Para realizar a inscrição, basta acessar o link clicando aqui.

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