Por meio de um termo de reconhecimento de dívida publicado hoje (13) em Diário Oficial, o Executivo de Mato Grosso do Sul assume o pagamento de pouco mais de R$10 milhões de reais em indenização para uma empresa que rege uma obra com valores atuais acima de 82 milhões de reais.
Essa indenização é relativa ao contrato de obra de R$82.230.345,20 atualmente, firmado em 2021 e que, na ponta do lápis, seria equivalente a 2.055.758,63 pagos por quilômetro pavimentado em Chapadão do Sul.
Conforme exposto no Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, o contrato em questão data de 03 de agosto de 2021, com a TCL Tecnologia e Construções para a "implantação e pavimentação asfáltica das rodovias MS-425, MS-229 e MS-320, trecho de 40,37 quilômetros entre a BR-060 e a MS-316.
Pelos valores da época, a contratação firmou o pagamento de R$1.329.021,5395 por quilômetro, que somavam o acordo inicial de R$53.160.861,58, aditivado e dilatado posteriormente.
Para efeito de comparação, há R$276.169.461,16 sendo pagos pelo governo do MS para a empreiteira S.A.Paulista de Construções e Comércio, que venceu a licitação por WO - e tem sede em uma das regiões mais nobres da capital de São Paulo o bairro de Itaim Bibi -, para execução de 63 km de asfalto, o que dá exatos R$4.383.642,240634921 por quilômetro, ou seja, mais que o dobro do contrato firmado em 2021.
Nesse caso citado acima, como bem acompanhou o Correio do Estado, já que cinco das sete empresas que manifestaram interesse na abertura da licitação nem sequer apresentaram a documentação, enquanto uma sexta foi julgada "inabilitada" antes mesmo da entrega das propostas, motivo pelo qual a empresa paulista nem se preocupou em baixar o valor inicial estipulado pelo Governo do Estado.
Em números mais exatos, os mesmos 40 quilômetros que em 2021 custavam 1.329.021,5395, se levado o valor praticado neste contrato com a S.A.Paulista, saíram por 2.783.264,914688839 este ano, que é, de fato, mais do que duas vezes o valor em cerca de quatro anos.
Indenização
Esse empreendimento foi anunciado em janeiro de 2021, como parte de um pacote de R$ 376 milhões para pavimentação e restauração de 296 quilômetros de estradas sul-mato-grossenses.
Conforme o termo de reconhecimento de dívida, o governo deverá realizar o pagamento da 21ª medição final de reajustamento e reequilíbrio econômico-financeiro, indenizando a TCL em exatos R$10.203.269,52.
Como detalhado, o valor corresponde: à soma da 21° medição final no valor de R$ 6.413.211,52; 21ª medição final de reajustamento, no valor de R$ 2.126.670,66, e reequilíbrio econômico-financeiro no valor de R$ 1.663.387,34.
Com o contrato assinado no início de agosto de 2021, o primeiro termo aditivo demorou menos de dois meses para ser celebrado e data de 28 de setembro daquele ano, segundo consta exposto no Portal da Transparência, quando alterada a responsabilidade técnica pela execução da obra para inclusão de dois engenheiros civis.
Já em 23 de setembro foi publicado termo aditivo, ocasião em que o acordo subiu de preço e o prazo também foi dilatado em seis meses (180 dias).




