Campo Grande, assim como várias cidades do Brasil - e ao redor do globo - vive mais uma vez o Carnaval nos moldes que estavam acostumados no período pré-pandemia, mas como após a Covid-19 os cuidados nunca mais foram os mesmos, o médico infectologista, Dr. Julio Croda, aponta que vacinar é a melhor prevenção.
Especialista, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), professor da UFMS e da Yale School of Public Health e Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, ele lembra que atualmente a sociedade, não só brasileira, mas em todo o mundo, convive com duas variantes a "QB1" e "XBB.1.5".
Conforme Julio Croda, ainda que a sociedade enfrente um novo período diante da doença, com casos ainda sendo registrados, não há uma nova variante associada ao período de carnaval e a prevenção, através da aplicação das doses da vacina, é o melhor jeito de se prevenir.
"É importante estar com o esquema vacinal completo, é a primeira coisa para garantir que você está protegido, principalmente para hospitalização e óbito", diz Julio Croda.
Garantia de folia
Vale ressaltar que até mesmo a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES), preparou um Dia D de Vacinação, na última quarta-feira (15), pelos 79 municípios do Estado, focado em prevenir para o carnaval.
Coordenadora Estadual de Vigilância Epidemiológica da SES, Ana Paula Rezende Goldfinger expõe que a campanha quer intensivar a cobertura vacinal, justamente para evitar um novo aumento no registro de novas contaminações.
"A gente pede que a população fique atenta a estratégia utilizada em seu município, o local da vacinação. É um momento muito importante e esperamos que não tenhamos um número alto de novos casos, em razão da festividade de carnaval", frisa a coordenadora da SES.
Em complemento, o Dr. Julio Croda redobra os cuidados, apontando que o menor sintoma relacionado às doenças respiratórias não podem ser ignorados e, nesse caso, o conselho é para adiar um pouco a festança.
"Se tiver sintomas, não vá para a folia, para nenhum bloco, para não transmitir nenhuma doença respiratória para quem está também no carnaval", pontuou ele.
Croda ainda lembra que os classificados como "idosos extremos", aquelas pessoas acima dos 75 anos, já podem e devem buscar a aplicação da vacina bivalente para se imunizar contra a Covid-19.
"Em relação ao uso de máscara, não é recomendado usar esse tipo de proteção nessas atividades associadas à aglomeração, por
que é praticamente impossível", finaliza ele.