Cidades

SERVIÇO À SOCIEDADE

Estado tem 108 novos servidores empossados na Sedhast, Procon, Iagro e Agraer

Durante governo de Reinaldo Azambuja, mais de 9.700 que prestaram concurso entraram no serviço público

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Na tarde desta quinta-feira (11), o governador Reinaldo Azambuja anunciou, no auditório do Bioparque Pantanal, a posse de 108 novos servidores públicos, que devem servir à Sedhast, Procon, Iagro e Agraer. 

Além desses 108 empossados hoje, o governador anunciou outros 465 professores e professoras que devem assumir cargo, antes do fim da gestão de Azambuja. 

"Vamos terminar com  mais de 9700 novos concursados ​​que adentraram ao serviço público nos últimos 7 anos e 8 meses. Praticamente mais do que 20% de toda nossa força trabalhadora na ativa que nós temos hoje no estado do Mato Grosso do Sul, que são 40 mil servidores", disse Reinaldo em discurso. 

Feliz pelo o que chamou de "ciclo completo", ele apontou que esse concurso público se reflete em oportunidade para moradores de Mato Grosso do Sul.

"E tantos estados que estão presentes aqui. É muito importante, porque vocês adentram ao serviço público do Mato Grosso do Sul, num Estado hoje que, graças ao empenho de todos, tem se destacado muito no cenário nacional", comentou. 

Ainda, o governador aponta a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), feita pela Tendência Consultoria, que aponta que Mato Grosso do Sul pode ser o maior PIB de 2023 e o segundo maior deste ano. 

"Crescimento de PIB significa crescimento das oportunidades. Além disso, a própria Tendência colocou MS como o 6.º Estado mais competitivo do País e 1.º do Centro-Oeste brasileiro. Somos o segundo estado mais digital do Brasil, isso são conquistas importantes, pois são pilares e alicerces fortes que fomos plantando, primeiro as reformas estruturantes do Estado", afirmou o governador. 

Além dele, Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), reforçou a trajetória do governador de Mato Grosso do Sul, que durante quase dois mandatos completos, visou a "eficiência do setor público", conforme ele. 

"Quando falamos nisso, estamos falando em atendimento à sociedade. Acho que todos que fizeram concurso público sabem, que nós temos uma missão institucional quando nós entramos no setor público", salientou ele.

Azambuja ainda exaltou a função de quem passou pelo concurso público e está prestes à assumir um novo cargo na vida.  

"Ser servidor público é uma escolha, que dignifica. Porque servidor significa servir à coletividade. Vocês fazem parte, vão adentrar ao serviço público por competência, por dedicação, pelo trabalho, e não é fácil passar", completou. 

Nova vida

Gabriela de Medeiros, aos 25 anos, é uma entre os 108 que assumem um novo cargo na Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), com a posse de servidores anunciada. 

Engenheira civil de formação, ela assume agora um cargo de agente de serviços de software organizacionais, de nível médio, após uma saga de 12 meses de dedicação aos estudos. 

"Eu estava há 1 ano estudando. Aí tentei o concurso da UFMS, de algumas outras agências também, federais. E tentei o da Câmara Municipal, o qual passei também, mas optei por tomar posse nesse cargo", comentou.

Por fim, Reinaldo Azambuja encerra dizendo que os novos empossados se sintam inspirados pelo cargo para retribuir em assitência à população sul-mato-grossense. 

"Hoje nós estamos empossando aqui 108 colaboradores. E tivemos mais de 7 mil pessoas fazendo esse concurso. Vocês, por mérito, estão sendo empossados. Queremos que retribua isso à nossa população. A gente não constrói nada sozinho", finalizou.

 

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BRIGA POR TERRAS

Quarto indígena é morto em conflitos na região de Antônio João

A primeira morte foi do líder indígena Marçal de Souza, assassinado em novembro de 1983 em sua casa, a tiros

19/09/2024 09h30

Indígenas durante conflito com forças de segurança pública na manhã de ontem, em Antônio João

Indígenas durante conflito com forças de segurança pública na manhã de ontem, em Antônio João Foto: reprodução

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A morte do indígena Neri Guarani Kaiowá, que ocorreu na madrugada de ontem, foi a quarta já registrada na região de Antônio João, segundo dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O conflito de terras na região começou na década de 1980, cuja primeira morte foi a de Marçal de Souza, e segue até hoje.

Neri foi morto com um tiro na cabeça. A autoria do disparo ainda não foi confirmada, mas ocorreu durante ação da Polícia Militar na Terra Indígena (TI) Ñande Ru Marangatu, em Antônio João, que abriga indígenas da etnia guarani-kaiowá. 
O conflito na região teria tomado proporções maiores desde o dia 12, quando equipes da Polícia Militar (PM) chegaram à região da disputa por terras.

Indígenas durante conflito com forças de segurança pública na manhã de ontem, em Antônio João

Conforme o Cimi, no dia 12, três indígenas já haviam sido baleados na mesma terra indígena. Uma delas, Juliana Gomes, está hospitalizada em Ponta Porã após levar um tiro no joelho. A segunda ferida foi a irmã dela e o terceiro, um jovem – ambos levaram tiros de bala de borracha.

A morte do indígena teria acontecido durante a madrugada, em confronto na retomada indígena da Fazenda Barra. Ainda de acordo com o Cimi, a Força Nacional de Segurança Pública não estava presente.

Informações do Cimi afirmam que a PM arrastou o corpo de Neri para um pedaço de mata, o que teria revoltado os indígenas, que passaram a avançar para o local em que o corpo foi levado. 

“Novos confrontos se estabeleceram, mas os policiais seguiram com a decisão de afastar o corpo dos guarani-kaiowá”, diz trecho de nota do Cimi.

A TI Ñande Ru Marangatu foi declarada como de posse dos povos originários pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2002 e homologada por meio de decreto presidencial em 2005, mas esse processo foi judicializado no mesmo ano e se encontra paralisado até hoje.

OUTRAS MORTES

A cidade de Antônio João já foi palco de diversos conflitos de terra, e o primeiro deles matou um dos nomes mais famosos entre os indígenas. Em novembro de 1983, Marçal de Souza foi assassinado com cinco tiros na aldeia Campestre, na casa onde residia. 

Liderança indígena em ascensão, antes de morrer, Marçal de Souza teria dito que era uma pessoa marcada para morrer.
Marçal de Souza chegou a ir à Organização das Nações Unidas (ONU) para relatar o drama dos guarani-kaiowá em Mato Grosso do Sul. Em 1980, ele fez um discurso para o papa São João Paulo II, em Manaus (AM), durante sua visita ao Brasil. 

A segunda morte na região ocorreu em 2005. A liderança guarani-kaiowá Dorvalino Rocha foi morto no dia 24 de dezembro daquele ano.

Segundo o Cimi, Dorvalino foi morto por um funcionário da empresa Gaspem, que fazia a segurança das fazendas Fronteira, Cedro e Morro Alto, localizadas no município de Antônio João, sobrepostas à TI Ñande Ru Marangatu, 
a qual Dorvalino pertencia. 

O vigilante da empresa, João Carlos Gimenez Brites, confessou que alvejou o indígena com dois tiros, tendo o primeiro o atingido o pé e o segundo, o peito. Ele foi a júri popular e condenado a 16 anos de prisão, no ano passado. 

Foi a primeira vez que um assassino de liderança indígena guarani-kaiowá, em um conflito de terras em Mato Grosso do Sul, foi condenado por homicídio.

A terceira morte ocorreu 10 anos depois, em 2015. Simião Vilhalva levou um tiro na cabeça durante conflito na região, no dia 29 de agosto daquele ano, em áreas retomadas também na TI Ñande Ru Marangatu.

FUNAI

Após a morte de ontem, a Funai lamentou, em nota, o assassinato de Neri e disse que já entrou em contato com a Procuradoria Federal Especializada (PFE) para “adotar todas as medidas legais”.

“A Funai informa que já acionou a Procuradoria Federal Especializada para adotar todas as medidas legais cabíveis e está comprometida em garantir que essa violência cesse imediatamente e que os responsáveis por esses crimes sejam rigorosamente punidos. O conflito também tem sido monitorado por meio da Coordenação Regional em Ponta Porã”, diz trecho da nota.

“O órgão indigenista já se reuniu com o juiz responsável pelo caso, solicitando providências urgentes sobre a atuação da polícia na área. Em diálogo com a Secretaria do Estado de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, a instituição reafirmou a orientação de que não deve haver qualquer medida possessória contra os indígenas da terra indígena”, completou a Funai.
A Funai também afirmou que está preparando nova “atuação perante o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, a fim de se garantir a proteção da comunidade indígena”.

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Operação internacional

Com mandados em MS, operação contra a pirataria tira do ar 675 sites e 14 apps de streaming

Segundo o MJSP, além de causar prejuízos à economia e à indústria criativa e ferir os direitos de autores e artistas, muitos sites infectam os dispositivos dos usuários com malwares e vírus, deixando-os expostos a práticas de roubo de dados

19/09/2024 08h45

Divulgação / MJSP

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) realiza, nesta quinta-feira (19), a sétima fase da Operação 404, que tem como objetivo combater crimes praticados contra a propriedade intelectual na internet, e faz parte de uma mobilização internacional.

Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, oito pessoas foram presas, sendo cinco no Brasil e três na Argentina. Quatro dos presos no Brasil foram detidos em flagrante, e um tinha mandado de prisão preventiva. Além disso, 675 sites e 14 aplicativos de streaming ilegais foram tirados do ar.

Conteúdos em áudio e vídeo, como jogos e músicas, foram removidos, e também houve a desindexação de conteúdo em mecanismos de busca e remoção de perfis e páginas em redes sociais. Diversos materiais relacionados aos crimes foram apreendidos em decorrência das ordens judiciais.

Segundo o MJSP, os investigados são suspeitos de distribuir conteúdo pirata em sites e plataformas digitais, prática "que causa prejuízos significativos à economia e à indústria criativa, além de ferir os direitos de autores e artistas. As perdas para o setor cultural e criativo são significativas, mas os danos vão além do impacto econômico".

Como exemplo, a nota menciona a Operação Redirect, coordenada pelo Ciberlab, que destacou o risco à segurança dos consumidores que utilizam serviços piratas.

"Durante a ação, foram identificados sites de pirataria que, além de distribuírem conteúdo sem autorização, infectavam os dispositivos dos usuários com malwares e vírus, deixando-os expostos a práticas de roubo de dados, como phishing e outras formas de ataque cibernético", diz o MJSP.

Os sites haviam registrado mais de 12 milhões de visitas no último ano, expondo uma grande quantidade de consumidores a riscos de segurança digital.

"Isso evidencia que o uso de plataformas ilegais não só prejudica os detentores de direitos autorais, mas também coloca em risco as informações pessoais e financeiras dos usuários", enfatiza.

A ação foi coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Diretoria de Operações e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), pelas Polícias Civis de Mato Grosso do Sul, do Espírito Santo, de Mato Grosso, de Minas Gerais, do Paraná, de Pernambuco, do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de São Paulo e os Ministérios Públicos de São Paulo (Cyber Gaeco) e Santa Catarina (Cyber Gaeco).

Parceira internacional

O MJSP contou ainda com a participação dos órgãos de aplicação da lei e das associações de proteção à propriedade intelectual brasileiros e de outros países, como Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Reino Unido.

Operação 404

O nome faz referência ao código de resposta do protocolo HTTP que indica quando uma página não é encontrada ou está indisponível. Uma das principais ações da operação é tornar indisponíveis os serviços criminosos que violam os direitos autorais das vítimas.

Etapas da Operação 404

  • 1ª etapa – 1º de novembro de 2019: 12 estados e 30 mandados de busca e apreensão, bloqueio de 210 sites e cem apps de streaming ilegal de conteúdo.
  • 2ª etapa - 5 de novembro de 2020: dez estados e 25 mandados de busca e apreensão, bloqueio de 252 sites e 65 apps de streaming ilegal de conteúdo.
  • 3ª etapa - 8 de julho de 2021: oito estados e 11 mandados de busca e apreensão, bloqueio de 334 sites e 94 apps de streaming ilegal de conteúdo.
  • 4ª etapa - 21 de junho de 2022: pela primeira vez, as buscas ocorreram no metaverso. Foram desativados quatro canais que faziam transmissões ilegais de conteúdo e 90 vídeos tirados do ar, assim como 461 apps de streaming de música. Mais de 10,2 milhões de downloads foram feitos em plataformas que fingiam ser de artistas como Alok, Xand Avião, Marília Mendonça e Aline Barros.
  • 5ª etapa - 14 de março de 2023: contou com investigação e diligências das Polícias Civis de oito estados: Bahia (BA), Ceará (CE), Minas Gerais (MG), Paraná (PR), Pernambuco (PE), Rio Grande do Sul (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Nesta fase, foram presas 11 pessoas, sendo quatroem São Paulo, quatro em Minas Gerais, duas no Paraná e uma na Bahia. Também foram removidos 199 sites ilegais de streaming e jogos e 63 aplicativos de música, além de bloqueados 128 domínios e seis canais de aplicativo de mensagem. Eles contavam com mais de 4 mil inscritos e eram utilizados para distribuição de músicas ainda não lançadas oficialmente. Participaram desta fase Peru e Reino Unido.
  • 6ª etapa - 28 de novembro de 2023: contou com Polícias Civis brasileiras e agências de aplicação da lei da Argentina, dos Estados Unidos, do Peru e do Reino Unido. Foram 606 sites irregulares bloqueados. Vinte e dois mandados de busca e apreensão, 238 bloqueios e/ou suspensão de sites e aplicativos de streaming ilegal de conteúdo, desindexação de conteúdos em mecanismos de busca e remoção de perfis e páginas em redes sociais. Nos demais países participantes, foram bloqueados aproximadamente 368 sites e cumpridos dois mandados de busca e apreensão.

Legislação

No Brasil, a pena para quem pratica esse crime é de reclusão de dois a quatro anos e multa (Artigo 184, §3º do Código Penal Brasileiro). Os investigados podem ser indiciados ainda por associação criminosa (Artigo 288 – CP) e lavagem de capitais (Artigo 1º - Lei 9.613/1998).

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