O período de estiagem e tempo seco já começa a trazer como reflexos os incêndios em áreas urbanas, comuns nestes períodos. Nesta sexta-feira (18), um incêndio atingiu um terreno baldio no bairro Jardim Campo Novo, em Campo Grande.
O fogo se espalhou rapidamente na vegetação e a fumaça pôde ser vista de longe. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para controlar as chamas. Não houve vítimas.
Conforme moradores da região, o local é frequentemente atingido por fogo, principalmente em época de seca.
A dona de casa Lisnayra de Jesus Peralta, de 24 anos, mora ao lado do terreno e afirmou que teve que subir no muro e tentar apagar as chamas com água, na tentativa de que elas não atingissem plantas altas que ela tem no quintal.
"Eu tenho bronquite asmática e sempre que isso acontece eu preciso me medicar com bombinha e inalação paraconseguir respirar", disse.
De acordo com a equipe do Corpo de Bombeiros que atendeu a ocorrência, a estimativa é que área
queimada corresponda há aproximadamente 15 hectares. Até a publicação desta reportagem, não havia informações sobre o que causou o incêndio.
Fumaça se espalhou pelo bairro (Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado)Cuidados
Ainda segundo os bombeiros, a orientação é que a população esteja mais atenta com qualquer potencial causador de incêndio, especialmente nos períodos de baixa umidade e falta de chuvas, como é o caso do inverno.
Segundo a corporação, qualquer fagulha pode ser levada pelo vento e, com a soma de outros fatores, o fogo se espalha rapidamente.
"É importante as pessoas terem consciência, pois os incêndios em terrenos e áreas de vegetação, podem prejudicar a saúde, trazer animais peçonhentos para dentro das residências, e causar sérios danos, pois o fogo pode sim atingir moradias”, explicou o capitão Eduardo Tracz.
Emergência ambiental
No dia 27 de março deste ano, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, assinou decreto de emergência ambiental, pelo período de 180 dias.
A intervenção acontece em razão das condições climáticas que favorecem propagação de focos de incêndios florestais, sobre qualquer tipo de vegetação, fatores que atingem qualidade do ar.
Conforme disse na época o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o volume hídrico abaixo da média histórica é um dos fatores que também impactaram na tomada de decisão.
“O decreto de emergência vale por 180 dias e permite que a gente comece a ordenar todas as ações, com ações de prevenção. Estaremos fazendo ações de combate a incêndios florestais. O decreto foi baseado nas condições climáticas adversas no pantanal”, destacou Verruck, na ocasião.
Em outubro do ano passado, a pasta já havia destacado a emergência devido à estiagem prolongada, nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, pelo período de 180 dias, decreto que iniciou em outubro de 2024 e terminaria em 19 de abril de 2025.


Davi Soares, tentando entender o aplicativo / Crédito: Pagu / Correio do Estado
14 de Julho vazia, em horário que costuma ter fluxo de pessoas / Crédito: Pagu / Correio do Estado


