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Exercícios podem ser feitos em momentos de nervosismo, intervalos de estudos ou antes de começar a prova

Uma rotina de alimentação leve e boas noites de sono estão entre as dicas que ajudam o candidato a ficar mais tranquilo

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Primeiro, pare tudo que estiver fazendo. Depois, sente-se em um local silencioso. Preste atenção na respiração. Inspire em quatro segundos, segure o ar por dois segundos e solte o ar em quatro segundos. Repita essa respiração algumas vezes. Preste atenção em cada parte do corpo, começando pelo dedo do pé, e, devagar, vá subindo até o topo da cabeça. Pense que cada parte está relaxando. Por fim, imagine uma luz dourada envolvendo todo o corpo.  

Quem ensina o exercício, que pode durar 5 minutos, é a diretora da escola Teia Multicultural, Georgya Correa. O objetivo é acalmar e compensar as emoções. Algo essencial na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que começa a ser aplicado no próximo domingo (21).  

“Tem momentos que os estudantes estão mais descompensados, com ansiedade e nervosismo. É sabido que quando a pessoa está nervosa e mais agitada, a parte intelectual dela está menos conectada. Ela está mais no lugar das emoções fortes. Consegue pensar e raciocinar menos. Trazer esse estado de calma [é importante] para conseguir conectar com o que precisa, que é o racional, no momento do exame”, diz Georgya.

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Aulas de yoga, meditação e mindfulness - prática que, de forma simplificada, visa despertar um estado de atenção e consciência plena do momento presente - fazem parte do currículo da Teia Multicultural desde a infância. “Para aprender a se autorregular e se equilibrar precisa ter ferramentas e estratégias”, explica a diretora.  

Georgya conta que os exercícios com os alunos seguiram mesmo em meio a pandemia, nas aulas remotas. A prática que ela descreveu pode ser feita tanto em momentos de nervosismo, em intervalos de estudos, antes de começar a prova do Enem e até mesmo antes de dormir, para acalmar a mente e o corpo. Outra dica é, antes de começar o exercício, beber água e comer um pedaço de chocolate, para o corpo entender que foi alimentado e hidratado e, assim, sair do estado de nervosismo.    

Em setembro, enquete realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com 4 mil adolescentes de 15 a 19 anos de todo o Brasil sobre saúde mental na pandemia e acolhimento psicológico mostrou que 72% dos respondentes sentiram necessidade de pedir ajuda em relação ao bem-estar físico e mental durante a quarentena. Ainda assim, 41% não recorreram a ninguém.  

Fazer o que gosta  

Segundo a psicóloga e neuropsicopedagoga Alessandra Augusto, não é preciso se assustar, pois ter um pouco de ansiedade, mão gelada, frio na barriga, antes de um exame como Enem é normal. “Vou sentar, fazer uma respiração mais longa e começar a prova”, orienta.  

Se, no entanto, já nessa reta final, o nervosismo for grande e vier acompanhado de sintomas como taquicardia, dor no peito, angústia, o ideal é procurar um profissional de saúde para obter as orientações necessárias. “Procurar profissional antes, conversar com um profissional de saúde mental. [Precisamos] tirar o estigma de procurar um psiquiatra”, diz.  

Para a reta final de preparação para o Enem, Alessandra também dá algumas dicas que podem ajudar no nervosismo. De acordo com ela, o ideal um dia antes da prova é relaxar e fazer algo que se gosta e deixar os estudos um pouco de lado. “Não adianta intensificar os estudos na semana anterior ou alguns dias antes, isso só aumenta a angústia e a ansiedade, trazendo a sensação de que está faltando alguma coisa”.  

Uma rotina de alimentação leve e de boas noites de sono também ajudam o candidato a ficar mais tranquilo na hora do exame. “Com isso, consigo equilibrar minhas emoções, quando durmo bem, fico tranquilo, quando consigo ter uma alimentação equilibrada, regularizo os hormônios que me trazem sensação do prazer, vou estar mais preparado para gatilhos que possam me irritar, trazer impaciência”, diz Alessandra.  

Ritual de prova  

Segundo o coordenador geral do vestibular do colégio e curso ZeroHum, José Tavares, é importante que os estudantes tenham um ritual de prova, ou seja, que separem na véspera todo o material necessário, como duas canetas esfereográficas, documento de identidade, máscara, lanche e água. No dia do exame, colocar uma roupa confortável. “Se ele tiver um ritual de prova, ele consegue ficar mais tranquilo”, diz.

Na hora de fazer a prova, o professor orienta os estudantes a lerem todo o exame e a assinalarem as questões que têm mais facilidade. No primeiro dia, próximo domingo (21), quando os candidatos farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação, a dica é começar pela redação. “Alguns deixam a redação para o final, eu sou um pouco temeroso com essa estratégia, porque se a prova estiver pesada, ele não vai ter cabeça para fazer a redação. Então, [oriento para] deixar a redação ao menos rascunhada, já na primeira hora de prova”.  

Outra dica é conhecer o local que fará o exame, se possível, fazer o caminho alguns dias antes para conhecer e calcular o tempo de deslocamento. Os locais de prova estão disponíveis no Cartão de Confirmação, na Página do Participante. Também é recomendado chegar com antecedência no dia da prova.  

Enem 2021

O Enem será aplicado nos dias 21 e 28 de novembro para mais de 3 milhões de estudantes em todo o país, tanto na versão impressa quanto na digital. No primeiro dia de prova, os participantes farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação. No segundo, matemática e ciências da natureza. O exame é usado para ingressar no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para concorrer a bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.  

Questões do Enem

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) preparou um banco que reúne todas as questões do Enem de 2009 a 2020 para que os estudantes possam testar os conhecimentos e se preparar melhor para a prova. No sistema, é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar. O banco seleciona as questões de maneira aleatória.

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Rede Limpa

Nova etapa de operação retira 24 mil metros de fios irregulares no Centro

Foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular e força-tarefa também deve ser expandida para bairros

07/12/2025 17h00

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande Foto: Divulgação / PMCG

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Em nova do Projeto Rede Limpa, cerca de 24 mil metros de cabos irregulares foram retirados de postes na região central de Campo Grande, neste domingo (7). Na primeira etapa da operação, realizada no dia 27 de novembro, foram retirados 15 mil metros de fios irregulares

Conforme a prefeitura, o foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular, sendo o quadrilátero central, formado pelas avenidas Mato Grosso e Afonso Pena e pelas ruas Calógeras e 13 de Maio.

A área foi escolhida após mapeamento técnico da concessionária de energia elétrica, a Energisa, que apontou que o local apresentou maior quantidade de instalações irregulares.

O ponto de partida da ação foi o cruzamento das ruas Treze de Maio e Barão do Rio Branco, às 7h. Os serviços se estenderam ao longo de todo o dia, com intervenções em 79 postes, sendo 28 na rua Treze de Maio, 35 na Calógeras e 16 na Afonso Pena.

A força-tarefa ainda terá outras etapas e deverá ser expandido para outros bairros de Campo Grande, embora ainda não haja cronograma definido.

Conforme a prefeitura, as ações ocorrerão de forma planejada, priorizando as áreas com maior concentração de irregularidades e risco à população.

Para o presidente do Conselho Regional do Centro, João Matos, a iniciativa atende a uma demanda histórica de comerciantes e moradores.

“O excesso de fios sempre foi uma preocupação no centro, tanto pela segurança quanto pelo impacto visual. Essa ação é muito bem-vinda e traz resultados concretos para quem vive e trabalha aqui”, afirmou.

A prefeita Adriane Lopes afirmou que o objetivo da retirada da fiação irregular não é apenas uma questão estética.

"O Rede Limpa é, sobretudo, uma ação de segurança e organização urbana. Estamos cuidando da cidade, prevenindo riscos e garantindo mais tranquilidade para quem circula pelo centro”, afirmou.

Adriana Ortiz, representante da Agência Estadual de Regulação (Agems), disse que a ação também tem caráter regulatório e de fiscalização.

“Essa operação é resultado de um trabalho técnico e integrado, que busca garantir que as normas sejam cumpridas e que os serviços prestados à população ocorram com segurança e qualidade”, declarou.

Já o gerente da Energisa, Moacir Costa, explicou que todas as operadoras foram previamente comunicadas com antecedência sobre a realização da ação deste domingo.

“As empresas credenciadas junto à Energisa foram notificadas antes da primeira etapa e novamente comunicadas nesta semana. O objetivo é corrigir irregularidades e organizar a ocupação dos postes de forma adequada e segura”, pontuou.

Primeira etapa

Na primeira etapa do projeto, foram vistoriados 43 postes, com a retirada de cerca de 15 mil metros de fios irregulares, um resultado considerado positivo.

A ação dessa fase teve início no quadrilátero formado pelas avenidas Mato Grosso, 13 de Maio, Afonso Pena e Calógeras. Também foram incluídas ruas internas como 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, Maracaju, Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco.

Foram atendidos 21 postes na Rua 13 de Maio e 22 na Avenida Calógeras. Em média, foram removidos cabos de 12 pontos por poste. As equipes iniciaram os trabalhos às 22h, horário escolhido para minimizar impactos no trânsito e na circulação de pedestres.

Após a limpeza dos postes, haverá rondas preventivas pelas forças de segurança para evitar novas ligações clandestinas.

A operação contou com a participação da Agência Estadual de Regulação (Agems) e da Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Especial de Articulação Regional (Sear), Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semades), Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

boletim

Mortes por aids caem 4% no período de um ano em MS

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde aponta que há 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids no Estado

07/12/2025 14h30

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes Foto: Breno Esaki / Agência Saúde-DF

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O número de mortes por aids teve queda de 4,1% em Mato Grosso do Sul no comparativo entre 2023 e 2024. Boletim epidemiológico 2025, com ano-base 2024, foi divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde e aponta que em 2023 foram 172 óbitos pela doença no Estado, passando para 165 em 2024.

Ainda conforme a Pasta, o resultado acompanha a tendência nacional. O País reduziu 13% os óbitos por aids no período, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil, o menor número em três décadas.

Considerando o número de casos, foram registrados 788 em Mato Grosso do Sul no ano passado. O Estado contabiliza ainda 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que o resultado reflete os avanços em prevenção e diagnóstico, com terapias de ponta que atualmente são capazes de tornar o vírus indetectável e intransmissível e que estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos. Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Os avanços também permitiram ao país alcançar as metas de eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública”, afirmou Padilha.

Os casos de aids no Brasil também apresentaram redução no período, com queda de 1,5%, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil no último ano, conforme o boletim epidemiológico.

No componente materno-infantil, o País registrou queda de 7,9% nos casos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). O início tardio da profilaxia neonatal caiu 54%.

Em todo o Brasil, há 68,4 mil pessoas que vivem com o vírus HIV ou aids, mantendo a tendência de estabilidade observada nos últimos anos.

O País manteve a taxa de transmissão vertical abaixo de 2% e a incidência da infecção em crianças abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos.

O país também atingiu mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem para HIV e oferta de tratamento às gestantes que vivem com o vírus. Isso significa que o país interrompeu a infecção de bebês durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Os resultados estão em linha com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Prevenção, diagnóstico e tratamento

O Brasil adota a estratégia de Prevenção Combinada, que reúne diferentes métodos para reduzir o risco de infecção pelo HIV.

Antes centrada principalmente na distribuição de preservativos, a política incorporou ferramentas como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que reduzem o risco de infecção antes e depois da exposição ao vírus.

Desde 2023, o número de usuários da PrEP cresceu mais de 150%, resultado que fortaleceu a testagem, aumentou a detecção de casos e contribuiu para a redução de novas infecções. Atualmente, 140 mil pessoas utilizam a PrEP diariamente.

Para dialogar com o público jovem, que vem reduzindo o uso de preservativos, o Ministério da Saúde lançou camisinhas texturizadas e sensitivas, com a aquisição de 190 milhões de unidades de cada modelo.

No diagnóstico, houve expansão na oferta de exames com a aquisição de 6,5 milhões de duo testes para HIV e sífilis, 65% a mais do que no ano anterior, além da distribuição de 780 mil autotestes, que facilitam a detecção precoce e o início oportuno do tratamento.

O SUS mantém oferta gratuita de terapia antirretroviral e acompanhamento a todas as pessoas diagnosticadas com HIV.

Mais de 225 mil utilizam o comprimido único de lamivudina mais dolutegravir, combinação de alta eficácia, melhor tolerabilidade e menor risco de efeitos adversos a longo prazo.

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