Cidades

PADROEIRA DO BRASIL

Fé e devoção marcam o retorno da Romaria de Nossa Senhora Aparecida

A procissão percorreu algumas ruas da Capital e terminou no Centro de Formação São Vicente Pallotti, no Bairro Universitário

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Os devotos de Nossa Senhora Aparecida voltaram às ruas depois de dois anos de procissões interrompidas pela Covid-19. Cerca de 5 mil pessoas caminharam rumo à missa que comemora o dia da Padroeira do Brasil, na quarta-feira. Várias comunidades católicas se uniram com um só propósito, homenagear a santa.

A procissão percorreu algumas ruas da Capital e terminou no Centro de Formação São Vicente Pallotti, no Bairro Universitário, onde houve a celebração da missa e, logo após, um almoço.
O coordenador da 32ª Romaria de Nossa Senhora Aparecida, Padre Rodrigo Menegaz, ressaltou que a volta das festividades é muito valiosa para a fé dos católicos.

"São 32 anos de tradição, nos últimos dois, fizemos o modo remoto para não perder a tradição e manter a fé dos fiéis fortalecida. Agora, voltamos com tudo, muita gente veio hoje agradecer, mesmo com tristezas, muitas vezes doloridos, de alguém que ficou pelo caminho, mas tenho certeza de que Nossa Senhora está abençoando todos", disse.

Como é a primeira procissão após a interrupção causada pelo isolamento social, muitos fiéis compareceram à Romaria apenas para agradecer a saúde de quem quase perdeu a vida, como é o caso da devota Eva Xavier Moraes, 52 anos.

"Estou aqui hoje só para agradecer. Depois desses dois anos, minha família passou por momentos difíceis. Minha irmã pegou coronavírus, meu cunhado quase faleceu por complicações da doença, então estou aqui por eles, só tenho a agradecer", frisou.

Kelly da Silva, 30 anos, relatou que, em sua vida, Nossa Senhora Aparecida tem uma importância muito grande.

"Sou muito grata pela vida da minha filha, pela vida dos meus pais, passamos pela pandemia sem perder ninguém. Tenho sempre de estar agradecendo", conta. Além dos agradecimentos, a devota conta que anos atrás a Padroeira atendeu seu pedido para ser mãe.

"Ela já me concedeu várias graças, uma delas é a minha filha Valentina, que hoje tem sete anos. Eu achava que não podia ter filhos, pedi a Nossa Senhora e aconteceu, sou muito grata por isso, e enquanto eu tiver saúde sempre estarei aqui agradecendo", conclui.

Ao longo da Romaria, era perceptível que diversos fiéis percorriam o longo percurso descalços, como forma de agradecimento pelas graças alcançadas. Muitos carregavam nas mãos terços, estátuas da santa e flores.

Várias crianças participaram da homenagem à padroeira vestidas de anjo.
Em meio à multidão, a devota Daiane Lara, 32 anos, carregava a foto do filho, Luiz Fernando, de 15 anos, que atualmente mora em Minas Gerais.

"Eu frequento a igreja há 32 anos. Há dois meses, meu filho foi embora para jogar futebol, e eu prometi a Nossa Senhora que se cumpra uma carreira de sucesso na profissão dele, eu vou continuar vindo todos os anos. Minha filha também é fruto de uma oração a ela, pedi muito durante cinco anos, e eu engravidei dela, estive aqui grávida e agora minha filha vem comigo", relatou.

Não estavam presentes apenas os fiéis que são devotos há muitos anos, mas também foram para as ruas aqueles que, após ter um pedido concedido, iniciaram a adoração à padroeira, como é o caso de Ana Cláudia Oliveira, de 42 anos.

"Recentemente, eu fiz um pedido e fui atendida. Estou aqui hoje para agradecer a benção que Nossa Senhora concedeu na nossa vida. Eu não era devota dela, achava que meu pedido era algo impossível de acontecer, e ela me concedeu em um ano, me tornei devota e estou aqui por ela", enfatizou.

FÉ DE GERAÇÕES

Famílias inteiras também prestaram suas homenagens e seguiam lado a lado durante a Romaria de Nossa Senhora Aparecida. A família Borgo está em sua 4º geração de devotos, a matriarca Marinês Borgo, 62 anos, conta que a fé veio como uma herança de família.

"A devoção a Nossa Senhora Aparecida vem da minha mãe, toda a minha família é muito religiosa. E eu continuei o que minha mãe me ensinou, tive uma filha que ensinei desde cedo a agradecer e agora meus netos, rezamos todos juntos e sempre lembrando a importância da fé", comentou.

Com os pés já bem sujos da caminhada, o jovem Guilherme Neves, 16 anos, prestava seus agradecimentos a Nossa Senhora Aparecida ao lado de sua avó, Rosângela Neves, 51 anos.
"Desde bebê, fazemos questão de trazer ele. Desta vez, ele veio para agradecer um pedido que fez à Aparecida, e ela concedeu a graça. Hoje, estamos juntos para cumprir a promessa", contou Rosângela.

DIA DE FESTA

A comemoração do dia 12 de outubro tem grande importância para os devotos, pois é uma forma de lembrar do dia em que a santa surgiu no Vale do Paraíba. Ao Correio do Estado, padre Alex Messias salientou a importância deste dia para a fé católica.

"Celebrar a solenidade é fazer lembrança a um feito. Foi justamente por volta de 1717 quando um dos filhos dos pescadores que encontraram a imagem de Nossa Senhora Aparecida fez o oratório e todos os sábados passaram a rezar, é a partir desse ato que de fato começaram a surgir os milagres. Vale destacar que o milagre não é o mais importante, o milagre é justamente para despertar a fé", explicou o sacerdote.

Apesar das festividades do dia 12, os católicos já estão há alguns dias prestando homenagens a Nossa Senhora Aparecida.

"A comemoração do Dia de Nossa Senhora Aparecida já começou no início do mês, outubro todo é dedicado à padroeira, e eu tenho certeza de que os fiéis também foram se preparando para isso, depois de tanta espera", finaliza o Padre Rodrigo Menegaz.

SAIBA

Procissão em celebração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida reuniu cinco mil fiéis, de acordo com estimativa da Guarda Municipal e Polícia Militar, na manhã desta quarta-feira, em Campo Grande.

 

ÔNIBUS

Transporte coletivo pode parar novamente neste fim de ano na Capital

Consórcio Guaicurus comunicou nesta sexta-feira que não tem dinheiro para pagar a folha salarial e o 13º dos motoristas

06/12/2025 08h00

Consórcio Guaicurus está em crise econômica e transporte coletivo público de Campo Grande pode paralisar pela segunda vez em menos de 45 dias

Consórcio Guaicurus está em crise econômica e transporte coletivo público de Campo Grande pode paralisar pela segunda vez em menos de 45 dias Gerson Oliveira

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O Consórcio Guaicurus afirmou que está em crise econômica séria e o transporte coletivo público de Campo Grande pode paralisar pela segunda vez em menos de 45 dias, próximo das festividades de fim de ano. A empresa declarou que está sem recursos financeiros suficientes para arcar com a folha salarial e o 13º dos funcionários.

Em nota divulgada à imprensa na manhã desta sexta-feira, a empresa responsável pela operação do transporte coletivo urbano na Capital informou que a crise financeira é motivada pelo atraso no repasse por parte do poder público, “que engloba vale-transporte, subsídios e demais componentes tarifários”.

“A entidade esclarece que a falta de regularização imediata destes pagamentos críticos está ameaçando a continuidade e a qualidade da prestação dos serviços de transporte na Capital. A ausência dos repasses não permite o cumprimento de obrigações financeiras essenciais para a manutenção do sistema, que opera no limite de suas capacidades”, diz trecho da nota.

“Sem o fluxo de caixa necessário para honrar estas obrigações imediatas, o consórcio não terá condições de realizar os pagamentos vitais para a operação, cujo vencimento é iminente, como a folha salarial e o 13º salário dos colaboradores”, completa o Consórcio Guaicurus.

A empresa lista que além das obrigações com os funcionários, custos operacionais também estão sendo “deixados de lado” com a falta de recursos, como combustíveis e manutenção da frota e encargos.

No fim do comunicado, o consórcio ainda pediu que o poder público se mobilize com a situação e “que as autoridades competentes tomem as providências imediatas necessárias para a regularização dos repasses”.

Em conversa com o Correio do Estado, Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), afirmou que a classe deve debater o assunto com o consórcio na segunda-feira, por meio de uma reunião. 

Porém, confirma que, caso não haja o pagamento do salário e do 13º, haverá paralisação, ainda sem data definida por depender da conversa com a empresa na semana que vem. “Se o consórcio não pagar, com certeza vamos parar”, avisa Demétrio.

ESCLARECIMENTO

A reportagem entrou em contato com o governo do Estado e com a Prefeitura de Campo Grande para que ambos prestassem esclarecimentos sobre a acusação de inadimplência dos repasses. Em resposta, o Executivo estadual contrariou a versão divulgada pelo Consórcio Guaicurus.

“O governo do estado de Mato Grosso do Sul não tem relação contratual com o consórcio em questão. Os repasses acordados para o corrente ano, referentes ao auxílio no custeio do passe dos estudantes da rede estadual, estão em dia”, reforça.

Por outro lado, o Executivo municipal, que é quem faz os repasses para a concessionária – tanto do valor pago por ele quanto o do governo –, não retornou até o fechamento desta edição.

SEM NOVIDADE

Nos últimos dois meses, o transporte público vem passando por inúmeras dificuldades e turbulências. No dia 22 de outubro, às 4h30min, cerca de mil motoristas não colocaram os ônibus em circulação, após o Consórcio Guaicurus não efetuar o pagamento do “vale” (adiantamento do salário) de R$ 1,3 mil, que geralmente é depositado no dia 20 de todo mês. Depois de uma hora e meia de paralisação, os motoristas voltaram a trabalhar.

Consórcio Guaicurus está em crise econômica e transporte coletivo público de Campo Grande pode paralisar pela segunda vez em menos de 45 diasMotoristas do transporte coletivo da Capital ameaçam paralisação, caso salário e 13º não sejam pagos pelo Consórcio Guaicurus - Foto: Gerson Oliveira

À época, em coletiva de imprensa, o presidente da Câmara Municipal, Epaminondas Vicente Silva Neto, o Papy (PSDB), disse que os repasses relativos aos custos do transporte de estudantes das redes públicas estavam atrasados há quase quatro meses, que a dívida do governo do Estado somava pouco mais de R$ 6 milhões e a da prefeitura já superava a casa dos R$ 3 milhões.

Inclusive, como forma de evitar novas paralisações ocasionadas pela crise financeira, a Câmara Municipal idealizou a criação do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (FMMUT), que visa assegurar estabilidade financeira ao transporte coletivo da Capital e proteger os usuários. Porém, o projeto ainda não foi votado.

No fim do mês passado, o vale dos funcionários atrasou novamente e a classe ameaçou parar mais uma vez. Contudo, o Consórcio Guaicurus efetuou o pagamento antes que a ação fosse tomada e evitou a nova paralisação.

HISTÓRICO

Caso a greve aconteça, essa será a quinta paralisação nos últimos seis anos. Em junho de 2019, a cidade amanheceu sem ônibus nas ruas e terminais, ação motivada pelos cortes do governo na educação e a Reforma da Previdência.

Exatos três anos depois, em junho de 2022, os campo-grandenses acordaram sem transporte coletivo após greve dos motoristas pelo descumprimento do depósito do “vale” quinzenal dentro do prazo.

Em janeiro de 2023, houve outra paralisação, desta vez por causa de reajustes salariais e aumento nos benefícios, o que foi resolvido um dia depois, após reunião entre o Consórcio Guaicurus, o Executivo municipal e o sindicato da categoria.

Em outubro deste ano, aconteceu a última, por causa da falta de pagamento do adiantamento dos motoristas.

*SAIBA

O Município paga cerca de R$ 22,8 milhões por ano para a concessionária, enquanto o Estado repassa outros R$ 13 milhões. Atualmente, a tarifa paga pelos usuários do transporte público está fixada em R$ 4,95.

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EDIÇÃO ATUAL

Mais de 42 mil fazem provas discursivas do CNU 2025 neste domingo

Provas serão aplicadas a partir das 13h em 228 municípios

06/12/2025 07h30

A prova discursiva da edição 2025 do CNU será realizada neste domingo (7)

A prova discursiva da edição 2025 do CNU será realizada neste domingo (7) Arquivo/Correio do Estado

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A prova discursiva da edição 2025 do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) será realizada neste domingo (7) em 228 cidades de todos os estados e do Distrito Federal. A lista com os municípios onde a prova será aplicada pode ser conferida na internet.

Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), 42.499 pessoas foram aprovadas e classificadas na primeira fase do certame, que consistiu na prova objetiva. 

Para saber a nota final na prova objetiva, os candidatos podem acessar a Página de Acompanhamento do concurso no site da FGV, banca examinadora do certame, com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha individual da plataforma gov.br.

Em todos os resultados individuais, os candidatos poderão consultar a nota da prova objetiva, a situação na prova (aprovado ou eliminado) e a classificação para as fases 2, 3 e 4, quando for o caso.

Cartões de inscrição

Os cartões de confirmação de inscrição, com a indicação do local da prova discursiva, estão disponíveis desde o dia 1º no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV).  

Para cargos de nível superior, a prova discursiva será das 13h às 16h. Já os candidatos a cargos de nível intermediário farão as provas no mesmo dia, em horário reduzido: das 13h às 15h.  

Os portões serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), meia hora antes do início. 

Pontos

Para cargos de nível superior, a prova será formada por duas questões, valendo 22,5 pontos cada, totalizando 45 pontos.   

Para nível intermediário, a avaliação será composta por uma redação dissertativo-argumentativa com valor total de 30 pontos.  

A prova deve ser escrita à mão, com caneta esferográfica azul ou preta, e somente o texto transcrito na folha definitiva será considerado para correção.

Os textos deverão ter até 30 linhas e serão avaliados a partir dos conhecimentos específicos - que equivalem a 50% da nota total para nível superior - e o domínio da Língua Portuguesa, equivalentes aos demais 50% da nota para nível superior. Para o nível intermediário, o domínio da Língua Portuguesa será responsável por 100% da nota total.

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