Na manhã e tarde desta sexta-feira (28), um incêndio em terreno baldio localizado entre as ruas Valdomiro Venâncio e Otávio Gonçalves Gomes causou uma nuvem de fumaça que tomou conta de quem trafegava pela avenida Tamandaré.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (CBMS) o fogo se espalhou devido ao terreno que é constantemente roçado e possui um grande acúmulo de capim seco no solo, que quando incendiado, provocou a fumaça. Para combater o foco de incêndio, foi utilizado um soprador e 100 litros de água.
Até o momento não há provas de que tenha sido um incêndio criminoso, entretanto, o CBMS afirmou que é “ extremamente rara a ocorrência por combustão espontânea, ainda que seja por acúmulo de lixo em situação similar, é possível a atribuição à ação humana, ainda que de forma não intencional".
Ainda nesta sexta (28), outro foco de incêndio atingiu o Residencial Damha III, de acordo com informações, foram necessários três caminhões pipa e mais de 6 mil litros de água para conter as chamas e a fumaça.
Tempo Seco
As queimadas também são favorecidas pela situação climática atual. Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), na quinta, a umidade do ar na Capital chegou
a 19% – o que é considerada baixíssima para a saúde humana.
Com tantos incêndios urbanos em Campo Grande ocorrendo nos últimos dias, o professor e coordenador do projeto QualiAr da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Widinei Alves Fernandes, informou ao Correio do Estado, que a tendência nos próximos dias é da qualidade do ar piorar na Capital.
“Aqui em Campo Grande está tendo alguns focos de incêndio e, até o momento, a qualidade do ar está qualificada como boa. Porém, com o aumento dos incêndios, a concentração de material particulado
na atmosfera tem a tendência de piorar a qualidade do ar nos próximos dias, porque estamos a muitos dias sem chuvas e essas partículas da fumaça ficam na atmosfera por muito tempo, concentrando as partículas no ar”, declarou Fernandes.
Conforme dados aferidos pela estação de monitoramento da qualidade do ar, a última chuva significativa em Campo Grande ocorreu em 24 de maio, com 23 mm registrados. Já a última precipitação acima dos 30 mm foi no dia 21 de abril. Ou seja, há mais de dois meses a Capital não vê chuvas com grandes acúmulos.
De acordo com o Cemtec-MS, as condições meteorológicas previstas para os próximos dias e a situação climática atual “são extremamente favoráveis para ocorrência dos incêndios florestais. Nesse sentido, é muito importante que a população evite a ignição, não colocando fogo em nenhuma hipótese”.
****Colaborou Judson Marinho