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MATO GROSSO DO SUL

Força Nacional não estava na área do conflito com morte indígena

Com militares federais baseados a cerca de 180 km de distância, representantes dos povos originários pediram ainda em 13 de setembro que destacamento permanecesse junto à T.I de Antônio João

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Destacados para acompanhar membros da Coordenação Regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), agentes da Força Nacional não estavam na Terra Indígena Nanderu Marangatu, da qual os povos originários foram alvos de ataques durante o fim da madrugada e um homem foi morto. 

Informações apontam que a vítima morta a tiros trata-se de Neri Guarani Kaiowá, assassinado na retomada da Fazenda Barra, durante ataque ainda nas primeiras horas da manhã, sendo que uma mulher também teria sido atingida na perna por disparos de arma de fogo. 

Com o destacamento acompanhando a Funai, presentes na T.I Nanderu enquanto a Fundação também esteve, cabe esclarecer que esse grupamento da Força Nacional se baseia em Douradina, distante cerca de 182 km de onde aconteceu o conflito. 

"A gente está pedindo desde o dia 13 que a Força Nacional fique lá, fomos lá no dia seguinte ao confronto, porém não foi autorizado que permanecessem lá, ficando na cidade", complementa o advogado. 

Segundo texto do Conselho Indigenista, a violência iniciada se estendeu ainda durante o período da manhã, quando a Polícia Militar teria arrastado o corpo de Neri para um pedaço de mata, o que causou comoção e revolta dos demais indígenas. 

“Foi a PM. Já estão nos atacando desde antes da vinda da Missão de Direitos Humanos”, afirmou uma indígena ouvida em denúncia.

Vale lembrar que ainda no dia 12, como esclarece o Cimi, indígenas da Terra Indígena foram baleados pela polícia militar, sendo que Juliana Gomes, baleada no joelho com munição letal, segue hospitalizada. Além dela, a própria irmã e um terceiro jovem foram atingidos com tiros de bala de borracha. 

Indígena morto

Em 2005 houve homologação da Terra Indígena em Antônio João como de ocupação tradicional dos indígenas de Nanderu Marangatu, na qual está sobreposta a chamada Fazenda Barra. 

Ao que tudo indica, essa seria a última propriedade sob ocupação de não indígenas, sendo que no último dia 12 houve ação de retomada, na qual foi registrada esse primeiro confronto. 

"Na madrugada [de hoje, (18)] começaram a atacar a comunidade; derrubar os barracos; queimar, e teve uma pessoa assassinada, parece que executada, que dizem que tinha atirador no meio e executou o indígena e a Tropa de Choque está lá cercando o corpo, a gente tentando que a PF vá lá retirar e fazer a perícia", afirma Anderson Santos, advogado pelo Conselho Indigenista Missionário. 

Durante reunião na manhã de hoje, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, destacou que as forças policiais tem agido sobre ordem judicial para "manutenção da ordem". 

"Em uma propriedade que está em litígio, do ponto de vista fundiário, mas que tem uma família morando na casa e que não sai de lá, dizendo que vão morrer lá. A decisão é que o Estado garanta a segurança dessa família e o acesso das pessoas nessa propriedade", expôs o governador. 

Nessa mesma reunião, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Videira - que há um ano soltou a afirmação: "Policial meu não vai morrer na faca com fuzil na mão" -, hoje (18), voltou a ser enfático no assunto envolvendo confrontos entre policiais e povos originários. 

Conforme o titular da Sejusp a culpa do acirramento dos confrontos é do surgimento de 'índios paraguaios a serviço do tráfico', que estariam escoando a produção de maconha do Paraguai de aldeia em aldeia até chegar em grandes centros comerciais. 
**(Colaborou Naiara Camargo)

 

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Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (27) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Tempo quente e seco seguem firmes

27/11/2024 04h30

Calor e tempo seco atingem todo o estado

Calor e tempo seco atingem todo o estado Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Nesta quarta-feira (27), a previsão indica tempo firme, com sol e variação de nebulosidade devido a atuação do sistema de alta pressão atmosférica que favorece o tempo quente e seco.

As temperaturas estarão em elevação e altas podendo atingir valores de 33° a 40°C. Além disso, esperam-se baixos valores de umidade relativa do ar, entre 15% e 35%. Por isso recomenda-se beber bastante líquido, umidificar os ambientes e evitar exposição ao sol nos horários mais quentes e secos do dia. Devido ao aquecimento diurno não se descartam pancadas de chuvas isoladas.

Os ventos atuam do quadrante norte (norte/nordeste) com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 26°C e máxima de 36°C. 
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 27°C e 37°C. Há previsão de tempestade.
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 29°C e a máxima de 38°C. 
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 24°C e máxima de 36°C. 
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 24°C e 37°C. 
  • Anaurilândia terá mínima de 26°C e máxima de 38°C. 
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 26°C e máxima de 37°C. 
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 25°C e 34°C. 
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 27°C e máxima de 36°C. 

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energia renovável

Brasil atinge marco de 50 GW em energia solar e entra no top 6 mundial

Energia solar é a segunda maior fonte de energia do país, ficando atrás apenas das hidrelétricas

26/11/2024 22h00

Placas de energia solar

Placas de energia solar Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Brasil alcançou um marco significativo no setor de energia solar, superando 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional. Com esse feito, o país se junta a um grupo seleto de nações líderes em energia solar, ocupando a sexta posição no ranking global, atrás apenas de China, Estados Unidos, Alemanha, Índia e Japão.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a geração distribuída, que inclui pequenos e médios sistemas, lidera com 33,5 GW, enquanto as grandes usinas solares contribuem com 16,5 GW. Essa capacidade representa 20,7% da matriz elétrica brasileira, posicionando a energia solar como a segunda maior fonte, atrás apenas da hidrelétrica.

O setor solar tem impulsionado significativamente a economia brasileira desde 2012, gerando investimentos de R$ 229,7 bilhões e uma arrecadação de R$ 71 bilhões em impostos. Além disso, contribuiu para a redução de 60,6 milhões de toneladas de emissões de CO2.

No entanto, a recente decisão do governo de aumentar o Imposto de Importação sobre insumos e componentes de painéis solares de 9,6% para 25% tem gerado preocupações no setor. A Absolar critica a medida, argumentando que pode desacelerar o crescimento da energia limpa no país.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) defende a elevação do imposto como uma estratégia para fortalecer a indústria local e criar empregos no Brasil.

Ranking mundial de potência acumulada em energia solar:

China: 817 GW
Estados Unidos: 189,7 GW
Alemanha: 94,36 GW
Índia: 92,12 GW
Japão: 90,4 GW
Brasil: 50 GW

*Com informações de Agência Brasil

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