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Gaeco aponta desvio de R$ 6 milhões na Federação de Futebol

Durante o cumprimento de sete mandados de prisão e 14 de busca e apreensão, os investigadores aprenderam mais de R$ 800 mil nesta terça-feira (21)

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Entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023, os desvios na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) superaram a casa dos R$ 6 milhões. A conclusão é dos investigadores do Ministério Público que nesta terça-feira estão nas ruas para prender sete pessoas ligadas à Federação e 14 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. 
 

Neste período, os alvos da operação “Cartão Vermelho” fizeram mais de 1,2 mil saques, todas de até R$ 5 mil, para embolsar o dinheiro sem deixar evidências da suposta corrupção. Só nesta modalidade foram desviados, segundo o Gaeco, mais de R$ 3 milhões.
 

Parte deste dinheiro, em torno de R$ 800 mil, foi apreendido pelos policiais e promotores nesta terça-feira. O principal alvo da operação é o presidente da Federação, Francisco Cezário, que comanda a instituição desde 1998. Ele chegou a deixar o caro para comandar a prefeitura de Rio Negro, mas mesmo assim ditava as normas no futebol estadual. 
 

De acordo com nota do Gaeco, “a Operação Cartão Vermelho, tem o intuito de desbaratar organização criminosa voltada à prática de peculato e demais delitos correlatos” na Federação. 
 

Para reduzir o volume, envolvidos no esquema faziam questão de sacar notas de R$ 200,.00

As investigações se estenderam durante 20 meses e, segundo o Gaeco, “foi constatado que se instalou, na Federação, uma organização criminosa, cujo principal objetivo era desviar valores, sejam provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul ou mesmo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em benefício próprio e de terceiros”. 
 

A organização criminosa também possuía um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo governo estadual em jogos do Campeonato Estadual de Futebol. Só no ano passado a Fundesporte repassou pouco mais de R$ 1,35 milhão para a Federação. 
 

Esse esquema de peculato estendia-se a outros estabelecimentos, todos recebedores de altas quantias da Federação. A prática consistia em devolver para os integrantes do esquema parte dos valores cobrados naquelas contratações (seja de serviços ou de produtos) efetuadas pela Federação.
 

Além de Policiais Militares, a operação desta terça-feira contou também com a participação de representantes da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, indicando que advogados estão na mira dos investigadores.
 

A nota do Gaeco não informou o nome das pessoas que foram alvos dos mandados de prisão.  Porém, a casa do presidente, Francisco Cezário, foi alvo da operação Cartão Vermelho.

 

Cidades

Aneel aprova ajuste no cadastro da Tarifa Social de Energia Elétrica

A resolução aprovada nesta terça-feira (9), visa regularizar o cadastro de consumidores

09/12/2025 19h00

Crédito: Fernando Frazão / Agência Brasil

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 9, uma resolução visando regularizar os cadastros de consumidores elegíveis para a gratuidade no pagamento da tarifa de energia, no âmbito da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE).

O órgão regulador quer a correspondência entre o CPF do titular do benefício e o dado registrado no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

A mudança de endereço das famílias também está no radar. Há casos em que a unidade consumidora está fixada em determinado endereço, mas as informações no CadÚnico apontam para outro município.

A norma aprovada nesta terça visa evitar esses casos. Foi decidido que as distribuidoras devem encaminhar relatórios trimestrais da evolução da regularidade cadastral dos consumidores de baixa renda.

Os técnicos da Aneel deverão elaborar e apresentar em 2026 à diretoria uma análise sobre os impactos regulatórios e a diligência das distribuidoras na regularização da titularidade e do endereço das famílias beneficiadas com a TSEE

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE) e algumas distribuidoras pediram a exclusão da correspondência entre endereço da instalação, CadÚnico e Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Foi argumentado que haverá eventual exclusão de famílias que não conseguirem regularizar seu cadastro, por exemplo. A associação solicitou a criação de regra de transição de médio prazo.

A diretora e relatora, Agnes da Costa, apontou que está em curso na Controladoria-Geral da União (CGU) uma avaliação sobre a efetividade da política da TSEE nos exercícios de 2022 e 2023.

No relatório de avaliação preliminar, com previsão para conclusão em janeiro de 2026, a CGU já teria sinalizado que a falta de controle na identificação dos beneficiários acaba permitindo a concessão do benefício a pessoas não elegíveis.

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Cidades

Juiz nega prisão de suspeito de injúria racial contra delegada de Dourados

Fato ocorreu por meio de uma rede social enquanto Thays Bessa prestava esclarecimentos em uma transmissão ao vivo

09/12/2025 18h45

Foto: Reprodução / Redes Sociais

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A Justiça negou o pedido de prisão preventiva de um homem suspeito de cometer injúria racial contra a delegada Thays do Carmo Oliveira de Bessa, adjunta da Depac de Dourados, há dois meses. A decisão, assinada em 6 de dezembro, considerou que não há elementos concretos que justifiquem a medida extrema, nem risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.

Embora o Ministério Público tenha se manifestado favoravelmente, o juiz Caio Márcio de Britto entendeu que não havia demonstração concreta de que o investigado que reside em Minas Gerais pudesse interferir nas provas, fugir ou gerar risco processual.

O caso ocorreu em 2 de outubro de 2025, durante uma transmissão ao vivo da página Folha de Dourados no Facebook. Na ocasião, a delegada concedia entrevista sobre investigações em andamento quando um usuário publicou um comentário ofensivo, supostamente em alusão ao fato dela ser negra, conduta que, em tese, configura o crime de injúria racial previsto no artigo 2º-A da Lei 7.716/89.

Conforme a apuração, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva e pela expedição de mandados de busca e apreensão em endereços do suspeito, além do afastamento de sigilo telemático.

Segundo a decisão, boletins de ocorrência antigos, não possuem lastro judicial e não são suficientes para justificar a segregação cautelar. O magistrado ressaltou ainda que o fato já estava documentado nos autos e que o comentário publicado e depois retirado da rede social não depende de novas diligências invasivas para comprovação.

O juiz também rejeitou os pedidos de busca e apreensão, afirmando que não havia indícios de que computadores ou celulares armazenassem provas relevantes além das já disponíveis. Para ele, a medida configuraria uma “fishing expedition”, uma investigação especulativa e sem causa provável.

Saiba*

A delegada, que atua em Dourados, a cerca de 231 quilômetros de Campo Grande, foi alvo do comentário preconceituoso aproximadamente oito horas após a veiculação de um vídeo em formato quebra-queixo pelo portal Folha de Dourados. Com a decisão, o investigado permanece em liberdade enquanto o inquérito segue em andamento.

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