Devido à suspeita da morte do jovem de 21 anos por possível contaminação da bebida com metanol, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Vigilância Sanitária passaram um “pente-fino” em bares que vendem destilados em Campo Grande.
No país, até o momento, são 113 notificações de intoxicação por metanol. Desse total, 11 casos foram confirmados e 102 estão em investigação, entre eles o do campo-grandense Matheus Santana Falcão, de 21 anos, que veio a óbito após ingerir uma pinga “Camelinho”.
A Operação Metanol percorreu a região central nesta sexta-feira (3), em ação conjunta de 20 servidores da Guarda, da Patrulha Ambiental e do Grupo Especializado de Motopatrulhamento (Gemop).
O foco foram os estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas destiladas. A operação, que começou às 18h, seguiu até as 20h40 e fiscalizou 12 bares.
Conforme informado por meio de nota, nenhuma irregularidade foi encontrada. Portanto, não houve apreensão.
Crédito: Paulo Ribas / Correio do Estado / Imagem registrada na Conveniência NashbeerApreensão do lote de bebidas
Após o caso suspeito de intoxicação por metanol, com a morte do jovem de 21 anos, a Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS) apreendeu lotes de bebidas em dois comércios no bairro Nashville, em Campo Grande.
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, após a morte de Matheus Santana Falcão, de 21 anos, que ingeriu whisky e cachaça supostamente comprados na Conveniência Nashbeer, também foram recolhidos produtos de um supermercado próximo à residência dele.
Segundo informou o órgão ligado à Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), a apreensão ocorreu na manhã desta sexta-feira (3), em ação conjunta com a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon).
A família entregou a garrafa que o jovem havia consumido e, a partir disso, todo o lote foi retirado tanto da conveniência quanto do supermercado próximo à casa da vítima.
Ainda segundo o Procon, os itens suspeitos de adulteração foram “apreendidos preventivamente diante de casos que representam riscos à saúde do consumidor” e entregues à Decon.
Investigação
Por meio de nota, o governo do Estado informou que a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) estão acompanhando o caso.
O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), onde passou por exames necroscópicos que determinarão a causa da morte. O prazo estimado para o resultado de testes complementares é de aproximadamente 30 dias.
“A Secretaria de Estado de Saúde também foi formalmente notificada sobre a suspeita de intoxicação por metanol e atua em conjunto com os órgãos de segurança e vigilância sanitária na apuração do caso. Até o momento, não há confirmação da presença de metanol. A análise pericial segue em andamento”, diz a nota.
O Caso
Matheus passou mal após ingerir bebidas alcoólicas, por volta de 18h20, e deu entrada na UPA Universitário consciente e orientado, relatando mal-estar gástrico e episódios de vômito.
Ele relatou ter bebido whisky no sábado e cachaça no domingo, informando que comprou as bebidas na conveniência Nashbeer.
Após passar pela triagem, ficou com a pulseira de classificação amarela e aguardou atendimento até sofrer uma crise. Durante o atendimento na área vermelha, acabou sofrendo uma parada cardiorrespiratória (PCR). Apesar da intervenção médica, não resistiu e veio a óbito às 19h53.
** Colaborou Mariana Piell


