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Gilmar pretende levar suspeição de Moro para julgamento até novembro

Gilmar pretende levar suspeição de Moro para julgamento até novembro

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira, 17, que pretende levar para julgamento até novembro o habeas corpus em que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusa o ex-juiz federal Sergio Moro de atuar com parcialidade ao condenar o petista no caso do triplex do Guarujá. Os advogados buscam derrubar a sua condenação e colocar o ex-presidente em liberdade.

"(Em) Outubro, novembro a gente julga isso, ainda não tem data", disse Gilmar Mendes a jornalistas, ao chegar para a sessão da Segunda Turma nesta tarde.

O caso começou a ser discutido na Segunda Turma em dezembro do ano passado. Na época, o relator da Operação Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia votaram contra o pedido de liberdade de Lula. A discussão acabou interrompida por um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Gilmar Mendes.

Além de Gilmar, faltam se posicionar os ministros Ricardo Lewandowski (que costuma se alinhar a Gilmar em julgamentos sobre a Lava Jato) e Celso de Mello.

Dentro do STF, o voto de Celso de Mello é considerado decisivo para a definição do resultado final do julgamento. Um ministro ouvido reservadamente pela reportagem avalia que o ideal seria retomar a discussão do caso apenas quando o decano já tivesse o voto dele concluído.

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Reflexão

Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo publicada no mês passado, Celso disse que ainda está "em processo de reflexão".

"Eu tenho estudado muito, porque é uma questão que diz respeito não só a esse caso específico, mas aos direitos das pessoas em geral. Ainda continuo pensando, refletindo. Eu, normalmente, costumo pesquisar muito, ler muito, refletir bastante para então, a partir daí, formar definitivamente a minha convicção e compor o meu voto", afirmou Celso de Mello na ocasião.

Essa não é a primeira vez que Celso de Mello analisará a conduta de Moro. Em 2013, o ministro deu o único voto para que o então juiz fosse declarado suspeito em caso de evasão de bilhões de reais do Banestado. À época, Moro atuava na 2.ª Vara Federal de Curitiba, especializada em crimes de lavagem de dinheiro.

A defesa do doleiro Rubens Catenacci, condenado por remessa ilegal de divisas ao exterior, entrou com um habeas corpus no STF, alegando suspeição de Moro nas investigações. Os advogados questionaram o monitoramento de seus voos e o retardamento no cumprimento de uma ordem do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região.

Celso proferiu o voto para anular o processo, ao concluir que Moro tinha violado o direito fundamental de que todo cidadão deve ser julgado com imparcialidade. "Parece-me, em face do gravíssimo episódio do monitoramento dos advogados do ora paciente, que teria ocorrido séria ofensa ao dever de imparcialidade judicial", disse naquele julgamento.

ENSINO

Prefeitura cria escola para dar cursos de educação no trânsito à motoristas, pedestres e ciclistas

A escola vai promover capacitações, treinamentos, simuladores de situações de risco e atividades voltadas para crianças e adolescentes

22/03/2025 11h30

A escola municipal de trânsito fica localizada na Avenida Gury Marques, 2395, no bairro Universitário, nas intermediações da sede da Agetran

A escola municipal de trânsito fica localizada na Avenida Gury Marques, 2395, no bairro Universitário, nas intermediações da sede da Agetran Foto: Roberto Ajala / Divulgação - Prefeitura de Campo Grande

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Coordenado pela Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Escola Municipal de Trânsito é criada em Campo Grande para capacitar motoristas, pedestres e ciclistas com cursos de educação nas vias públicas.

Com o objetivo de formar cidadãos mais conscientes e promover um trânsito seguro e sustentável, a Prefeitura de Campo Grande lançou, nesta sexta-feira (21), a Escola Municipal de Trânsito.

Esta iniciativa oferecerá cursos, treinamentos e atividades educativas, preparando desde crianças até condutores para uma convivência harmoniosa no trânsito.

Segundo a prefeitura de Campo Grande, a criação da escola integra o Plano de Governo da administração municipal, que define ações estratégicas para fortalecer a infraestrutura e aprimorar os serviços públicos ao longo dos próximos anos.

De acordo com o diretor-presidente da Agetran, Paulo Silva, o trabalho na unidade de educação para crianças e adolescentes abrangerá desde o ensino fundamental até o ensino médio, incluindo os 7º, 8º e 9º anos, bem como as escolas municipais que oferecem o ensino médio.

Já para os jovens e adultos a Escola de Trânsito contará com um espaço próprio, equipado com salas de aula para cursos que serão oferecidos à população pela gerência de trânsito em parceria com as escolas municipais.

"Nossa ideia é seguir um modelo semelhante ao adotado pelo Estado, que oferece, no ensino médio, um curso de trânsito que permite ao aluno, ao completar 18 anos, vencer algumas etapas das aulas teóricas exigidas na formação para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Queremos implementar esse modelo no município, antecipando a conscientização sobre a segurança e o respeito no trânsito desde cedo", destacou Paulo Silva.

A Escola Municipal de Trânsito fica localizada na Avenida Gury Marques, 2395, no bairro Universitário, nas intermediações da sede da Agetran.

ESPAÇO EDUCACIONAL

Regina Duarte, Presidente do Conselho Estadual de Trânsito e presidente do Fórum Nacional dos Conselhos de Trânsito, comemorou o projeto e disse que a escola terá também um papel importante junto às empresas, indústrias, comércios, entre outros.

“É muito importante porque a administração de Campo Grande, pela primeira vez, se adéqua à legislação federal, já que a lei exige que todo órgão executivo municipal de trânsito tenha sua escola pública de trânsito e, agora, a cidade vai ter a sua. A escola vai atender não só na educação, mas toda a sociedade com a capacitação, o treinamento e as formações. É muito importante para a sociedade.”

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), destacou a frota veicular da capital como um indicativo da importância de se investir na educação dos motoristas no trânsito. 

"Em Campo Grande, há aproximadamente um veículo para cada 1,9 habitantes, o que evidencia o tamanho da nossa frota circulante. Se não investirmos em educação para o trânsito desde a base, começando pelas escolas municipais e conscientizando os cidadãos sobre a importância do cuidado e do respeito às regras viárias, enfrentaremos sérios problemas nos próximos anos. Observamos que, especialmente no centro e nos bairros próximos, os horários de pico já exigem atenção redobrada e reforçam a necessidade de pensar na mobilidade urbana e nas transformações que a cidade precisa. Os desafios são grandes, e é fundamental planejarmos um futuro mais seguro e organizado para o trânsito", afirmou Adriane.

MASCOTE DA ESCOLA

Durante o evento de inauguração da Escola Municipal de Trânsito foi revelado que a Arara-Canindé será o mascote da unidade educacional;

A Arara-Canindé estilizada como agente de trânsito, de acordo com a prefeitura, simboliza o compromisso da escola com a educação para o trânsito, e a preservação ambiental, sendo uma espécie nativa de Campo Grande e símbolo da biodiversidade urbana.

Segundo a Agetran, a Arara-Canindé é uma figura icônica em Campo Grande, e sua escolha como mascote reflete a identidade local e a missão da escola. A arara representa a sabedoria, a comunicação e o respeito à natureza, e ela será um elo de ligação entre o aprendizado sobre segurança viária e a conscientização ambiental.

AÇÃO

Hospital Universitário realiza reunião com indígenas de Dourados para fortalecer acesso a saúde

Com compromisso de oferecer um atendimento mais humanizado, o Comitê do HU dialogou com lideranças na casa de reza da Aldeia Bororó

22/03/2025 11h00

O encontro do HU de Dourados com os indígenas ocorreu na Oga Mitã'i Potyrory - Casa de Reza Ñandesy Tereza, reuniu profissionais de saúde, representantes da comunidade indígena e gestores do hospital integrante da Rede Ebserh.

O encontro do HU de Dourados com os indígenas ocorreu na Oga Mitã'i Potyrory - Casa de Reza Ñandesy Tereza, reuniu profissionais de saúde, representantes da comunidade indígena e gestores do hospital integrante da Rede Ebserh. Foto: Divulgação / HU-UFGD

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Com o objetivo de qualificar o atendimento à população indígena e fortalecer o diálogo intercultural, o Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) realizou nesta semana uma reunião com indígenas da aldeia Bororó na Casa de Reza Ñandesy Tereza.

No encontro promissor que ocorreu na quinta-feira (19), a troca de saberes entre a comunidade indígena e os profissionais da saúde foram pilares para o Hospital Universitário firmar um compromisso com o atendimento mais humanizado para a saúde indígena em Dourados. 

A ação realizada pelo Comitê de Saúde Indígena (CSIN) buscou construir, de forma coletiva, o Seminário de Saúde Indígena, previsto para ser realizado no dia 8 de abril, no auditório da UFGD.

“Este seminário será um espaço formativo aberto à comunidade interna e externa, no qual o cuidado intercultural será abordado a partir da perspectiva e vivência das pessoas indígenas, protagonistas nesse processo de cuidado”, explicou Jacqueline Cristina Dos Santos Fioramonte, enfermeira e coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde com ênfase em Atenção em Saúde Indígena do HU-UFGD/Ebserh.

A coordenadora do programa também explica a importância deste encontro dentro do território indígena. “A cada dia se torna mais evidente a necessidade de aproximação do cuidado terciário com o território, pois é no território que as pessoas vivem, constroem sua saúde e compartilham o cuidado no cotidiano, dentro das casas e com suas famílias. Reconhecer esse contexto torna-se fundamental para qualificar as ações de saúde”, destacou Jacqueline.

Participaram do encontro o superintendente, Hermeto Paschoalick, o gerente de Atenção à Saúde, Tiago Amador Correia, a gerente administrativa, Danielly Vieira Capoano, membros do Comitê de Saúde Indígena, coordenação e tutora da Residência em Saúde Indígena, coordenação da residência em Saúde Mental e Atenção psicossocial, residentes psicólogos, nutricionistas e enfermeiros de Saúde Indígena do HU-UFGD/Ebserh. Representantes da comunidade indígena, incluindo lideranças religiosas, também estiveram presentes.

Ao final do encontro, os participantes receberam a benção da Ñandesy Tereza, uma das lideranças espirituais da comunidade, marcando simbolicamente a intenção de fortalecer o respeito e a integração entre os saberes tradicionais e os serviços de saúde ofertados pelo Hospital Universitário.

ASSISTÊNCIA PRECÁRIA

Desde fevereiro de 2023 reportagens do Correio do Estado já denunciavam a assistência e acesso precário da saúde nas comunidades indígenas de Dourados.

Conforme já informado pelo jornal, mesmo com repasses milionários, saúde indígena administrada pelo Hospital e Maternidade Indígena Porta da Esperança, em Dourados, está desassistida.

Durante a visita a unidade hospitalar, uma ex-funcionária do local, que preferiu não se identificar para a reportagem, informou que presenciou diversos casos de desassistência, negligência e falta de alimentos e de materiais de higiene para os pacientes indígenas internados no hospital.

A equipe do Correio do Estado que esteve presente na época no território indígena, também visitou o Posto de Saúde Indígena Jaguapiru l.

No local indagamos duas servidoras públicas que atendiam os indígenas na farmácia do posto sobre a disponibilidade no estoque de alguns medicamentos básicos como dipirona e paracetamol, em resposta, a farmacêutica nos informou que não tinha estes medicamentos no posto.

Questionamos se é recorrente a falta de medicamentos no posto, informação que nos foi passada pela comunidade indígena. As atendentes responderam que há sim falta de remédios disponíveis para os indígenas.

Foi perguntado também quais são os sintomas mais recorrentes de atendimento na unidade, de acordo com o relato, dores de cabeça, dor no corpo como na coluna por exemplo, são os mais recorrentes.

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