Cidades

REFLEXOS

Governo decide sobre a volta do horário de verão; médica fala em riscos à saúde

A mudança, que adianta em uma hora o relógio, está sendo reavaliada e deve ser anunciada hoje pelo governo federal

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O Ministério de Minas e Energia deve definir hoje se o horário de verão – que foi suspenso no Brasil em 2019 – vai retornar ou não neste ano para economizar o gasto da energia elétrica no País.

A medida, caso aceita, gera algumas mudanças no organismo que podem resultar em problemas de saúde, como transtornos de ansiedade e impactos cardiovasculares.

Ao Correio do Estado, Carolina Albuquerque Arroyo, especialista em Clínica Médica da Unimed Campo Grande, declarou que a volta do horário de verão pode causar algumas alterações em nosso organismo.

“Além da maior exposição ao sol, o horário de verão acaba forçando o nosso organismo a algumas mudanças, e isso gera alguns processos internos, como transtorno de ansiedade, de sono, e até alguns eventos cardiovasculares podem ser desencadeados nesse processo”, disse Carolina.

Em função do tempo seco e quente que permanece em Mato Grosso do Sul, a médica também alertou para que a população se mantenha hidratada, uma vez que, caso o horário de verão retorne, isso vai ampliar a exposição ao sol.

“Por isso, é importante manter alguns cuidados, como aumentar a hidratação, manter a alimentação equilibrada, dando preferência a alimentos ricos em água em sua composição, e manter uma proteção solar adequada, com o uso de protetor solar, bonés e roupas com proteção ultravioleta”, informou.

A recomendação para a volta do horário de verão vem do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que deve apresentar novos estudos sobre as condições de atendimento de energia aos consumidores e eventuais mudanças no cenário hidrológico para o Ministério de Minas e Energia.

No fim de setembro, o ONS já havia apresentado um estudo que indicava a necessidade, do ponto de vista energético, de adoção do horário de verão neste ano.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico da Pasta também recomendou, no mês passado, o retorno do horário de verão.

A decisão sobre a mudança que adianta em uma hora os relógios está sendo avaliada e deve ser anunciada hoje pelo governo federal.

OPINIÕES DA POPULAÇÃO

A reportagem do Correio do Estado ouviu a população para saber qual é a opinião das pessoas sobre a possível volta do horário de verão.
Para Reginaldo Pereira Tavares, 56 anos, uma mudança no horário não interferia no dia a dia.

“Para mim, o horário de verão não muda nada, é a mesma rotina. Acho que não é necessário mudar, o calor no início do dia vai ser o mesmo. Acho que não economiza energia, [porque]  no frio gastamos com o chuveiro quente e no calor com o ventilador. As pessoas vão sair do serviço e vão gastar a mesma coisa chegando em casa. Não tem jeito”, disse.

Já para Mariana da Costa Martins, 20 anos, o horário de verão seria benéfico para o meio ambiente. “Eu acho que seria bom, ainda mais para os trabalhadores, [pois] seria mais rápido o tempo.E é bom para o meio ambiente também ter menos gasto de luz. Sobre o calor, acho que não muda muito, porque com as mudanças climáticas está calor tanto de manhã quanto à tarde e à noite”, afirmou.

FIM DO HORÁRIO

O término do horário de verão foi oficializado durante o governo de Jair Bolsonaro, em abril de 2019. A justificativa  na época para a suspensão foi a avaliação de que a reduzida economia de energia no período não era suficiente para justificar os efeitos negativos produzidos no relógio biológico da população.

O governo Bolsonaro afirmou que o adiantamento de horário não era mais justificável, em razão de mudanças no padrão de consumo de energia e avanços tecnológicos que alteraram o pico de consumo de energia.

ECONOMIA DE ENERGIA

Historicamente, o horário de verão tinha como principal objetivo a redução de consumo de energia elétrica a partir do melhor aproveitamento da luz natural com o adiantamento dos relógios em uma hora.

Conforme o estudo do ONS, a adoção do horário de verão neste ano pode levar a uma economia de R$ 400 milhões. Se adotado a partir de 2026, a economia pode aumentar para R$ 1,8 bilhão por ano.

O período de vigência do horário de verão era definido de acordo com critérios técnicos que apontavam a melhor forma de aproveitar as diferenças de luminosidade entre os períodos de verão e do restante do ano, que se dá entre outubro e fevereiro.

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CAMPO GRANDE

Homem deita no banco da moto em alta velocidade, colide em meio-fio e morre

Impacto foi tão forte que motocicleta saiu andando sozinha descontrolada sem piloto por mais cinco metros

14/04/2025 08h15

Rapaz sofreu múltiplas lesões internas e externas

Rapaz sofreu múltiplas lesões internas e externas DIVULGAÇÃO

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Motociclista, Luiz Henrique, de 23 anos, morreu em acidente de moto, na noite deste domingo (13), na avenida Rita Vieira de Andrade, bairro Rita Vieira, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, Luiz Henrique estava ingerindo bebida alcoólica com amigos, quando resolveram sair para pilotar suas motocicletas em grupo na rua Novo Estado, sentido avenida Rita Vieira de Andrade.

Luiz Henrique pilotava uma Yamaha Factor YBR 150 em alta velocidade, quando deitou seu corpo sobre o banco da moto, perdeu a direção do veículo, colidiu contra o meio-fio, atravessou o canteiro central da avenida, atravessou a pista contrária e foi arremessado violentamente no matagal às margens da avenida, a 27 metros do meio-fio.

De acordo com o boletim de ocorrência, o impacto foi tão forte que a motocicleta saiu andando sozinha descontrolada sem piloto por mais cinco metros, parando em uma cerca de uma propriedade particular.

Amigos da vítima presenciaram o acidente e acionaram o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Polícia Militar (PMMS), mas, Luiz faleceu antes mesmo da chegada do socorro. Os médicos ainda tentaram reanimá-lo com massagens cardíacas, mas, sem sucesso.

Ele sofreu múltiplas fraturas em todo o corpo, internas e externas. Ele tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e os documentos da moto estavam em dia.

O caso foi registrado como Sinistro de Trânsito Fatal Provocado pela Própria Vítima na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

Cidades

Homem que mutilou a companheira volta para a cadeia

Crime aconteceu no dia 6 de abril; homem já acumula seis passagens pela polícia por homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo

14/04/2025 08h00

Homem que mutilou a companheira volta para a cadeia

Homem que mutilou a companheira volta para a cadeia Reprodução - MPMS

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e o Tribunal de Justiça (TJMS) conseguiram suspender a decisão de liberdade provisória do rapaz identificado como Wellington Paes Lino, de 24 anos, acusado de esfaquear diversas vezes sua ex-companheira.

O pedido de liminar foi atendido e cumprido no último domingo (13), por agentes da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS). O desembargador plantonista Marcelo Câmara Rasslan enfatizou que a decisão foi baseada nos fundamentos legais e na necessidade de preservar a ordem pública, dada a gravidade dos fatos apurados.

Em justificativa, o MPMS afirma que a liberdade do rapaz representava “um risco iminente de novos atos violentos contra a vítima e seus familiares, tornando urgente a adoção de medidas para garantir a ordem pública e proteger a integridade física, psicológica e moral da vítima”.

Além deste crime, Wellington também foi absolvido em outro processo por crime doloso contra a vida, decisão da qual o MPMS já recorreu. 

Relembre o caso

No dia 6 de abril, uma mulher de 40 anos foi esfaqueada diversas vezes na barriga e na região genital pelo seu ex-companheiro Wellington Paes Lino, que não aceitava o fim do relacionamento. 

Segundo relatos, as duas filhas da vítima estavam no imóvel no momento do incidente, juntamente com o genro e dois netos. A mulher estava no quarto com o suspeito, até então, namorado, e saiu gritando por socorro e sangrando muito. Foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Tiradentes, onde foi constatado lesões na região abdominal e genital, sendo transferida para a Santa Casa, onde permanece internada.

O caso foi registrado na 1ª DEAM como lesão corporal no âmbito de violência doméstica, onde a delegada plantonista pediu a prisão preventiva do autor por feminicídio tentado, decisão deferida pelo juiz. 

O rapaz ficou foragido até o dia 9 de abril, quando foi localizado no bairro Moreninhas. Para ajudar nas buscas, a Polícia Civil divulgou cartazes de foragido com o rosto do homem em suas redes sociais e pela imprensa, o que possibilitou que os policiais do GARRAS (Delegacia Especializada de Repreensão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) o localizassem na casa da mãe e realizassem a prisão.

Ao ser abordado, Wellington afirmou estar ciente do motivo da prisão e não apresentou remorso ou arrependimento. Ele foi encaminhado à Delegacia Especializadas de Atendimento à Mulher, onde permanecerá à disposição da Justiça. 

O delegado responsável pela prisão, Roberto Guimarães, detalhou o momento da prisão e o comportamento do homem. 

“Ele foi bem frio, só falou ‘eu sei porque vocês estão me prendendo’ e confirmou que teve uma briga com a mulher dele, mas não quis dar nenhum detalhe. Pelo histórico, pela conduta dele, ainda mais quando trata-se de um crime violente, quando há essa gravidade e periculosidade, o Garras é acionado”, explicou. 

Seis boletins de ocorrência

Segundo o delegado de Wellington, Jean Carlos Lopes Campos, existem seis boletins de ocorrência contra seu cliente, mas não especificou se todos são relacionados à mesma vítima. Acrescentou, também, que Wellington optou pelo direito de permanecer em silêncio. 

A família da vítima relatou que o casal mantinha um relacionamento de três anos, entre discussões, términos e reconciliações. Inclusive, tinham retomado o relacionamento a dois meses. Wellington já possui antecedentes criminais e, em 2020, foi absolvido de acusações de homicídio qualificado e quatro tentativas de homicídio relacionadas à morte de Odilon Rodrigues da Silva. 

A vítima relatou ainda que, mesmo internada, ela continuou recebendo ameaças do suspeito através de mensagens pelo celular. Entre as diversas mensagens, alguns exemplos são ameaças como “você vai conhecer meu lado ruim”, “você vai ver, vou matar você ‘guria’”. 

O suspeito acumula na ficha criminal passagens por homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. 

**Colaborou Karina Varjão**

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