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Governo federal desconhece andamento de obras em educação no Estado, diz CGU

Mais da metade das construções de escolas em MS com recurso federal não tem detalhamento da situação atual da obra

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Dados da equipe de auditoria de fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU) mostram que o governo federal não tem informações detalhadas sobre o andamento das obras ligadas à Educação em Mato Grosso do Sul, investimentos que foram feitos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

De acordo com o relatório da auditoria feita pela CGU em obras do FNDE em todo o Brasil, a avaliação do laudo técnico que é apresentado para o governo federal, em que se analisa se há conteúdo suficiente para detalhar o estado atual da obra e clareza e consistência das informações apresentadas, mostra que em Mato Grosso do Sul grande parte das construções está com dados incorretos sobre o seu andamento.

No caso de Mato Grosso do Sul, foram levadas em conta obras em Campo Grande, Dourados, Douradina e Itaquiraí. Ao todo, foram vistoriadas pela CGU 230 obras de escolas de Educação Infantil e de Educação Fundamental e de quadras escolares, distribuídas em 163 municípios de todo o País, representando 
R$ 269.384.446,50 em valores globais.

Conforme consta no relatório, mais de 60% das obras do Pacto Nacional pela Retomada de Obras e de Serviços de Engenharia destinados à Educação Básica em Mato Grosso do Sul não têm dados que demonstram o devido andamento das intervenções de construção das escolas municipais. Para chegar a esses dados, foram feitas vistorias in loco e comparação com os dados disponíveis pelo FNDE.

No contexto nacional das planilhas orçamentárias, 72% se mostraram incoerentes com os laudos técnicos que as acompanhavam, principalmente em função da previsão de recursos para serviços apontados como já executados e em bom estado. 

Apenas 20% das obras no Estado foram consideradas dentro dos patrões de detalhamento do laudo técnico sobre o andamento das obras.

As incoerências também ocorreram, segundo a CGU, em razão da ausência de serviços necessários para correção de danos ou para conclusão da obra.

No Amapá, Tocantins, Paraíba, Bahia, Alagoas e Mato Grosso, todos os laudos ou planilhas orçamentárias analisados não representaram a realidade das obras vistoriadas em campo, correspondentes a cerca de 23% da amostra.

De acordo com a CGU, os dados errados podem levar a uma elaboração de orçamento errado para que o projeto seja retomado.

“Importa registrar que o laudo de vistoria é peça fundamental na retomada das obras, pois nele são consolidadas todas as informações sobre o empreendimento vistoriado, a exemplo de serviços executados, porcentual de execução, avarias existentes, correções e eventuais refazimentos de serviços. Assim, o laudo seria a peça norteadora da elaboração do orçamento, visto que, neste, deveriam constar serviços avaliados como necessários à conclusão da obra com funcionalidade”, diz trecho do documento.

Outra análise feita pela Controladoria-Geral da União trata de averiguar se o orçamento detalhado que acompanha o laudo é coerente ou não, se este laudo de obra não traz serviços desnecessários ou já executados, contendo todos os serviços necessários à conclusão da obra com funcionalidade.

Neste caso levantado, Mato Grosso do Sul tem, conforme o relatório, um pouco mais da metade das obras dentro dos padrões de orçamento coerente com o planejamento das obras nas escolas, porém, cerca de 40% das intervenções têm serviços desnecessários ou já executados que foram refeitos.

SITUAÇÃO DAS OBRAS

Dentro do pacto de retomada de obras do governo federal, 61 obras em Mato Grosso do Sul foram enquadradas para participarem do programa nacional do FNDE, porém, houve manifestação de interesse de apenas 29 obras.

Destas 29 obras, 10 estão inacabadas, 6 canceladas, 4 paralisadas e apenas 2 concluídas. 
Na Capital, sete obras para Educação Infantil e Ensino Fundamental estão incluídas no pacto de retomadas de obras, entre elas, a construção de escolas de Educação Básica na Moreninha 2 e no Jardim Talismã.
Exemplo de falta de informação, a construção localizada na Rua Camaçari, no Bairro Moreninha 2, orçada em R$ 1.719.073,34, está com status de inacabada.

A reportagem do Correio do Estado esteve presente no local onde a obra deveria estar em andamento. Apesar de a Transparência do FNDE informar que 33,35% da construção já foi concluída na Moreninha 2, apenas o alicerce da escola foi feito no local, que está cercado pelo mato.

Em comparação com a construção no Jardim Talismã, obra inacabada orçada em R$ 1.318.378,06 e que chegou a ser executada com parte da estrutura de salas de aula da escola construída, o FNDE aponta que ela tem apenas 37% concluídos, porém, está muito mais adiantada do que a escola nas Moreninhas. 

O contrato desta escola foi assinado no dia 1º de abril de 2013, com a empresa LZN Engenharia Consultoria e Inspeções, e teve término no dia 13 de abril de 2018, com um valor de que passou do orçado originalmente, chegando a R$ 2.049.419,07.

As datas informadas na última tramitação das obras na Capital, conforme consta na Transparência do FNDE, são de quatro meses atrás, entre os dias 19 e 28 de março.

Sobre a diferente entre o percentual de obra executada na Moreninha II e o que efetivamente está feito o FNDE afirmou que "percentual mencionado na matéria sobre a obra no bairro Moreninha 2 não corresponde aos dados oficiais enviados pelo Município ao FNDE. O índice de 33% citado foi registrado em 2019 e não reflete a situação atual da construção". Os dados, porém, são do próprio site do FNDE.

"Conforme laudo técnico apresentado pela Prefeitura, a repactuação foi baseada em um percentual de apenas 7% de execução física. Embora, em setembro de 2016, o índice fosse de 34%, a deterioração da estrutura ao longo dos anos e a possibilidade de repactuação permitiram uma nova avaliação. Dessa forma, o ente federado apresentou novo laudo atestando que somente 7% da obra permanecem aproveitáveis", continua a nota.

"Atualmente, a obra aguarda validação no sistema do FNDE, pendente de autorização pela prefeita. Ressalta-se que o percentual de execução deve, obrigatoriamente, ser atestado por meio de laudo técnico elaborado e encaminhado pelo engenheiro da Prefeitura. Após a aprovação da repactuação, o processo segue para a geração do termo, a validação pelo ente federado — que confirma e ratifica os dados atualizados — e, por fim, a publicação da licitação para contratação da empresa responsável pela execução da obra. O FNDE se baseia exclusivamente nos laudos técnicos oficialmente encaminhados. É responsabilidade do fiscal municipal manter as informações atualizadas no sistema, assegurando a continuidade regular do processo", conclui a nota.

Em nota, o FNDE afirmou que 66% dos problemas apontados pelo relatório da CGU foram superadas. Veja a nota na íntegra:

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vem a público prestar esclarecimentos sobre os pontos apontados pela Controladoria-Geral da União (CGU) no Relatório de Avaliação nº 1564805, referente à governança e gestão do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica.

É importante salientar que o período de auditoria realizado pela CGU compreendeu os meses de março a dezembro de 2024, fase inicial da política pública instituída pela Lei nº 14.719/2023. Nesse período, o Pacto ainda estava em implantação, com foco na tramitação das manifestações de interesse dos entes federativos, análises preliminares e emissão das primeiras diligências. Desde então, diversas melhorias estruturais foram promovidas pelo FNDE para aprimorar a operacionalização e a eficiência do programa.

Cabe ressaltar que as informações técnicas prestadas ao FNDE são de responsabilidade exclusiva dos municípios, conforme previsto na legislação vigente. O FNDE, por sua vez, vem adotando um conjunto de medidas para apoiar os entes federativos na correta instrução dos pedidos de repactuação, incluindo:

Apoio técnico contínuo às prefeituras;

  • Disponibilização de modelos padronizados de laudos de engenharia e planilhas orçamentárias;
  • Supervisões presenciais realizadas com apoio de empresas especializadas;
  • Elaboração e ampla divulgação da Cartilha do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica;
  • Intensificação dos canais de diálogo e capacitação junto aos gestores locais.
  • A Autarquia também reforçou o compromisso com a transparência ativa. Entre as ações destacam-se a criação de uma planilha específica no Portal do FNDE para consulta pública de todas as informações atualizadas do Pacto, disponível no endereço: https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programas/par/pacto-nacional-pela-retomada-de-obras-da-educacao/pacto_retomada-de-obras.

Em resposta formal à CGU, o FNDE informou que, após as análises técnicas conduzidas pela Autarquia, 66% das inconsistências inicialmente apontadas foram superadas, resultando na aprovação dos projetos; 4% foram canceladas ou indeferidas; e os 30% restantes seguem em análise de conformidade, em consonância com os critérios técnicos e legais estabelecidos.

O FNDE reafirma seu compromisso com a boa governança, a integridade e a eficiência na aplicação dos recursos públicos destinados à educação. A Autarquia reconhece o papel fundamental da CGU como órgão de controle e como parceira no contínuo aperfeiçoamento da gestão pública, contribuindo para a efetividade de uma política pública inovadora, responsável e de elevado impacto social para o Brasil.

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)

SAIBA

Aproximadamente R$ 4,1 bilhões foram investidos no Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica. Esses recursos estão sendo direcionados para obras em escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Profissionalizante, incluindo reformas e ampliações de estruturas educacionais.

Sejusp e MJSP

Polícia descobre centenas de quilos de maconha em carro atolado; vídeo

Ação policial integra trabalhos do programa "Protetor das Fronteiras e Divisas", fruto de parceria entre a Secretaria de Estado e o Ministério da Justiça e Segurança Pública

15/12/2025 12h09

Pesadas, as substâncias somaram 320 quilos de entorpecentes

Pesadas, as substâncias somaram 320 quilos de entorpecentes Reprodução/DOF

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Distante cerca de 313 quilômetros da Capital de Mato Grosso do Sul, agentes do Departamento de Operações da Fronteira (DOF) localizaram no domingo (14) centenas de quilos de entorpecentes, descobertos após um carro roubado ser localizado atolado no município próximo à região da fronteira com o Paraguai,

Conforme repassado pelo DOF, essa apreensão em questão foi feita no município de Ponta Porã, que fronteiriço em faixa de terra com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero (PJC). 

Pelas imagens é possível notar que o trecho está longe de ser uma via oficial, tratando-se de uma estrada não pavimentada e cercada de vegetação em ambos os lados, sem qualquer sinal próximo de populares e sem sinal de presença humana para além de cercas feitas com estaca e arame farpado na região.

Segundo narrado pelos agentes do Departamento de Operações de Fronteira, os militares patrulhavam uma estrada vicinal próximo ao perímetro urbano de Ponta Porã, quando avistaram um veículo atolado. 

Realizadas diligências, nenhum suspeito pôde ser localizado nas proximidades em que o carro foi encontrado, com a verificação da originalidade dos componentes do veículo (chassi, motor), na chamada "checagem aos agregados", foi possível verificar que tratava-se de um automóvel produto de roubo. 

Essa ação policial, cabe destacar, integra os trabalhos do programa fruto de parceria entre a Secretaria de Estado e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (Sejusp e MJSP), batizado de "Protetor das Fronteiras e Divisas". 

Recentemente, ao fim de outubro, o Paraguai e também a Argentina optaram por reforçar a segurança em suas respectivas fronteiras, o que o próprio governador de MS, Eduardo Riedel, viu como "positivo" e bom para Mato Grosso do Sul. 

"A gente aqui tem uma atuação permanente na fronteira. O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) anda os mais de 1,6 mil quilômetros de fronteira do nosso Estado, de barco, de helicóptero, de carro, a pé, do jeito que for, e faz uma das maiores apreensões de drogas anuais nesse país. São mais de 500 toneladas por ano, de armas e apreensões", lembrou o governador a respeito. 

Apreensão

Ao se depararem, de forma suspeita, com um Renault Duster abandonado atolado, os policiais puderam constatar após uma vistoria minuciosa que haviam rastros próximo ao veículo. 

Seguindo o rastro deixado, que passava por pelo menos duas cercas de arame farpado, os policiais puderam localizar o carregamento fracionado em tabletes e transportado em um grande saco branco. Confira: 

Recentemente, ao fim de outubro, o Paraguai e também a Argentina optaram por reforçar a segurança em suas respectivas fronteiras, o que o próprio governador de MS, Eduardo Riedel, viu como "positivo" e bom para Mato Grosso do Sul. 

"A gente aqui tem uma atuação permanente na fronteira. O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) anda os mais de 1,6 mil quilômetros de fronteira do nosso Estado, de barco, de helicóptero, de carro, a pé, do jeito que for, e faz uma das maiores apreensões de drogas anuais nesse país. São mais de 500 toneladas, por ano, de armas e apreensões", lembrou o governador a respeito. 

Pesadas, as substâncias somaram 320 quilos de entorpecentes, de uma substância análoga à maconha, em um carregamento precificado pelas forças policiais em aproximadamente R$740 mil. 

Todo esse carregamento e o veículo roubado, foram posteriormente encaminhados até a unidade da Delegacia da Polícia Civil do município de Ponta Porã.

 

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jogo de cartas marcadas

TCE exige e Governo de MS volta a suspender licitação da jogatina

Leilão da Lotesul estava prevista para esta segunda-feira (15), mas o Tribunal de Contas viu "persistência de inconsistências" e cobrou explicações

15/12/2025 11h50

Pedido de esclarecimentos ao Governo do Estado foi feito na sexta-feira pelo conselheiro Márcio Monteiro ao Governo do Estado

Pedido de esclarecimentos ao Governo do Estado foi feito na sexta-feira pelo conselheiro Márcio Monteiro ao Governo do Estado

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Após pedido de explicações do Tribunal de Contas do Estado, a Secretaria de Fazenda de Mato Grosso do Sul suspendeu, pela segunda vez, a licitação que pretende terceirizar por até 30 anos a exploração de loterias em Mato Grosso do Sul. 

Conforme a previsão, as propostas seriam abertas nesta segunda-feira (15). Porém, uma publicação do diário oficial do TCE revela que na última sexta-feira o conselheiro Márcio Monteiro exigiu explicações e mandou que os secretários de Fazenda, Flávio Cesar, e de  Administração, Frederico Felini, fossem intimados por contato telefônico e por e-mail para que suspedessem o certame. 

Após denúncias de que se tratava de um jogo de cartas marcadas, o certame já havia sido suspenso em abril deste ano. Um dos autores das denúncias foi Jamil Name Filho, que está no presídio federal de Mossoró, onde cumpre pena de quase 70 anos por dois assassinatos, extorção e formação de quadrilha. 

Depois da primeira suspensão, a administração estadual fez alterações no edital e reabriu o certame. Mas, segundo o conselheiro Márcio Monteiro, as inconsistência persistem e por isso ele voltou a interferir no caso. 

"Com a republicação do edital, determinei o encaminhamento dos autos à Divisão de Fiscalização de Contratações Públicas para a realização de nova análise do certame. Em atendimento a essa determinação, a referida Divisão, em conjunto com o auditor especialista em tecnologia, apresentou novas manifestações técnicas, nas quais se concluiu pela persistência de inconsistências no instrumento convocatório", diz o despacho do conselheiro publicado nesta segunda-feira (15) .

"A análise especializada afirma que inexiste nos autos estudo técnico-comparativo de soluções disponíveis no mercado, não havendo documento que comprove a avaliação de fornecedores distintos, arquiteturas alternativas ou diferentes níveis de maturidade tecnológica. Da mesma forma, aduz que persiste a exigência de capacidade mínima de 15 milhões de transações por ano e de 40 transações por segundo (TPS)", continua o conselheiro. 

Em abril, quando da primeira suspensão do certame, o mesmo conselheiro afirmou que “os denunciantes alegam que o edital de licitação impugnado contém indícios de direcionamento do certame, em virtude de condições incomuns e injustificadas”. 

Além disso, esclareceu o conselheiro, os autores do pedido de impugnação entendem que “diversos itens do termo de referência que comprometam a competitividade e/ou viabilidade econômica da licitação tanto para os concorrentes quanto para o próprio Estado de Mato Grosso do Sul”. 

Em abril, o pregão chegou a ser aberto e recebeu três propostas. Uma se dispôs a devolver 16,17% do faturamento ao governo estadual, que era o valor mínimo exigido no edital. As outras duas ofereceram devolução maior, de 17,2% e de 21,57% daquilo que faturarem. 

No certame que seria aberto agora, o percentual mínimo de repasses é de 14,33% A disputa pelo controle da jogatina no Estado envolve as famílias Name e Razuk, que historicamente controlaram o jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. Além, disso, uma empresa paranaense tenta entrar em Mato Grosso do Sul.

NEGÓCIO BILIONÁRIO

Conforme estimativas, a empresa que vencer a licitação para comandar a Loteria Estadual de Mato Grosso do Sul (Lotesul) poderá ter um faturamento anual de até R$ 1,4 bilhão, segundo estimativa macro feito pelo próprio Governo do Estado.

Apesar de no edital de licitação constar que a estimativa da receita média anual de remuneração da plataforma é de R$ 51,4 milhões, no termo de referência feito pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), organizadora do certame, o valor que a ferramenta pode chegar é muito maior.

“O faturamento anual com a exploração das modalidades lotéricas pode alcançar até 0,85% do PIB [Produto Interno Bruto] estadual. Contudo, tal patamar depende de fatores que vão desde a assertividade do produto até o apetite do mercado consumidor ao longo do tempo”, diz trecho do documento.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB de Mato Grosso do Sul em 2022 foi de R$ 166,8 bilhões. A fatia de 0,85%, portanto, significa uma receita de R$ 1,417 bilhão.

Neste ano, a estimativa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) é ainda mais animadora: de que o PIB chegue a R$ 227,8 bilhões. Se isso ocorrer, o ganho chegará perto dos R$ 2 bilhões ao ano.

Em março, o  edital de licitação recebeu dois pedidos de impugnação, um sendo do empresário Jamil Name Filho, o Jamilzinho, e outro da empresa Criativa Technology, de Dourados. A Criativa, conforme investigação do Ministério Público, estava a serviço do deputado Neno Razuk (PL).

INTRUSA

Uma das empresas que estaria interessada em comandar a Loteria do Estado de Mato Grosso do Sul (Lotesul), a Pay Brokers – a qual tem sede em Curitiba (PR) e já é responsável pela loteria daquele estado – tem entre as empresas parceiras a Blaze, que chegou a ser investigada por estelionato. A plataforma tem entre os seus jogos o Fortune Tiger (o “jogo do tigrinho”), que levou influenciadores digitais para a prisão em 2023, e o Crash – ambos no estilo de um cassino.

Segundo fontes do Correio do Estado, a empresa do Paraná seria a “favorita” a vencer a disputa e os supostos direcionamento que levaram à suspensão do TCE seriam para favorecê-la. Entre as três propostas aceitas, uma seria dela. 

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