Cidades

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Governo não trará brasileiros do Japão

Governo não trará brasileiros do Japão

Terra

16/03/2011 - 17h00
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O Ministério das Relações Exteriores não planeja, por enquanto, uma retirada em massa de brasileiros que se encontram no Japão. Mesmo após o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarar preocupação com a séria situação da Usina Nuclear de Fukushima, onde ocorreram explosões e vazamento de material radioativo, o governo brasileiro não divulgou nenhuma estratégia para resgatar a comunidade no país asiático em caso de acidente nuclear grave.

De acordo com o Itamaraty, enquanto as autoridades japonesas e a própria AIEA não comunicarem que há necessidade de retirar as pessoas do país, atingido por um terremoto de 9 graus na escala Richter seguido de um tsunami e que está enfrentando problemas com as usinas atômicas, o Brasil não enviará aviões ou navios para resgatar os brasileiros.

A decisão do governo brasileiro preocupa o nipo-brasileiro Hugo Takeshi Sakamoto, que já morou no Japão e retornou ao país nipônico há cerca de um mês. Ele disse que se sente desorientado e preocupado com o que considera um "excesso de tranquilidade" das autoridades e da mídia japonesas. "Eles estão muito calmos, dizem que está tudo bem, mas eu sinto que não está. E ninguém nos orienta. Seria melhor que fizessem isso antes que alguma coisa mais grave acontecesse", disse.

Takeshi tem dois irmãos morando no Japão, ambos casados e com filhos no país. Um deles, Massahiro Sakamoto, mora na cidade de Fukushima e precisou ser resgatado quando a radiação da usina atômica, que fica a cerca de 30 quilômetros da casa dele, começou a vazar. "Nós fomos buscá-lo. Levamos dois dias para chegar lá, a estrada está muito cheia, tem muita gente saindo de lá e muita gente que está indo buscar os parentes. Quando a gente vai, não sabe se vai conseguir voltar porque não há combustível para vender", contou o brasileiro. Massahiro está agora hospedado com a família na casa da irmã, em uma cidade próxima a Tóquio.

Ainda de acordo com Takeshi, os brasileiros se ressentem da falta de informações em português, uma vez que nem todos que estão lá dominam a língua local. Ele diz que ligou para o consulado brasileiro e ouviu que deve seguir as orientações do governo japonês. Mas ele alega que nem Brasil nem Japão dizem o que deve ser feito em caso de um vazamento grave de radiação.

"Eu tenho só aquelas máscaras cirúrgicas fininhas em casa. Vedei as janelas e estamos evitando tomar banho porque começou a chover e sabemos que a radiação já chegou a Tókio, então estamos com medo de a água ter sido contaminada. Mas eu não sei o que fazer se houver uma explosão na usina. Devo cavar um buraco e me esconder embaixo da terra, me trancar no banheiro? Ninguém diz nada sobre isso", alegou o brasileiro.

Ele conta ainda que o preço das passagens para sair do Japão triplicou e que não há vagas no voos programados para os próximos 20 dias com destino aos Estados Unidos, onde já morou, ou ao Brasil. Apesar disso, ele diz que virá para o país assim que for possível e que os sobrinhos também devem deixar o Japão. "Minha irmã quer tirar os filhos dela daqui, eles devem ir para a casa da minha mãe em Minas Gerais".

O Itamaraty orienta os brasileiros a acompanhar a página do consulado e da embaixada brasileira na internet. As informações em japonês têm sido traduzidas para o português e a página é atualizada constantemente.

COP15

MS vai sediar evento climático da ONU em 2026

Conferência irá unir agentes globais para debater sobre a conservação de espécies migratórias de animais silvestres

11/12/2024 18h15

Encontro do governador com integrantes da Convenção sobre Espécies Migratórias

Encontro do governador com integrantes da Convenção sobre Espécies Migratórias Saul Schramm / Divulgação

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Em uma movimentação que promete colocar Mato Grosso do Sul no centro das discussões globais sobre biodiversidade, o estado foi indicado para sediar a 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres (COP15) da ONU.

Nesta quarta-feira (11), o governador Eduardo Riedel recebeu uma comitiva de peso em Campo Grande. O grupo, composto por integrantes da Convenção sobre Espécies Migratórias das Nações Unidas e técnicos do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, reuniu-se com o governador para discutir a possibilidade de o estado sediar o evento de magnitude global.

A escolha de Mato Grosso do Sul como possível sede para a COP15 não é por acaso. O estado abriga o Pantanal, um dos maiores e mais importantes biomas do mundo, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade. 

O ecossistema único é lar de uma biodiversidade impressionante e desempenha um papel crucial na conservação de inúmeras espécies migratórias.

O Pantanal, com sua vasta planície alagável, serve como um ponto de parada vital para aves migratórias e abriga uma variedade de espécies endêmicas.

Seleção

A secretária executiva da CMS COP, Amy Fraenkel, juntamente com outros membros da comitiva, está realizando visitas técnicas a várias estruturas e equipamentos do Governo do Estado que poderiam ser utilizados para a organização do evento. 

Essas visitas são cruciais para avaliar a capacidade logística e operacional de Campo Grande em sediar um evento desta magnitude.

A decisão final sobre a sede da COP15 será anunciada em janeiro de 2025. Se confirmada, a conferência está prevista para acontecer em março de 2026, dando a Mato Grosso do Sul pouco mais de um ano para finalizar todos os preparativos necessários.

Impacto

A realização da COP15 em Mato Grosso do Sul seria uma oportunidade para o estado mostrar ao mundo seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e seu objetivo de se tornar um estado carbono neutro.

Para o governador Riedel, o evento colocaria Mato Grosso do Sul no centro das discussões globais sobre conservação da biodiversidade e mudanças climáticas.

Além disso, a conferência poderia trazer benefícios econômicos significativos, impulsionando o turismo e o setor de serviços na região.

A Convenção sobre Espécies Migratórias, da qual o Brasil é signatário, visa conservar espécies que migram por vias terrestres, marinhas e aéreas, transcendendo fronteiras nacionais.

A realização da COP15 no Brasil reforçaria o compromisso do país com estes objetivos e poderia catalisar ações mais efetivas de conservação em toda a América do Sul.

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Campo Grande

Entenda o que muda com aprovação da reforma administrativa em Campo Grande

Proposta impacta diretamente nas atribuições das secretarias municipais

11/12/2024 17h28

Projeto foi votado em sessão extraordinária nesta quarta-feira (11)

Projeto foi votado em sessão extraordinária nesta quarta-feira (11) - Paulo Ribas/Correio do Estado

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O Projeto de Lei nº 41 do Executivo Municipal, que propõe uma reforma administrativa na Prefeitura de Campo Grande, foi votado em sessão extraordiária na manhã desta quarta-feira (11). Mesmo sob protestos de manifestantes contrários à proposta, a reforma foi aprovada por 25 votos de vereadores favoráveis e apenas dois contrários. Contudo, você sabe quais mudanças o Projeto de Lei acarretará na prática?

A reforma impactará nas atribuições das secretarias municipais, que sofrerão extinções, readequações e novas criações. 

Segundo a proposta, a Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais ficará responsável pela Fundação Municipal de Esportes e a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).

A Secretaria Especial da Casa Civil ficará a cargo da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários, além da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos.

Além disso, a mudança acarretará na criação das três secretarias executivas (Cultura, Juventude e Mulheres), e no fim da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur). Esta, deverá ser anexada à Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio.

Outro ponto relevante é a separação da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur). A Cultura, que antes seria anexada à Secretaria Municipal de Educação, será incorporada à Secretaria Municipal de Governo.

Já Turismo ficará dentro de nova pasta a ser criada: a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Turismo, Meio Ambiente e Fiscalização Urbana.

Confira todas as atualizações da reforma:

Se mantém

  • Secretaria de Governo e Relações Institucionais;
  • Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social;
  • Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos;
  • Secretaria de Educação;
  • Secretaria de Saúde;
  • Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos.

Será criada uma nova secretaria

  • Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Meio Ambiente e Fiscalização Urbana;
  • Secretaria Especial da Casa Civil;
  • Secretaria Especial de Planejamento e Parcerias Estratégicas;
  • Secretaria Especial Licitações e Contratos;
  • Secretaria Especial de Articulação Regional;

Já existentes, porém sofrerão mudanças

  • Secretaria de Fazenda (anteriormente era a Secretaria de Finanças e Planejamento)
  • Secretaria de Administração e Inovação (anteriormente era Secretaria de Gestão);
  • Secretaria de Assistência Social, Mulher e Cidadania (anteriormente era Secretaria de Assistência Social);

Serão extintas

  • Secretaria Municipal de Cultura e Turismo;
  • Secretaria Municipal da Juventude;
  • Secretaria de Inovação, Desenvolvimento e Agronegócio;

Projeto foi votado em sessão extraordinária nesta quarta-feira (11)Protestos marcaram o primeiro dia de votação da reforma administrativa em Campo Grande - Paulo Ribas/Correio do Estado

Em meio a protestos, Câmara aprova reforma administrativa por 25 a 2

Nem os protestos que resultaram no cancelamento da sessão da última terça-feira (10) conseguiram evitar a aprovação Projeto de Lei nº 41, de 4 de dezembro de 2024, do Executivo, que propõe uma reforma administrativa na Prefeitura de Campo Grande.

A proposta foi votada durante sessão extraordinária realizada na manhã desta quarta-feira (11), e teve 25 vereadores favoráveis e dois contrários. Apenas Luiza Ribeiro (PT) e Prof. André Luis (PRD) votaram "não".

Antes da votação da reforma administrativa, foram votadas emendas. Quatro delas eram a favor da manutenção das secretarias de Juventude, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Cultura e Turismo, e da subsecretaria de Políticas para a Mulher.

Elas foram apresentadas pela vereadora Luiza Ribeiro, e tinham como objetivo atender às reivindicações que preencheram a Câmara Municipal na manhã de ontem, quando a sessão precisou ser suspensa por falta de energia elétrica na Casa de Leis. No entanto, as matérias em questão não foram aprovadas.

Posteriormente, foram aprovadas com unanimidade emendas que determinam que qualquer modificação no orçamento do próximo ano, que estavam destinadas às secretarias que estão sendo dissolvidas, sejam feitas a partir de lei municipal, e não decreto, como previa o projeto.

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