Cidades

Saúde

Governo planeja rede hospitalar estadual com mais de 700 leitos

MS já tem unidades no interior, onde exerce maior controle sobre a gestão e a regulação das vagas; próximo passo é se "divorciar" da Prefeitura de Campo Grande, que regula os atendimentos do Regional

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O governo de Mato Grosso do Sul planeja criar em breve sua rede hospitalar, com quase 700 leitos. Para isso, começou a promover, no mês passado, o “divórcio” da regulação da saúde municipal. A informação da intenção do Estado de trabalhar em rede com seus hospitais regionais é da secretária-adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone. 

A gestora confirmou que, para a consolidação da intenção do Estado de fazer a gestão de seus hospitais, o próximo passo é ter mais controle sobre a admissão dos pacientes que ingressam nas unidades, saindo do sistema de regulação gerenciado pelo município de Campo Grande. A primeira iniciativa nesse sentido, tentada no mês passado, não teve êxito: a prefeitura da Capital foi contra a saída do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) da regulação municipal das vagas. 

Atualmente, o HRMS atua com uma capacidade de 350 leitos. O custo mensal da unidade, segundo a secretária-adjunta, é de aproximadamente R$ 40 milhões, e a saída do sistema de regulação do município faria com que Campo Grande, que é gestora plena dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), deixasse de administrar os R$ 4,8 milhões que recebe e repassa para o HRMS. 

Há um mês, no dia 6 de setembro, o governo do Estado publicou resolução informando o fim do convênio que manteve por mais de uma década com o município para que os atendimentos feitos pelo SUS dentro do hospital fossem custeados pelo Fundo Municipal de Saúde, com recursos federais. O teto para o HRMS com o SUS, dentro desta modalidade de atendimento, era de R$ 4,8 milhões. 

“Ocorre que esta decisão ainda não foi homologada, porque é preciso um consenso na comissão bipartite, composta por Estado e município, por isso o Hospital Regional continua atuando no sistema de regulação do município”, explica Crhistinne Maymone. 

A secretária-adjunta lembra que neste período sem o convênio o município não tem mais a obrigação de repassar ao hospital os R$ 4,8 milhões enviados pelo governo federal por meio do SUS. “A homologação desta nossa decisão de deixar o sistema municipal será feita em uma nova reunião, agora com o comitê tripartite, mediada pelo Ministério da Saúde”, explicou. 

Crhistinne Maymone explicou que os moradores de Campo Grande, assim como os de outros municípios do Estado, continuarão tendo acesso aos serviços do Hospital Regional mesmo que a unidade esteja fora da regulação do município. “Todos os moradores do Estado poderão continuar sendo atendidos no hospital”, explicou. 

Polêmica

A secretária-adjunta de Saúde nega qualquer possibilidade de terceirizar, pelo menos por enquanto, a gestão do HRMS. A suspeita de repassar a gestão do Hospital Regional para a iniciativa privada foi levantada pela coordenadora do Conselho Municipal de Saúde, Cleonice Alves de Abreu. 

Atualmente, os hospitais regionais de Três Lagoas, Ponta Porã e também uma unidade regional de cirurgias em Dourados são terceirizados e administrados por uma organização social de saúde (OSS), o Instituto Acqua. 

Se o Estado criar sua rede própria, como disse a secretária-adjunta, o HRMS seria o maior dela, com 350 leitos. Atualmente, o hospital é administrado pela Fundação Estadual de Saúde. Os outros hospitais regionais são terceirizados: o hospital de Três Lagoas, com 116 leitos; o de Dourados, com 33; e o de Ponta Porã, com 107. Além disso, em Dourados está em construção uma unidade com mais 71 leitos. 

PREMIADO

Hospital Regional de Três Lagoas é mencionado em lista das melhores UTIs do país

Unidade hospitalar recebeu o mérito após ser avaliada e certificada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira

12/04/2025 13h30

A unidade gerida pelo Instituto Acqua sob a administração da Secretaria de Estado da Saúde, conquistou Selo

A unidade gerida pelo Instituto Acqua sob a administração da Secretaria de Estado da Saúde, conquistou Selo "Top Performer" para a UTI Adulto Foto: Divulgação / Governo do Estado

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A iniciativa ‘UTIs Brasileiras’ reconheceu o Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé, de Três Lagoas (MS), como um dos melhores do país em performance e parâmetros de utilização de recursos na UTI adulta.

Gerido pelo Instituto Acqua e sob a administração da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a inclusão do Hospital Regional do interior foi divulgado na última semana pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). A Unidade conquistou Selo na categoria “Top Performer” para a UTI Adulto. 

Samir Siviero, diretor-presidente do Instituto Acqua, enalteceu a conquista e parabenizou os profissionais que fortalecem o trabalho. “Atuamos para a população. Saber que tanto esforço resulta em reconhecimentos como este nos motiva e instiga ainda mais a lutar por um SUS acolhedor e satisfatório. Parabenizo cada profissional que com inteligência, conhecimento, dedicação, paixão e respeito entregam muito trabalho”, disse o gestor.

“Estamos muito felizes com essa conquista, pois ela reforça e valida todos os processos que desenvolvemos e implantamos para, em todas as circunstâncias, aperfeiçoar os atendimentos ofertados aos pacientes. É algo que nos deixa ainda mais focados em prestar atendimento de qualidade”, destacou Henrique Schultz, diretor-geral da unidade.

Como critério de avaliação são observados diversos tópicos, como Segurança do Paciente, Eficiência Assistencial, Humanização e Satisfação.

Idealizada em 2010, a iniciativa ‘UTIs Brasileiras’ tem como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico das unidades de terapia intensiva no Brasil e compartilhar informações que possam ser úteis para orientar políticas de saúde e estratégias, com intenção de melhorar o cuidado dos pacientes críticos no País.

A ação estimula a melhora dos indicadores de qualidade e desempenho na gestão das UTIs adulto e pediátricas e, com isso, busca aprimorar a qualidade da medicina intensiva e aumentar a segurança dos pacientes no Brasil.

Desde a criação da avaliação, os hospitais participantes recebem certificados com selos de participação no Registro Nacional e de gestão de indicadores.

A avaliação é feita pela Epimed Solutions – plataforma de dados assistenciais que, em parceria com a AMIB, atribuindo às unidades de terapia intensiva de todo o país as certificações.

ACIDENTE

Mulher de 25 anos morre ao colidir com caminhão em rodovia de MS

Letícia Fonseca do Nascimento saiu de Jaú, no interior de São Paulo, e estava a caminho de Rio Brilhante, mas a colisão ocorreu na região de Nova Alvorada do Sul, na BR-267

12/04/2025 12h20

Situação em que ficou o carro da vítima após o acidente

Situação em que ficou o carro da vítima após o acidente Foto: Reprodução/Alvorada Informa

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Uma jovem de 25 anos, identificada como Letícia Fonseca do Nascimento, morreu na região de Nova Alvorada do Sul, após colidir com um caminhão de combustível, na BR-267, durante a madrugada deste sábado (12).

Segundo informações do jornal Alvorada Informa, Letícia saiu de Jaú, em São Paulo, e tinha como destino o município sul-mato-grossense Rio Brilhante, uma viagem de quase 9 horas de duração. Porém, esta jornada acabou sendo interrompida no km 210 da rodovia federal.

Ela conduzia um Volkswagen Up, com placa da cidade do interior paulista, quando perdeu o controle e colidiu de frente com um caminhão Volkswagen Constellation. Com o impacto, o carro da jovem foi arremessado para fora da pista e ficou severamente despedaçado. 

Ainda, foi informado que ela ia encontrar a família em Rio Brilhante. Mesmo com a chegada do socorro, foi constatada sua morte ainda no local do acidente, de forma imediata. Já o motorista do caminhão não sofreu ferimentos. Além de Letícia, seu cachorro, que estaria no seu colo no momento do acidente, também não resistiu e morreu na hora.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) permanece nas investigações para saber como se deu o impacto. O corpo da vítima foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Dourados para a análise antes do velório e sepultamento.

Outro caso recente

No dia 07 de abril, uma mãe, de 29 anos, e três filhos, menina  de 10 anos, menino 11 anos e um bebê de 3 meses, morreram em acidente entre dois carros, na BR-060, próximo a curva da Estação Guavira, entre Campo Grande e Sidrolândia, a 70 quilômetros da Capital.

Conforme apurado pela reportagem, a mãe, esposo e os três filhos estavam em uma Volkswagen Saveiro sentido Campo Grande-Sidrolândia, quando, um Chevrolet Corsa, que trafegava em alta velocidade e em zigue-zague sentido Sidrolândia-Campo Grande, invadiu a pista contrária e atingiu violentamente a lateral da Saveiro.

Em seguida, a Saveiro foi atingida por uma carreta carregada com calcário. O Corsa foi parar no matagal às margens da rodovia e pegou fogo. As chamas formaram uma barricada e espalharam fumaça, prejudicando a visibilidade de motoristas. 

Mãe, Drielle Leite Lopes e os três filhos morreram na hora. O esposo, Oldinei Centurión Saraiva, de 42 anos, foi socorrido com vida e encaminhado ao hospital. A família é residente de Sidrolândia e, conforme apurado pela mídia local, voltava de um passeio.

O motorista do Corsa foi arremessado para fora do veículo, que em seguida pegou fogo. Ele sofreu diversas fraturas e foi levado ao hospital, mas seu estado de saúde não foi divulgado. O condutor da carreta não teve ferimentos.

*Colaborou Naiara Camargo

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