A guerra do tráfico de drogas fez, ontem, mais uma vítima na fronteira do Brasil com o Paraguai. Elizardo Guerrero foi executado a tiros em plena luz do dia no bairro San Juan, na cidade de Ypehú, na divisa com Paranhos. Foi o quarto assassinato em um intervalo de 48 horas.
Conforme as informações da Polícia Nacional, ontem, por volta das 10h, Guerrero circulava pelas ruas do bairro San Juan na linha de fronteira, momento que um pistoleiro se aproximou e disparou várias vezes. A vítima foi atingida na cabeça e em várias partes do corpo e morreu de forma instantânea.
Populares que presenciaram o crime acionaram o departamento de investigações da polícia paraguaia, que esteve no local fazendo os levantamentos de praxe. Testemunhas disseram aos policiais que o crime teria sido praticado por um suposto traficante de drogas identificado como Ramón Gimenez.
Os policiais fizeram várias diligências na região de fronteira, mas até ontem à tarde o suspeito não tinha sido localizado. Pelas primeiras informações, a hipótese mais provável é de que Guerrero foi morto por acerto de contas. No município de Ypehú, traficantes disputam o controle do tráfico de maconha.
Sequência
A divisa de Paranhos com Ypehú vem registrando nos últimos dias uma sequência de crimes violentos de homicídios. No domingo pela manhã os policiais já tinham encontrado dois corpos crivados de balas de pistola calibre nove milímetros. As vítimas foram identificadas como sendo Lorenzo Benitez, de 28 anos e Roque Arguello, de 19 anos.
Já na madrugada de segunda-feira, Rodney Marques Ibarra, de 19 anos, morreu depois de ser baleado nas costas e abdome com tiros de pistola nove milímetros, enquanto o seu amigo, Júlio César Lakis também foi baleado, mas sobreviveu.
Ele foi socorrido no Hospital Municipal Nossa Senhora da Conceição de Paranhos. Ontem à tarde, um funcionário do referido hospital informou que a família pediu a sua transferência para uma outra unidade hospitalar no lado paraguaio.