Cidades

"Colmeia do Nashiville"

Homem é preso por manter depósito de "melzinho do amor" e "vape"

Ambos os produtos são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ponto na região do Anhanduizinho armazenava cerca de R$ 300 mil em mercadoria

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Localizado no bairro Nashiville, em Campo Grande, a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (DECON) prendeu um homem de 24 anos nesta quinta-feira (08), responsável por um depósito de cigarros eletrônicos e o produto conhecido como "melzinho do amor", itens proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Conforme repassado pela Polícia Civil, foi apreendido cerca de R$ 300 mil em mercadoria, sendo mais de 500 cigarros eletrônicos; 80 unidades desse "melzinho do amor" (Power Honey); cigarro do Paraguai; tabaco de diversas nacionalidades, além de caixas de bebidas importadas.

Ainda, o responsável foi autuado em flagrante por expor a venda um produto improprio para consumo, além de contrabando e descaminho e será apresentado ao juiz da custódia da Justiça Federal. Apesar disso, o depósito não foi fechado por ter a devida documentação para armazenar os demais produtos comercializados. 

Melzinho e eletrônico proibido 

Conhecido por conter o sildenafil, mesmo princípio ativo do viagra, o mel do amor não possui venda regulamentada em território nacional, pelo contrário. Em 27 de maio de 2021, a Agência trouxe a resolução que proibia a comercialização, a distribuição, a fabricação, a propaganda e o uso de vários tipos localizados por denúncias. 

Ainda segundo o texto da resolução, retificada posteriormente em 07 de junho de 2021, fica determinada também a apreensão das unidades desse suposto estimulante sexual que forem encontradas no mercado, por trazer sérios riscos à saúde. 

Como bem ressalta a resolução e retificação, esses produtos até então eram comumente divulgados e vendidos até mesmo através das mais tradicionais plataformas de e-commerce. 

Já para o segundo proibido da lista, a Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa: RDC nº 46, datada de 28 de agosto de 2009, já proibia a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarro eletrônico.

Criado por meados de 2003, o cigarro eletrônico ganhou os mais variados nomes: vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido), "evoluindo" em gerações, que começaram com produtos descartáveis de uso único, seguidos pelos recarregáveis com refis líquidos em sistemas abertos ou fechados. 

Por sua vez, esses refis possuem - em grande maioria - propileno glicol, glicerina, nicotina e flavorizantes, segundo a Anvisa, que ainda pontua outros modelos, como produtos de tabaco aquecido, com sistema eletrônico para acoplar refil; além dos "pods", os populares pen drives que carregam sais de nicotina diluídos em líquidos. 

Entretanto, a Agência de Vigilância Sanitária completa dizendo que, por não saber a composição, detalhes da fabricação ou armazenamento, muitos desses produtos podem conter demais substâncias tóxicas. 

 

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Droga líquida

O que é "loló", entorpecente que causou explosão em transportadora

Também conhecido como "lança-perfume", a droga é popular entre os jovens e causa preocupação nas autoridades de saúde pública

23/11/2024 10h30

Reprodução

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O conteúdo do pacote que explodiu em uma transportadora em Campo Grande, na tarde da última segunda-feira (18), foi identificado pela polícia como "lança-perfurme", entorpecente líquido popularmente conhecido como "loló".

Mas afinal, o que é loló?

O loló se enquadra em um grupo chamado "drogas depressoras da atividade do Sistema Nervoso Central (SNC)", ou seja, drogas que diminuem atividades cerebrais. Ele consiste em um entorpecente psicoativo feito a partir de solventes químicos.

Geralmente, é comercializado em frascos de alta pressão, mas em eventos, como festas, por exemplo, é comum ser armazenado em latinhas de bebida e garrafinhas plásticas.

O entorpecente evapora rapidamente quando entra em contato com o ar, então seu uso é feito por inalação, através da boca e do nariz. 

Composição

Geralmente, é composto por cloreto de etila, éter e clorofórmio, acompanhados por etanol, e uma essência perfumada ou bala para saborizar.

Efeitos

Um artigo desenvolvido por estudantes da Universidade de São Paulo (USP), explica que os inalantes são absorvidos pelos  pulmões e iniciam seus efeitos rapidamente, ultrapassando a barreira hematoencefálica, uma estrutura que regula a passagem de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central, ou seja, a droga é absorvida com facilidade, e chega rapidamente - em questão de segundos - ao encéfalo. 

Os efeitos da inalação duram pouco tempo, uma média de 10 a 30 minutos, o que faz com que os usuários façam cada vez mais o uso de doses da droga.

A substância inibe os receptores do sistema nervoso central relacionados à excitabilidade neuronal. Dessa forma, surgem efeitos como:

  • excitação;
  • euforia;
  • tranquilidade;
  • hilaridade;
  • sensação de flutuação;
  • relaxamento;
  • alucinações.

Ainda conforme a pesquisa publicada pela USP, com exceção das alucinações, os efeitos iniciais se assemelham aos de consumo de álcool.

No entanto, após essa fase, os usuários costumam apresentar sintomas como:

  • confusão;
  • perda do autocontrole;
  • sonolência;
  • descoordenação muscular;
  • diminuição dos reflexos;
  • fala pastosa;
  • cefaleia;
  • vertigem;
  • batimentos cardíacos acelerados;
  • zumbidos nos ouvidos;
  • náuseas e vômitos;
  • e desorientação.

Em casos de inalação intensa e repetitiva, a depressão do sistema nervoso central é tamanha que pode levar à morte por parada cardiorrespiratória, diz a pesquisa.

História

A droga se popularizou no Brasil no início do século XX, importada da Argentina. Inicialmente, era borrifada entre os foliões em bailes e carnavais, se tornando, inclusive, símbolo das festividades cariocas.

A "brincadeira" tomou maiores proporções quando a mistura deixou de ser borrifada em determinado público e passou a ser diretamente inalada pelos jovens. Para isso, eram utilizados lenços molhados.

Com o avanço do abuso do uso da substância, inúmeras mortes por intoxicação começaram a ser registradas, causadas por parada cardiorrespiratória.

Em 1961, a fabricação, o comércio e o uso do produto foram proibidos no país por decreto do presidente Jânio Quadros, o que posteriormente gerou a Lei N° 5.062/6612, que vigora até os dias de hoje.

Obviamente, a legislação não fez com que as pessoas parassem de consumir o entorpecente, e o loló continua tendo espaço, principalmente entre os jovens.

Um dos ilícitos mais consumidos do Brasil

Uma estimativa feita pela Fundação Oswaldo Cruz, divulgada no “III Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira”, 2019, revelou que as substâncias tipo loló estão entre as drogas ilícitas mais consumidas no país, atrás apenas de maconha e cocaína em pó.

Em números absolutos, estima-se que 4,2 milhões de brasileiros já tenham consumido inalantes do tipo em algum momento da vida.

Explosão em transportadora

Na tarde da última segunda-feira (18), um pacote explodiu ao ser manuseado pelo funcionário de uma transportadora localizada no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.

Imagens da câmera de segurança do local mostram que o funcionário não chegou a abrir a caixa. Ele derrubou o pacote, e no momento em que pegou de volta, a embalagem explodiu. Confira:

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, o funcionário sofreu um corte no rosto, e foi socorrido pelos próprios colegas.

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Jaraguari

Polícia Civil apreende meia tonelada de cocaína e dois fuzis em MS

Carga apreendida foi avaliada em aproximadamente R$ 15 milhões

23/11/2024 09h15

Operação apreendeu meia tonelada de cocaína e dois fuzis

Operação apreendeu meia tonelada de cocaína e dois fuzis Foto: Divulgação / PCMS

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Por meio da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), a Polícia Civil  apreendeu 523 kg de cocaína, dois fuzis e outros 205 kg de maconha em Jaraguari, cidade distante 55 km da Capital.

A ação realizada nesta sexta-feira (22) se deu por meio denúncia  de que fardos de drogas haviam sido avistados na região. A carga apreendida foi avaliada em aproximadamente R$ 15 milhões.

Operação Células 

Na última quinta (21), foi deflagrada em Dourados a operação “Células”, também em combate ao tráfico de drogas. A ação foi coordenada pela 2ª Delegacia de Polícia Civil do município  e contou com apoio de cerca de 60 policiais.  

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, que fecharam oito “bocas de fumo”. Dez pessoas foram presas em flagrante por  tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Foram encontrados cocaína, maconha e crack, um revólver de calibre 38, um revólver de calibre 32, munições de calibres diversos e mais de R$ 20 mil em espécie.

De acordo com a Polícia Civil, a expressão “Células” se refere aos diversos núcleos de traficantes que atuam espalhados por diversos bairros do município. O objetivo da ação é desmantelar e enfraquecer esses grupos. 

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