“Eles fazem terror psicológico, ficaram a noite toda em movimentação ao redor da casa, tocando tambores e fazendo barulho, pra ninguém dormir”. A frase é do proprietário rural Nilton Carvalho da Silva Filho, 59 anos, que deixou ontem (01), a sede da Fazenda Esperança depois de resistir por duas noites às ameaças de invasão por parte de índios terena.
Essa foi a segunda sede de fazenda invadida em menos de 30 dias, no Estado, aumentando o impasse entre índios e produtores rurais. Dessa vez, cerca de 80 índios terena pintados para a guerra, e armados com lanças e arcos e flechas, ocuparam a sede da fazenda que fica no distrito de Taunay, no município de Aquidauana - distante 130 quilômetros da Capital.
Nilton deixou a fazenda com a esposa Mônica Alves Corrêa Carvalho da Silva, 56 anos. Os dois foram obrigados a passar por um corredor polonês formado pelos índios. Enquanto o casal saia os índios dançavam e soltavam fogos de artifício, em comemoração à ocupação.
Após ser obrigado a deixar a propriedade rural, Nilton recebeu a reportagem em sua casa, na área urbana de Aquidauana. Indignado, com a situação cobrou uma solução por parte do poder público.
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