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Inteligência artificial é aposta de professores à redação do Enem

Assuntos ligados à tecnologia, ao meio ambiente, à igualdade de gênero e à robótica também são favoritos para o tema da prova que ocorre neste fim de semana

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Especialistas em redação apostam que o assunto mais cotado para ser abordado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a inteligência artificial (IA) e a relação da humanidade com a evolução tecnológica. Temas como queimadas e meio ambiente também são indicados como prováveis.

Segundo Glauce Soares Casimiro, professora da Uniderp que trabalhou por 10 anos como avaliadora das redações do Enem em MS, neste ano, o tema da redação da prova pode ter relação aos desafios da humanidade no aspecto tecnológico.

“Eu suponho que o tema da redação seja relacionado aos desafios da humanidade perante a revolução robótica social: humanos e máquinas em conexão. Outros temas que podem cair neste ano estão relacionados à importância de cuidar do meio ambiente, às queimadas, à igualdade de gênero ou à robótica”, analisou a pedagoga.

Entre as prioridades de assuntos no Enem, a professora explicou que temas polêmicos e em alta nas rodas de discussão da sociedade brasileira estão dentro da metodologia de escolha dos conteúdos para a redação.

Para Darilza Carla, professora do Colégio Adventista que leciona Língua Portuguesa e Literatura, além de dar aulas voltadas à argumentação e à produção textual, a aplicação da redação do Enem aborda questões políticas, econômicas e sociais atuais. Por isso, segundo ela, também é importante que os estudantes estejam por dentro desses assuntos.

“É essencial destacar a importância da leitura no que tange as atualidades. Ao longo do ano, ministrei diversos assuntos, e os alunos perceberam elos e constâncias entre os temas. Para se preparar é salutar, todavia, se ater aos assuntos inerentes à tecnologia e aos processos voltados à IA”, disse.

No Enem do ano passado, o tema da redação tratava sobre “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, enquanto em 2022 o assunto abordado foi “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.

O último ano que a temática da redação abordou o uso da tecnologia foi em 2018, tendo como premissa “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”.

Mais de 50 mil estudantes de Mato Grosso do Sul devem realizar a prova do Enem, que terá o seu primeiro dia de aplicação neste domingo. A abertura dos portões nos locais de prova ocorrem às 11h e o fechamento, às 12h, com o início das provas previsto para as 12h30 min. Todos esses horários são de MS.

No dia da prova, o estudante deve levar obrigatoriamente o cartão de confirmação de inscrição, o qual está disponível no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), além de documento de identificação original com foto e caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente.

DICAS

Faltando poucos dias para a aplicação da primeira prova, os professores orientam os alunos a revisar os conteúdos já estudados.

“Nesses últimos dias, é muito importante revisar conteúdos que já estudou, rever a estrutura da redação, analisar algumas redações nota mil nas edições anteriores e entender como é o olhar do avaliador que corrigirá a sua redação”, afirmou Glauce.

A professora também acrescentou que durante a realização do exame, para o candidato conseguir focar na proposta do tema e interpretar a questão da melhor forma, se faz necessário ler os textos motivadores com atenção, circulando as palavras-chaves de cada um, a fim de entender a contextualização da proposta da redação.

Darilza também comentou que o candidato deve focar nesses últimos dias na melhora de sua habilidade em escrever diferentes tipos de textos, sendo essencial receber feedbacks e corrigir erros.

“É fundamental revisar os conceitos teóricos e as competências exigidas pela banca, rever os textos corrigidos ao longo do processo acadêmico. É bom salientar que o planejamento estratégico de estudo é eficaz para assegurar a serenidade e a propriedade dos conceitos estudados”, orientou a educadora.

Para fazer a redação a professora Glauce também aconselha que os estudantes separem 1h30min para a escrita da redação, dessa forma, o candidato ainda terá 2,66 minutos para responder cada uma das 90 questões.

Saiba

O Santuário Estadual de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro preparou uma bênção especial aos candidatos inscritos ao Enem. Os estudantes poderão levar as canetas que serão utilizadas durante a prova para serem abençoadas ao fim de cada missa, celebradas às 9h, às 15h e às 19h.

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CONFLITOS AGRÁRIOS

Queda do marco temporal preocupa produtores de MS

Em julgamento no STF, os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino já votaram pela inconstitucionalidade da tese que limita as demarcações de terras indígenas

16/12/2025 08h40

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tese do marco temporal, ferramenta que determina que terras só podem ser demarcadas se indígenas as estivessem ocupando quando a Constituição Federal foi promulgada, em outubro de 1988, tem causado preocupação aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, estado com a terceira maior população indígena do País.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a conciliação realizada ao longo de 10 meses no STF entre produtores rurais e representantes dos indígenas foi produtiva e rendeu alguns apontamentos, entretanto, a possibilidade de derrubar a tese do marco temporal, que foi aprovado pelo Congresso Nacional mesmo após a Corte o ter entendido como inconstitucional, preocupa o setor.

Ao Correio do Estado, Bertoni afirmou que a discussão no STF rendeu “pontos positivos”, como a indenização aos donos das propriedades demarcadas, a possibilidade de o produtor ficar com a posse da área até ela ser paga, o acompanhamento de todo o processo de levantamento de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a reintegração de posse.

“O que nos deixa preocupado é a queda do marco temporal. Discutimos muito isso, dizendo que o marco temporal não limita os direitos dos povos originários, ele simplesmente mostra a trava que tem naquele período em que os indígenas ocupam as suas terras e as próximas áreas eles teriam que comprar e desapropriar. Isso está no Estatuto do Índio, onde diz que a qualquer tempo eu posso criar novas reservas, então, a preocupação nossa é só com o marco, para fazer com que isso seja travado e dali para a frente começar a fazer indenização justa e prévia, e que a União não quer indenizar. Então, não adianta eu resolver uma injustiça com os indígenas criando outra com os produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul.

Até este momento, dois ministros já votaram no julgamento, Gilmar Mendes, que foi o relator da matéria no STF, e Flávio Dino. Ambos votaram pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os votos foram proferidos ontem, durante sessão do plenário virtual da Corte, que julga quatro processos sobre a questão.

Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes considerou o marco temporal inconstitucional. No entendimento dele, o Legislativo não pode reduzir direitos assegurados aos povos indígenas.

“A imposição do marco temporal implicaria restrição indevida ao princípio da vedação ao retrocesso e à proteção insuficiente dos direitos fundamentais”, afirmou.

O ministro também determinou que todas as demarcações de terras indígenas devem ser concluídas no prazo de 10 anos.

Flávio Dino acompanhou o relator e disse que a proteção constitucional aos indígenas independe da existência de um marco temporal.

“Qualquer tentativa de condicionar a demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição de 1988 afronta o texto constitucional e a jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Flávio Dino.

A votação ficará aberta até o fim da noite de quinta-feira. Ainda faltam oito ministros proferirem seus votos.

BRIGA

O julgamento é necessário porque em 2023 o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo volta a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

*SAIBA

Em meio à votação da constitucionalidade do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas ontem bloquearam parcialmente a rodovia MS-156, em Dourados. O grupo protestava contra a tese do marco temporal para demarcações de terras.

(Com agências)

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trágico

Mulher de 27 anos e rapaz de 28 morrem em acidente no interior de MS

A mulher conduzia um carro que atingiu o motociclista próximo ao Hospital Regional de Três Lagoas

16/12/2025 08h39

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva (foto 24hnewsms)

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Duas pessoas morreram e três sofreram ferimentos em uma acidente que ocorreu no começo da madrugada desta terça-feira (16) próximo ao Hospital Regional, na BR-158, em Três Lagoas (MS), na região leste de Mato Grosso do Sul.

Morreram Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, que conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, que trabalhava como moto-entregador. A colisão ocorreu pouto antes da uma hora da madrugada em um trecho urbano da BR-158, conhecido também como anel viário Samir Tomé. 

As circunstâncias do acidente ainda não haviam sido divulgadas até o começo da manhã. No Palio conduzido por Fernanda estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas. 

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora, o que ajuda a explicar por que ela teve morte instantânea, apesar de estar no interior do veículo. 

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

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