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Japão registrou 250 terremotos moderados nos últimos dias

Japão registrou 250 terremotos moderados nos últimos dias

agência brasil

14/03/2011 - 14h13
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Quatro dias após ser atingido pelo pior terremoto de sua história recente, o território japonês continua sendo sacudido por sucessivos tremores de terra. Só nas primeiras horas de hoje (14), o site da agência norte-americana de pesquisa geológica (do inglês USGS) registrou 17 ocorrências acima de 5 graus de magnitude. O maior deles, por volta das 16h local (madrugada no Brasil), atingiu 6,1 graus na escala Richter.

Entre a última sexta-feira (11) - quando um terremoto de 9 graus seguido de um tsunami deixou milhares de desaparecidos, um número ainda incerto de mortos e danificou uma usina nuclear - e esta manhã, já foram registrados 249 tremores de mais de 5 graus de magnitude. A maioria deles (118) na própria sexta-feira. Em comparação, na véspera da tragédia, houve apenas cinco ocorrências. A lista é muito maior quando considerados os tremores de menor intensidade.

Segundo o chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB), Lucas Vieira Barros, um tremor de magnitude 5 é algo moderado, mas que, dependendo da localização de seu epicentro, pode produzir graves danos. Ainda segundo Barros, os chamados abalos secundários, ou réplicas, são esperados e devem diminuir aos poucos já que as placas rochosas que formam a crosta terrestre - e cujo deslocamento provoca os tremores – tende a se acomodar em um novo ponto de equilíbrio. De acordo Barros, isso reduz as chances de que um novo tremor de igual intensidade ocorra nos próximos dias.

“Esses abalos são resultado da acomodação das placas tectônicas que continuam deslizando. Quando a placa se quebra para se acomodar é liberada energia na forma de um novo tremor, cuja intensidade tende a diminuir com o tempo, embora seja impossível dizer quanto tempo isso ainda vai acontecer. O sismo do Chile [no início de 2010] continua produzindo réplicas”, explicou Barros à Agência Brasil.

De acordo com Barros, as réplicas, em tese, podem atingir uma magnitude até 1,2 grau menor que o sismo principal. Portanto, segundo ele, no Japão seria possível a ocorrência de um novo terremoto de até 7,6 graus de magnitude, “embora isso seja pouco provável”, pondera Barros. “Dificilmente isso vai acontecer no mesmo local porque as forças que poderiam liberar a energia necessária para que isso ocorra já foram liberadas. Se um outro magnitude semelhante vier a acontecer será em outro local.”

O técnico do Grupo de Sismologia da Universidade de São Paulo (IAG-USP), José Roberto Barbosa, também considera difícil o Japão voltar a ser atingido por um terremoto de igual ou maior magnitude, mas previne que não é possível prever como a natureza irá se comportar. “Dificilmente acontecerá um terremoto maior que este de sexta-feira. E, se acontecer, ele deixará de ser uma réplica para se tornar o tremor principal, enquanto o de sexta-feira passará a ser visto como um terremoto premonitor”, explicou Barros, lembrando que na quarta-feira (9) da semana passada já havia ocorrido um terremoto de 7,2 graus próximo à costa japonesa.

“No Japão, terremotos acontecem o tempo todo. Nos dias que antecederam o que causou toda esta destruição ocorreram uma série de tremores que eles entenderam como natural. Este mesmo de 7,2 assustou as pessoas, mas como não causou nenhum problema, foi interpretado como mais um tremor forte. Ninguém podia imaginar que dois dias depois fosse acontecer um terremoto cem vezes mais potente”, disse Barbosa.

Cidades

Na Argentina, grande explosão em complexo industrial deixa ao menos 24 feridos

Ao menos cinco empresas foram atingidas pelas chamas

15/11/2025 16h00

Foto: Ministério de Segurança da Argentina

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Uma explosão em um complexo industrial na cidade de Ezeiza, na Grande Buenos Aires, na noite da sexta-feira, 14, deixou pelo menos 24 pessoas feridas. Não havia confirmação de mortos até o fechamento deste texto.

Vídeos da tragédia mostram trabalhadores correndo do local que aconteceu a explosão, onde funcionaria uma fábrica de tintas e agrotóxicos.

Antes mesmo da explosão acontecer, um incêndio já tomava conta de uma parte do complexo industrial.

Ao menos cinco empresas foram atingidas pelas chamas; uma delas foi completamente reduzida a cinzas.

A explosão aconteceu em local próximo ao Aeroporto Internacional de Ezeiza, o maior terminal internacional aéreo da Argentina.

Uma das rodovias que dão acesso ao local foi fechada por precaução, enquanto cerca de vinte equipes de bombeiros trabalham na área.

Segundo o portal Infobae, entre os feridos estão duas pessoas que moram próximo ao local do incidente: um homem que sofreu um ataque cardíaco e uma gestante apresenta problemas respiratórios causados pela inalação de fumaça.

Trabalhadores do complexo filmaram o momento em que uma grande explosão de luz acontece seguida de um grande estrondo.

O momento foi também captado por câmeras de segurança próximas ao local da explosão e é possível ouvir a onda de choque.

Quem passava de carro também registrou o momento.

Além da grande coluna de fumaça cinza e laranja, é possível ver nas filmagens um poeira brilhante caindo sobre o local.

Segundo a prefeitura do município, equipes de Bombeiros, Defesa Civil, Forças de Segurança e Profissionais de Saúde estavam "trabalhando diante da explosão ocorrida no Polo Industrial de Spegazzini".

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Reajuste

Sem reposição salarial, dentistas da rede municipal decretam estado de greve em Campo Grande

Caso prefeitura não reajuste salários, nova assembleia pode determinar paralisação em 15 dias

15/11/2025 15h00

Foto: Reprodução / Sioms

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Ao menos 265 cirurgiões-dentistas que atuam na rede pública de Campo Grande decidiram, por unanimidade, decretar estado de greve e alertam para a possibilidade de paralisação parcial dos atendimentos caso a Prefeitura não cumpra decisão judicial referente ao reposicionamento do plano de cargos e carreiras, provisionado desde 2022.

A deliberação ocorreu neste sábado (15), durante Assembleia Geral realizada pelo Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms). 

A categoria afirma que o movimento é consequência do descumprimento, por parte da gestão municipal, do prazo judicial para efetivar o reposicionamento salarial determinado pela Justiça, decisão já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde maio deste ano, a categoria busca reaver ajustes salariais que ficam entre 15% e 68%. 

O descumprimento da liminar que garante a progressão vertical da carreira foi considerado o estopim para a organização da assembleia, uma vez que, segundo o sindicato, os profissionais estão há três anos sem atualização salarial e a não regulamentação do auxílio-alimentação. 

“São três anos sem atualização salarial, a gestão não cumpriu a decisão sobre a regulamentação do auxílio alimentação, mas o estopim de tudo é o descumprimento da decisão judicial sobre reposicionamento de plano de cargos e carreira. Estamos abertos ao diálogo, mas nesse caso do plano de cargos e carreira não há o que questionar, pois decisão judicial não se questiona, se cumpre, e é isso que buscamos”, destacou o presidente do Sioms David Chadid, em nota. 

Neste momento, passa a vigorar multa diária de R$ 1 mil à prefeitura pelo não cumprimento judicial.

Segundo Chadid, a situação é um flagrante desrespeito aos profissionais e destacou que o sindicato está seguindo todos os ritos legais para defender os direitos da categoria. Chadid lembrou que o direito ao reposicionamento exigiu investimento dos profissionais em cursos e especializações, acumulando ao menos cinco anos de estudos.

Durante a assembleia, cerca de 100 dentistas relataram condições precárias de trabalho nas unidades municipais de saúde, incluindo compressores quebrados, falta de insumos básicos, como luvas e rolinhos de algodão, além da pressão crescente sobre os profissionais, fatores que, segundo o sindicato, impactam diretamente a qualidade do atendimento à população.

"O risco de paralisação existe, o objetivo da categoria não é parar, queremos conquistar as demandas já vencidas na Justiça, entretanto, o estado de greve existe justamente para sinalizar uma eventual paralisação, caso a prefeitura não cumpra com os reajustes", destacou ao Correio do Estado.

Cabe destacar que, neste momento, a assembleia aprovou apenas o estado de greve, enquanto os demais pontos, como paralisação de um dia, deflagração de greve por tempo indeterminado e definição do calendário de mobilizações, permaneceram abertos para deliberação futura, seguindo a Lei de Greve e orientação jurídica.

Conforme apurou o Correio do Estado, caso a prefeitura não cumpra com as obrigações, em aproximadamente 15 dias, uma nova assembleia deve oficializar a paralisação dos profissionais nas unidades de saúde da Capital. 

O sindicato informou que comunicará oficialmente o estado de greve ao município e à população. Caso a prefeitura siga sem cumprir a decisão judicial, a categoria afirma que será obrigada a interromper parcialmente os atendimentos odontológicos na rede pública, mantendo apenas cerca de 30% do efetivo, como prevê a lei. 

A decisão vale apenas para os dentistas sindicalizados. Os profissionais interessados em aderir ao estado de greve devem procurar o Sioms, destacou o presidente. 

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