Cidades

CRIME ORGANIZADO

Juiz ignora apelos e confirma retorno de Jamil Name ao Estado no mês que vem

Acusado de chefiar milícia armada, Jamil Name deve voltar aos presídios estaduais após um período detido em Mossoró, no Rio Grande do Norte

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Apesar de o entendimento do colega da Justiça de Mato Grosso do Sul ser oposto e do apelo dos promotores do Grupo de Apoio Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), o juiz federal de Mossoró (RN), Walter Nunes da Silva Junior, confirmou o retorno de Jamil Name aos presídios estaduais no dia 5 de outubro.  

Jamil Name está no Rio Grande do Norte desde novembro do ano passado e no Sistema Penitenciário Federal desde o mês de outubro. Ele é acusado de vários crimes, como homicídio, porte de arma, corrupção e organização criminosa. 

Este último, aliás, é o que configura, segundo o Ministério Público, a organização criminosa que ele supostamente comanda. 

Os promotores do Gaeco já chamaram a organização comandada por Name de milícia armada e grupo de extermínio.  

JOGO DE EMPURRA

O juiz corregedor da 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, Mário José Esbalqueiro Júnior, foi surpreendido com a decisão do magistrado potiguar no fim do mês de agosto. 

Na ocasião, ao responder a um embargo de declaração da defesa de Name, Walter Nunes da Silva Júnior recalculou o período que ele deveria ficar na penitenciária federal sob sua jurisdição e entendeu que ele deveria deixar o recinto já no dia cinco de outubro de 2020, e não em outubro de 2021.  

Para tentar convencer que Jamil Name deve ficar no presídio federal de Mossoró (RN), os promotores do Gaeco fizeram questão de frisar o poder de fogo da quadrilha supostamente comandada por ele e pelo filho, que também leva o mesmo nome. 

Ressaltaram o plano do grupo para matar o delegado titular do Grupo de Repressão a Roubos Assaltos e Sequestros (Garras), Fábio Peró, um promotor do Gaeco e um defensor público, citaram também as armas apreendidas em maio do ano passado em uma das casas da família Name: no arsenal havia dezenas de revólveres e pistolas, milhares de munições e seis fuzis, dois deles do modelo AK-47.  

Já o diretor de operações da Agepen, Acir Rodrigues, afirmou que, se as medidas de isolamento visam manter indivíduos de alta periculosidade, grande capacidade de articulação e expertise nas atividades próprias do meio ao qual pertencem, “a manutenção da custódia de Jamil Name no SPF [Sistema Penitenciário Federal] é medida que se impõe”.  

Todos estes argumentos, porém, não foram suficientes para convencer Walter Nunes da Silva Júnior a mudar de ideia. “Dessa forma, o prazo de permanência de Jamil Name em Mossoró (RN) encerra-se em cinco de outubro de 2020”, concluiu.  

HC NEGADO

No fim do mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por maioria, um pedido de habeas corpus a Jamil Name. 

Na atual conjuntura, Jamil Name continuaria preso preventivamente, mas teria de ser transferido para um presídio estadual em Mato Grosso do Sul.  

Em junho deste ano, depois da terceira fase da Operação Omertà, em que o empresário Fahd Jamil, o conselheiro do Tribunal de Contas, Jerson Domingos, e o delegado Márcio Obara foram alvos, Jamil Name foi acusado de mais crimes contra o Sistema Nacional de Armas e também de corrupção passiva.

Restrição

Em regime disciplinar diferenciado no presídio de Mossoró, Jamil Name está incomunicável. Se voltar a Campo Grande, o réu pode não ter a mesma restrição que lhe é imposta em uma penitenciária federal.

SEM ACORDO

Dentistas negam proposta de Adriane Lopes e podem virar ano em greve

Categoria está em estado de greve desde o dia 15 de novembro, e acordo com o executivo municipal ainda está 'longe' de acontecer

06/12/2025 12h30

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5)

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5) Foto: Divulgação/Sioms

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Há cerca de 20 dias em estado de greve, os dentistas que trabalham na rede pública de Campo Grande negaram a proposta da Prefeitura e indicaram entrar em greve a partir do dia 17 de dezembro, seguindo assim por 30 dias caso não haja acordo com o executivo municipal.

Desde o dia 15 de novembro, o Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) e a Prefeitura Municipal de Campo Grande estão em sério debate sobre o descumprimento judicial referente ao reposicionamento do plano de cargos e carreiras, provisionado desde 2022.

Nesta última semana, o executivo enviou uma proposta à categoria, para tentar chegar a um acordo antes que uma paralisação ocorra.

Sobre o reposicionamento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR):

  • 30% dos reflexos financeiros no mês de maio de 2026;
  • 35% no mês de maio de 2027;
  • 35% no mês de fevereiro de 2028;

Já sobre o auxílio alimentação:

  • 50% dos reflexos financeiros no mês de outubro de 2027;
  • 50% no mês de março de 2028;

Sobre o índice inflacionário, a Prefeitura pontuou “estar impossibilitada por questões legais”.

Porém, a proposta foi negada pela categoria. Na assembleia desta sexta-feira (5), além de votar sobre o acordo ou não com o executivo, os dentistas também indicaram data para a greve, iniciando-se no dia 17 de dezembro e durando cerca de 30 dias, ou seja, até dia 17 de janeiro. Todavia, a data é passível de alteração e até anulação caso as partes entrem em acordo.

“Haverá um cuidado, que foi discutido nesta Assembleia, para não haver prejuízos à população, tanto que 100% dos atendimentos em plantões, sejam ambulatoriais ou emergenciais, vão continuar em funcionamento. Então, a população que tiver alguma situação de dor ou de procura do cirurgião-dentista da unidade de saúde, de emergência, terá seu atendimento garantido”, explica o presidente do Sioms David Chadid.

Novela

A categoria afirma que o movimento é consequência do descumprimento, por parte da gestão municipal, do prazo judicial para efetivar o reposicionamento salarial determinado pela Justiça, decisão já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde maio deste ano, a categoria busca reaver ajustes salariais que ficam entre 15% e 68%.

O descumprimento da liminar que garante a progressão vertical da carreira foi considerado o estopim para a organização da assembleia, uma vez que, segundo o sindicato, os profissionais estão há três anos sem atualização salarial e a não regulamentação do auxílio-alimentação.

Entre os pedidos, os sindicalistas querem a implementação a partir de abril de 2026 de auxílio alimentação de R$ 800, além de reposição de 15% sobre os pagamentos de plantões a partir de setembro do próximo ano - sendo os dois últimos pedidos escalonados em duas parcelas. 

Além de reposições salariais, a categoria também está pedindo melhores condições de trabalho. Em uma assembleia recente, cerca de 100 dentistas relataram condições precárias de trabalho nas unidades municipais de saúde, incluindo compressores quebrados, falta de insumos básicos, como luvas e rolinhos de algodão, além da pressão crescente sobre os profissionais, fatores que, segundo o sindicato, impactam diretamente a qualidade do atendimento à população.

*Colaborou Alison Silva

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solidariedade

Campanha arrecada alimentos para instituições beneficentes de MS

Alimentos não perecíveis poderão ser doados até o dia 21 de dezembro

06/12/2025 12h00

Divulgação

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A campanha nacional de arrecadação de alimentos "Alimento a Gente Compartilha", organizada pelo Instituto Assaí, irá arrecadar alimentos não perecíveis até 21 de dezembro em todas as mais de 300 lojas do Assaí, incluindo as seis presentes em Mato Grosso do Sul.

As cinco lojas de Campo Grande e a de Dourados, estarão mobilizadas na arrecadação, com pontos de coleta para receber doações de alimentos não perecíveis e itens de cesta básica, como arroz, feijão, óleo, açúcar, leite em pó, macarrão, farinhas, enlatados e molhos.

"Mais de 100 organizações sociais parceiras serão diretamente beneficiadas. Essas instituições utilizam os alimentos doados para preparar refeições, montar cestas básicas, distribuir marmitas e atender famílias que enfrentam fome ou insegurança alimentar em diferentes regiões do Brasil. A campanha se consolidou como uma das maiores mobilizações solidárias da rede e desempenha um papel essencial para a manutenção dos projetos atendidos, especialmente no período de fim de ano, quando a demanda aumenta.", explica Fábio Lavezo, Gerente de Sustentabilidade e Investimento Social do Assaí.

No Mato Grosso do Sul, as contribuições beneficiarão instituições como a AACC, Casa Peniel, Cotolengo e o Instituto SOS Gente, que redirecionarão os alimentos para as famílias atendidas.  Nos dias de maior mobilização, cerca de 10 voluntários das instituições sociais parceiras estarão presentes nas lojas para sensibilizar o público e apoiar o recolhimento das doações.

Criada em 2023, a campanha cresce anualmente em engajamento e impacto. Em 2025, o Instituto busca alcançar o objetivo de 460 toneladas de alimentos arrecadados, somando, ao longo das três edições, aproximadamente 1.300 toneladas destinadas a pessoas em vulnerabilidade alimentar. Ao final do período, o Instituto Assaí acrescentará 15% sobre o total arrecadado para ampliar o impacto coletivo da ação. 

Serviço

Campanha: Alimento a Gente Compartilha "Do coração para o prato"
Período: até 21 de dezembro de 2025
Onde doar: 

CAMPO GRANDE

Assaí Coronel Antonino
Localização: Av. Cônsul Assaf Trad, s/n - Mata do Jacinto 

Assaí Acrissul
Localização: Av. Fábio Zahran, 7.919 - Jardim América

Assaí Aeroporto
Localização: Av. Duque de Caxias, 3.200 (Próx. ao aeroporto) - Santo Antônio

Assaí Joaquim Murtinho
Localização: Rua Joaquim Murtinho, 3.167 - Tiradentes

Assaí Gunter Hans
Localização: Av. Doutor Gunter Hans S/N Cophavila II - Campo Grande

DOURADOS

Assaí Dourados
Localização: Rua Coronel Ponciano de Mattos Pereira, 785 Conj Habit. Terra Roxa

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