Cidades

Liminar

Juiz suspende lei que eleva salário da prefeita de Campo Grande e da elite do serviço público

Com a decisão do magistrado, lei que aumentava o salário de Adriane Lopes para R$ 35,4 mil deixa de ter validade e teto volta para R$ 21,2 mil

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O juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Homogêneos de Campo Grande, Marcelo Ivo de Oliveira, suspendeu, por meio de liminar, a Lei Municipal nº 7.005 de 28 de fevereiro de 2023, que fixou o salário da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota) em R$ 35.462,22 e que também reajustava o salário do vice-prefeito (cargo que não é ocupado por ninguém no momento) para R$ 31.915,80 e dos secretários municipais e dirigentes de autarquias para R$ 30.142,70. 

A lei, de iniciativa da Mesa Diretora da Câmara, e aprovada e promulgada pelos vereadores (sem a interferência direta do Executivo) já geraria efeito na folha deste mês de março, que deve ser paga até o quinto dia útil de abril. 

"Eu sou contra o aumento do meu subsídio em vista da condição fiscal. A mesma regra que impera para os servidores públicos impera para a prefeita e para os secretários, porque somos todos servidores públicos", disse.

O magistrado entendeu que havia os dois princípios básicos que fundamentam as decisões liminares: o “perigo da demora” e “fumaça do bom direito” para atender o pedido feito cidadão Douglas Barcelo do Prado, que ingressou com a ação popular tão logo a lei foi promulgada. 

O juiz também autorizou o ingresso de dois sindicatos que têm grande interesse nesta lei como “assitentes litisconsorciais passivos”: o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Fiscal de Campo Grande (Sindafir-CG) e do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Fisclaização da Prefeitura Municipal de Campo Grande (Sindafis). 

É que o aumento do teto do salário da prefeita e do primeiro escalão geraria impacto direto sobre estas duas categorias, fazendo com que o salário delas tivesse um aumento de 66%.

A decisão mantém o salário da prefeita, anterior à lei, como o teto do serviço público municipal. Atualmente, a prefeita da Capital ganha R$ 21.263,62. 

Entenda:

Nesta mesma ação popular, Câmara dos Vereadores e Prefeitura de Campo Grande já haviam se manifestado por meio de suas procuradoras jurídicas. 

A Câmara havia pedido a suspensão da ação popular até que um caso semelhante fosse analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

A Corte Suprema está em vias de atribuir “repercussão geral” a matérias que tratam de reajuste de subsídio do chefe do Executivo municipal durante o mandato.

A jurisprudência dominante, tanto no STJ, como até mesmo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (o juiz de 1ª instância, já prevendo um agravo dos representantes dos fiscais já citou isso) é de que estes reajustes devem ocorrer de um mandato para outro. 

O município de Campo Grande, em sua manifestação, apenas informou ao magistrado que tentava se equilibrar entre duas leis: a recém aprovada lei que concederia o reajuste, e a Lei de Responsabilidade Fiscal. 

A ação popular ainda terá o mérito julgado. Sobre a decisão que suspendeu os efeitos da lei que reajustou o salário da prefeita, secretários e da elite do serviço público do município, como os fiscais, cabe recurso. 

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ATENDIMENTOS

Após 9 meses, Santa Casa deve retomar cirurgias em maio

Hospital tem procedimentos paralisados desde agosto do ano passado, mas afirmou que até o fim deste mês pagará o que deve aos médicos e retornará com eletivas

29/04/2025 09h00

Pronto-socorro da Santa Casa continua cheio de pacientes e cirurgias devem voltar no mês que vem

Pronto-socorro da Santa Casa continua cheio de pacientes e cirurgias devem voltar no mês que vem Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A Santa Casa de Campo Grande promete retomar as cirurgias eletivas em maio deste ano, depois de quase nove meses com alguns tipos de procedimentos paralisados no hospital. A unidade afirmou que ainda nesta semana deverá pagar o devido à equipe médica, retomando assim os procedimentos.

Em crise financeira, a Santa Casa de Campo Grande tem enfrentado problemas na realização de cirurgias eletivas desde o ano passado. Os primeiros procedimentos a serem paralisados foram a cirurgia geral e do aparelho digestivo, que foram interrompidos em agosto do ano passado. Eles teriam sido retomados em janeiro deste ano, porém, todas as cirurgias eletivas foram paralisadas em fevereiro.

“Informamos que o acordo estabelecido entre a administração da Santa Casa e as equipes médicas prevê o retorno dos atendimentos eletivos e ambulatoriais a partir da quitação da segunda competência financeira em atraso. Inicialmente, existiam quatro competências pendentes com os profissionais médicos; uma dessas já foi liquidada, graças ao suporte financeiro dos governos estadual e municipal. A segunda competência, conforme acordado, será quitada até o fim deste mês”, disse o hospital, em nota.

“Após a comprovação do pagamento da segunda competência, o compromisso firmado entre as equipes médicas e a direção da Santa Casa assegura o retorno integral às atividades, incluindo a realização de ambulatórios e cirurgias eletivas, com expectativa de normalização completa dos atendimentos”, completou.

Matéria do Correio do Estado publicada em fevereiro deste ano mostrou que vários procedimentos eletivos já haviam sido paralisados no ano passado. Além da cirurgia geral e do aparelho digestivo, também estavam parados desde o ano passado as cirurgias nas áreas de ortopedia, cardiologia pediátrica, urologia, cirurgia plástica e cardiovasculares.

Na época, pelo menos 420 procedimentos ortopédicos, que incluíam consultas e pré-operatórios, não eram realizados desde 3 de setembro de 2024. 

A reportagem também mostrou que pelo menos 112 procedimentos de cardiologia pediátrica deixaram de ser realizados desde 7 de janeiro até o fim de fevereiro deste ano. 

“A direção da Santa Casa reconhece que ainda há interrupção de algumas cirurgias de equipes específicas, relacionadas aos atendimentos ambulatoriais e eletivos. Entretanto, ressaltamos que os serviços de urgência e emergência permanecem ativos, sem nenhuma alteração”, declarou o centro médico.

Porém, o hospital afirmou que todos esses procedimentos devem ser retomados com o pagamento das equipes médicas, que deverá acontecer nesta semana. No entanto, a Santa Casa afirmou que não tem como dar uma data exata para o retorno dos procedimentos.

“Por fim, esclarecemos que a previsão exata para o pagamento depende dos recursos advindos do poder público e do planejamento financeiro da instituição. A Santa Casa reafirma seu compromisso em solucionar a questão com celeridade, garantindo a continuidade dos serviços prestados à população”, disse em nota ao Correio do Estado.

PROBLEMAS FINANCEIROS

Em fevereiro deste ano, o Correio do Estado mostrou que Santa Casa de Campo Grande apresentava deficit mensal de R$ 13,2 milhões, conforme dados que a instituição apresentou ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).

Balanço financeiro do ano passado mostrou que o hospital faturou R$ 383,5 milhões e teve custos que somaram R$ 542,4 milhões, ou seja, R$ 158,9 milhões a menos do que necessitava por ano.

Parte deste “valor faltante” seria composta por repasses da administração pública que estariam atrasados. A prefeitura estaria devendo cerca de R$ 25 milhões, por ter interrompido desde janeiro de 2023 um repasse mensal especial de R$ 1 milhão acordado em julho de 2022. 

Por causa dessa situação, em fevereiro deste ano, ocorreu a paralisação total das cirurgias e, em março, o hospital pediu que o município reduzisse o envio de pacientes de urgência e emergência em função da superlotação do pronto-socorro do hospital.

A falta de insumos também foi um dos motivos para a redução dos atendimentos no hospital. 

Por causa dessa situação, o governo do Estado e a bancada federal enviaram R$ 25 milhões à Santa Casa, parcelados, para o pagamento dos funcionários e a compra de medicamentos.

SAIBA

Na semana passada, o governo do Estado fez o pagamento da primeira parcela dos R$ 25 milhões prometidos ao hospital. Foram repassados R$ 8,3 milhões para o Fundo Municipal de Saúde.

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CAMPO GRANDE

Dia do Trabalhador vai movimentar 19 mil pessoas na rodoviária

Destinos preferidos são Três Lagoas, Dourados, Cuiabá, Corumbá, Ponta Porã, Brasília, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro

29/04/2025 08h35

Movimento na rodoviária promete ser intenso neste feriadão

Movimento na rodoviária promete ser intenso neste feriadão MARCELO VICTOR

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Dia do Trabalhador é comemorado nesta quinta-feira (1º) em todo o Brasil.

Órgãos públicos decretaram ponto facultativo na sexta-feira (2) e vão emendar o feriado de quinta-feira (1º) a domingo (4), retornando aos trabalhos na segunda-feira (5). Com isso, serão quatro dias seguidos de feriadão.

Quem tem oportunidade e disponibilidade, não perde tempo para curtir o feriadão em outra cidade.

Com isso, o movimento promete ser intenso no Terminal Rodoviário de Campo Grande.

De acordo com a concessionária que administra o terminal, a expectativa é que 19 mil pessoas embarquem e desembarquem no local entre quarta-feira (30) e segunda-feira (5). Entre quarta (30) e quinta (1º), 3 mil pessoas devem passar pelo terminal.

Os destinos mais procurados são Três Lagoas, Dourados, Cuiabá, Corumbá, Ponta Porã, Brasília, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro.

Os dados são da concessionária que administra o Terminal Rodoviário da Capital, Socicam.

ORIENTAÇÕES

A empresa que administra a Rodoviária da Capital orienta que o passageiro:

  • Apresente documento oficial com foto no momento de embarque, mesmo que seja criança;
  • Chegue com 1 hora de antecedência do horário do embarque;
  • Obedeça o limite de bagagem: 30kg por pessoa no bagageiro e 5kg de bagagem de mão;
  • Remarcação e reembolso de passagens são feitos com até 3 horas de antecedência, diretamente com a empresa de ônibus;
  • Crianças e adolescentes menores de 16 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis. Caso viajem desacompanhados ou com terceiros, precisam de autorização.

 

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