Cidades

CAMPO GRANDE

Justiça decide manter empresas de reciclagem no antigo lixão

TAC previa remoção de atividades no local em 12 meses

RAFAEL RIBEIRO

16/08/2019 - 16h09
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Decisão da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Justiça de Mato Grosso do Sul acolheu o recurso de embargos à execução movido pela Prefeitura de Campo Grande e anulou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no qual o município deveria remover, em 12 meses, as empresas instaladas no "Polo de Indústrias de Reciclagem", o antigo lixão, no bairro Dom Antônio Barbosa (região norte).

A decisão concedeu ainda pedido liminar para determinar que a administração pública municipal analise todos os pedidos de licença de operação, ambiental e os demais relativos a atividade empresarial no local.

A informação foi revelada pelo próprio Tribunal de Justiça, através de nota publicada no sítio oficial deles, nesta sexta-feira (16).

O juiz titular da vara, David de Oliveira Gomes Filho, observou que a execução do TAC aparentava ser impossível pelas consequências a terceiros e determinou que a Prefeitura, responsabilidade da gestão Marcos Trad (PSD), executado esclarecesse quais seriam as circunstâncias atuais dos empresários que se estabeleceram no local e quais eram as dificuldades no cumprimento do TAC.

Com isso, a Prefeitura informou que a área em questão estava degradada, porque era utilizada informalmente pela população como local de descarte de lixo. O local fica às margens da Avenida Cônsul Assaf Trad. Então, o município decidiu criar na área um polo para atividades de reciclagem do lixo.

Desta forma, o Poder Municipal sustentou que está cumprindo o TAC, pois já notificou as empresas para deixarem o local e está realizando estudos para destinar outra área para as empresas ocuparem.

"A questão é que o município narrou não ter ideia dos custos que serão necessários, mas pode dizer que as empresas que estão lá investiram bastante dinheiro nos seus negócios e estão preocupadas com a logística, despesas e incertezas que o inquérito civil está impondo a elas", diz o texto do TJ.

Por sua vez, o Ministério Público Estadual defendeu que a Prefeitura autorizou a instalação do pólo naquele local sem realizar estudos ambientais previamente, além de um processo de licenciamento ambiental. Sustentou também que se há hoje empresas naquele local a culpa é do Executivo. Embora reconheça que o deslocamento do polo industrial poderá causar prejuízos às empresas, o MP alega que este prejuízo é menor do que os danos ambientais.

Para o juiz, o TAC é inexequível, pois “seu objeto alcança direito de terceiros que não foram chde Campo Grande cumpra invadem a esfera do direito destes terceiros”.

“Com o máximo respeito, não se pode atropelar o direito alheio, num ato extrajudicial como é o TAC, mesmo que movido por motivos nobres como a preservação do meio ambiente. A rigor, se existem danos ambientais no local, é preciso que o Ministério Público ajuíze ações objetivando a reparação dos danos ou a regularização da situação ambiental contra os respectivos causadores e/ou responsáveis, sempre ponderando as circunstâncias em que a instalação das referidas empresas aconteceram, pois consta dos autos que algumas delas foram atraídas ao local por incentivos fiscais do poder público municipal e foram algumas delas que diminuíram ou que acabaram com o lixão que existia ali (são empresas de reciclagem)”, destacou o magistrado.

O juiz também ressaltou que a Prefeitura informou que não tem recursos para a indenização dos investimentos realizados no local pelos particulares, “o que significa dizer que a retirada das empresas dali importaria em prejuízo visivelmente fatal para os empreendedores e com reflexos muito além da esfera patrimonial deles, pois empregados seriam demitidos, a reciclagem de lixo seria prejudicada e o próprio conceito do município no meio empresarial estaria seriamente afetado”.

Se existem excessos, finalizou, “serão estes os objetos de correção, mas com a garantia de que os primeiros prejudicados com uma ação de desfazimento de obras já consolidadas e feitas com autorização da Administração Municipal, tenham condições de anuir com um acordo ou de defender-se da pretensão ministerial."

acidente

Funcionário de frigorífico morre durante abate de animal em MS

Informações preliminares apontam que o trabalhador segurava uma faca, quando levou o coice de um touro e acabou perfurado pelo instrumento de trabalho

22/03/2025 18h00

Alysson Leite Custódio morreu durante trabalho em frigorífico

Alysson Leite Custódio morreu durante trabalho em frigorífico Foto: Reprodução

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Alysson Leite Custódio, 21 anos, morreu durante o trabalho em um frigorífico, nessa sexta-feira  (21), em Naviraí. O jovem atuava no setor de matança de bovinos do frigorífico JBS.

De acordo com informações do site Sul News, informações apontam que o rapaz trabalhava no abate de um touro, quando o animal teria dado um coice.

O funcionário estava com um faca e, no momento do coice do animal, o instrumento de trabalho foi atingido e acabou perfurando o rapaz na região do pescoço.

Alysson chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal, mas não resistiu ao ferimento e morreu antes de dar entrada na unidade de saúde.

Os trabalhos no frigorífigo foram suspensos temporariamente para os trabalhos da perícia e demais levantamentos da Polícia Civil, que investiga o caso.

Em nota, a JBS lamentou o ocorrido e disse que está prestando toda a assistência à família do funcionário.

Confira a nota na íntegra:

“A JBS lamenta profundamente o falecimento de um de seus colaboradores da unidade de Naviraí. A companhia se solidariza com os familiares e amigos neste momento de dor e informa que está prestando toda assistência necessária à família“. 

Acidentes de trabalho

De acordo com levantamento mais recente realizado pelo Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho, com dados de 2012 a 2022, uma pessoa morre vítima de acidente de trabalho a cada 3 horas no Brasil.

De acordo com o estudo, o País contabilizou mais de 7 milhões de acidentes de trabalho com trabalhadores registrados no regime CLT no período. 

Desse total, mais de 28 mil resultaram em morte, sendo 223 em Mato Grosso do Sul, e mais de R$ 150 milhões foram gastos com afastamentos de funcionários por conta dos acidentes.

Os acidentes mais frequentes envolvem corte, laceração, ferida contusa, punctura, fratura, contusão, esmagamento, distensão e torção.

Entre as atividades mais envolvidas, a área hospitalar tem destaque com mais de 80 mil notificações.

Cidades

Frente fria se afasta e primeira semana do outono terá temporais em MS

Calor predomina e há alerta de tempestades para algumas regiões do Estado a partir de segunda-feira (23)

22/03/2025 17h30

Mato Grosso do Sul terá chuvas fortes durante a semana

Mato Grosso do Sul terá chuvas fortes durante a semana Foto: Gerson Oliveira

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Uma frente fria que chegou a Mato Grosso do Sul na primeira quinzena do mês se afasta definitivamente nesta primeira semana do outono. As condições climáticas, no entanto, permanecem favoráveis a ocorrência de temporais em algumas regiões do Estado.

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), a previsão indica tempo com sol e variação de nebulosidade, com  chuvas de intensidade fraca a moderada na maior parte do Estado.

No entanto, pontualmente, podem ocorrer chuvas mais intensas e tempestades acompanhadas de raios, rajadas de vento e eventual queda de granizo.

São previstos acumulados significativos de chuvas acima de 40 mm em 24h, com destaque nas regiões central, sul, sudoeste, sudeste e pantaneira.

Os maiores acumulados são esperados já neste domingo (23) e na segunda-feira (24). Para estes dias, há alerta vigente do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de perigo potencial de chuvas intensas.

Em Campo Grande, as chuvas devem ser de maior intensidade na segunda-feira, enquanto ao longo da semana a previsão indica pancadas de chuva isoladas com abertura de sol, mas não se descartam novos alertas.

Na última semana, a Capital registrou diversos alagamentos e estragos devido a um temporal, entre eles, o transbordamento e desabamento de barragem no Lago do Amor.

Ainda segundo o Cemtec, essa situação meteorológica prevista para a semana ocorre devido ao transporte de calor e umidade, aliado ao avanço de cavados.

"Além disso, a atuação de áreas de baixa pressão atmosférica favorecem a formação de instabilidades no
estado de Mato Grosso do Sul", diz o órgão, em nota.

Em relação às temperaturas, a mínima prevista é de 20°C e a máxima de 39°C. Na Capital, a temporatura oscila entre 21°C e 34°C.

Os ventos variam entre o quadrante norte e leste com valores entre 40 a60 km/h e, pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento.

Outono

O outono começou na última quinta-feira (20) e, conforme prognóstico do Cemtec, será marcado pelas altas temperaturas e chuvas abaixo da média em Mato Grosso do Sul.

Conforme o órgão, para o próximo trimestre, tendo em vista que o outono termina em junho, a previsão indica que as temperaturas tendem a ficar acima da média histórica, favorecendo a formação de ondas de calor, durante períodos de ausência de nuvens e chuvas.

Climatologicamente, o outono é um período de transição entre o verão, que tem os meses mais quentes e úmidos na maior parte do país, e o inverno, que tem predomínio de tempo seco e passagens de grandes massas polares que podem causar queda acentuada da temperatura.

Neste período, ocorrem as primeiras incursões de massas de ar frio, vindas do sul do continente e que provocam uma queda gradativa das temperaturas ao longo da estação.

Além disso, os dias ficam mais curtos, as chuvas são menos frequentes e a umidade relativa do ar diminui gradativamente.

Conforme o prognóstico, o próximo trimestre, de abril a junho, será marcado pela estiagem, com chuvas ainda menores do que as registradas no verão, que já teve precipitações abaixo da média.

A média histórica de chuvas para a estação é de 150 a 300 mm na região centro-oeste do Estado, entre 300 a 500 mm nas regiões sul e sudeste e entre 100 a 150 mm nas regiões noroeste e nordeste do Estado. 

"De forma geral, a tendência climática indica probabilidade das chuvas ficarem abaixo da média histórica,
principalmente na metade oeste e sudeste do estado de Mato Grosso do Sul. No restante do estado, os modelos indicam irregularidades nas chuvas, onde podem ficar abaixo ou acima da média histórica", diz a previsão.

Além da estiagem, o calor também deve ser extremo, com temperaturas elevadas mesmo para o período, que já costumam ser altas.

"A tendência climática para otrimestre abril-maio-junho de 2025 indica que a temperatura do ar deve permanecer acima da média para o período, ou seja, há previsão de um trimestre mais quente que o normal em Mato Grosso do Sul", afirma o prognóstico.

 

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