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Justiça decide transferir acusado de matar cartunista para manicômio

Justiça decide transferir acusado de matar cartunista para manicômio

G1

16/12/2010 - 10h57
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A Justiça Federal do Paraná determinou em caráter provisório de urgência a transferência de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, do Presídio Federal de Segurança Máxima de Catanduvas (PR) para o Hospital Psiquiátrico Complexo Médico-Penal do Paraná, em Curitiba.

A decisão da Justiça paranaense se baseia no resultado do laudo psiquiátrico, revelado pelo G1 em 3 de dezembro, que diz que Cadu é inimputável e não pode responder por seus atos. Ou seja, o estudante é considerado incapaz de entender a gravidade do que fez porque sofre de esquizofrenia. A expectativa da defesa do acusado é que a transferência ocorra até o fim deste ano.

Em depoimento à polícia, o estudante confessou ter matado a tiros o cartunista Glauco Vilas Boas e o filho dele, Raoni Ornelas, em 12 de março em Osasco, na Grande São Paulo.

Glauco era o líder espiritual da igreja Céu de Maria, adepta do Santo Daime, que Cadu frequentava. Cadu teria matado cartunista e o filho dele após ter tido um surto piscótico (leia mais abaixo).

Em sua sentença proferida na segunda-feira (13), o juiz federal Mateus de Freitas Cavalcanti Costa aceitou o resultado do exame psiquiátrico de Cadu que recomendou que ele seja tratado da doença num manicômio.

O estudante está preso preventivamente em Catanduvas (PR) ao ser detido em Foz do Iguaçu (PR), três dias após o assassinato do cartunista e do filho dele na Grande São Paulo. Cadu havia fugido de carro e baleado e ferido um policial rodoviário federal quando tentava atravessar a fronteira do Brasil em direção ao Paraguai.

O laudo foi feito a pedido do Ministério Público Estadual de Osasco, que acompanhava o caso dos homicídios de Glauco e Raoni. Mas como Cadu se envolveu em outro crime no Paraná ao tentar furar um bloqueio policial rodoviário a Justiça federal paranaense avocou o processo da Justiça paulista.

Alexandre Halfen é o procurador da república responsável pelo caso no Paraná. Ele e o juiz Cavalcanti Costa ficam em Foz do Iguaçu (PR). Os dois não foram localizados pela reportagem para comentar o assunto.

Tratamento

O advogado do acusado, Gustavo Badaró, sempre se manifestou a favor da transferência de seu cliente do presídio de Catanduvas para um hospital psiquiátrico. “Espero que o tratamento surta efeito e ele possa, com o bom andamento do tratamento, recuperar a condição mental. Essa decisão não estabelece prazo. A decisão foi em caráter provisório. O prazo mínimo é de um a três anos. Depois disso, ele é submetido a perícias periódicas para saber se tratamento surtiu efeito, e se ficar comprovado que ele pode voltar à vida normal, Cadu poderá ser colocado em liberdade novamente", afirmou nesta quinta-feira (16) o defensor do estudante.

Pela lei, como o laudo informa que Cadu não responde totalmente por seus atos, ele não irá para um presídio comum para cumprir pena restritiva de liberdade numa eventual condenação. Em termos técnicos, ele deve sofrer uma “absolvição imprópria” na Justiça porque tem problemas psiquiátricos. No hospital psiquiátrico ele dará cumprimento à medida de segurança e internação.

Por lei, o tempo máximo de permanência em um manicômio judiciário é de três anos, mas existe a possibilidade de prorrogação desse período. Se Cadu fosse condenado criminalmente, ele poderia pegar até 60 anos de prisão.

Cadu foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por duplo homicídio e pela Procuradoria paranaense por resistência à prisão e tentativa de homicídio.

O crime

Em depoimento à polícia, Cadu confessou o crime. Laudo toxicológico feito no acusado deu positivo para maconha. O pai de Cadu, Carlos Grecchi Nunes, afirmou que o filho havia desenvolvido esquizofrenia, que piorou após ele frequentar os cultos de Santo Daime, na chácara de Glauco em Osasco.

Para a Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, Cadu confessou os crimes. Ele contou que comprou a arma usada no crime e munição na periferia de São Paulo. O plano inicial era sequestrar o cartunista Glauco e levá-lo até a mãe do estudante.

Ainda de acordo com a PF, o acusado disse que, para ele, Glauco era um representante de São Pedro. O cartunista também deveria dizer para a mãe de Cadu que o outro filho dela, irmão do estudante, era a reencarnação de Jesus Cristo.

Quando falou com a Polícia Federal, Cadu também inocentou o amigo Felipe Iasi, de 23 anos, responsável por levá-lo até a chácara e acusado de ter auxiliado Cadu na fuga. Iasi chegou a dizer que foi obrigado a dirigir. Apesar disso, Iasi também responde por envolvimento no crime como co-partícipe.

INFÂNCIA SEGURA

Perigos das férias escolares; da alimentação a riscos dentro e fora de casa

Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, dá dicas para os pais curtirem o descanso dos filhos em segurança

21/12/2024 18h00

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação Arquivo/Ilustração

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Período em que os pequenos se vêem livres do ambiente escolar, as férias das crianças costumam deixar os pais de cabelo em pé e, seja por traumas ou outras doenças, os atendimentos pediátricos têm aumento nessa época entre os anos, então por isso é preciso estar atento os perigos que existem dentro e fora de casa. 

Em entrevista ao Correio do Estado, a Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, confirma que é comum observer um aumento nos atendimentos pediátricos durante as férias escolares.

"Isso se deve à maior exposição das crianças a atividades ao ar livre, viagens e mudanças na rotina, que podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação", afirma a Dra. 

Conforme a pediatra, há uma série de casos mais comuns nesse período de férias, por conta das exposições vividas pelos pequenos, que costumam inclusive ter "endereço certo", como bem alerta a profissional, como por exemplo: 

  • Traumas e fraturas: devido a brincadeiras em parques, atividades esportivas e quedas.
  • Afogamentos: em praias, piscinas ou balneários.
  • Queimaduras: relacionadas ao manuseio de fogos de artifício, churrasqueiras ou líquidos quentes.
  • Viroses: por contato mais frequente com outras crianças ou devido a mudanças alimentares que afetam a imunidade.

Perigos em casa

Com os pequenos mais tempo em casa e, consequentemente, os pais tendo que se desdobrar entre os cuidados com os filhos e a casa, as quedas de móveis; escadas ou andadores costumam ser comum e estar no topo dos acidentes mais comuns do período. 

Entranto, os perigos do lar não se resumem à isso, podendo até mesmo o fogão, ferro, líquidos quentes ou tomadas desprotegidas serem os causadores de queimaduras, por exemplo, além de outros riscos. 

São os casos dos afogamentos ou asfixias, que podem acontecer em baldes, tanques ou banheiras, mesmo com pouca quantidade de água, ou mesmo pela ingestão de objetos, brinquedos inadequados para a idade ou sacos plásticos.

Riscos ao ar livre

Da porta para fora também é preciso ter cuidados, quase que redobrados, já que, para além do já citado perigo de afogamento, ao qual as crianças ficam mais sucetíveis ainda em praias, rios e piscinas, há riscos ligados à picada de instos, por exemplo, ou mesmo acidentes com objetos cortantes ou perfurantes, como pedaços de vidro ou conchas, indica Camilla. 

Por isso, a pediatra alerta que os pais devem permanecer em supervisão constante; usar repelentes e roupas seguras, para evitar alguns desses problemas durante as férias. 

Além do risco de afogamento, a Dra. Camilla aponta demais riscos, bem como as medidas de segurança que os pais podem e/ou devem adotar. 

  • Exposição ao sol| Protetor solar adequado, chapéus e roupas leves são indispensáveis para evitar queimaduras e insolação.
     
  • Desidratação| Garantir hidratação frequente com água ou sucos naturais.
     
  • Infecções de pele| Como micoses devido ao contato prolongado com a umidade.
     
  • Cansaço extremo: Manter pausas regulares durante atividades para evitar exaustão.

Em complemento, ela cita ainda um perigo considerado quase invisível, já que está ligado à alimentação dos pequenos, à qual os pais também precisam estar ligados para não afetar a saúde dos filhos. 

"Sim, exageros com a comida são comuns, as crianças podem consumir: doces e alimentos gordurosos em excesso, levando a problemas digestivos como dor de estômago, vômitos ou diarreia. Bebidas açucaradas em excesso, que agravam quadros de desidratação em dias quentes, ou ainda algum tipo de alimento que pode estar malconservado, aumentando o risco de intoxicação alimentar".

Nesse sentido, durante a visita à praias ou balneários, há também o risco de que o pequeno consumo alguma quantidade de água contaminada, com a pediatra indicando que é preciso evitar justamente a ingestão e contato prolongado com qualquer área do tipo que seja considerada suspeita. 

"Durante as férias, a supervisão constante é essencial. É um período de diversão, mas os riscos aumentam pela maior liberdade nas atividades. Reforçar regras de segurança e manter um kit de primeiros socorros em casa e durante passeios pode evitar complicações", conclui a pediatra.

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TRAGÉDIA | MG

Com 38 mortes, acidente em rodovia federal é o maior desde 2007, diz PRF

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou o acidente rodoviário

21/12/2024 17h30

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços. Reprodução/Corpo de Bombeiros MG

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Ainda nas primeiras horas deste sábado (21), uma batida envolvendo um ônibus e uma carreta, na rodovia BR-116, já é considerado o maior acidente rodoviário, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), já que pelo menos 38 morreram. 

Com o passar do dia, os números de vítimas fatais foram subindo, sendo inicialmente divulgado a morte de 22 pessoas, que após atualizações do Corpo de Bombeiros subiu para 38. 

Esse acidente foi registrado ainda durante a madrugada, por volta de 03h, na altura da cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. 

Segundo os bombeiros, 37 corpos já foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), sendo que uma 38ª vítima morreu no hospital. Conforme a PRF esse é o maior acidente rodoviário desde 2007.

Mensagem da presidência

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou neste sábado (21) o acidente rodoviário que deixou mais de 30 mortos durante a madrugada em Teófilo Otoni (MG).

Entenda

Informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), indicam que esse acidente foi causado depois que um grande bloco de granito, trasnportado pela carreta em questão, se desprendeu do veículo e bateu em um ônibus de viagem. 

Vindo no sentido contrário, com o impacto da rocha, segundo a PRF, o ônibus se incendiou e um terceiro carro, de passeio, também se chocou contra a carreta e seus três ocupantes ficaram gravemente feridos.

Nas palavras da própria PRF, esse número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

 

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