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Lava Jato impulsiona
honorário até de advogado
que não atua no caso

Lava Jato impulsiona
honorário até de advogado
que não atua no caso

Folhapress

29/08/2015 - 09h59
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Envolvidos na maior operação de combate à corrupção do país, advogados criminalistas do Paraná estão passando ao largo da crise econômica brasileira. A Operação Lava Jato, sediada em Curitiba, aqueceu o mercado dos escritórios, que ampliaram equipes e passaram a cobrar mais. Até quem não está atuando no caso saiu lucrando.

"É natural. Tanto pela clientela quanto pela complexidade da causa", diz o advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto Youssef e outros sete clientes na operação.
Ele e outros defensores da Lava Jato ­a reportagem falou com oito, parte deles sob condição de anonimato­ dizem nunca ter trabalhado tanto.

Viagens a São Paulo e a Brasília são frequentes. Finais de semana foram tomados pelo serviço. Audiências se estendem ao longo de toda a semana. Equipes dobraram de tamanho.

Alguns escritórios tiveram que recusar ou desistir de outros casos, devido ao volume de trabalho. Em outros, os próprios clientes largaram os antigos defensores, estrelados pela operação.

"Os valores estão ficando inviáveis, exorbitantes", diz o advogado Mauricio Zampieri de Freitas, que trabalha como criminalista há 17 anos.

Seu escritório, de "segundo escalão", como ele mesmo define, não atua na Lava Jato. Atende réus em Tribunal do Júri e sem o poderio econômico de empreiteiros.

Nos últimos meses, ele recebeu pelo menos dois antigos clientes dos escritórios da Lava Jato, que acharam os preços "absurdos". Fechou novos contratos e também viu seus honorários subirem. "O meu piso aumentou porque o teto desses grandes escritórios está muito alto", diz.
Houve ainda quem mudou de status após a operação.

"Eu advogava sozinho, sem escritório. Atendia o cliente no fórum, no café, emprestava escritório de amigos. A Lava Jato impulsionou minha carreira", conta o advogado Jeffrey Chiquini, 25, que virou sócio de seu ex-professor Haroldo Nater, que advoga para cinco investigados.
Chiquini agora atende Waldomiro Oliveira, tido como laranja de Youssef.

PREÇOS
Alguns dos profissionais admitem que aumentaram os preços, para compensar o esforço. Os de Alexandre Loper, que defende três réus na operação, dobraram. "Depende do tamanho da bronca do cidadão", brinca Nater. Ele diz que ampliou em 30% sua equipe, entre advogados e estagiários.

Segundo eles, a complexidade da operação exigiu novas frentes de trabalho.

Figueiredo Basto, por exemplo, contratou uma pessoa exclusivamente para monitorar as notícias da imprensa. Boa parte dos réus está preso, o que demanda visitas semanais à carceragem. "É uma operação extremamente dinâmica", diz Basto.

Os advogados, porém, sustentam que seus honorários ainda não se aproximam do patamar de grandes escritórios de São Paulo ou Brasília.

Ficar milionário com a Lava Jato, segundo eles, é difícil. "Só quem defende delator é que ganha bem", comenta um. Basto nega. "Se você colocar o custo na ponta do lápis, ao longo de anos de processo, o ganho é bem diminuto".

Clientes da operação também têm um risco embutido: o calote. Muitos dos investigados tiveram contas bloqueadas pela Justiça.

"Teve um que não pagava nem os custos", lembra um profissional, que desistiu do cliente.
Os advogados admitem que a operação funciona como "vitrine", mas sabem que a bonança terá fim. "Não vai ter Lava Jato todo ano. Uma hora a crise chega", diz um.

Boletim

Criança de 8 anos morre de dengue em Mato Grosso do Sul

Menina não tinha comorbidades; No ano, Estado tem 11 vítimas da doença, sendo seis mulheres e cinco homens

19/05/2025 17h15

Dengue já matou 11 pessoas neste ano em MS

Dengue já matou 11 pessoas neste ano em MS Foto: Reprodução

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Uma criança de 8 anos morreu vítima de dengue em Mato Grosso do Sul. A morte da menina foi confirmada em boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (19) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Conforme os dados divulgados, a menina residia em Naviraí e não apresentava comorbidades. Ela começou a apresentar sintomas em 29 de abril e morreu no dia 4 de maio, mas a confirmação de que a causa foi dengue foi na última quinta-feira (15).

Com esta morte, Mato Grosso do Sul chega a 11 óbitos confirmados em decorrência da doença neste ano, além de outros nove que estão em investigação.

As mortes ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Iguatemi, Paranhos, Itaquiraí e Naviraí.

Entre as vítimas, quatro delas possuíam algum tipo de comorbidade. Além da criança de 8 anos, todas as demais vítimas tinham idade acima de 65 anos.

Com relação aos casos, foram notificados 11.602 prováveis, sendo 4.517 casos confirmados.

Ainda conforme o boletim epidemiológico, dos 79 municípios do Estado, 53 estão em alta incidência de dengue. É considerada alta incidência quando o município registra acima de 300 casos por 100 mil habitantes.

Outras 19 cidades estão com média incidência e 7 têm baixa incidência, incluindo Campo Grande, que registrou 202 casos confirmados no ano.

Não há casos notificados em Jaraguari, Rochedo, Corguinho, Bandeirantes e Sete Quedas.

Em todo o ano passado, foram confirmados 16.229 casos de dengue no Estado, com 32 mortes.

Vacina

Ainda conforme o boletim, 167.101 doses do imunizante contra a dengue já foram aplicadas na população alvo.

Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 241.030 doses do vacina.

A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.

Quem está fora da faixa etária classificada como prioritária pode procurar a vacina na rede particular.

A Qdenga previne exclusivamente casos de dengue e não protege contra outros tipos de arboviroses, como Zika, Chikungunya e febre amarela.

O esquema completo da vacina é composto por duas doses, a serem administradas por via subcutânea com intervalo de 3 meses entre elas. Quem já teve dengue também deve tomar a dose.

Para quem apresentou a infecção recentemente, a orientação é aguardar 6 meses para receber o imunizante. Já quem for diagnosticado com a doença no intervalo entre as duas doses deve manter o esquema vacinal, desde que o prazo não seja inferior a 30 dias em relação ao início dos sintomas.

DIREITOS HUMANOS

Governo do Estado lança licitação para seleção de projetos sociais

Serão contemplados projetos nas áreas da Criança e Adolescente, Direitos Humanos e Assistência Social

19/05/2025 17h00

Governo de Mato Grosso do Sul lança edital de R$ 15 milhões para projetos sociais

Governo de Mato Grosso do Sul lança edital de R$ 15 milhões para projetos sociais FOTO: Alvaro Rezende

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Nesta segunda-feira (19), o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), publicou um edital que vau investir R$ 15 milhões em propostas de Organizações da Sociedade Civil - (OSCs).

De acordo com o documento, serão contemplados projetos em três áreas principais, sendo elas: Criança e Adolescente (R$ 6 milhões), Direitos Humanos (R$ 4,35 milhões) e Assistência Social (R$ 4,65 milhões). Os recursos são provenientes do orçamento estadual e do Feinad (Fundo Estadual para a Infância e Adolescência).

O objetivo do Executivo Estadual é financiar iniciativas que promovam a melhoria da qualidade de vida de populações em situação de vulnerabilidade, incluindo vítimas de violência, pessoas em situação de rua, indígenas, LGBTQIA+, idosos e dependentes químicos. Entre os eixos prioritários estão enfrentamento à violência infantil, inclusão digital, combate ao trabalho infantil e qualificação profissional para jovens.

COMO PARTICIPAR?

As inscrições começam no próximo dia 28 de maio, e as OSCs interessadas devem apresentar propostas alinhadas aos eixos do edital e comprovar experiência na área. Cada organização pode inscrever até um projeto por campo temático, com valores variando entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, dependendo da modalidade.

A seleção será feita por uma comissão estadual, que avaliará critérios como adequação ao objetivo público, viabilidade financeira e capacidade técnica.

Confira o cronograma:

Governo de Mato Grosso do Sul lança edital de R$ 15 milhões para projetos sociais

Para participar, as entidades precisam estar regularizadas, com CNPJ ativo e inscrição nos conselhos municipais correspondentes (como o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente).

O envio das propostas deve ser feito via Sedex ou protocolado presencialmente na Sead, em Campo Grande. Projetos com falhas documentais terão prazo de dois dias úteis para correção após notificação.

O processo seguirá as regras da Lei Federal nº 13.019/2014, que regulamenta parcerias entre o poder público e OSCs. O edital destaca ainda que eventuais irregularidades podem levar à desclassificação ou rescisão do contrato, com devolução de recursos.

Dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mail [email protected].  O edital completo e anexos estão disponíveis no site da Sead (https://www.sead.ms.gov.br/edital-de-chamamento-publico-osc/).

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