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Lei da Palmada prevê punições aos pais

Lei da Palmada prevê punições aos pais

IG

14/12/2011 - 17h10
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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que proíbe o uso de castigos corporais em crianças e adolescentes, popularmente conhecida como Lei da Palmada. A aprovação ocorreu na comissão criada especialmente para discutir o assunto, mas como tem caráter conclusivo, o projeto seguirá para a tramitação e votação no Senado, exceto se houver recurso para que seja apreciado pelo Plenário da Câmara.

Relatado pela deputada Teresa Surita (PMDB-RR), o projeto prevê que pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança que sofrer a agressão deverá ser encaminhada a tratamento especializado.

Para aprovar a medida, a relatora concordou em alterar seu parecer e substituir a expressão "castigo corporal" por "castigo físico". Parlamentares da bancada evangélica impediram a votação do projeto nesta terça-feira por defenderem a substituição da expressão "castigo corporal" por "agressão física". O objetivo seria evitar a ideia de que a lei proibiria qualquer tipo de punição ou de limites a meninos e meninas.

A troca do termo por "agressão física" gerou críticas da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e de movimentos sociais que apoiavam o texto original, com "castigo corporal". Mas no fim da tarde de ontem, houve um acordo para que fosse incluída a expressão "castigo físico" em vez de "agressão física".

De acordo com a deputada Liliam Sá (PR-RJ), a bancada evangélica entendeu que a expressão “castigo corporal” interferia na educação dos filhos. “Então chegamos a um acordo e trouxemos para discussão. A bancada escolheu a expressão agressão física, mas isso descaracteriza o projeto, porque nem sempre um castigo físico que a criança sofre é uma agressão física", afirmou.

A presidente da comissão, deputada Erika Kokay (PT-DF), defendeu o texto original, argumentando que ele não fere a autoridade da família, como pensavam os evangélicos. “Não há na comissão qualquer tipo de dúvida ou qualquer polêmica acerca do sentido do conteúdo do projeto”, disse.

Crítica

A coordenadora do Projeto Proteger, na Bahia, Eleonora Ramos, criticou a proposta de mudança no texto original. “O movimento social não se interessa por um projeto que não muda nada. Com o termo agressão em vez de castigo, nós estamos repetindo o Código Penal e o Estatuto. A agressão a uma criança ou adulto já é proibida por lei”, salientou.

Teresa Surita ressaltou que as expressões são muito próximas, mas para atender a expectativa de algumas pessoas ela usou no substitutivo a expressão “castigo físico”. “Quando se fala castigo físico fica mais pedagógico”, disse.

Opiniões

Ao longo do ano, o Delas ouviu especialistas e mães para esclarecer o assunto. Embora o tapa na bunda seja prática comum, não é a única maneira de impor limites a uma criança. Por isso, a maioria dos psicólogos e pedagogos defende a punição dos pais que batem nos filhos.

Mas nem todos concordam. Para a terapeuta infantil Denise Dias, as crianças estão "precisando de tapa na bunda".

Já o psicólogo e terapeuta familiar Carlos Zuma acredita na validade do debate em torno da lei - mas nunca na validade da palmada. "Mesmo em último caso, a violência não é válida", defende.

Ouvimos também mães que usaram - ou não - as palmadas ao criar os filhos. Audrey de Almeida, 44, apanhou quando pequena e bateu no primogênito. Até que um dia se deu conta de que a técnica não surtia mais efeito. As três filhas seguintes receberam limites sem apanhar.

Márcia Muccini, 52, criou duas filhas sem erguer a mão. A firmeza e as punições eram diferentes: quando faziam algo errado, "dávamos um gelo nelas".

Sandra Panazzolo e Débora Rodrigues não acreditam que a única solução seja a palmada, mas empregaram o método com os filhos e não se arrependem. "Eu acabei usando as palmadas muitas vezes por ficar muito nervosa mesmo, por incompetência minha", conta Débora.

"Não sou a favor do espancamento de uma criança, mas uma palmadinha em um momento certo, no lugar certo – que é o bumbum – só ajuda para a educação delas", acredita Sandra.

Em meio à discussão no Brasil, um caso nos Estados Unidos ganhou projeção. A filha de um juiz postou um vídeo no Youtube em que aparece sendo espancada pelo pai. A notícia levou à reflexão: quando a "palmadinha" passa dos limites? Um pai de cabeça quente é capaz de enxergar esta linha?

Outros métodos para impor limites são conhecidos, como o castigo não-violento e a técnica defendida por Diane Levy, psicóloga e autora neozelandesa com 30 anos de prática em consultório. 

Receita Federal

Cocaína avaliada em R$ 1 milhão é encontrada em revestimento de piso

Além da apreensão de cocaína, os agentes da Receita Federal também encontraram, em outras operações, anabolizantes, medicamentos e mercadorias contrabandeadas

21/10/2024 19h00

Entorpecentes estavam escondidos em reverestimentos de piso em uma transportadora de Campo Grande

Entorpecentes estavam escondidos em reverestimentos de piso em uma transportadora de Campo Grande Fotos: Receita Federal

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Agentes da Receita Federal realizaram, neste final de semana, apreensões de pasta-base de cocaína, anabolizantes, medicamentos e mercadorias contrabandeadas nas cidades de Campo Grande, Corumbá e Mundo Novo. De acordo com as investigações, o prejuízo ao contrabando se aproxima dos R$ 2 milhões.

O primeiro flagrante deste final de semana foi a maior apreensão de drogas em Campo Grande. Durante a fiscalização, os agentes encontraram mais de R$ 1 milhão em cocaína disfarçada como rejunte para piso, em uma transportadora. De acordo com as investigações, a droga, que teria saído de Corumbá, tinha como destino a cidade de Jundiaí (SP).

Após receber uma denúncia anônima, os agentes da Receita Federal foram até uma transportadora em Campo Grande e, por meio de uma análise de risco, juntamente com a Alfândega, encontraram 15 pacotes de 2 kg cada um, escondidos em meio ao rejunte de piso.

Para uma melhor verificação, foram utilizados cães farejadores, que constataram que as embalagens encontradas continham cocaína pura, avaliada em R$ 1 milhão.

Os entorpecentes apreendidos foram encaminhados à Receita Federal do Brasil e, em seguida, devem ser levados à Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar).

Entorpecentes estavam escondidos em reverestimentos de piso em uma transportadora de Campo GrandeReceita Federal/ Imagens

Mais apreensões 

A segunda apreensão deste final de semana ocorreu na cidade de Corumbá, localizada a 427 quilômetros de Campo Grande.

Após receberem denúncias anônimas sobre entorpecentes em hotéis do município, agentes da Receita Federal apreenderam 6,5 kg de pasta-base de cocaína em um hotel no centro da cidade. 

Em busca de respostas sobre quem seria o dono da mercadoria, os agentes realizaram fiscalizações e acompanharam um veículo, descobrindo um transporte irregular de mercadorias. Durante a abordagem, encontraram duas mochilas com cocaína, avaliada em R$275 mil.

Apreensões de Anabolizantes 

Em Mundo Novo, a 463 quilômetros de Campo Grande, os agentes encontraram um veículo na BR-272 que transportava anabolizantes e eletrônicos de forma irregular, avaliados em quase meio milhão de reais.

Outras apreensões ocorreram na cidade de Dourados, a 221 quilômetros de Campo Grande, onde os agentes encontraram vestuários e medicamentos avaliados em R$10 mil.

Além da Receita Federal, a operação conta com a participação de diversas instituições de segurança pública, fiscalização e defesa, como o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, as Polícias Rodoviárias Estaduais, a Polícia Militar, a Polícia Civil e o MAPA. Essas instituições atuam de forma conjunta nas fronteiras terrestres de todo o país.

 

 

 

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Cidades

Moradores precisam evacuar comunidade e escola ribeirinha após incêndio avançar no Pantanal

A linha de fogo cresceu no domingo (20) e nesta segunda ficou a cerca de 300 metros de atingir casas

21/10/2024 18h45

Incêndio avançou no Pantanal

Incêndio avançou no Pantanal Foto: Divulgação / Prevfogo Ibama

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Um incêndio de grande proporção na região do Pantanal Paraguai obrigou que moradores da comunidade Aterro do Binega e funcionários de escola municipal instalada no local precisassem sair em emergência. A linha de fogo cresceu no domingo (20) e nesta segunda ficou a cerca de 300 metros de atingir casas.

Parte dsse incêndio é, aparentemente, uma continuação do que vem sendo registrado desde a semana retrasada nessa região, que fica a 200 km de Corumbá, rio Paraguai acima, entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Esse incêndio também ameaçou a comunidade indígena Barra do São Lourenço. As chamas foram reduzidas na sexta-feira à noite, porque houve uma chuva. No sábado, a temperatura ficou mais baixa do que os 40⁰. Mas neste domingo, as temperaturas altas voltaram naquela área e o fogo acabou crescendo durante a noite de domingo.

Durante a noite deste dia 20, brigadistas da Brigada Alto Pantanal e do Prevfogo/Ibama navegaram pelo rio Paraguai e deram suporte para a comunidade. Eles monitoraram a área do fogo e fizeram orientação. Logo nas primeiras horas de segunda, os brigadistas retornaram ao local e como o fogo avançava, moradores decidiram deixar as casas.

O fogo de turfa, que é esse fogo subterrâneo, foi apontado como o principal fator para ainda ter incêndio, mesmo após chuva. O volume de água que caiu não foi suficiente para resfriar a terra.

Nessa região do Pantanal, que não tem energia elétrica a não ser por sistema solar ou gerador, há muita fumaça há mais de uma semana, de forma ininterrupta. São mais de 100 pessoas que vivem nas duas comunidades afetadas pelos incêndios. 

A Brigada Alto Pantanal, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), o Prevfogo/Ibama e os Bombeiros de MS estão fazendo combate, que foi reforçado por uma pequena chuva que caiu no final da tarde. 

Ainda assim, não há previsão para retorno dos moradores em condições de segurança. Muitos deles estão em outra comunidade,  a Amolar, que não tem registro de incêndios graves. Eles estão com parentes e amigos.

Como a região é perto da divisa com MT, tem também brigadistas do ICMBio, que estão atuando na área do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense.

A área aproximadamente  afetada nesse território pelo fogo dos últimos sete dias ultrapassa os 500 km², conforme dados do Firms/NASA.

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