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SAÚDE

Lula entrega 280 ambulâncias do Samu; apenas Dourados e Ponta Porã estão na lista de MS

Em meio ao sucateamento, Campo Grande opera com apenas oito veículos, sem previsão de receber novas viaturas

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O Ministério da Saúde iniciou a distribuição de novas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), nesta quinta-feira (5), durante a cerimônia "Frota Renovada" em Salto (SP). Ao todo, 247 municípios de 24 estados receberão as viaturas, porém, apenas Dourados e Ponta Porã irão receber os veículos em Mato Grosso do Sul.

A entrega ocorre em meio ao sucateamento de ambulâncias na capital, conforme apurado pelo Correio do Estado, em março deste ano.

Na época, uma auditoria realizada pelo Ministério da Saúde apontou falhas no SAMU da capital, como por exemplo o grande número de veículos "parados" aguardando manutenção, além da falta de medicamentos e equipamentos básicos, obrigatórios para o atendimento de urgência.

Ambulâncias "paradas" em pátio da Sesau na capital - Foto: Arquivo 

Em abril deste ano, o Governo Federal anunciou que Campo Grande e outros vinte municípios do estado, seriam beneficiados com 34 novas ambulâncias oriundas do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) , eixo Saúde.

De acordo com Sesau-CG (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande), a prefeitura está verificando o quantitativo que deve chegar à capital. Em nota, foi informado o seguinte: 

"Até o momento, Campo Grande não foi contemplada com nenhuma ambulância do SAMU vinda do Ministério da Saúde. Em 2020, foi inciado o processo de desfazimento das viaturas que estavam em uso e solicitada a substituição da frota. Neste ano, o município foi contemplado no Novo PAC com seis novas viaturas, porém ainda não há informações por parte do ministério de quando estes veículos serão enviados. Paralelamente , o município realizou um processo para alugar 10 novas viaturas. A previsão é de que estes veículos sejam entregues para uso em até 60 dias. Atualmente, o SAMU atua com uma média de 10 viaturas, entre básicas e avançadas, além de duas 'motolâncias' e uma Viatura de Intervenção Rápida (VIR)", finaliza o documento. 

Segundo o ministério, as unidades vão substituir veículos com sete anos de uso. Os recursos para a renovação da frota somam R$ 89 milhões. Outras 25 Unidades de Suporte Básico serão entregues nos próximos dias, totalizando 305 entregas. 

"Antes, os prefeitos viviam um desespero muito grande porque não tinha ambulância. Nosso compromisso é modernizar em torno de 60% da frota do SAMU nos próximos anos. Temos atualmente ambulâncias com muito tempo de uso, algumas de 10 anos atrás”, completou a ministra da Saúde, Nísia Trindade .

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência é um dos componentes da Política Nacional de Atenção às Urgências do Ministério da Saúde. O serviço pode ser acessado pelo número "192", que oferece orientações à população e envia veículos tripulados por equipes especializadas. 

Em 2023, o Ministério da Saúde ampliou em 30% os valores repassados para custeio do SAMU 192, o que representa um incremento de R$ 396 milhões por ano. Com o reajuste, o total destinado ao serviço passou de R$1,3 bilhão para R$1,7 bilhão. O aumento minimizou a sobrecarga nos municípios, uma forma de incentivar a universalização do serviço, que desde 2013 não recebiam atualização nos valores de custeio. 

O governo federal, na gestão do presidente Lula, está investindo um total R$ 30,5 bilhões na saúde por meio do Novo PAC, sendo R$ 11,6 bilhões na etapa atual de formalização. A maior parcela dos recursos está voltada ao enfrentamento de gargalos históricos na atenção primária e especializada, como o aumento de Unidades Básicas de Saúde, maternidades, policlínicas e Centros de Atenção Psicossocial. 

Previsão até 2026

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, recordou que a frota do Samu não passou por nenhuma renovação no governo anterior. "Há ambulâncias com mais de dez anos de uso", afirmou. Segundo Nísia, mais 1.780 unidades do Samu serão entregues até o final deste ano,  com renovação de 70% da frota. A ministra disse ainda que o objetivo do Governo é levar o atendimento do Samu a todas as cidades brasileiras até 2026.

Os recursos para a renovação da frota vêm do Novo PAC da Saúde e vão possibilitar a universalização de serviços essenciais na rede pública, como é o caso do Samu. O Ministério da Saúde estima que mais 6,6 milhões de pessoas passem a receber cobertura de emergência.

"Este é o verdadeiro Brasil, o Brasil do diálogo, do encontro, do SUS", encerrou a ministra.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência é um dos componentes da Política Nacional de Atenção às Urgências do Ministério da Saúde. O serviço pode ser acessado pelo número "192", que oferece orientações à população e envia veículos tripulados por equipes especializadas.

Em 2023, o Ministério da Saúde ampliou em 30% os valores repassados para custeio do Samu 192, o que representa um incremento de R$ 396 milhões por ano. Com o reajuste, o total destinado ao serviço passou de R$1,3 bilhão para R$1,7 bilhão. O aumento minimizou a sobrecarga nos municípios, uma forma de incentivar a universalização do serviço, que desde 2013 não recebiam atualização nos valores de custeio.

O governo federal, na gestão do presidente Lula, está investindo um total R$ 30,5 bilhões na saúde por meio do Novo PAC, sendo R$ 11,6 bilhões na etapa atual de formalização. A maior parcela dos recursos está voltada ao enfrentamento de gargalos históricos na atenção primária e especializada, como o aumento de Unidades Básicas de Saúde, maternidades, policlínicas e Centros de Atenção Psicossocial.

Somente no Samu, R$ 770 milhões serão investidos até 2026, com prioridade para as regiões de maior vulnerabilidade social. Serão 850 novos veículos para expandir o serviço em todo o Brasil, além de 14 novas Centrais de Regulação.

**Colaborou Laura Brasil e Alanis Netto 

*Com informações da assessoria 

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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