Cidades

Apelo

Mães de crianças com deficiência denunciam falta de fraldas e alimentação especial

Crianças com baixa mobilidade que necessitam de dieta especial, fraldas, não estão recebendo insumos da Prefeitura de Campo Grande

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Mães de crianças com deficiência compareceram à audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande, para denunciar que mesmo com liminar, os filhos não estão recebendo a dieta adequada e fraldas. Além disso, falta de profissionais para atender as crianças nas escolas que não estão perdendo aulas. 

Após irem até a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), na manhã desta segunda-feira (17), buscaram uma reunião com a médica Rosana Leite - titular da pasta e não terem sido recebidas, decidiram ir protestar na Câmara Municipal.

"Pediram para a gente aguardar. Esperamos por cerca de 40 minutos e [decidimos] ir até a Câmara, pois estava tendo audiência e poderíamos ser ouvidas", explicou Elisangela. 

A Comissão Permanente de Políticas e Direitos das Mulheres, de Cidadania e de Direitos Humanos na Câmara Municipal, estava promovendo o debate sobre saúde mental dos jovens quando as mães começaram o manifesto e foram convidadas a compartilhar suas demandas. 

A mãe Elisangela Silva de Souza, de 41 anos, mãe de um menino de 8 anos com quadro de cardiopatia e paralisia cerebral, e uma menina de 3 anos, relatou que os filhos precisam de leite especial. 

"Não está sendo cumprida [por parde do município] essas liminares de fralda e de dieta. No caso do meu filho, ele tem cardiopatia complexa, faz uso de marcapasso e tem paralisia cerebral. Existe uma liminar que obriga o município a fornecer a fralda e o leite do meu filho. São dois processos e não está sendo cumprido. Não está sendo fornecido no Cem esse leite, e essa dieta. A nossa briga é essa para que a prefeita cumpra com a liminar e faça valer o direito das nossas crianças", explicou Elisangela.

O quadro de saúde do filho de Elisangela inspira cuidados já que possui imunidade baixa, tendo inclusive na semana anterior passado por uma internação. A alimentação especial precisa de reforço na proteína não pode conter qualquer componente do leite. A filha dela, também nasceu APLV, ou seja, com alergia a proteína do leite de vaca. 

"Ele tem alergia ao leite e como tem problema cardíaco o coração dele bate mais acelerado. Então, mesmo parado, ele perde calorias. Esse leite [especial] supre a perda. Ele tem alergia de tudo,  a gente fica com medo, dependendo da alimentação que fizermos pode até matar", disse Elisangela ressaltando a importância da dieta adequada.

Invisibilidade

A mãe, Lili Daiane, em sua fala na Câmara, ao representar as mães, relatou que as famílias de crianças com limitações físicas são a "exclusão da exclusão". 

"Ninguém quer ver pessoas com deficiência na rua, não quer, se quisesse todo lugar teria fácil acesso, tinha vaga reservada, as escolas estariam preparadas, a Secretaria de Saúde estaria preparada. Todos os dias a gente acorda e pensa se nosso filho vai chegar ao final do dia. É uma preocupação que as outras mães não têm. Toda mãe tem medo de perder o filho, só que a gente tem esse medo constante", disse Lili Daiane. 

Durante a fala, Lili Daiane, denunciou a morosidade no processo de licitação, segundo ela, o pagamento por parte do município é feito para compra dos insumos, entretanto a empresa não entrega. O que gera a demora na entrega das fraldas e a alimentação especial que contempla a necessidade das crianças com deficiência.

"Recentemente tive que ir ao CRAS porque fui notificada por falta escolar e ninguém pergunta o motivo das faltas. Por ele não ir à escola, muitas vezes por alimentação inadequada, como ele está agora com intestino péssimo porque não estou recebendo a alimentação de alto custo que ele precisa, muitas vezes não tenho a fralda adequada para mandá-lo para a escola, porque não tem ninguém lá que consiga atender e ficar trocando toda hora", pontuou Lili Daiane e complementou:

Na escola, Lili relatou aos vereadores que o diretor chegou a consultá-la se não poderia ficar com o filho no estabelecimento educacional para prestar atendimento ao filho.

"A Secretaria de Saúde me enrola há dois anos para fazer a sonda nele, é um procedimento que uma criança de oito anos, com deficiência intelectual e cognitiva, está sendo responsável por fazer por ele mesmo na escola, isso acarreta várias e várias internações. Fomos descartados na Secretaria de Saúde, fomos tratadas com desprezo".

A convite dos vereadores componentes da Comissão, as mães irão participar da sessão desta terça-feira (18), para relatar a situação na Casa de Leis e irão solicitar que a demanda seja encaminhada a Prefeitura Municipal.

Outro lado

A reportagem questionou a Sesau acerca da falta de insumos que por meio de nota respondeu que estão passando por processos em fase final para adquirir tanto fraldas quanto a alimentação especial. Veja a nota na íntegra:

"A Sesau informa que possui dois processos em fase de finalização para aquisição de fraldas e fórmulas infantis. Contudo, para podermos responder com maior precisão sobre estes os casos desses pacientes, é necessário que nos encaminhe o nome completo e cartão SUS, uma vez que o fornecimento destes insumos não é preconizado pelo SUS, sendo feito o atendimento de quem possui decisões judiciais".

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insatisfação

Negociação salarial nao evolui e policiais civis param nesta quinta-feira (19)

Paralisação será de 24 horas e somente atendimentos mergenciais serão feitos nas delegacias de todo o Estado, segundo o sindicato da categoria

18/09/2024 23h38

Manifestações de policiais civis estão ocorrendo desde o final de agosto, mas até agora houve pouca evolução na negociação

Manifestações de policiais civis estão ocorrendo desde o final de agosto, mas até agora houve pouca evolução na negociação

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Em protesto ao que chamam de descumprimento de promessas de melhorias salariais, os policiais civis de Mato Grosso do Sul promovem nesta quinta-feira (19) uma paralisação de 24 horas nos atendimentos das delegacias, iniciando às 8 horas e encerrando no mesmo horário de sexta-feira (20). 

As mobilizações do sindicato da categoria, o Sinpol, começaram ainda em agosto e têm o objetivo de pressionar o governo estadual a cumprir a promessa de valorização salarial da categoria e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. Eles reivindicam melhorias que garantiriam reajustes da ordem de 69% em seus vencimentos. 

A categoria afirma ter o 19º pior salário do País e reivinca aumento no salário inicial de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil. Além disso, exige o pagamento de auxílio saúde semelhante ao que que está sendo pago aos delegados, da ordem de R$ 2 mil mensais. 

Conforme a direção do Sinpol, a paralisação não afetará os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito. O Sinpol garante que a segurança pública será mantida e os casos mais urgentes serão atendidos.

"O Sinpol conclama todos os policiais civis, filiados ou não, a se unirem ao movimento, demonstrando a força da categoria e a necessidade de uma resposta urgente do governo", afirma o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa.

Está prevista uma manifestação da categoria a partir das 07:30 horas em frente à Depac Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro, na Rua Padre João Crippa. 
 
Além dos reajuses salariais, a categoria exige novas contratações, pois alega déficit de  900 profissionais para os cargos de investigadores e escrivães. 
Atualmente, o Estado possui 1,6 mil profissionais, entre escrivães e investigadores. Conforme a categoria, o necessário para atender a demanda seria de 2,5 mil trabalhadores.

Cidades

Oito em cada dez municípios têm risco alto ou muito alto para sarampo

Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016

18/09/2024 21h00

Agência Brasil

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Ao menos 4.587 municípios foram classificados como em alto risco para sarampo, enquanto 225 foram categorizados como em risco muito alto, totalizando 86% das cidades em todo o país com risco elevado para a doença. Há ainda 751 municípios listados com risco médio e apenas quatro com baixo risco. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (18) durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife.

Ao comentar o cenário, a coordenadora de Imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Flávia Cardoso, lembrou que o Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016, mas perdeu o status em 2019 após voltar a registrar a circulação do vírus por um período superior a 12 meses. “Em 2022, o Brasil estava endêmico para sarampo e, em 2023, passou para o status de país pendente de reverificação”, explicou. 

Segundo Flávia, em maio deste ano, a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas esteve no país e fez uma série de recomendações, incluindo ampliar a sensibilidade na definição de casos suspeitos de sarampo. A entidade pede que o país apresente o número de amostras recebidas de pacientes com febre e exantema e quais foram os diagnósticos de descarte.

De acordo com a coordenadora, a comissão destacou que, embora a cobertura vacinal tenha melhorado tanto para o sarampo quanto para a rubéola, por meio da tríplice viral, em alguns estados o progresso foi mínimo ou mesmo negativo. A situação no Rio de Janeiro, no Amapá, no Pará e em Roraima foi classificada pela entidade como muito preocupante para a manutenção da eliminação do sarampo e da rubéola no país. 

Também foi recomendado que o Brasil padronize um fluxograma de resposta rápida a casos suspeitos, tomando como base o caso recente de sarampo detectado no Rio Grande do Sul, importado do Paquistão. Por fim, a comissão sugere articular junto ao Ministério do Esporte e ligas esportivas a vacinação de atletas brasileiros, a exemplo do que foi feito previamente aos Jogos Olímpicos de Paris este ano. 

“Foi feita ainda a recomendação de buscas ativas integradas de casos de sarampo e rubéola com poliomielite e paralisia flácida em menores de 15 anos”, disse Flávia, ao citar que as ações servem para fortalecer a vigilância a nível municipal. 

Em junho deste ano, o país completou dois anos sem casos autóctones, ou seja, com transmissão em território nacional, do sarampo. Com isso, o país espera retomar a certificação de 'livre de sarampo'

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