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Maior sindicato de MS, Fetems decide futuro na próxima semana

Com 23 mil membros aptos a votar, duas chapas disputam os rumos da gestão a partir das 8h do dia 2 de junho; a vencedora fica na federação até 2029

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Acostumado com brigas por melhorias para a categoria, o maior grupo sindical do Estado, a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), escolherá na próxima semana os rumos que os representantes da categoria deverão tomar pelos próximos quatro anos. Com duas chapas na disputa, a eleição acontecerá no dia 2 de junho.

De acordo com o atual presidente da Fetems, Jaime Teixeira, 23 mil professores e membros da educação de 74 sindicatos de Mato Grosso do Sul estão aptos a votar nesta disputa, em que concorrem duas chapas.

A situação é representada pela chapa 1 “Fetems forte e unida de todas e todos”, que tem como presidente Deumeires Morais, atual vice-presidente da Fetems, concorrendo ao cargo ao lado de Onivan Lima Correa, como vice-presidente.

Segundo Deumeires, a chapa engloba representantes de vários municípios e teria sido feita “em consenso entre os 74 sindicatos municipais filiados à federação”. 

“Esta é uma candidatura importante, construída em consenso pelos 74 sindicatos que são filiados à Fetems. Trazemos fôlego novo, com muitas pessoas do Estado todo. Estamos juntando a experiência com a renovação”, afirmou ao Correio do Estado.

Entre os pontos principais de sua proposta de gestão para a federação, Deumeires destaca que a busca por novo concurso público para professor é seu principal objetivo, assim como a redução da diferença salarial entre os concursados e os educadores contratados, a discussão pelo Plano Nacional de Educação, o fim dos descontos de 14% para os aposentados e um piso salarial para os administrativos da educação.

“Nosso principal desafio enquanto Fetems é a defesa de concurso público para professor. O avanço da terceirização é prejudicial, e só um novo concurso público pode resolver essa situação, que é um problema não só em Mato Grosso do Sul, mas em todo o Brasil”, avalia.

“A nossa maior busca é o concurso, mas a segunda maior é a diminuição da diferença salarial entre os concursados e os convocados. Essa é uma lei que foi instituída em 2019 e que, até hoje, buscamos reverter. Assim como também lutamos pelo piso salarial nacional dos administrativos de escola, como uma política de valorização da categoria”, completou a candidata.

Apoiada pelo atual presidente, Jaime Teixeira, Deumeires enalteceu a ajuda, mas mostrou que pretende trilhar seu próprio caminho.

“É muito importante o apoio do presidente, ele é uma das maiores lideranças sindicais do Estado. E nós nos preparamos para que esse seja nosso futuro”, declarou.

OPOSIÇÃO

Do outro lado da briga está a chapa 2 “Fetems para todas as pessoas”, encabeçada por Joaquim Oliveira, como presidente, e Elizângela Tiago Maia, como vice.

Segundo Joaquim, o que o fez decidir encarar a disputa para a presidência da federação foi a insatisfação com a atual diretoria.

“Queremos uma Fetems mais humana, que atenda mais o professor, voltada mais para a base, para as lutas, e com menos envolvimento com política partidária. Não queremos que ninguém use a estrutura da federação como trampolim político, e sim voltar a federação para o professor”, disse Joaquim Oliveira.

Segundo o candidato, esses fatores levaram a uma redução no número de filiados à Fetems.

“Na eleição passada, eram 27 mil votantes, este ano, são 23 mil – são 4 mil pessoas que se desfiliaram neste tempo por não concordarem com muita coisa”, afirmou o candidato.

Joaquim elenca cinco pontos como sendo os principais de sua campanha. O primeiro deles é a defesa por políticas públicas que garantam a saúde física e mental dos profissionais, assim como a busca por um adicional de insalubridade para os administrativos da educação.

A chapa também defende a redução da contribuição sindical de 1,5%, “com o objetivo de ampliar o número de filiados”, implantar um Portal da Transparência para dar publicidade aos dados da Fetems, fazer o enfrentamento à desigualdade de gênero na escola e no sindicato e buscar uma licença remunerada, a cada 10 anos, para formação educacional do profissional. A chapa também luta pelo fim dos 14% de desconto dos aposentados.

“Sabemos que o ambiente sindical é machista, e é preciso se falar sobre a violência, assédio e a discriminação, tanto nas escolas como nos sindicatos, porque a maioria dos educadores são mulheres e no meio sindical essas questões não são debatidas”, explicou Joaquim.

“Também precisamos de mais transparência nos números da Fetems, que é a maior federação de Mato Grosso do Sul. Quando fizemos este pedido para a atual administração, isso nos foi negado”, completou o candidato da oposição.

A eleição ocorre das 8h às 18h do dia 2 de junho, e os aptos a votar podem procurar os sindicatos dos seus municípios para escolher sua chapa de preferência.

SAIBA

A chapa 1 “Fetems forte e unida para todas e todos” tem como presidente Deumeires Morais e vice-presidente Onivan Lima Correa. Já a chapa 2 “Fetems para todas as pessoas” é formada por Joaquim Oliveira como presidente e Elizângela Tiago Maia como vice.

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MATO GROSSO DO SUL

Em pleno período de chuvas, Hidrelétrica Porto Primavera reduz vazão

Com a barragem mais extensa do País (10,2km), redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciadano último dia 12, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira

20/12/2025 14h14

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera Reprodução/Cesp

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Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, a unidade começou nesta sexta-feira (19) através da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) a redução da vazão, para preservar os estoques de água dos reservatórios da bacia do Rio Paraná. 

Com a barragem mais extensa do País (10,2 km), essa redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciada pela Cesp no último dia 12, prevista para começar ainda em 15 de dezembro, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira. 

"O patamar mínimo defluente será reduzido de forma gradual e controlada, passando dos atuais 4.600 metros cúbicos por segundo para 3.900 m³/s, seguindo diretrizes operacionais do ONS", cita a Cesp em nota. 

Além disso, a Companhia frisa que, durante o processo, será mantido o plano de conservação da biodiversidade que havia sido aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), e teve início em maio deste ano, para monitoramento do Rio Paraná justamente nos trechos da jusante - parte rio abaixo - da Porto Primavera até a foz do Ivinhema. 

Ou seja, entre outros pontos, equipes embarcadas formadas por biólogos e demais profissionais especializados, devem trabalhar como os responsáveis por acompanhar a qualidade da água, bem como a conservação e comportamento dos peixes locais enquanto durar a flexibilização da vazão. 

Importante frisar a redução adotada também ao final de novembro (24/11) e mantida até 1° de dezembro, a partir de quando houve a retomada gradativa aos patamares originais. 

Problemas com a vazão

Em épocas passadas, como bem acompanha o Correio do Estado, o controle da vazão em Porto Primavera já trouxe prejuízo e revolta de produtores que chegaram a culpar a ONS pelas fazendas alagadas por mais de quatro meses em Batayporã no ano de 2023, por exemplo. 

Nessa ocasião, o problema começou com a abertura das comportas de Porto Primavera no dia 18 de janeiro de 2023, com a usina avisando a Defesa Civil de Batayporã da liberação de até 14,7 mil metros cúbicos de água por segundo. 

Sendo a maior vazão desde o começo do período chuvoso, as águas se somaram ainda à liberação dos cerca de 3 mil metros cúbicos por segundo do Rio Paranapanema, juntando em torno de 18 mil metros cúbicos por segundo. 

Na linha cronológica em 2023, o problema dos alagamentos começou no final de janeiro, indo até o mês de abril diante do fechamento das comportas em 31 de março. 

Quando a água já havia recuado, saindo de boa parte dos nove mil hectares alagados, as comportas foram reabertas na terceira semana de abril, com vazão máxima de dez mil metros cúbicos.

Depois, o aumento da vazão para até 13 mil metros cúbicos chegou a alcançar 14,7 mil m³, sendo que antes disso o volume anterior já havia sido responsável por invadir casas de moradores locais pela terceira vez no ano. 

Estimativas da Defesa Civil de Batayporã à época apontaram que pelo menos sete mil animais tiveram de ser remanejados na região por causa do mesmo problema. E, mesmo depois que a água baixar, são necessários de dois a três meses para que o pasto cresça e esteja em condições para alimentar os rebanhos. 

 

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MATO GROSSO DO SUL

'Cabeça' do tráfico no interior, "Grego" é preso por policiais do Denar

Mandado de prisão foi cumprido contra homem apontado como líder da organização criminosa, há aproximadamente um ano sob a mira de investigações

20/12/2025 13h01

"Grego" foi preso longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital, em Três Lagoas Reprodução/PCMS

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Durante cumprimento de mandado de prisão nesta última sexta-feira (19), policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam um indivíduo popularmente conhecido como "Grego", identificado como o "cabeça" em um esquema de tráfico de drogas no interior de Mato Grosso do Sul, longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital. 

Em Três Lagoas, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o mandado de prisão foi cumprido contra o homem apontado como líder da organização criminosa, que está sob a mira de investigações há aproximadamente um ano. 

Essas apurações, ainda segundo a PCMS, identificaram uma verdadeira "teia" criminosa que atuava por diversos municípios sul-mato-grossenses, agindo desde o transporte até a distribuição das substâncias entorpecentes. 

Esquema no interior

Informações repassadas pela Denar detalham os levantamentos da Delegacia, que indentificou um transporte do tráfico que começava na região do fronteira da Bolívia, na "Cidade Branca" de Corumbá. 

A partir do "coração do Pantanal", as substâncias eram distribuídas e abasteciam desde Ribas Rio Pardo, Inocência e Três Lagoas, chegando até mesmo à "Cidade Morena" Capital do MS, tudo através de "rotas previamente definidas e com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo", explica a PCMS em nota. 

Além disso, segundo apurado nas investigações, até mesmo casas de prostituições serviriam como pontos usados pelo grupo, servindo especialmente como espaços para a comercialização dos entorpecentes, mas também para movimentar os valores ilícitos e dificultar o restreamento do dinheiro movimentado pela quadrilha. 

Com as investigações a autoridade policial pÔde representar pela prisão preventiva de "Grego", o que foi deferido pelo Poder Judiciário, para posterior monitoramento prévio realizado pelos agentes policiais em Três Lagoas. 

Como esse investigado cumpria uma pena em regime aberto, os policiais identificaram que ele não estaria residindo nos endereços cadastrados e, após a confirmação da sua localização o homem pôde ser preso preventivamente. 

"Cabeças caindo"

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez neste ano que forças de segurança pública sul-mato-grossenses "derrubam" indivíduos identificados como "cabeças" em esquemas criminosos. 

Ainda em agosto as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PC, PM e PRF), junto da  Coordenadoria de Perícias e Grupo Aéreo, prenderam Melquisedeque da Silva no município de Sonora, a 360 quilômetros de Campo Grande. 

Investigações identificaram esse homem como o então atual líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município, envolvido em um caso recente de homicídio na cidade de Coxim.

Já no começo desse mês, agentes da Polícia Federal prenderam em Três Lagoas um portugês foragido do País lusitano, incluído inclusive na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), "condenado por estar envolvido em uma rede transnacional de distribuição de entorpecentes", segundo a PF. 

Além disso, há cerca de dez dias a Operação "Casa Bomba II" também prendeu chefes de organização criminosa, em uma ação que envolveu helicóptero, o batalhão de choque e o Canil.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

 

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