Cidades

QUEBRA-CABEÇA SOCIAL

Mais de 90% dos municípios de Mato Grosso do Sul tem problemas relacionados ao consumo de crack

Conselho Federal de Medicina classifica que Brasil vive epidemia e apenas Bodoquena, Rochedo e Jaraguari encontram-se classificados como "sem complicações" com a droga

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Análise do Observatório do Crack - elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) -, mostram que Mato Grosso do Sul tem 90,91% de seus municípios sofrendo com problemas relacionados ao consumo de crack. 

Diante desse cenário forma-se um "quebra-cabeças social", já que diversas áreas são afetadas em regiões com a presença de usuários de crack. 

Em Mato Grosso do Sul, a Confederação mede que o crack afeta o Estado nas seguintes áreas, com suas respectivas porcentagens: 

Saúde  78.79%
Assistência Social 75.76%
Educação 72.73%
Segurança 66.67%

No chamado "Mapa do Crack", dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, apenas Bodoquena, Rochedo e Jaraguari encontram-se classificados como "sem problemas". 

Informações sobre os municípios vindas do Observatório do Crack foram usadas, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, para a elaboração do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas (Planad), que valerá pelo período de 2022 até 2027. 

Esse documento traz ações para o combate ao tráfico de drogras no País, além de medidas para cuidar dos usuários focando em reinserir esse indivíduo na sociedade e proporcionar um tratamento humanizado. 

Conforme o Escritório Técnico da Fiocruz de Mato Grosso do Sul, o consumo de crack em território nacional é um fenômeno recente, sendo mais impulsionado nas últimas duas décadas, com o Estados Unidos enfrentando o problema há um pouco mais de tempo que o Brasil. 

Esse cenário é diferente em países europeus, que sofrem com transtornos relacionados ao consumo de crack há cerca de no máximo 10 anos. Ainda assim, esse fenômeno tem se tornado uma  epidemia de grandes proporções e avançando como um verdadeiro problema de saúde pública. 

O crack no MS

Além dos três municípios listados como "sem problemas", o nível de complicações é considerado "baixo" em quatro localidades do Estado, sendo: Corumbá; Nioaque; Terenos e Jateí. 

Pelo documento, outras 16 cidades encontram "nível médio" de problemas em seu território, enquanto outras 10 são classificadas com o nível mais alto, ilustrado pela coloração vermelha no mapa, entre elas a própria Capital. 

Assim como Campo Grande, encontram-se em alto nível de problemas com crack os municípios: 

São Gabriel do Oeste; Costa Rica; Paranaíba; Água Clara; Três Lagoas; Caarapó; Itaquiraí; Aral Moreira e Coronel Sapucaia. 

Já na lista dos 16 com "nível médio" de problemas com crack, de Norte ao Sul do Estado encontram-se cidades como: Pedro Gomes, Coxim, Rio Negro, Camapuã e municípios próximos da fronteira, como Sete Quedas, Japorã e Amambaí, entre outros. 

Entenda sobre o crack

Como bem esclarece a cartilha do Coselho Federal de Medicina (CFM), o produto final do crack é comercializado em formato de pedra, queimada em cachimbos improvisados, que podem ser feitos de latas vazias de alumínio; tubos de PVC. 

Em versões menores, as pedras podem ser enroladas junto de cigarros feitos com tabaco ou até maconha, sendo comumento chamada pelos usuários de "piticos" ou "mesclado". 

Para chegar nesse produto final, a cocaína é misturada ao bicarbonato de sódio, ou amônia, e água. A fumaça chega ao pulmão, entrando na corrente sanguínea e produzindo diversos efeitos no cérebro, principalmente a dependência. 

Entre os danos dessa droga estão listadas desde doenças pulmonares, alguns transtornos psiquiátricos, como psicose, paranóia, alucinações e até doenças cardíacas. 

Dos efeitos no usuário, a violência com que a droga atinge o sistema neurológico destaca-se. É isso o responsável pelas alterações de humor e problemas cognitivos. 

Baseado em dados do Ministério da Saúde, a "Cartilha do Crack" comenta que, em território nacional, estima-se que há mais de 2 milhões de usuários. 

Em cima desse problema, a Universidade Federal de São Paulo realizou estudo, em que conclui que apenas um terço desses usuários encontra uma cura. 

Ainda, um segundo terço ainda mantém o uso do droga, enquanto a última parte acaba morrendo, sendo 85% vítimas de casos de violência ligados ao consumo e ao tráfico. 

 

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Cidades

'Rodovia da Morte': idosa morre após capotamento na BR-163; 2º óbito em 2 dias

Vítima chegou a ser encaminhada em estado grave para o hospital municipal de Bandeirantes e para a Santa Casa de Campo Grande, mas não resistiu

06/02/2025 18h01

Vítima foi socorrida por uma equipe médica da CCR MSVia, mas não resistiu aos ferimentos

Vítima foi socorrida por uma equipe médica da CCR MSVia, mas não resistiu aos ferimentos Reprodução, CCR MSVia

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Uma idosa de 77 anos, identificada como Leidir Pereira Reis de Oliveira, morreu nessa quarta-feira (5), após sofrer um acidente de trânsito na rodovia BR-163, conhecida como a "rodovia da morte".

A colisão ocorreu na altura do quilômetro 550, na zona rural de Campo Grande.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a vítima seguia junto com o marido em um veículo Toyota Hilux CS4X4 de cor branca.

Quando, por volta por volta das 11h36, um caminhão teria obrigado o casal a sair da pista, situação que ocasionou um capotamento.

Uma equipe da CCR MSVia, concessionária que gerencia a rodovia, prestou os primeiros socorros e encaminhou o casal até o hospital de Bandeirantes.

Em razão da gravidade das lesões, ambos foram levados para a Santa Casa de Campo Grande. Contudo, Leidir não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Segunda morte em dois dias

Apenas dois dias antes da morte de Leidir na BR-163, um menino de apenas 8 anos também morreu na rodovia após ser atropelado por uma motocicleta.

O acidente ocorreu em Rio Verde do Mato Grosso - localizado a 203 km de Campo Grande - no final da manhã da última segunda-feira (3).

De acordo com a reportagem local, o menino estava na beira da estrada quando escapou da mão de sua mãe, tentou atravessar a via correndo e acabou sendo atingido pela moto.

A criança chegou a ser encaminhada para o Hospital Geral Paulino Alves da Cunha (HGPAC) em estado gravíssimo e seria transferida para Campo Grande. No entanto, também não resistiu aos ferimentos.

Média alta

De janeiro a outubro de 2024, a BR-163, rodovia que corta Mato Grosso do Sul da divisa com o Paraná à divisa com Mato Grosso, foi cenário de 709 acidentes, que resultaram em 57 óbitos.

Os números equivalem a uma média de 71 acidentes por mês, o pior índice visto desde 2017. De janeiro a dezembro daquele ano, foram registrados 877 acidentes, uma média de 73 acidentes por mês.

Se comparados os óbitos registrados em acidentes, os números mostram que 2024 é mais mortal na rodovia. Os índices apontam para uma média de 5,7 mortes por mês, mais do que a média de 5,1 mortes mensais registradas em 2017. Nos 12 meses daquele ano, 62 pessoas morreram na BR-163.

O ano de 2017 marcou ainda o início de uma queda no número de acidentes. No entanto, em 2020, esses índices voltaram a subir.

Investimento

A rodovia não recebe investimentos desde 2017, quando a empresa solicitou o reequilíbrio do contrato. A CCR chegou a dizer em 2019 que não tinha interesse em permanecer com a rodovia e até cobrou a devolução de ativos da União, no valor de R$ 1,4 bilhão.

O acordo final para a manutenção da empresa na gestão só foi alcançado em 2023, e aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em novembro deste ano.

Com essa decisão, espera-se um investimento de R$ 12 bilhões, que incluirá a duplicação de 170 km da via, a construção de uma terceira faixa em outros 190 km e diversas obras adicionais.

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IFMS

Aprovados em curso de idiomas podem se inscrever até próxima quarta-feira

Foram ofertadas 340 vagas de inglês e espanhol em sete municípios do estado

06/02/2025 17h30

Foram ofertadas 340 vagas nos cursos de Espanhol I, Espanhol II, Inglês I e Inglês II

Foram ofertadas 340 vagas nos cursos de Espanhol I, Espanhol II, Inglês I e Inglês II Arquivo/Correio do Estado

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Os candidatos convocados na primeira chamada do processo seletivo para os cursos de idiomas a distância do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) podem se matricular até a próxima quarta-feira (12).

Foram ofertadas 340 vagas nos cursos de Espanhol I, Espanhol II, Inglês I e Inglês II, nas cidades de  Amambai, Antônio João, Costa Rica, Dourados, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Ribas do Rio Pardo.

As aulas terão início entre os dias 17 e 21 de março, e serão ministradas on-line no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (Avea), com a exigência de uma aula presencial por semana.

Oferecidos na modalidade de Formação Inicial e Continuada (FIC), os cursos são totalmente gratuitos e têm duração de cinco meses, totalizando 200 horas/aula.

A lista de candidatos convocados em primeira chamada está publicada na Central de Seleção do IFMS, onde também está disponível o resultado da prova de nivelamento.

Matrícula - Deve ser feita no Sistema de Matrículas do IFMS. O acesso pode ser feito com a conta GOV.BR.

Para se matricular,  o convocado (ou responsável legal) deve anexar ao sistema o documento oficial de identificação com foto (RG, CNH, Passaporte, etc.); CPF, caso não conste no documento de identificação; documento que comprove a escolaridade mínima exigida para o curso ou comprovante de escolaridade superior.

Ao acessar o sistema, é preciso confirmar as informações sobre a chamada, curso e campus/polo. Depois de “Solicitar Matrícula”, o candidato deve fazer o upload dos documentos digitalizados, legíveis e com boa qualidade (máximo 5MB por arquivo). Por fim, basta clicar em “Salvar e Finalizar” para encerrar o processo.

Candidatos sem acesso à internet podem fazer a matrícula presencialmente na Central de Relacionamento (Cerel) do campus ou polo para o qual se inscreveram, nos horários e endereços informados no Anexo III do edital.

Caso as vagas não sejam preenchidas na primeira chamada, novas convocações serão publicadas.

Serviço

Em caso de dúvida sobre o edital, o contato é o e-mail [email protected].

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