Há duas semanas fechando mais cedo por falta de energia elétrica, 75% do Parque das Nações Indígenas já está com a iluminação restabelecida, no entanto, ainda existem algumas restrições.
De acordo com o Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), devido às chuvas constantes nos últimos dias, os serviços que estão sendo realizados na rede, que é totalmente subterrânea, têm sofrido atraso. Além disso, a empresa responsável também aguarda a chegada de peças e materiais para dar continuidade às obras.
Em relação às restrições, a partir de agora, as quadras esportivas, a pista de skate, a pista de caminhada localizada atrás do Buffet Yotedy, além da área administrativa do Parque e do trecho da trilha próximo ao Museu Dom Bosco, serão fechadas às 18h.
A justificativa é de que nestas áreas ainda há interrupções no fornecimento de energia a partir das 18h - período em que a iluminação se torna essencial para a segurança dos visitantes.
Já o acesso ao Parque continua liberado pelas portarias da Avenida Afonso Pena e pela entrada da Rua Antônio Maria Coelho, ao lado do Museu de Arte Contemporânea (MARCO).
Falta de luz
O problema de falta de luz foi verificado no dia 19 de janeiro no Parque das Nações. Desde então, o local estava fechando às 18h, tendo em vista que não havia luz para as atividades noturnas.
Com parte das luminárias funcionando, o funcionamento voltou a ser até às 21h.
No início da semana passada, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) informou, em nota, que a equipe técnica estava analisando toda a rede de energia para detectar o ponto em curto e fazer o reparo.
Privatização
Conforme noticiou o Correio do Estado, o Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE) do governo de Mato Grosso do Sul já concluiu o estudo para a concessão do Parque das Nações Indígenas e do Parque Estadual do Prosa para a inciativa privada. A expectativa é que o edital seja lançado ainda neste ano.
Em dezembro de 2024, um estudo com toda a modelagem econômico-financeira da concessão, com fluxo de caixa, payback (retorno do investimento) e custo médio ponderado do capital, chegou a ser apresentado. Entretanto, os cálculos tiveram de ser todos refeitos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financia os estudos para a concessão dos parques à iniciativa privada. A concessão demandará investimentos de pelo menos R$ 1 bilhão.
Ainda, abrangerá todos os equipamentos que estão dentro dos parques, como o Bioparque Pantanal, o Museu de Arte Contemporânea (Marco) e a Casa do Homem Pantaneiro – essa última reformada e inutilizada há pelo menos três anos.
Apenas o Museu Dom Bosco deve continuar fora da concessão.
O Parque das Nações Indígenas ocupa uma área de 119 hectares em área nobre da Capital, enquanto o Parque Estadual do Prosa tem 135,26 hectares de mata fechada, com vegetação do Cerrado, entre o Parque das Nações Indígenas e o Parque dos Poderes, o complexo administrativo do governo de Mato Grosso do Sul.
Parque das Nações Indígenas
O Parque das Nações Indígenas está localizado na Região Urbana do Prosa, em Campo Grande.
A criação ocorreu em 1993, com a desapropriação pelo Governo do Estado de diversas chácaras e terrenos, localizados às margens dos córregos Prosa e Reveilleau, situados no perímetro urbano compreendido pelas avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, e pelo córrego Sóter.
Por meio do Decreto Estadual no 7.354, de 17 de agosto de 1993, a área urbana passou a ser denominada Parque das Nações Indígenas.