Cidades

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

Mato Grosso do Sul teve 89 animais identificados com raiva em 2021

A espécie canina foi responsável pelos agravos em seres humanos no Estado, com 19.904

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Em Mato Grosso do Sul, 89 animais foram identificados com raiva no ano passado, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde.

Em 2020 foram 74 e 2019, 29; totalizando 192 animais detectados com a doença.

Deste total, 163 foram encontrados na espécide bovídea; 15 equídea; felino (1); morcego não hematófago (11); ovina (1); animal silvestre (1).

A espécie canina foi responsável pelos agravos em seres humanos no Estado, com 19.904 e felina 3.539.

Outras espécies envolvidas no agravamento de pessoas foram: Quiróptero (245); Herbívora (238); Suíno (113) e rato (36).

Neste mesmo período, foram registrados atendimentos em humanos por 21.782 mordidas de animais com a doença; 3.510 arranhões; 878 lambedura e 551 contato direto. Outros 210 atendimentos não foram informados.

Ainda de acordo com o boletim, 798 foram atingidos na mucosa; 3096 na cabeça; 9.779 nas mãos e pés; 1.214 tronco; 4.736 membros superiores e 7.412 membros inferiores.

Dos atendimentos, 10.468 foram com cortes profundos; 12.343 superficial e 1.839 dilacerante.

TRATAMENTO

O tratamento indicado nos atendimentos antirrábicos humanos em Mato Grosso do Sul, entre 2019 e 2021, foi: Observação e vacina para 11.402; somente vacina para 6.236; observação para 3.424; soro e vacina para 1.649 e 503 pessoas foram dispensadas.

Após um animal agredir, o indicado é sempre lavar muito bem a área afetada, com bastante água corrente e sabão. Depois disso, ir a unidade de Saúde.

RECOMENDAÇÃO

Manter o animal de estimação em observação por 10 dias quando ele agredir uma pessoa; vacinar o animal todo ano contra a raiva, além de vacinar anualmente bovinos, equinos, ovinos, caprinos, contra a raiva em áreas endêmicas.

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Investigação

Capturados filhotes de onça-parda em fazenda com suspeita de domesticação

Ao falar com os policiais, o gerente da fazenda estranhou o comportamento dócil dos felinos e acreditou que eles poderiam ter sido domesticados em uma propriedade rural vizinha.

28/09/2024 18h02

Os animais foram levados ao Cras de Campo Grande, onde receberão tratamento de saúde e e reabilitação á natureza.

Os animais foram levados ao Cras de Campo Grande, onde receberão tratamento de saúde e e reabilitação á natureza. Divulgação/ PMA

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Dois filhotes de onça-parda foram capturados pela Polícia Militar Ambiental (PMA) com suspeita de domesticação em uma fazenda no município de Tacuru, a 420 quilômetros de Campo Grande. Segundo os funcionários que encontraram os animais, os felinos apresentavam comportamento dócil, o que levantou suspeitas entre as testemunhas.

Conforme as informações das testemunhas que presenciaram os animais, os felinos não reagiram aos avanços dos cães nem à presença dos trabalhadores na propriedade rural, o que levantou a suspeita de que os animais foram domesticados em alguma propriedade vizinha.

De imediato, o gerente da propriedade entrou em contato com a Polícia Militar Ambiental (PMA), que conseguiu capturar os filhotes de forma segura.

Os animais foram encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), onde receberão os cuidados necessários e uma avaliação mais detalhada de seu estado de saúde e comportamento.

 

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Saúde

Ministério da Saúde fará campanha de vacinação contra a raiva

Objetivo é reduzir risco de transmissão de animais para humanos, que não registram casos desde 2015

28/09/2024 17h30

Transmissão canina da raiva já uma das principais vias de infecção humana

Transmissão canina da raiva já uma das principais vias de infecção humana Reprodução

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Em alusão ao Dia Mundial Contra a Raiva, celebrado neste sábado (28), o Ministério da Saúde anunciou uma ampla campanha de vacinação, com o objetivo de imunizar 28 milhões de cães e gatos em todas as regiões do Brasil.

A iniciativa visa proteger tanto os animais quanto a população, buscando eliminar a raiva mediada por cães, doença que não registra casos humanos no país desde 2015.

A vacinação ocorrerá em todos os estados e no Distrito Federal, englobando imunização de rotina, bloqueios de foco e campanhas de vacinação, conforme detalhado pelo ministério. Ao longo de 2024, foram distribuídas 23.802.350 doses da vacina para cães e gatos, com a meta de ampliar ainda mais a cobertura vacinal.

Vacinas

Além das doses para animais, o Ministério da Saúde também forneceu 1.355.260 doses da vacina contra a raiva humana. Até o início de setembro, 669.578 dessas vacinas já haviam sido aplicadas em áreas de maior risco, onde o ciclo silvestre da raiva continua a representar uma ameaça.

A raiva é considerada eliminável no ciclo urbano, e o Brasil tem mantido o controle eficaz sobre a transmissão canina, que já foi uma das principais vias de infecção para humanos.

Histórico

O Brasil conseguiu reduzir significativamente os casos de raiva canina ao longo das últimas décadas. Entre 1999 e 2024, os números caíram de 1.200 casos registrados para apenas 10, sendo todos relacionados a variantes de animais silvestres, como morcegos, saguis e raposas.

Segundo o Ministério da Saúde, campanhas anuais e bloqueios de foco têm sido essenciais para esse controle, especialmente em áreas de maior risco.

A raiva

A raiva é uma doença viral aguda e infecciosa que afeta mamíferos, incluindo humanos. Ela é considerada letal, com uma taxa de mortalidade próxima a 100%.

O vírus é transmitido principalmente pela saliva de animais infectados, por mordidas, arranhaduras ou lambidas. O período de incubação da doença pode variar, com uma média de 45 dias em humanos, mas os sintomas podem surgir mais rapidamente em crianças.

Os sinais iniciais em humanos incluem mal-estar, febre leve, cefaleia, irritabilidade e angústia. Em cães e gatos, o vírus começa a ser eliminado pela saliva dois a cinco dias antes dos primeiros sintomas, e a doença evolui rapidamente, levando o animal à morte em menos de uma semana.

Morcegos são os principais transmissores

Embora não se saiba exatamente o tempo que animais silvestres podem transmitir o vírus, sabe-se que morcegos podem carregá-lo por longos períodos sem apresentar sintomas, o que os torna os principais transmissores de raiva no Brasil, especialmente em áreas remotas. Por isso, o controle da raiva em animais domésticos e silvestres continua sendo uma prioridade para a saúde pública, com estratégias de vacinação e bloqueio de focos em todo o país.

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