Após receber18 mil doses do medicamento Paxlovid, remédio usado no tratamento contra Covid-19, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que a medicação será disponibilizado apenas sob pedido da prefeitura de cada município e servirá para casos leves e moderados.
De acordo com a resolução n° 160 publicada no Diário Oficial de MS nesta terça-feira (29), os 18 mil comprimidos enviados para o estado podem ser utilizados em até 600 tratamentos individuais.
Ainda segundo o documento, o medicamento é indicado para pacientes com sintomas leves e moderados, ou seja, que não estejam em situação grave ou internados com oxigenação complementar.
No entanto, além de precisar não estar em estado avançado da doença, para receber o tratamento a pessoa ainda precisa ter 18 anos ou mais, ser imunossuprimido, ou ter mais de 65 anos em casos que não requerem complementação de oxigênio.
O medicamento pode ser dado ao paciente independente de como está o esquema vacinal, desde que se encaixe nos parâmetros citados. Também é preciso que o paciente esteja entre o 1º e 5º dia de sintomas.
Para solicitar o tratamento o médico que atender o paciente deve preencher o Formulário de Prescrição do Nirmatrelvir/Ritonavir, receitando o medicamento por cinco dias, que deve ser fornecido pela prefeitura ao paciente.
Recomenda-se que o uso do remédio seja feito com 300 mg de nirmatrelvir (dois comprimidos de 150 mg) e com 100 mg de ritonavir (um comprimido de 100 mg), administrados simultaneamente por via oral, duas vezes ao dia (12h/12h), durante 5 dias.
Por outro lado, a medicação não pode ser usada em pacientes com sintomas graves de Covid-19 e nem para a prevenção da infecção pelo coronavírus. O uso também não é recomendado para pacientes assintomáticos ou que estejam com sintomas a mais de cinco dias.
COMERCIALIZAÇÃO
Ao Correio do Estado, o Conselho Regional de Farmácia de MS (CRF/MS informou que o medicamento deve começar a ser vendido em farmácias do estado a partir do início de 2023, com preço a ser definido.
Em um vídeo gravado assim que o medicamento tinha sido liberado para comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o assessor técnico do CRF/MS, Ronaldo de Jesus, explica que o medicamento já tinha sido aprovado como tratamento emergencial e ficava restrito ao uso hospitalar.
Agora, com a aprovação da Anvisa, a medicação poderá ficará disponível em farmácias e drogarias, mas sempre sendo vendido sob prescrição médica, mas ainda não há uma previsão de quanto custará.
"A comercialização só será feita com receita médica, então, o paciente vai ter que passar pelo médico e ele vai analisar o caso para ver se é necessária a utilização deste medicamento, então, não vai ser livre dispensação", explicou.