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Médicos alertam para nova doença causada por cigarro eletrônico

Pesquisa mostrou que Campo Grande é uma das capitais brasileiras em que há mais fumantes

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Campo Grande é uma das capitais brasileiras em que há mais fumantes, de acordo com uma pesquisa feita pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2023), que aponta que 16,9% dos fumantes da Capital são homens e 8,6% são mulheres. 

No entanto, não é apenas o cigarro tradicional que preocupa os médicos. Com o aumento do número de adeptos ao cigarro eletrônico na Capital, profissionais alertam para uma nova doença pulmonar causada pelo vape, a Evali, sigla em inglês para lesão pulmonar induzida por cigarro eletrônico. 

O médico pneumologista da Unimed Campo Grande Henrique Ferreira de Brito relata que os profissionais de saúde estão em uma “cruzada” contra o cigarro eletrônico, pois ele é um dispositivo mais nocivo do que o cigarro comum. 

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF) podem não ter a queima do tabaco, mas têm uma quantidade maior de nicotina do que os cigarros “normais”, o que gera uma dependência maior e mais rápida. 

“Ele [cigarro eletrônico] gera muito mais dependência, pela quantidade de nicotina e pela capacidade de chegar mais rapidamente ao cérebro, gerando dependência pelos aditivos que vão junto da nicotina, pela indústria farmacêutica. Então, além da nicotina, que faz mal por si só, há outras substâncias diferentes do cigarro convencional que fazem muito mal à saúde”, informa o pneumologista. 

O profissional relata ainda que essas substâncias estão ligadas a várias doenças, entre elas, cardíacas, pulmonares, cardiovasculares, câncer e a Evali. 

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) publicou um artigo que traz um breve histórico da nova doença, a qual foi descoberta nos Estados Unidos em abril de 2019. 

Na ocasião, “jovens na faixa de 20 anos, parte deles sem histórico prévio de problemas pulmonares, chegavam aos hospitais norte-americanos acometidos de falta de ar, tosse e dor no peito, muitas vezes associadas a dor abdominal, náusea, vômito, diarreia, fadiga, febre e perda de peso”. 

De acordo com o histórico, todos os pacientes tinham um ponto em comum: eram usuários de vape, como são chamados os cigarros eletrônicos. No Brasil, já há casos registrados de Evali que apontaram, inclusive, quadros característicos de pneumonia viral, provocada pela Covid-19. 

PESQUISA

Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que Campo Grande é a capital que mais tem adolescentes que já experimentaram algum tipo de droga, enquanto o cigarro eletrônico já foi utilizado por 30,9% dos estudantes do 9° ano do Ensino Fundamental. 

O narguilé é o primeiro do ranking, tendo sido experimentado por 51,1% dos adolescentes. 

“Nós temos a RDC [Resolução da Diretoria Colegiada] de 2009, que proíbe a venda, a importação, a distribuição e o marketing de cigarro eletrônico. O uso em si não é proibido, mas todo o restante é, e você vê isso facilmente. O público jovem vem sendo cada vez mais atraído por esse cigarro eletrônico, pela promessa de que não faz mal, e é mentira, faz muito mal, mesmo cigarros que não têm nicotina” alerta o médico. 

VÍCIO 

O início do uso de cigarros ocorre geralmente no começo da juventude. A administradora Yasmin Mecchi, 33 anos, começou a fumar aos 18 anos, em festas. 

O motorista Antônio Carlos, 62 anos, começou a fumar aos 17 anos, por achar que era bonito, via o cigarro em diversas propagandas na televisão. 

Ambos já tentaram parar de fumar algumas vezes, mas relatam dificuldades. Antônio aponta que a correria e o estresse do dia a dia são os principais gatilhos para fumar. 

Ele já chegou a fumar duas carteiras de cigarro por dia e atualmente comenta que não chega a uma inteira. 
Yasmin também já tentou parar de fumar algumas vezes e recentemente trocou o cigarro comum pelo eletrônico, apesar de estar ciente de que é pior. 

“Meu pai e meu irmão são fumantes, e na minha roda de amigos todos são fumantes. Ou estão fumando paieiro ou cigarro ou pod. Então é bem difícil, porque em casa tem gente fumando e na hora em que eu saio na rua tem gente fumando”, comenta a administradora sobre a dificuldade de parar de fumar. 

O médico informa que é difícil parar de fumar porque a nicotina libera dopamina, e o usuário busca sempre ter aquela sensação, então aumenta a frequência, aumenta a “dose”. Entretanto, além da dependência química, há também as dependências psicológica e física. 

Ambos os fumantes relatam que o hábito de fumar está atrelado a outras coisas do cotidiano. “Você está tomando uma cerveja ou um café e você tem o costume de estar com o cigarro na mão”, relata Yasmin. 
“Na dependência física, existe a questão dos gatilhos também. O cigarro é relacionado a várias situações do cotidiano. Por exemplo, tem gente que entra no carro e acende o cigarro, tem gente que toma uma cerveja e acende o cigarro, liga o computador e pega o cigarro, toma um café, então, várias situações do dia a dia ‘chamam’ o cigarro”, exemplifica o médico. 

Para parar de fumar, além de ser necessária uma iniciativa do usuário, o médico aponta que é importante ter um acompanhamento médico interdisciplinar, com nutricionistas, psicólogos e pneumologistas, que vão auxiliar na mudança de hábitos, além do uso do remédio que melhora a sensação de dependência química. 

SAIBA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre os riscos dos cigarros eletrônicos e sugeriu aos países que tratassem o uso desses dispositivos da mesma forma que o tabaco é tratado.

Trilha de Hermes

Operação investiga grupo criminoso que matou informante da polícia

O homem identificado como colaborador policial era Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que se encontrava sob monitoramento eletrônico

04/12/2025 17h45

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie Divulgação: Polícia Civil

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A Operação Trilha de Hermes, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) e da Delegacia Regional (DRP) de Naviraí, investiga a morte de Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que era monitorado com tornozeleira eletrônica. O homem foi identificado por um grupo criminoso como sendo um informante da polícia.

Por este motivo, Aldevan foi sequestrado pela quadrilha e possivelmente morto, de acordo com a Polícia Civil, perdendo o sinal de seu equipamento na área rural de Itaquiraí, de onde partiram as investigações.

A DEFRON e a DRP de Naviraí identificaram uma estrutura organizacional criminosa armada, com estruturada cadeia de comando e divisão de tarefas. As prisões temporárias e a busca domiciliar em desfavor dos suspeitos ocorreram durante a terça (2) e quarta-feira (3).

A Operação Trilha de Hermes resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, duas prisões em flagrante, além da apreensão de veículos de alto valor, armas, munições, dinheiro em espécie e diversos outros objetos.

A quadrilha criminosa é investigada pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. As investigações prosseguem para apuração de outros envolvidos e para localização de ativos financeiros que o grupo criminoso auferiu durante sua atividade ilícita.

Balanço

No primeiro dia, foram realizados o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliar. A operação ocorreu nas cidade de Itaquiraí, Naviraí e Porto Velho (RO), onde um dos alvos estava no momento da operação.  Duas pessoas foram presas em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo e de munições. 
 
Já na quarta-feira, foram realizadas diligências em áreas rurais, com o cumprimento do mandado de prisão de um dos alvos que se mantém foragido. As autoridade utilizaram os meios de locomoção fluvial e aéreo para esta etapa da operação, com apoio do Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA).
 
Ao todo, a operação resultou no cumprimento da prisão de sete pessoas, entre elas os três líderes do grupo, apreensão de armas, munições, seis veículos de alto valor, dez celulares, R$ 8 mil em espécie e documentos a serem analisados.

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Cidades

Polícia barra contrabando na entrada de Campo Grande

Ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras

04/12/2025 17h30

Foto: Divulgação / Policia Civil

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A Policia Civil por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco) interceptou 4 caixas grandes de óculos, 2 pneus de caminhão, bolas de pneus e 12 caixas de cigarros, fiscalização realizada na  Avenida Gunter Hans, saída para Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (3).  

A ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras e combate ao contrabando e descaminho no Estado, mercadoria encontrada em uma Fiat/Doblo. 
O material apreendido foi encaminhado diretamente à sede da Polícia Federal de Campo Grande.Dois indivíduos foram conduzidos em flagrante.

A ação faz parte da 3ª etapa da Rede Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa nacional de enfrentamento ao crime organizado.

Em todo o país, a organização e preparação da operação envolve ao menos 18 ações estratégicas, que abrangeram desde o encaminhamento de demandas originadas na reunião de alinhamento até a preparação de sistemas e o treinamento de usuários.

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